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Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Ciências Biomédicas Nomes dos alunos (grupo de até 3 alunos): 1. Larissa dos Santos Corrêa 2. Mariana Barata Viana Tiradentes 3. Sarah Vitória Martins da Silva Nome do curso: Microbiologia e Imunologia Data: 04/11/2020 TRABALHO Sistema Respiratório / Sistema Cardiovascular 1) Explique a relação entre exercício físico e o aparelho cardio-respiratório, onde débito cardíaco, taxa metabólica, fluxo sanguíneo, demanda de oxigênio, músculos esqueléticos, hipertrofia, frequência cardíaca, frequência respiratória, ventilação pulmonar, O2, CO2, pressão arterial, ansiedade, depressão, controle de peso, coágulos sanguíneos, devem ser mencionados e discutidos na sua dissertação. O aparelho cardiovascular é a união feita entre uma bomba, um circuito que provoca alta pressão no processo de trocas de nutrientes, bem como um sistema que realiza a coleta e através do seu retorno exerce uma baixa pressão no organismo. Ademais, pode-se dizer que o sistema cardiovascular é aquele que possui uma função essencial na resposta do corpo humano ao exercício físico, uma vez que ao iniciar o exercício ocorre simultaneamente respostas cardiovasculares que permitem que a realização da atividade de forma satisfatória. Tendo em vista que os principais parâmetros que influenciam de forma positiva essa resposta são a pressão arterial, a frequência cardíaca e o duplo produto, pode-se dizer que o sistema é composto pelo coração, vasos sanguíneos e o sangue que é bombeado por todo corpo, e que essa circulação sanguínea se dá de forma pulmonar e sistêmica, onde se torna a liminar responsável pelo restante do corpo humano. Logo, o coração é constituído por três tipos de músculo, onde os mesmos respectivamente, são o músculo ventricular, atrial e fibras excitatórias e condutoras. Dessa forma, as contrações dos músculos atrial e ventricular compõem o que pode ser chamado de ciclo cardíaco a partir da sístole e diástole que são respectivamente a contração e relaxamento do músculo cardíaco. É de extrema importância admitir que a cada etapa se tem um potencial ativo no nodo sinusal feito pela produção espontânea, o qual se localiza na parede lateral do átrio direito. Nesse sentido, o sangue é a substância fluida que circula dentro do sistema vascular, onde possui componentes celulares, como o hematócrito, e não celulares, como o plasma. Ademais, o fluxo sanguíneo apresenta uma trajetória unidirecional, e que isso se deve as válvulas localizadas no coração. Essas válvulas possuem a função de impedir o movimento atrasado do sangue, onde as mesmas são atrioventriculares direita e esquerda, semilunar pulmonar e semilunar aórtica. Todavia, as artérias são os tubos de elevada pressão ligados ao coração que transportam o sangue rico em oxigênio para os tecidos; Já as arteríolas, são vasos menores que recebem o sangue rico em oxigênio das artérias. Além disso, os vasos sanguíneos de diâmetro pequeno que em sua parede possuem uma camada de células são denominados capilares, ou melhor, responsáveis pelas trocas. E que, as vênulas, que são as pequenas veias recebem o sangue dos capilares e o transporta para as grandes veias. Sendo assim, o papel fundamental do sistema cardiovascular é ofertar quantidades significativas de oxigênio para todo o organismo, regular a temperatura do corpo, levar nutrientes para todo o corpo e remover os metabólitos do organismo através da hemodinâmica. Um indivíduo em seu estado de repouso, tem de 4 a 6 litros de sangue por minuto bombeado pelo coração, mas quando está realizando um exercício de alta intensidade, o coração chega a bombear uma quantidade de 4 a 7 vezes maior do que em repouso. Ademais, devido à alta demanda de oxigênio do músculo esquelético, a quantidade de sangue tende a ser aumentada, e devido a isso são necessárias respostas hormonais para suprir esse brinde de oxigênio. Em virtude disso, é notório que o débito cardíaco faz