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Universidade Save Extensão-Maxixe
Curso: Licenciatura em Ensino de História
Cadeira: História da Idade Contemporânea e América 
Docente: Ma. Crimildo Muhache	
Discente: Irenalda da Milagre Benizaria Tivane
Referência bibliográfica: HOBSBAWM, Eric J. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Ideia central 
Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atómicas ate o fim da União Soviética não formam um período homogéneo único na história do mundo. Dividem – se em duas metades, tendo como divisor de águas o início da década de 1970. Apesar disso, a história desse período foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o dominou ate a queda da URSS o constante confronto das duas superpotências que emergiram a segunda guerra mundial na chamada "guerra fria".
A guerra fria
A Guerra Fria, que teve seu início logo após a Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991), é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a União Soviética, disputando a hegemonia política, económica e militar no mundo. A União Soviética buscava implantar o socialismo em outros países para que pudessem expandir a igualdade social, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Enquanto os Estados Unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada (Pag:223). 
O efeito da Guerra Fria foi mais impressionante na política internacional do continente europeu que em sua política interna. Provocou a criação da “Comunidade Europeia”, com todos os seus problemas; uma forma de organização sem precedentes, ou seja, um arranjo permanente (ou pelo menos duradouro) para integrar as economias, e em certa medida os sistemas legais, de vários Estados-nação independentes. Inicialmente (1957) formada por seis Estados (França, República Federal da Alemanha, Itália, Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo), ao final do Breve Século XX, quando o sistema começou a balançar, como todos os outros produtos da Guerra Fria, nela já haviam entrado outros seis (Grã-Bretanha, Irlanda, Espanha, Portugal, Dinamarca, Grécia), e em teoria ela se comprometia com uma integração política ainda mais estreita, além da económica. Isso devia levar a uma união federada ou confederada permanente da “Europa” (pág. 236-7). 
Os EUA fossem incapazes de impor em detalhes seus planos político-económicos aos europeus, eram suficientemente fortes para dominar seu comportamento internacional. A política da aliança contra a URSS era dos EUA, e também seus planos militares. A Alemanha foi rearmada, os anseios de neutralismo europeu foram firmemente eliminados, e a única tentativa de potências europeias de se empenhar numa política mundial independente dos EUA, ou seja, a guerra anglo-francesas de Suez contra o Egipto em 1956, foi abortada por pressão americana. O máximo que um Estado aliado ou cliente podia permitir-se fazer era recusar a completa integração na aliança militar, sem na verdade deixá-la (como o general De Gaulle). À medida que a era da Guerra Fria se estendia, abria-se um crescente fosso entre a dominação esmagadoramente militar, e portanto política, que Washington exercia na aliança e o enfraquecimento da predominância económica dos EUA. O peso económico da economia mundial passava então dos EUA para as economias europeia e japonesa, as quais os EUA julgavam ter salvo e reconstruído (pág. 238) 
 Quando a Guerra Fria terminou, restava tão pouco da hegemonia económica americana que mesmo a hegemonia militar não mais podia ser financiada com os recursos do próprio país. A Guerra do Golfo, em 1991, contra o Iraque, uma operação essencialmente americana, foi paga, com boa ou má vontade, pêlos outros países que apoiaram Washington. Foi uma das raras guerras com as quais uma grande potência na verdade teve lucro. Felizmente para todos envolvidos, com excepção dos infelizes habitantes do Iraque, acabou em poucos dias (Idem).
