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ANÁLISE DE 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Material adaptado do Caderno de Estudos de:
ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS
Profª. Arlete Regina Floriani
Copyright © UNIASSELVI 2013
Adaptado por:
Prof. Flávio Brustoloni
Pólo AUPEX – Joinville
2018
UNIDADE 1
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM
Reconhecer as demonstrações contábeis;
Apresentar as demonstrações contábeis de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1);
Preparar as demonstrações contábeis;
Analisar as demonstrações contábeis.
AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
SEGUNDO A LEI Nº 6.404/76; LEI Nº 
11.638/07; LEI Nº 11.941/09 E
PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1)
TÓPICO 1
01 / 55
A Lei nº 6.404 foi criada em 15 de dezembro de 1976, em substituição ao
Decreto-Lei nº 486, de 3 de março de 1969, que dispunha sobre a escrituração e 
sobre os livros mercantis. O art. 175, do capítulo XV da referida lei, dispõe sobre 
o exercício social e as demonstrações financeiras, enquanto o capítulo 176 
complementa que, ao final de cada exercício social, serão elaboradas as 
seguintes demonstrações financeiras:
02 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 13
(I) balanço patrimonial;
(II) demonstração do resultado do exercício;
(III) demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
(IV) demonstração das mutações do patrimônio líquido;
(V) demonstração das origens e aplicações de recursos.
O § 4º prevê que as demonstrações contábeis serão complementadas por notas 
explicativas que esclarecerão a situação patrimonial e os resultados do exercício.
03 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 13
Iudícibus et al. (2010) explicam que o conjunto de informações que deve ser
divulgado por uma sociedade por ações, de forma a prestar contas aos 
usuários, abrange o “Relatório da Administração, as Demonstrações 
Contábeis e as Notas Explicativas, e ainda o Parecer dos Auditores 
Independentes, o Parecer do Conselho Fiscal e o relatório do Comitê de 
Auditoria (se existirem)..
04 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 13
Segundo o art. 178 da Lei nº 6.404/76, o balanço patrimonial tem por
finalidade demonstrar a posição financeira e patrimonial da empresa em
determinado momento, o que representa uma posição estática. Neste 
mesmo artigo está previsto que as contas são classificadas segundo os 
elementos do patrimônio que registram e agrupadas de modo que permitam 
o conhecimento e a análise da situação financeira da sociedade.
05 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 14
Para atender a esse objetivo, os artigos 178 a 182 definem como devem ser 
dispostas as contas: para o ativo as contas devem ser dispostas em ordem 
decrescente de grau de liquidez, isto é, em primeiro lugar são apresentadas 
as contas mais rapidamente conversíveis em disponibilidades. Para o passivo, 
em ordem decrescente de grau de exigibilidade, ou seja, classificam-se em
primeiro lugar as contas cuja exigibilidade ocorre antes. Esta classificação, se 
for elaborada de conformidade, ajudará o analista na preparação das 
demonstrações contábeis para análise.
06 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 14
07 / 55Tópico 1Unid 15
Você pode observar no quadro anterior que a estrutura do balanço 
patrimonial, segundo a Lei nº 6.404/76, é sintética, mas, para que o usuário 
das informações contábeis tenha maior conhecimento da situação da 
empresa e possa formar uma opinião a esse respeito, as informações 
contábeis devem ser complementadas por notas explicativas, quadros 
analíticos etc. Com as modificações geradas pela Lei nº 11.638/07 e Lei nº 
11.941/09, os §§ 1º e 2º do artigo 178 determinam a segregação do Ativo e 
do Passivo nos seguintes grupos:
08 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 15
09 / 55Tópico 1Unid 15
Complementa as demonstrações obrigatórias, a Demonstração do
Resultado do Exercício – DRE, que, segundo Zdanowicz (1998, p. 23-25), “[...] 
é peça relevante na dinâmica patrimonial, pois informa a receita bruta da 
empresa, o custo para obtê-la e demais despesas operacionais, evidenciando 
os lucros: bruto e operacional”.