referência com a quantidade de sangue bombeado pelo coração no intervalo de 1 minuto. No entanto, o rendimento do coração vai depender diretamente da velocidade que ocorre o bombeamento, ou melhor, a frequência cardíaca, como também depende do volume sistólico de ejeção. Logo, o controle da pressão arterial, da frequência cardíaca e do duplo produto possui uma função importante para o sistema cardiovascular, pois suas manutenções precisas são essenciais para a realização das trocas de nutrientes e excretas apropriadas ao funcionamento do organismo. Por conseguinte, pode dizer que o corpo humano é uma máquina impecável que responde a diversos estímulos do seu funcionamento vital, dentre eles o exercício físico, pois provoca um aumento imediato no gasto energético da musculatura exercitada e, decorrente a isso, do organismo como um todo. Assim, para suprir a nova taxa metabólica, várias adaptações fisiológicas são necessárias e, dentre elas, as referentes às funções cardiorrespiratórias durante o exercício físico. No decorrer do exercício físico, o corpo precisa receber uma maior quantidade de oxigênio, bem como transportar uma quantidade maior de sangue e nutrientes até o músculo para que não se tenha um cansaço muscular repentino. Dessa maneira, à medida que o indivíduo vai aumentando a intensidade do seu exercício, há uma necessidade de um aumento da frequência cardíaca e respiratória, alcançando melhorias para que o corpo trabalhe com a maior eficiência possível. Os efeitos na fisiologia do exercício físico podem ser classificados em agudos imediatos, agudos tardios e crônicos. Os efeitos agudos são considerados como respostas imediatas a uma certa atividade física. Já os efeitos imediatos, acontecem no início e no período pós-imediato da atividade física, como por exemplo o aumento da frequência cardíaca, ventilação pulmonar, e a transpiração. Mas, os efeitos agudos tardios, ocorrem no decorrer de 24 à 48 horas que aconteceu a série de exercícios, e podem ser indicados pela redução da pressão arterial, nos hipertensos, como uma melhora na sensibilidade ao hormônio da insulina em guiar a glicose para o interior da célula devido a abertura da membrana, a qual serve como fonte de combustível para que os músculos realizem a contração no momento do movimento. Como também, os efeitos crônicos que podem ser chamados de efeitos de adaptação, pois são resultados de uma exposição frequente de séries de exercícios, e mostram mudanças corporais bem nítidas, como a redução na taxa de gordura, e uma melhora na parte funcional, fortalecendo assim as articulações. Logo, podemos destacar como casos nítidos disso: a redução da frequência cardíaca em repouso, a hipertrofia do músculo, ou melhor, o aumento no tamanho do músculo, o aumento na capacidade do coração de armazenar e o encaminhamento de mais sangue para que o corpo em função do músculo fique mais forte, e gaste menos energia e proporcione um aumento no consumolimite de oxigênio devido ao aumento dos alvéolos pulmonares que guardam o oxigênio inspirado que chega aos pulmões. Mas, para que se tenha uma quantidade de oxigênio que supra os músculos para realizar os exercícios físicos, devem ser feitos dois ajustes/mecanismos no fluxo sanguíneo, como o aumento do débito cardíaco, ou melhor, um aumento da quantidade de sangue que é bombeado pelo coração, e a distribuição do sangue dos órgãos inativos, por exemplo o fígado, baço e rins, na hora do exercício para os músculos esqueléticos ativos. Todavia, alguns órgãos, como o cérebro, não pode ter o seu suprimento de oxigênio diminuído durante os exercícios, mas para isso deve haver uma manutenção da pressão arterial. No coração, a primeira alteração equivale ao aumento da quantidade de sangue bombeado pelo coração para o aparelho vascular. Em repouso, a quantidade de sangue impulsionada por minuto pelo coração, ou débito cardíaco, ronda os 5 litros, e enquanto que durante um exercício pode atingir os 10 ou 20 litros. O débito cardíaco é