A URSS se preocupava não só com a retórica ambígua, porém muitas vezes apenas belicosa demais, de Washington, mas com o rompimento fundamental da China, que agora acusava Moscou de amolecer diante do capitalismo, forçando assim o pacífico Kruschev a uma posição pública mais inflexível em relação ao Ocidente. Ao mesmo tempo, a súbita aceleração da descolonização e de revolução no Terceiro Mundo parecia favorecer os soviéticos. Os EUA, nervosos mas confiantes, enfrentavam assim uma URSS confiante mas nervosa por Berlim, pelo Congo, por Cuba. Em meados da década de 1970, o mundo entrou no que se chamou de Segunda Guerra Fria. Coincidiu com uma grande mudança na economia mundial, o período de crise a longo prazo que caracterizaria as duas décadas a partir de 1973, e que atingiu o clímax no início da década de 1980. Contudo, de início a mudança no clima económico não foi muito notada pelos participantes do jogo das superpotências, a não ser por um súbito salto nos preços da energia provocado pelo bem-sucedido golpe do cartel de produtores de petróleo, a OPEP, um dos vários acontecimentos que pareceram sugerir um enfraquecimento no domínio internacional dos EUA. As duas superpotências estavam razoavelmente satisfeitas com a solidez de suas economias. Os EUA foram visivelmente menos afectados pela nova crise económica que a Europa; a URSS os deuses tomam primeiro complacentes aqueles a quem desejam destruir achava que tudo ia a seu favor. Leonid Brejnev, sucessor de Kruschev, que presidiu os vinte anos que os reformadores soviéticos chamariam de “era da estagnação”, parecia ter algum motivo de optimismo, no mínimo porque a crise do petróleo de 1973 acabara de quadruplicar o valor de mercado das gigantescas novas jazidas de petróleo e gás natural que haviam sido descobertas na URSS desde meados da década de 1960 (pág. 240-1). 
 
A guerra consiste não só na batalha ou pelo acto de lutar: mas num período de tempo em que a vontade de disputar pela batalha é suficientemente conhecida. A guerra fria entre EUA e URSS, que depois dominou o cenário internacional na segunda metade do breve seculo XX,foi sem dúvidas u desses períodos. URSS controlava uma parte do globo, ou sobre ela exercia predominante influencia, a zona ocupada pelo exército vermelho e/ou outras forças armadas comunistas no término da guerra e não tentava ampliá-la com o uso de força militar. Os EUA exerciam controlo e predominância sobre o resto do mundo capitalista, além de hemisfério norte e oceanos, assumindo o que restava da velha hegemonia imperial das antigas potências coloniais. Em troca, não intervinha na zona aceita de hegemonia soviética (Pag:224).
O campo comunista não deu sinais de expansão entre a revolução chinesa e a década de 1970, quando a China estava fora dele. Até então as duas superpotências aceitavam a divisão desigual do mundo, faziam todo o esforço para resolver disputas de demarcação sem um choque aberto entre suas forças armadas que pudesse levar a uma guerra e, ao contrário da ideologia e da retorica da guerra fria (Pag:225).
Coreia de 1950-53, em que os americanos se envolveram oficialmente, mas os russos não, Washington sabia que pelo menos 150 aviões chineses eram na verdade aviões soviéticos com pilotos soviéticos. A informação foi mantida em segredo porque se supunha correctamente que a ultima coisa que Moscovo queria era a guerra. Durante a crise dos misseis cubanos de 1962, a principal preocupação dos dois lados era impedir que os gestos belicosos fossem interpretados como medidas efectivas para a guerra (Pag:226).
Provavelmente mais explosivo foi aquele entre a enunciação formal da doutrina de Truman, em 1947e Abril de 1951,quando o mesmo presidenteamericano demitiu o general Douglas MacArthur, comandante das forças americanas na guerra da Coreia, que levou sua ambição militar longe demais. Em 1949 os comunistas assumiram o poder na China, por outro lado os EUA com quem a URSS se defrontava tinha o monopólio das armas nucleares e multiplicavam declarações de anticomunismo militantes e agressivas enquanto surgiam as primeiras fendas na solidez do bloco soviético co a saída de Jugoslávia de Tito (1948). Alem disso de 1949 em diante a China este sob um governo que não apenas mergulhou imediatamente numa grande guerra na Coreia, como ao contrário de todos os outros governos, se dispunha de facto a enfrentar um holocausto nuclear e sobreviver (Pag:226-227).