10 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 16
11 / 55Tópico 1Unid 17
Os demais relatórios que acompanham o balanço patrimonial e a DRE, de
acordo com Iudícibus et al. (2010), são: a Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido – DMPL evidenciando a mutação do patrimônio líquido 
em termos globais, isto é, novas integralizações de capital, resultado do 
exercício, ajustes de exercícios anteriores etc.
12 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 17
A Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC –, antes da Lei nº 11.638/07,
não era obrigatória no Brasil, exceto para alguns casos específicos, como, por
exemplo, para as empresas de energia elétrica (IUDÍCIBUS et al., 2010). Em 
abril de 1999, o IBRACON, através da NPC 20, e também a CVM já 
recomendavam que este demonstrativo fosse apresentado como informação 
complementar.
13 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 17
O objetivo da DFC é prover informações relevantes sobre os pagamentos e
recebimentos, em dinheiro, de uma empresa, ocorridos em determinado 
período, visando auxiliar os usuários das demonstrações contábeis na análise 
da capacidade de gerar caixa e equivalentes de caixa e suas necessidades 
para utilizar esses fluxos de caixa.
14 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 18
Notas explicativas, segundo Matarazzo (2010), são dados e informações que
complementam as demonstrações financeiras; são compostas por um 
conjunto de elementos que auxiliam a fazer uma avaliação mais ampla da 
empresa, como, por exemplo: as taxas de juros, os vencimentos, as garantias 
atribuídas a empréstimos etc.
15 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 19
A outra demonstração contábil obrigatória, e que apresenta o desempenho
da empresa, denomina-se demonstração de resultados do exercício – DRE –,
que, segundo Assaf Neto (2012), visa fornecer os resultados (lucro ou 
prejuízo) auferidos pela empresa em determinado exercício social, cujo valor 
é transferido para contas do patrimônio líquido.
16 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 116
Segundo Iudícibus et al. (2010, p. 480-481), o objetivo da DRE é fornecer
informações sobre a formação do resultado (lucro ou prejuízo) do exercício. 
Visando atender tal objetivo, são apresentadas as despesas operacionais 
segregadas por subtotais, de acordo com a função de cada uma delas, 
conforme segue:
• Despesas com vendas
• Despesas financeiras deduzidas das receitas financeiras
• Despesas gerais e administrativas
• Outras receitas e despesas operacionais.
17 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 117
Deduzindo-se as despesas operacionais totais do lucro bruto, é apresentado
o lucro operacional, que é considerado um dado importante na análise das
operações da empresa. Após o lucro operacional, apresentam-se as outras 
receitas e despesas, gerando então o “resultado antes dos tributos (imposto 
de renda e contribuição social sobre o lucro).
Deduz-se a seguir o imposto de renda e a contribuição social a pagar e, por
último, as participações de terceiros, chegando-se ao lucro (ou prejuízo) 
líquido do exercício, que é o valor final da DRE.
18 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 117
A estrutura presente no CPC 26 (anteriormente descrita) estabelece
a evidenciação, de forma destacada, do resultado proveniente da avaliação
de investimentos pelo método da equivalência patrimonial, do resultado
financeiro, além de destacar o resultado proveniente das operações 
continuadas e descontinuadas da entidade. (IUDÍCIBUS et al., 2010). 
Conforme este pronunciamento, são abordados dois outros aspectos 
relativos à DRE, a saber:
19 / 55
2 DEMONSTRAÇÕESCONTÁBEIS
Tópico 1Unid 118
1. A necessidade de divulgação, de forma separada, da natureza e 
montantes dos itens de receita e despesa quando estes são relevantes, 
conforme descrito no item 98, (IUDÍCIBUS et al., 2010, p. 481- 482);
2. A necessidade de subclassificação das despesas, como pode ser 
constatado no item 101 (IUDÍCIBUS et al., 2010, p. 481-482).