originado pela quantidade de sangue exposto pelo ventrículo esquerdo durante cada contração, e pela frequência cardíaca, ou seja, a quantidade de batimentos cardíacos por minuto. Dado que o coração das pessoas de forte constituição física costuma ser mais volumoso e forte, a contração do músculo cardíaco será mais eficiente, para ejetar a mesma quantidade de sangue de uma pessoa com baixa aptidão física, reduzindo a frequência cardíaca. Como também, entre as pessoas menos fortes fisicamente, este processo é fundamentalmente causado pelo aumento da frequência cardíaca, que nestes casos podem chegar aos 90/100 batimentos por minuto, onde que por outro lado enquanto em repouso situa-se entre 70/80 batimentos. A adaptação efetuada pelo aparelho cardiovascular ao exercício físico se torna positiva, pois melhora o rendimento do coração e dos pulmões e chega a prevenir, e até mesmo tratar, alguns problemas graves que possam afetar estes órgãos. De outra forma, o exercício se torna eficiente quando é realizado de forma resistente, mas dentre a maioria das vantagens do exercício físico, a mais importante é a sua contribuição para a prevenção da doença coronária, a qual é provocada pela obstrução das artérias que irrigam o coração e a consequente falta de oxigênio neste órgão. Essa engenharia de adaptação é extremamente essencial, já que um coração adequadamente treinado tem menos chances de obstrução das suas artérias. De forma nítida e clara, o aparelho respiratório em conjunto com o exercício físico melhora de maneira pontual a capacidade pulmonar e contribui para o tratamento de doenças onde já se tenha um elevado grau de insuficiência respiratória, como a bronquite crônica, asma. A resposta do aparelho cardíaco a atividade física é refletida no aumento da frequência de suas contrações, que acontece por conta de um fluxo sensorial de equilíbrio vindo dos músculos, assim como toda parte locomotora de tendões, cápsula articular e ligamentos assim que se começa o exercício físico e que se encaminha ao sistema nervoso central (SNC), que faz a interpretação e acomoda essas informações de forma a responder corretamente por meio do sistema nervoso autônomo parassimpático que é o principal regulador da frequência cardíaca. Segundo os médicos fisiologistas, Guyton e Hall, o aumento da frequência cardíaca ocorre por conta de outras respostas à atividade física como aumento da temperatura corporal e estimulação do coração pelos nervos parassimpáticos. Praticar exercícios envolve uma série de ajustes que são feitos a fim de se manter um bom funcionamento do organismo e manter o equilíbrio do mesmo. Dito isto, no momento da prática do exercício físico, há a ocorrência de uma hipertrofia do músculo cardíaco, chamada de hipertrofia excêntrica e facilmente observada em atletas e/ou indivíduos que realizam treinos com exercícios aeróbicos. Isto ocorre por conta do aumento do retorno venoso durante o exercício, gerando um pico de tensão diastólica, o que leva ao crescimento dos miócitos; com adição em série de novos sarcômeros e o aumento do seu comprimento pelo aumento no número de miofibrilas, a fim de normalizar o estresse nas paredes do miocárdio e consequentemente, o aumento da cavidade do ventrículo esquerdo. Esta cavidade estando aumentada causa um pico de tensão sistólica, estimulando o crescimento dos miócitos por meio da adição de novos sarcômeros, aumentando a espessura da parede do ventrículo esquerdo de forma compensatória, mas mantendo a relação entre parede ventricular e raio do ventrículo esquerdo inalterada. Com o aumento no tamanho do músculo cardíaco, é possível bombear mais sangue e consequentemente, aumentar a oxigenação dos músculos esqueléticos que durante atividade física requerem uma demanda de oxigênio maior do que quando estão em repouso e também por utilizarem gás oxigênio na queima de combustível, especialmente gordura, durante o exercício. Pode-se ver também mudanças na expressão de proteínas contráteis e na parte de