Assim que a URSS adquiriu armas nucleares, quatro anos depois de Hiroxima no caso da bomba atómica 1949,nove meses depois dos EUA no caso da bomba de hidrogénio 1953, as duas superpotências abandonaram a guerra como instrumento de política, pois isso equivalia a um pacto suicida. Contudo, ambos usaram a ameaça nuclear, quase com certeza sem intensão de cumpri-la, em algumas ocasiões: os EUA para acelerar as negociações de paz na Coreia e no Vietnã (1953,1954), a URSS para forçar a Grã-Bretanha e a França a retirar-se de Suez em 1956 (Pag:226).
O líder soviético Nikita S.Krushev decidiu colocar misseis em Cuba, para contrabalançar os misseis americanos já instalados do outro lado da fronteira soviética com a Turquia. Os EUA o obrigaram a retira-los com a ameaça de guerra mas também retiraram os misseis da Turquia. Os misseis soviéticos, como presidente Kennedy foi informado na época não faziam diferença para o equilíbrio estratégico, embora fizessem diferença nas relações públicas presidenciais. (Pag:227)
O comunismo claro em sua opinião tomava a Rússia ainda mais perigosa, reforçando a mais brutal das grandes potências com a mais implacável das ideologias utópicas, ou seja, de conquista do mundo. Mas a implicação da tese era que única potência rival da Rússia, ou seja os EUA teria de conter a pressão desta por uma resistência inflexível, mesmo que ela não fosse comunista. Por outro lado, do ponto de vista de Moscou, a única estratégia de racional para defender e explorar a vasta, mas frágil, nova posição de potência internacional era exactamente a mesma: nenhum acordo. Não poderia haver negociações sobre as posições oferecidas por Roosevelt e Churchill na época em que o esforço soviético era essencial para vencer Hitler e ainda considerado fundamental para derrotar o Japão. A URSS poderia estar disposta a recuar de qualquer posição exposta alem da posição fortificada que ela considerava ter sido combinada nas conferencias de cúpula de 1943-45,sobretudo em Yalta,por exemplo nas fronteiras de Ira e Turquia em 1945-6,mas qualquer tentativa de reabrir Yalta só podia respondida com uma recusa directa, em suma, enquanto os EUA se preocupavam com o perigo de uma possível supremacia mundial soviética num dado momento futuro, Moscou se preocupava com a hegemonia de facto dos EUA, então exercida sobre todas as pares do mundo não ocupadas pelo exercito vermelho (Pag:231)
 Contudo, a politica de intransigência mutua e mesmo de permanente rivalidade de poder, não implicava perigo diário da guerra, os elementos na situação ajudavam a fazer o confronto passar o reino da razão para o da emoção, como a URSS, os EUA eram uma potencia representando uma ideologia, que a maioria dos americanos acreditava ser o modelo para o mundo, ao contrario da URSS, os EUA era uma democracia. (Pag:232)
Os EUA viram – se comprometidos com uma posição agressiva, de mínima flexibilidade táctica, os dois lados viram-se assim comprometidos com uma insana corrida armamentista para a mutua destruição e com o tipo de generais e intelectuais nucleares cuja profissão exigia que não percebessem essa insanidade, os dois também se viram comprometidos com o que presidente em fim de mandato, Eisenhower, militar moderado da velha escola que se via presidindo essa descida à loucura sem ser exactamente contaminado por ela chamou de "complexo industrial-militar", ou seja o crescimento cada vez maior dos homens e recursos que viviam da preparação da guerra. Mas do que nunca era um interesse estabelecido em tempos de paz estável entre as potencias. (Pag:233)
Embora o aspecto mais óbvio da guerra fria fosse o confronto militar e a cada vez mais frenética ocorrida armamentista no Ocidente, não foi esse o seu grande impacto. As armas nucleares não foram usadas. As potências nucleares se envolveram em três grandes guerras. O baldos pela victória comunista na China, os EUA e seus aliados intervieram na Coreia em 1950 para impedir que o regime comunista do Norte daquele país se estendesse ao Sul, o resultado foi um empate, fizeram o mesmo com objetivo no Vietnã e perderam. A URSS retirou-se do Afeganistão em 1988,apos oito anos nos quais forneceu ajuda militar ao governo para guerrilhas apoiadas pelos americanos. (Pag:234)