20 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 119
Iudícibus et al. (2010, p. 482) ressaltam que as formas de análise citadas no
item 101 do CPC 26 são as seguintes:
a) método da natureza da despesa
b) método da função da despesa ou do “custo dos produtos e serviços vendidos”
21 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 119
22 / 55Tópico 1Unid 120
23 / 55Tópico 1Unid 120
Por fim, observa-se o que a norma estabelece sobre a subclassificação das
despesas, ainda que caiba à administração escolher o método a ser utilizado, em
função de fatores históricos, setoriais e da natureza da entidade. Porém, quando
a entidade classifica as despesas por função, ela deve divulgar, adicionalmente,
informações acerca da natureza de certas despesas, incluindo as despesas de
depreciação, amortização e despesas com benefícios a empregados.
24 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 120
Agora você terá a oportunidade de conhecer mais uma demonstração contábil, 
a qual foi instituída pelo Pronunciamento Técnico CPC 26, que, seguindo as 
normas internacionais de contabilidade, instituiu a obrigatoriedade de 
elaboração da Demonstração do Resultado Abrangente do Exercício – DRA. 
Iudícibus et al. (2010) explicam que essa demonstração apresenta as receitas, 
despesas e outras mutações que afetam o patrimônio líquido, mas que não são 
reconhecidas (ou melhor, não foram reconhecidas ainda) na Demonstração do 
Resultado do Exercício, conforme determinam Pronunciamentos, Interpretações 
e Orientações que regulam a atividade contábil. Tais receitas e despesas 
identificadas como “outros resultados abrangentes”, de acordo com o CPC 26.
25 / 55
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 1Unid 120
PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS PARA ANÁLISE
TÓPICO 2
26 / 55
Uma vez que estamos de posse das demonstrações contábeis desejadas,
normalmente de três a quatro períodos, inicia-se a preparação das contas
considerando-se os períodos selecionados. A este procedimento Marion (2010)
denomina de reclassificação, que significa uma nova classificação, o 
reagrupamento de algumas contas, no Balanço Patrimonial e na Demonstração 
do Resultado do Exercício. Esses ajustes são necessários para melhorar a 
eficiência da análise, podendo-se melhorar a situação econômico-financeira da 
empresa.
27 / 55
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 2Unid 133
Uma vez que estamos de posse das demonstrações contábeis desejadas,
normalmente de três a quatro períodos, inicia-se a preparação das contas
considerando-se os períodos selecionados. A este procedimento Marion (2010)
denomina de reclassificação, que significa uma nova classificação, o 
reagrupamento de algumas contas, no Balanço Patrimonial e na Demonstração 
do Resultado do Exercício. Esses ajustes são necessários para melhorar a 
eficiência da análise, podendo-se melhorar a situação econômico-financeira da 
empresa.
27 / 55
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 2Unid 133
Se quisermos apurar a verdadeira taxa de rentabilidade obtida pela
atividade operacional, deveremos reclassificar tanto as despesas financeiras, 
como as receitas financeiras no grupo não operacionais. Para uma melhor 
compreensão, vamos apresentar alguns casos de reclassificação: a) duplicatas 
descontadas; b) despesas do exercício seguinte; c) não circulante (substitui o 
permanente); d) resultados de exercícios futuros; e) leasing; f) receitas 
financeiras e despesas financeiras.
28 / 55
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 2Unid 134
I) DUPLICATAS DESCONTADAS
A empresa RIO tem por política interna operar com duplicatas descontadas
para suprir seu caixa, enquanto a empresa MAR opera com empréstimos 
bancários (com depósito de duplicatas como garantia). Dessa forma, as duas 
empresas terão no passivo circulante uma dívida com terceiros, embora, no 
caso de duplicatas descontadas, haja apenas a coobrigação.
29 / 55
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 2Unid 134
Demonstraremos a seguir a situação das empresas RIO e MAR, que
possuem o mesmo valor no ativo circulante e no passivo circulante.