função contrátil, nas vias de sinalização que fazem a regulação da plasticidade do músculo como, elevação no fluxo de cálcio e aumento da pressão intracelular de oxigênio. Continuando a ver essas adaptações a nível celular, as células dos músculos esqueléticos passam a ter um aumento em sua capacidade de absorção de oxigênio pela circulação sanguínea, assim como também há um aumento no ritmo de eliminação de dióxido de carbono no sentido inverso. Por conta disso outro tipo de adaptação cardiorrespiratória ocorre relacionada às vias respiratórias, que também sofrem alteração no seu funcionamento como aumento na frequência respiratória e em sua amplitude a fim de garantir uma maior entrada de oxigênio nos pulmões e igualmente maior eliminação de CO2, de forma a aumentar a frequência respiratória e as trocas gasosas nos alvéolos pulmonares. A frequência respiratória e ventilação pulmonar estão diretamente ligadas e podemos perceber isso quando durante a prática de atividade física, a ventilação pulmonar sofre um ajuste de forma a beneficiar as concentrações alveolares de O2 e CO2 para garantir a oxigenação adequada de sangue que passa pelos pulmões. Com isso, o volume de ar corrente aumenta durante treinos físicos, excedendo o volume inspiratório de reserva e o volume expiratório, tanto que em uma inspiração máxima mesmo que o indivíduo respire com máxima capacidade vital, o ar fica nos pulmões, esse resíduo de ar então favorece trocas de gás de modo contínuo durante toda as fases do ciclo respiratório. Com isto, podemos dizer que estas mudanças na parte respiratória garantem uma maior entrada de oxigênio nos pulmões e igualmente maior eliminação de CO2, podendo ser de 20 a 25 vezes maior do que em repouso, porém garantindo a homeostase do organismo. Um coágulo sanguíneo é um aglomerado de sangue que mudou de um líquidopara um estado semelhante a gel ou semi-sólido. São formados a partir da associação entre células sanguíneas e diversas proteínas encontradas no sangue, com o objetivo de reparar o tecido endotelial, a camada interna dos vasos sanguíneos, e controlar sangramentos. Dessa forma, a coagulação é um processo natural, mas que pode ser prejudicial às vezes. Quando os coágulos se formam no meio dos vasos sanguíneos, isso dificulta o fluxo de sangue podendo até interrompê-lo, o que pode levar o indivíduo a óbito. Um coágulo arterial, que ocorre dentro de uma artéria, pode levar a um ataque cardíaco caso o coágulo ocorra no coração. Já o coágulo venoso, ocorre dentro de uma veia, pode levar a uma embolia pulmonar que geralmente ocorre quando um trombo venoso viaja até o um dos pulmões. A embolia pulmonar pode causar outro problema que é o infarto pulmonar, no qual parte do tecido pulmonar não recebe fluxo de sangue e oxigênio suficientes e , devido ao bloqueio do fluxo sanguíneo no pulmão. Um dos fatores que favorecem o aparecimento de trombose, quando o coágulo se forma no interior de uma veia importante podendo interromper a passagem de sangue, é a falta de exercício físico dando destaque para a panturrilha, visto que ela é a responsável por bombear o sangue em direção ao coração. Sem a movimentação desse músculo, a velocidade do fluxo diminui, propiciando a formação de coágulos sanguíneos. Há nítida correlação entre o excesso de peso com risco de doenças cardiovasculares. O excesso de peso predisporia a essas doenças devido a anormalidades no metabolismo dos lipídios, glicose e pressão arterial. Doenças como a hipertensão arterial, dislipidemia, síndrome de resistência à insulina e/ou diabetes mellitus tipo 2 e a doença arterial coronariana associam-se ao excesso de peso e à obesidade. O sobrepeso e a obesidade são caracterizados recorrentemente por elevações leves a moderadas dos triglicérides e diminuição do HDL-colesterol. Essas alterações frequentemente se associam a partículas de LDL menores e mais densas. Esse conjunto é denominado dislipidemia aterogênica e faz parte da chamada síndrome de resistência à