 O material caro de alta tecnologia da competição das superpotências revelou – se pouco decisivo, a ameaça constante de guerra produziu movimentos internacionais de paz essencialmente dirigidos contra as armas nucleares, os quais de tempos em tempos se tomaram movimentos de massa em partes da Europa, sendo vistos pelos cruzados da guerra fria como armas secretas dos comunistas. Os movimentos pelo desarmamento nuclear tampouco foram decisivos, embora um movimento contra a guerra específico, o dos jovens americanos contra o seu recrutamento para a guerra do Vietnã (1965-75),se mostrasse mais eficaz. No fim da guerra fria, esses movimentos deixaram recordações de boas causas e algumas curiosas relinquias periféricas como adopcão do logotipo antinuclear pelas contraculturas pós 1968 e um entranhado preconceito entre os ambientalistas contra qualquer tipo de energia nuclear. (Pag:235)
Muito mais óbvias foram as consequências políticas da guerra fria, quase de imediato, ela polarizou o mundo controlado pelas superpotências em dois campos marcadamente divididos, os governos de unidade antifascista que tinham acabado com a guerra na Europa (excerto significativamente os três principais Estados beligerantes, URSS,EUA e Grã-Bretanha) dividiram – se em regimes pró-comunistas e anticomunistas homogénicas em 1947-8. No Ocidente, os comunistas desapareceram dos governos e foram sistematicamente marginalizados na política. Os EUA planejaram intervir militarimente se os comunistas vencessem as eleições de 1948 na Itália. A URSS fez o mesmo eliminando os não-comunistas de suas democracias populares multipartidárias, dai em diante reclassificadas como ditaduras do proletariado, isto é, dos partidos comunistas. Para enfrentaros EUA criou-se uma internacional comunista curiosamente restrita e eurocêntrica (o Cominformou Departamento de informação),que foi discretamente dissolvida em 1956,quando as temperaturas internacionais baixaram, o controle directo soviético estendeu-se a toda Europa Oriental, excepto muito curiosamente a Finlândia, que estava a mercê dos soviéticos e excluiu o seu governo o forte partido comunista, em 1948,permanece obscuro o motivo pelo qual Stalin se absteve de la instalar um governo satélite, talvez a elevada probabilidade de os finlandeses voltarem a pegar em armas o tenha dissuadido, pois ele com certeza não correr o risco de entrar numa guerra que podia fugir ao seu controle. (Pag:236)
A base política dos governos ocidentais da guerra fria ia da esquerda social-democrata de antes da guerra à direita não nacionalista moderada também anterior à guerra. Ai os partidos ligados à igreja católica se mostraram úteis pois as credenciais anticomunistas e conservadoras da igreja não ficavam atras das de ninguém, mas seus partidos democrata-cristãos, tinham tanto uma sólida folha de serviços antifascistas quanto um programa social (não socialista), esses partidos desempenharam um papel central na política ocidental após 1945, temporariamente na França, mas permanentemente na Alemanha Itália, Bélgica e Áustria (Pag:236)
Contudo,ex-fascistas formas independentes, inicialmente (1957) formada por seis Estados (França, Republica Federal da Alemanha, Itália, Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo, ao final do breve seculo XX,quando o sistema começou a balançar, como todos outros produtos da guerra fria, nela já haviam entrado outros seis (Grã-Bretanha, Irlanda, Espanha, Portugal, Dinamarca e Grécia) e em teoria ela se comprometia com a integração de uma politica ainda mais estreita, alem da económica, isso devia levar a uma união federada ou confederada permanente da Europa. Contudo, para os americanos uma Europa efectivamente restaurada, parte da aliança militar antissoviética que era o complemento logico do plano Marchall,a organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de 1949,tinha de basear-se realisticamente na força económica alemã, reforçada pelo rearmamento do país. (Pag:238)