30 / 55
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 2Unid 135
Se observarmos a situação patrimonial das empresas RIO e MAR, teremos:
31 / 55
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 2Unid 135
Analisando as duas empresas, nota-se que ambas tinham a mesma situação
financeira e ambas tiveram uma entrada de igual valor, porém a diferença está
no tipo de operação realizada, que gerou um lançamento contábil diferente,
e, consequentemente, a situação da empresa MAR demonstra ter uma menor
capacidade de pagamento em relação à empresa RIO.
Se reclassificarmos o balanço da empresa RIO, teremos a seguinte situação:
32 / 55
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 2Unid 135
Nota 1: agora as empresas possuem o mesmo endividamento (R$ 1.200), e a
capacidade de pagamento de cada uma é R$ 1,83, a mesma para ambas, isto é, 
para cada R$ (real) que a empresa deve, existe em caixa R$ 1,83, o que lhes 
possibilita saldar seus compromissos e ainda restar R$ 0,83 em caixa.
Nota 2: endividamento igual para as duas empresas.
33 / 55Tópico 2Unid 135
II) DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE
A conta “despesas do exercício seguinte” é o único grupo de contas que não
se converterá em dinheiro, portanto, não servirá para pagar as dívidas da 
empresa, conforme Marion (2010). Por se tratar de uma despesa antecipada 
que será consumida pela empresa, no próximo ano, é classificada no grupo do 
Ativo Circulante, porém não se transformará em dinheiro. Esta despesa reduzirá 
o lucro do próximo exercício e, como consequência, o patrimônio líquido. Por 
este motivo os analistas mais conservadores preferem, no momento da análise, 
deduzi-la do patrimônio líquido, excluindo-a do ativo circulante.
34 / 55
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 2Unid 136
Se não fizermos a reclassificação da Despesa do Exercício Seguinte:
- a relação AC/PC será de 1,33 (20.000/15.000);
- a relação Capital Próprio/Capital de Terceiros será de 1,00 (15.000/15.000).
35 / 55Tópico 2Unid 136
Neste caso, os resultados apurados geraram a seguinte situação:
- a relação AC/PC passa de 1,33 para 1,20 (18.000/15.000);
- a relação CP/CT passa de 1,00 para 0,87 (13.000/15.000).
36 / 55Tópico 2Unid 137
III) NÃO CIRCULANTE (SUBSTITUI O PERMANENTE)
Uma vez que o Balanço Patrimonial esteja nos moldes da Lei das Sociedades
por Ações, praticamente nada teremos a reclassificar nos grupos Investimentos
e Imobilizado, conforme Marion (2010). O subgrupo Diferido tem sofrido 
ajustes por parte de muitos professores e analistas, deduzindo-o do Patrimônio 
Líquido, sob a alegação de tratar-se de despesas que comporão resultados de 
exercícios futuros, e consequentemente, diminuindo o Patrimônio Líquido.
37 / 55
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 2Unid 137
IV) RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS
Com o advento da Medida Provisória nº 449/08 e da Lei nº 11.941/09, esse
grupo desapareceu como grupamento de contas do balanço patrimonial. Os 
saldos existentes, se classificáveis corretamente segundo a legislação anterior, 
vão para o passivo não circulante, devidamente destacadas as receitas e 
despesas. O mesmo se aplica às entidades de atividade imobiliária, segundo já 
era determinado pelo Conselho Federal de Contabilidade.
38 / 55
2 PREPARAÇÃODAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 2Unid 138
V) LEASING OU ARRENDAMENTO MERCANTIL
Leasing ou Arrendamento Mercantil, de acordo com Ferreira (2009), é “[...] uma operação de 
financiamento, que facilita ao empresário o acesso a bens de uso necessários ao funcionamento da 
empresa, sem que tenha de comprá-los imediatamente”. O arrendamento mercantil (leasing) pago por 
uma empresa, mensalmente, não se caracterizava como Ativo antes da Lei nº 11.638/07, embora o bem 
estivesse dentro da empresa, mas a empresa só tinha a posse e não a propriedade. Ferreira (2009) 
explica que existem várias modalidades de leasing, porém cita as três mais usuais de arrendamento 
mercantil:
1 – leasing financeiro;
2 – leasing operacional;
3 – lease-back.