insulina. Frequentemente, esses indivíduos apresentam hiperinsulinemia, hiperuricemia, hipertensão arterial e podem sofrer também de diabetes mellitus. Níveis baixos de HDL-colesterol são fator de risco importante para a aterosclerose. Níveis elevados de triglicérides, se não forem fator de risco isolado para aterosclerose, potencializam os papéis da LDL. A redução do peso associa-se, principalmente, ao aumento do HDL-colesterol e a diminuição dos triglicérides. A insuficiência cardíaca congestiva é uma das principais causas de óbito em pacientes com obesidade mórbida. Em torno de 2-3ml de sangue são necessários para perfundir 100g de tecido adiposo. Dessa maneira, um paciente com 100kg de excesso de gordura necessitaria de um aumento de 3L/min no débito cardíaco. Quanto maior é o sobrepeso, maior é o esforço do coração para conseguir bombear o sangue. Vale ressaltar também que há um aumento do consumo de oxigênio devido ao aumento do tecido adiposo e isso necessita do aumento do débito cardíaco que ocorre pelo volume sistólico, pois ocorre mudança na frequência cardíaca. Logo, obesos mórbidos tem o aumento da pré-carga, por conseguinte, ocorre o estímulo para o desenvolvimento da hipertrofia excêntrica. Além disso, é possível observar um aumento linear do peso do coração com o sobrepeso ademais de hipertrofia e aumento da gordura epicárdica. O excesso de peso, decorrente da gordura sobre o pulmão, provoca uma grande dificuldade para a entrada e saída de ar. A caixa torácica, envolvendo os pulmões, não consegue expandir de maneira adequada, por causa da pressão externa exercida pela gordura acumulada no peito e na área abdominal, ou seja, a gordura em excesso na parede abdominal e em torno dos órgãos dificulta o movimento do diafragma. A situação acarreta um limite na expansão dos pulmões, que precisam aumentar a demanda por oxigênio, causando dificuldade em respirar. A asma é um dos mais frequentes problemas respiratórios em pessoas obesas ou com sobrepeso. Portanto, a prevenção de todas essas doenças e complicações podem ser prevenidas com o controle de peso pelo aumento da atividade física e uma dieta saudável. Espera-se que essas alterações comportamentais resultem em uma diminuição da pressão arterial, na melhora da hipertrofia do coração, um melhor uso da insulina pelo corpo, uma queda no colesterol, vida respiratória mais saudável etc. A prática de exercício físico é uma boa forma de prevenir e combater a depressão e a ansiedade. Tal fato acontece porque o exercício libera no cérebro substâncias, como as endorfinas e serotoninas, que proporcionam uma sensação de paz e de tranquilidade. Elas são neuromediadores ligados ao bem-estar e ao prazer. Por ser um potente liberador de endorfinas, o exercício físico cria a boa dependência quando praticado regularmente, e faz falta como faria qualquer outra substância associada ao prazer. O exercício é muito eficaz para combater o estresse e ansiedade também por ter um efeito relaxante, por favorecer uma descontração mental e ajudar a pessoa a afastar-se temporariamente dos problemas e da tensão. Vale ressaltar novamente, a prática ajuda também na prevenção da depressão que pode ser provocada por uma cardiopatia. Conviver com um problema cardiovascular ou se recuperar de um infarto pode afetar a saúde mental. O ataque do coração pode funcionar como um gatilho para adotar uma vida mais saudável, mas também pode provocar o contrário como o mal do século XXI. Pesquisas recentes demonstram que fatores presentes em pacientes cardiopatas como quadros inflamatórios, alterações plaquetárias e excessos na produção de noradrenalina também podem desencadear distúrbios psiquiátricos ou neurológicos, entre os quais, a depressão. A ansiedade também pode representar um perigo para o coração. Esse transtorno pode gerar vários efeitos no corpo, como acelerar os batimentos cardíacos, diminuir os diâmetros dos vasos sanguíneos e o aparecimento da hipertensão arterial. Em indivíduos com carga genética ou