Os franceses, portanto, propuseram sua própria versão de união europeia, a comunidade europeia do carvão e do aço (1950),que se transformou numa "comunidade económica europeia ou mercado comum" (1957),depois simplesmente "comunidade europeia" e a partir de 1993,"Uniao Europeia ", o quartel-general era em Bruxelas, mas o núcleo era a unidade franco-germânica. A política da aliança contra a URSS era dos EUA, também seus planos militares, a Alemanha foi rearmada, os anseios de neutralismo europeu foram firmemente eliminados e a única tentativa de potências europeias de se empenhar numa política mundial independente dos EUA, ou seja, a guerra anglo-francesa de Suez contra o Egipto em 1956, foi abortada por pressão americana (Pag:238)
O Ocidente capitalista sentia estar perdendo terreno para economias comunistas, que haviam crescido mais rapidamente na década de 1950,não paravam elas de demonstrar uma superioridade tecnológica em relação aos EUA com o sensacional triunfo satélites e cosmonautas, acabado de triunfar em Cuba, por outro lado, a URSS se preocupava não só com a retorica ambígua, porem muitas vezes apenas belicosa demais de Washington, com o rompimento fundamental da China, que agora acusava Moscou de amolecer diante de capitalismo forçando assim o pacifico Krushev a uma súbita posição publica mais inflexível em relação a ocidente, ao mesmo tempo da descolonização e de revolução no Terceiro mundo parecia favorecer os soviéticos, os EUA nervosos mas confiantes, enfrentavam assim uma URSS confiante mas nervosa por Berlim, pelo Congo, por Cuba. O muro de Berlim (1961) fechou a última fronteira indefinida entre Oriente e Ocidente na Europa, os EUA aceitaram uma Cuba comunista em sua soleira. (Pag:340)
O Vietnã e o Médio Oriente enfraqueceram os EUA, embora isso não alterasse o equilíbrio global das superpotências, ou a natureza do confronto nos vários teatros da guerra fria, contudo, entre 1974 e 1979,uma nova onda de revoluções surgiu numa grande parte do globo. Esta terceira rodada dessas revoltas no breve seculo XX,na verdade parecia que podia mudar o equilíbrio das superpotências desfavoravelmente aos EUA, pois vários regimes na África, Asia e mesmo no próprio solo das Américas eram atraídos para o lado soviético e mais concretamente forneciam à URSS bases militares e sobretudo navais, fora do seu núcleo interior (Pag:242). 
A Guerra Fria transformara o panorama internacional em três aspectos. Primeiro, eliminara inteiramente, ou empanara, todas as rivalidades e conflitos que moldavam a política mundial antes da Segunda Guerra Mundial, com excepção de um. Alguns deixaram de existir porque os impérios da era imperial desapareceram, e com eles as rivalidades das potências coloniais pelo domínio de territórios dependentes. Outros acabaram porque todas as "grandes potências" (com excepção de duas) haviam sido relegadas à segunda ou terceira divisão da política internacional, e suas relações umas com as outras não eram mais autónomas ou, na verdade, tinham interesse apenas local. A França e a Alemanha (Ocidental) enterraram o velho machado depois de 1947 não porque um conflito franco-alemão se houvesse tomado impensável — os governos franceses pensavam nisso o tempo todo — mas porque sua filiação comum no campo americano e a hegemonia de Washington sobre a Europa não deixariam a Alemanha escapar do controle. Mesmo assim, é espantoso ver como as grandes preocupações típicas de Estados depois de grandes guerras sumiram de vista: ou seja, a preocupação dos vencedores com os planos de recuperação dos perdedores, e os planos dos perdedores para reverter sua derrota. Poucos no Ocidente se preocuparam seriamente com o sensacional retomo a status de grande potência da Ale manha e Japão, armados, embora não com artefactos nucleares, uma vez que os dois eram, na verdade, membros subordinados da aliança americana. Mesmo a URSS e seus aliados, embora denunciassem o perigo alemão, do qual tinham amarga experiência, o faziam mais por propaganda do que por medo de fato. O que Moscou temia não eram as Forças Armadas alemãs, mas os mísseis da OTAN em solo alemão. Mas após a Guerra Fria outros conflitos de poder poderiam surgir (pág. 248) 