39 / 55
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 2Unid 138
VI) RECEITAS FINANCEIRAS E DESPESAS FINANCEIRAS
Segundo entende Marion (2010), no Demonstrativo de Resultado do Exercício, 
deverão ser reclassificadas as contas de despesas financeiras e receitas financeiras. 
De conformidade com a Lei das S/As (6.404/76), as despesas e receitas financeiras 
estão classificadas no grupo de contas operacionais, entretanto, para fins de análise 
(gerencial), elas devem ser transferidas para o grupo de receitas e despesas não 
operacionais. Este procedimento nos leva a obter o lucro operacional efetivamente
apurado pela atividade principal da empresa, sem a inclusão de receitas financeiras
(resultado nas aplicações financeiras) e despesas financeiras.
40 / 55
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tópico 2Unid 139
Iudícibus (1998) afirma que o Ativo é composto de todos os bens e direitos de
propriedade e controle da empresa, que são avaliáveis em dinheiro e que 
representam benefícios presentes ou futuros para a empresa. Assim, Iudícibus (1998, 
p. 41-48) exemplifica o que são bens e direitos:
• Bens: máquinas, terrenos, estoques, dinheiro (moeda), ferramentas, veículos, instalações etc.
• Direitos: contas a receber, duplicatas a receber, títulos a receber, ações, títulos de crédito etc.
41 / 55
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
2.1 CONTAS DO ATIVO
Tópico 2Unid 142
Para ser Ativo é necessário que qualquer item preencha quatro requisitos
simultaneamente:
a) constituir bem ou direito para a empresa;
b) ser de propriedade, posse ou controle de longo prazo da empresa;
c) ser mensurável monetariamente;
d) trazer benefícios presentes ou futuros.
42 / 55
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
2.1 CONTAS DO ATIVO
Tópico 2Unid 143
Já o Passivo, simplificadamente, evidencia toda a obrigação (dívida) que a empresa 
tem com terceiros, por exemplo: contas a pagar, fornecedores de matéria-prima
a prazo, impostos a pagar, financiamentos, empréstimos etc. O Passivo é uma 
obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívida vencer, será exigida 
(reclamada) a sua liquidação. Por isso Iudícibus (1998) entende que é mais adequado 
chamá-lo Passivo Exigível.
43 / 55
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
2.2 CONTAS DO PASSIVO
Tópico 2Unid 143
Exemplo: Receita antecipada R$ 200
(-) custo estimado R$ 150
(=) receita diferida líquida R$ 50
Se o custo da receita antecipada já foi efetivado e 
contabilizado, a verba será demonstrada da seguinte forma:
Resultado de exercícios futuros
Receita antecipada R$ 200
(-) custo respectivo R$ 150
(=) receita diferida líquida R$ 50
44 / 55Tópico 2Unid 144
Para Iudícibus (1998, p. 48-58), a demonstração do resultado do exercício é
um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período
(12 meses). É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas
subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo).
45 / 55
2 PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
2.3 CONTAS DO DRE
Tópico 2Unid 145
Reconhecer os efeitos inflacionários é fundamental antes de iniciar a análise
horizontal e a análise vertical, para evitar resultados distorcidos em função da
variação da moeda, explica Zdanowicz (1998). Para tanto, primeiro deve o analista 
definir qual é o indicador econômico que deseja utilizar. Sugerem-se alguns dos mais 
comuns: IGPM, INPC, IPCA, entre outros, cuja escolha fica a cargo do gestor.
O processo de atualização é simples. Após definir o indicador, o próximo passo é a 
base de atualização.