fator de risco, a consequência pode ser o desenvolvimento mais rápido da doença arterial coronária. Ela ainda pode causar arritmias, podendo ser a fibrilação atrial que é uma contração desordenada da musculatura atrial do coração podendo levar ao aumento dos batimentos cardíacos com sensação de mal-estar e tontura. O transtorno também pode levar a complicações respiratórias como a falta de ar em situações aterrorizantes para a pessoa deixando o padrão respiratório dificultoso enchendo os pulmões com respirações curtas, contribuindo para uma hiperventilação. Esta que reduz os níveis de dióxidos de carbono no sangue podendo causar tremores, dormência nos membros, boca seca e dores no peito. A pressão arterial, força que faz o sangue passarnos vasos, é influenciada pelo débito cardíaco (a quantidade de sangue que circula). Assim, a pressão é mediada pela resistência que o sangue encontrará no vaso que se inicia na artéria aorta e se propaga para o resto do corpo. Quando essa resistência é alta, ou seja, na pressão alta, o coração precisa se esforçar mais para fazer o sangue circular no corpo todo. A condição patológica de pressão alta inicia-se quando os níveis pressóricos arteriais sistólicos (de contração do ventrículo) estão acima de 139mmhg e os diastólicos (relaxamento do ventrículo) estão acima de 89mmhg. Esse quadro é muito agravante pois quanto mais força o coração tiver que fazer para vencer essa resistência, maior será o desgaste da sua parede muscular como por exemplo a do ventrículo esquerdo que bombeia o sangue para o corpo todo, podendo ficar hipertrofiado. Há a chance de ocorrer também, o rompimento das artérias. Se em algum momento o coração não conseguir mais dar conta do sangue todo, acontece uma insuficiência cardíaca. Essa situação leva a outras complicações como à redução da quantidade de sangue ejetado pela distensibilidade diastólica do ventrículo, podendo levar a um infarto agudo do miocárdio. Além de toda essa situação, pessoas que sofrem de apneia do sono tem maiores chances de ter hipertensão. Isso acontece porque durante o sono desses indivíduos, a faringe relaxa tornando dificultosa a passagem do ar, até ela se fechar completamente interrompendo a respiração. Com isso, ocorre a liberação da adrenalina, hormônio com a capacidade de contração vascular, restringindo o espaço circulatório sanguíneo, dessa forma, aumentando a pressão. Esse acontecimento também pode acarretar no infarto agudo do miocárdio, pois nessa doença, há uma queda na concentração de oxigênio no sangue arterial, por conseguinte, o coração aumenta os batimentos na busca de aumentar a oxigenação. Entretanto, como nos outros tópicos, a prática de exercício físico pode ser a solução para hipertensão, pois ele tem a capacidade de fazer a distensão do sistema vascular com a liberação de agentes vasodilatadores, como o óxido nítrico, que a partir do movimento, aumentam o vaso. Tal fato permite que o sangue aumente o seu fluxo, assim, aumentando a irrigação para os tecidos do corpo. Como consequência temos o aumento da concentração de oxigênio que reduz as chances de células morrerem por falta de perfusão, como no infarto agudo do miocárdio. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BERNE, R.M.; LEVY, M.N. Fisiologia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. FORJAZ C.L.M.; TINUCCI,T. A medida da pressão arterial no exercício. Revista Brasileira de Hipertensão, Ribeirão Preto, v.7, n. 1, p.79-87, 2000. FORJAZ, C.L.M.; PATRICIA, C.B. Adaptações agudas ao exercício físico no sistema cardiovascular. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v. 18, p.21-31, ago. 2004. GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. McARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V.L. Fisiologia do exercício. 5ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. POWERS SK, HOWLEY ET. Exercise Physiology- Theory and application to fitness and performance. 3 ed. 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