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INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS UNIDADE 2 DEFINIÇÕES IMPORTANTES NA FARMÁCIA TÓPICO 3 MEDICAMENTOS COM EXIGÊNCIA E ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Os medicamentos isentos de prescrição (MIPs), também chamados de medicamentos de venda livre ou over the conter (OTC, que significa sobre o balcão), são, segundo o Ministério da Saúde, aqueles cuja dispensação não requerem receita de um profissional prescritor habilitado. exemplos os antiácidos, os analgésicos e os antieméticos. o fácil acesso aos MIPs torna-os diretamente atrelados à automedicação. A automedicação, condenada por muitos, em alguns casos, quando feita de forma correta, pode ser desejável. A OMS define a automedicação responsável como “prática dos indivíduos em tratar seus próprios sintomas e males menores com medicamentos aprovados e disponíveis sem a prescrição médica e que são seguros quando usados segundo as instruções”. Em EUA, Canadá, Japão e países da União Europeia, a automedicação é prática consolidada, sendo a automedicação responsável praticada principalmente para tratamento de sintomas e doenças sem gravidade, como gripe, resfriado, dores de cabeça comuns, alguns tipos de micoses, dores musculares, entre outras enfermidades. No Brasil, a Portaria nº 2, de 24 de janeiro de 1955, define os seguintes medicamentos como de venda livre ou isentos de prescrição: • profiláticos da cárie; • antissépticos bucais; • soluções isosmóticas de cloreto de sódio para uso oftálmico; • produtos para uso oftálmico, com ação emoliente ou protetora; • antiácidos • colagogos e coleréticos; • laxantes suavizantes e emolientes, e laxantes incrementadores de bolo fecal; • absorventes intestinais; • digestivos contendo exclusivamente enzimas; •suplementos dietéticos com vitaminas, suplementos dietéticos proteicos, e produtos para dietas especiais; • tônicos e reconstituintes para uso oral; • hidratantes eletrolíticos orais; • preparações contendo ferro; • emolientes e protetores de pele e mucosas, queratolíticos e queratoplásticos, agentes cicatrizantes, adstringentes, rubefacientes, antissépticos e desinfetantes; • analgésicos não narcóticos; •balsâmicos e mucolíticos, unguentos percutâneos, inalantes tradicionais; • anti-inflamatórios não esteroidais de uso tópico; • produtos fitoterápicos; • vitaminas em geral ou associadas com sais minerais. MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO Todos os países, independentemente de seu grau de desenvolvimento, precisam de meios para assegurar o uso racional e custo-efetividade dos medicamentos. A dispensação de medicamentos, isentos ou não de prescrição, deve ser entendida como um processo de atenção à saúde. Quando a dispensação é acompanhada de orientação adequada, os riscos relativos ao medicamento diminuem, contribuindo para que os estabelecimentos farmacêuticos sejam um verdadeiro estabelecimento de saúde. Para que ocorra o uso correto, seguro e racional de medicamentos, os farmacêuticos precisam se conscientizar da importância dos MIPs, pois essa classe terapêutica está sob sua responsabilidade e deve ser usada como a principal ferramenta para tratamentos de sintomas menores de baixa gravidade, passíveis de orientação farmacêutica e automedicação. MEDICAMENTOS COM PRESCRIÇÃO TIPOS DE PRESCRIÇÃO Existem leis específicas que o farmacêutico deve seguir, como a Portaria nº 344/1998 e todas as suas atualizações, que tratam dos medicamentos controlados, e a Resolução nº 20/2011, que trata dos medicamentos antimicrobianos que, a partir do ano de 2011, também fazem parte da lista de medicamentos controlados. A portaria nº 344, de 12 de maio de 1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (SVS/MS) é a principal legislação nacional sobre o comércio de medicamentos sujeitos a controle especial. Nela, as substâncias estão distribuídas em listas que determinam a forma como devem ser prescritas e dispensadas. as siglas apresentadas correspondem a: notificação de receita (NR); apresentação injetável (Inj); balanço de substâncias psicoativas e outras sujeitas a controle especial (BSPO); balanço de medicamentos psicoativos e outros sujeitos a controle especial (BMPO); relação mensal de notificações de receita A (RMNRA); relação mensal de notificações de receita B2 (RMNRB2). O receituário é o papel utilizado para a prescrição de medicamentos. Já a receita é a prescrição escrita de medicamentos, contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por profissional legalmente habilitado. • Receituário simples: é utilizada para a prescrição de medicamentos anódinos e de medicamentos de tarja vermelha, com os dizeres venda sob prescrição médica, e segue as regras descritas na Lei nº 5.991/1973. • Receita branca: receituário de controle especial, é utilizada para a prescrição de medicamentos à base de substâncias contidas na lista C1. Os medicamentos desta lista contém tarja vermelha. • Receita azul: também conhecida como receita B, é um impresso padronizado de cor azul, utilizado para a prescrição de medicamentos que contenham substâncias da lista B1 e B2. Terá validade por 30 dias a partir da emissão. • Receita amarela: a notificação de Receita A é um impresso de cor amarela para os medicamentos da lista A1, A2 e A3. • Notificação de Receita Especial de Retinoides: receita de cor branca, específica para prescrição de retinoides de uso oral.
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