45 / 55
3 RECONHECIMENTO DOS EFEITOS INFLACIONÁRIOS
Tópico 2Unid 145
Exemplo:
O administrador da empresa Raios de Parábolas S/A decidiu fazer um teste
e atualizar as demonstrações contábeis de sua empresa com o uso do indicador
IGPM para observar a diferença nos resultados depois de realizar os cálculos. Para
tanto solicitou ao contador cópia dos balanços, já reclassificados. No primeiro
momento, vai realizar os cálculos apenas dos grandes grupos, ou seja: Ativo, Ativo
circulante, Ativo não circulante; Passivo, Passivo circulante, Passivo não circulante;
Patrimônio Líquido.
46 / 55
3 RECONHECIMENTO DOS EFEITOS INFLACIONÁRIOS
Tópico 2Unid 146
ANÁLISE HORIZONTAL E ANÁLISE VERTICAL
TÓPICO 3
47 / 55
Análise horizontal, segundo Reis (2009), é uma técnica de análise que compara 
cada item do demonstrativo, em cada ano, com o valor correspondente em 
determinado ano anterior, considerado como base. O objetivo da análise 
horizontal é mostrar a evolução de cada conta isoladamente, ou de cada grupo 
de contas. Para Iudícibus (2007), a principal finalidade da análise horizontal é
apresentar o crescimento de itens dos balanços e das demonstrações de 
resultados a fim de caracterizar tendências.
48 / 55
2 ANÁLISE HORIZONTAL E ANÁLISE VERTICAL
Tópico 3Unid 151
O instrumento utilizado para avaliar o crescimento monetário dos elementos do 
balanço patrimonial ou do Demonstrativo do Resultado do Exercício é 
denominado índice. O cálculo é bastante simples: adota-se o índice 100 (cem) 
como representativo dos valores monetários do ano que serve de base, para 
confronto com os valores dos demais períodos. Aplica-se regra de três simples e 
direta, e calculam-se os índices correspondentes aos períodos que serão 
confrontados com o período-base. (ZDANOWICZ, 1998).
49 / 55
2 ANÁLISE HORIZONTAL E ANÁLISE VERTICAL
Tópico 3Unid 151
50 / 55Tópico 3Unid 152
51 / 55Tópico 3Unid 153
A análise vertical permite, inicialmente, que o analista avalie a estrutura do Balanço 
Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício, o que chamamos de 
lógica de balanço, isto é, se a proporcionalidade dos diferentes componentes 
patrimoniais e de resultados se mantém ao longo dos anos ou se existem 
desequilíbrios importantes, que merecem uma avaliação mais minuciosa. Segundo 
Iudícibus (2007), este tipo de análise tem por finalidade avaliar a estrutura dos itens 
do balanço e da demonstração do resultado do exercício e sua evolução no tempo. 
A comparação dos números é feita com o total do ativo e do passivo (balanço 
patrimonial) e com as vendas líquidas (demonstrações de resultados).
52 / 55
2 ANÁLISE HORIZONTAL E ANÁLISE VERTICAL
2.1 ANÁLISE DA ESTRUTURA OU ANÁLISE VERTICAL
Tópico 3Unid 153
Zdanowicz (1998, p. 58-59) afirma que “[...] a análise vertical é o processo que 
objetiva a medição percentual de cada componente patrimonial ou de resultado
econômico em relação ao total de que se faz parte”. O coeficiente ou a percentagem 
é a medida que indica a proporção de cada componente em relação ao todo.
Calcula-se a participação de cada componente do ativo ou passivo e patrimônio 
líquido em relação ao total do ativo ou total do passivo, nesta ordem.
Idêntico raciocínio desenvolve-se para os elementos de resultado em relação à
receita operacional líquida da empresa, que expressa os cem por cento.
53 / 55
2 ANÁLISE HORIZONTAL E ANÁLISE VERTICAL
2.1 ANÁLISE DA ESTRUTURA OU ANÁLISE VERTICAL
Tópico 3Unid 15454 / 55Tópico 3Unid 154
55 / 55Tópico 3Unid 154

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