Segundo, a Guerra Fria congelara a situação internacional, e ao fazer só estabilizara um estado de coisas essencialmente não fixo e provisório. Alemanha era o exemplo mais óbvio. Durante 46 anos permaneceu dividida - de facto, se não, por longos períodos, de jure em três sectores: a cidental, que se tomou a República Federal em 1949; a do meio, que se tor-au a República Democrática Alemã em 1954; e a Oriental, além da linha do der-Neisse, que expulsou a maioria de seus alemães e se tomou parte da Polónia e da URSS. O fim da Guerra Fria e a desintegração da URSS reuniram os dois sectores ocidentais e deixaram as partes da Prússia oriental anexadas à RSS soltas e isoladas, separadas do resto da Rússia pelo agora independente stado da Lituânia. Isso deixou os poloneses com promessas alemãs de aceitar as fronteiras de 1945, o que não os tranquilizou. Estabilização não significava paz. Excepto na Europa, a Guerra Fria não foi uma era em que. ; esqueceu a luta. Dificilmente houve um ano entre 1948 e 1989 sem um conflito armado bastante sério em alguma parte (pág. 249). 
Terceiro Mundo a que fornecia armas, e que partilhavam sua hostilidade ao imperialismo americano, comunidade de interesses à parte, ela não tinha verdadeiro domínio sobre eles. Dificilmente algum deles tolerava sequer a existência legal de partidos comunistas. Apesar disso, a combinação de poder, influência política, suborno e a lógica da bipolaridade e antiimperialismo manteve as divisões do mundo mais ou menos estáveis. Com excepção da China nenhum Estado importante de fato mudou de lado, a não ser por uma revolução autóctone, que as superpotências não podiam provocar nem impedir, como os EUA descobriram na década de 1970. Mesmo os aliados dos EUA que viam suas próprias políticas cada vez mais limitadas pela aliança, como os governos alemães após 1969 na questão da Ostpolitik, não saíram de um alinhamento cada vez mais problemático. Entidades políticas politicamente impotentes, instáveis e indefensáveis, incapazes de sobreviver numa verdadeira selva internacional — a região entre o mar Vermelho e o golfo Pérsico estava cheia delas —, de algum modo continuaram existindo (Idem).
Como a URSS ia desmoronar pouco antes do fim da era Reagan, os propagandistas americanos naturalmente afirmariam que fora derrubada por uma militante campanha americana para quebrá-la destrui-la. Os EUA tinham travado e ganho a guerra fria e destruído completamente o inimigo. A guerra fria acabou quando uma ou ambas potências reconheceram o sinistro absurdo da corrida nuclear e quando uma acreditou na sinceridade do desejo da outra de acabar com a ameaça nuclear, a guerra terminou nas duas conferências de cúpula de Reykjavik-1986 e Washington-1987 (Pag:246).
 Conclusão 
A guerra fria foiuma luta ideológica entre as superpotências URSS e EUA apos segunda guerra mundial, esta guerra decorreu em quase todo o mundo e culminou com a derrota da URSS, através de duas conferencias realizadas em 1986e 1987. A Guerra Fria por alguns anos fora tida como um prelúdio a uma possível Terceira Guerra Mundial, e se esta guerra viesse a ocorrer, teria sido uma guerra nuclear. Foi nesse período que o mundo se encontrava dividido, um mundo bipolar. Uma divisão entre o capitalismo tendo o Estados Unidos da América o seu grande expoente e do outro lado a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) como expoente do socialismo e do comunismo. E em meio a estas duas grandes potências o embate nuclear e armamentista. Assim, de 1945 a 1979, a Guerra Fria fora algo, de 1979 a 1991, as situação mudou e novas questões passaram a envolver a politica mundial.

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