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Colaborar - Av2 - Ed - Políticas Públicas

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24/03/2021 Colaborar - Av2 - Ed - Políticas Públicas
https://colaboraread.com.br/aluno/avaliacao/index/2846475302?atividadeDisciplinaId=11481295&finalizada=true 1/4
a)
b)
c)
d)
e)
O "Atlas da Violência" foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada em parceria
com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e contém análises de indicadores sobre a violência no
Brasil. Os crimes de homicídios, por razões lógicas, encontram destaque nesse trabalho.
Sobre o combate aos homicídios previsto no Atlas, foi publicada uma reportagem no site da Agência
Brasil, cujo trecho segue abaixo.
Combate a homicídios deve considerar territorialidade, diz Ipea.
Ações prioritárias
Com base em experiências bem-sucedidas, os responsáveis pelo Atlas da Violência recomendam sete
ações prioritárias para a redução do número de crimes violentos, a começar pela necessidade de
comprometimento dos chefes do Poder Executivo, nos níveis federal, estadual e municipal, já que as
políticas públicas efetivas envolvem a mobilização e articulação com inúmeros atores sociais e ações
intersetoriais.
De acordo com os pesquisadores, esse empenho conjunto precisa ter apoio do empresariado para
que os egressos do sistema carcerário tenham oportunidade de trabalho, sem o que, "a reinserção
social será apenas uma exceção à regra, fazendo com que o crime não apenas valha a pena, mas
seja a única possibilidade de sobrevivência" para os que deixam os presídios.
Os especialistas também recomendam mais rigor no controle e retirada de armas de fogo e munições
de circulação. Para tanto, destacam a importância de se manter o Estatuto do Desarmamento e o
trabalho de inteligência e investigação para identificar os canais por onde armas entram ilegalmente
no país, além do controle e responsabilização pelas armas e munição extraviadas por organizações
pertencentes, ou não, ao sistema de segurança pública.
Há ainda sugestões para que a gestão da segurança pública se organize com base em métodos
científicos e evidências empíricas, com recursos financeiros suficientes para garantir a manutenção e
maturação dos projetos de médio e longo prazos e que espaços de mediação de conflitos sejam
criados e o atual modelo de policiamento seja aperfeiçoado, priorizando um modelo de "repressão
qualificada" ao contrário do que o documento classifica de "abordagem meramente reativa".
"A repressão qualificada, baseada na inteligência policial preventiva e investigativa, com absoluto
respeito aos direitos da cidadania é conjugada com programas e ações preventivas no campo social,
focalizadas em bairros e localidades com populações mais vulneráveis socioeconomicamente e onde
se encontram as maiores taxas de ocorrência de crimes violentos", afirmam os responsáveis pelo
Atlas, que contestam a tese de que o endurecimento das leis e o encarceramento em massa melhore
as condições da segurança pública.
Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2018-06/combate-
homicidios-deve-considerar-territorialidade-diz-ipea>. Acesso em: 22 outubro 2018.
Com base no texto acima, marque a alternativa correta:
Alternativas:
O Estatuto do Desarmamento se mostra falho na repressão aos crimes violentos.
A canalização dos recursos financeiros para aumento do policiamento ostensivo é medida
essencial para a redução dos crimes.
O trabalho de inteligência e o endurecimento das leis são medidas prioritárias para diminuição da
violência.
Os estados, por terem maior responsabilidade sobre a segurança pública, devem-se comprometer
exclusivamente de uma melhor forma com as políticas públicas do que a União e municípios
sobre essa matéria.
O envolvimento de empresários é de grande importância na reinserção de
condenados, aos quais devem ser dadas oportunidades de trabalho, a fim de se
evitar a reincidência.
Alternativa assinalada
24/03/2021 Colaborar - Av2 - Ed - Políticas Públicas
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a)
b)
c)
d)
e)
2)
3)
Entre os órgãos responsáveis pela segurança pública, dois deles são de natureza militar, conforme
o próprio nome já identifica, e os demais são de natureza civil.
Dada a importância das funções desenvolvidas por esses órgãos, elas são definidas pela Constituição
Federal, que também estabelece que são subordinados ao respectivo governo.
Diante dos conhecimentos adquiridos sobre os órgãos de segurança pública, marque V (verdadeiro)
ou F (falso) nas assertivas a seguir:
( ) As polícias civis e militares podem ser controladas operacionalmente por outro cargo que não o
governador do seu estado, como no caso da intervenção federal.
( ) A polícia militar é responsável pela preservação da ordem pública, através do policiamento
ostensivo.
( ) A apuração das infrações penais ocorridas em rodovias cabe à polícia civil, desde que não haja o
interesse da União.
( ) O policiamento ostensivo cabe à polícia militar e à rodoviária, sendo que a última está limitada às
rodovias.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Alternativas:
F, V, V, V
V, V, V, V Alternativa assinalada
V, F, V, V
F, V, V, F
V, V, V, F
Um dos pontos críticos da segurança pública é o crescimento das taxas de homicídio, que ocorre
na maioria das unidades da federação. Sobre o tema, segue trecho de reportagem veiculado pelo site
da Veja:
Com 62,5 mil homicídios, Brasil bate recorde de mortes violentas.
O Brasil registrou a marca histórica de 62.517 mortes violentas intencionais em 2016 e, pela primeira
vez na história, superou o patamar de 30 homicídios a cada 100 mil habitantes. Os dados são do
Ministério da Saúde e fazem parte do Atlas da Violência 2018, divulgado nesta terça-feira (5) pelo
Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Segundo o estudo, o indicador corresponde a 30 vezes a taxa de assassinatos da Europa.
Em 2016, o país registrou uma taxa de 30,3 mortes intencionais por cada 100 mil habitantes --em
2015, esse índice foi de 28,9. Até então, a maior taxa já medida no Brasil tinha sido registrada em
2014, quando alcançou 29,8 mortes intencionais por 100 mil habitantes.
O Atlas traz dados de 2006 a 2016, último ano com dados disponíveis para o levantamento. Nesse
período, 553 mil pessoas foram mortas de forma violenta no país, o que inclui assassinatos,
latrocínios e morte em decorrência de intervenção policial. No período, os homicídios cresceram
13,9%.
De acordo com o levantamento, 71,5% das pessoas que foram assassinadas no país em 2016 eram
pretas ou pardas. O estudo revela que, em 2016, a população negra registrou taxa de homicídios de
40,2 mortes por 100 mil habitantes. O mesmo indicador para brancos, amarelos e indígenas foi de 16
mortes por 100 mil habitantes.
Para o pesquisador e coordenador do Obvio (Observatório de Violência Letal Intencional), ligado à
Ufersa (Universidade Federal do Semi-Árido), Ivênio Hermes, o país teima em não dar atenção a
problemas sociais que levam à violência. Ele considera que o resultado do Atlas da Violência 2018 foi
um "tapa na cara" das autoridades.
24/03/2021 Colaborar - Av2 - Ed - Políticas Públicas
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a)
b)
c)
d)
e)
a)
4)
"O Brasil não freia as mortes porque não investe em políticas para segurança, só investe em
policiamento de vitrine, aquele para mostrar que está fazendo, como a intervenção no Rio de Janeiro.
É tudo de fachada", disse.
Hermes alega que outro grande problema é a precariedade na elucidação desses crimes. "Não se
investe em investigação, em polícia civil, e os governantes só querem saber de farda, que gera a
falsa sensação de segurança. Como não se investe em investigação, cria-se a impunidade e isso gera
mais homicídios."
Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2018/06/05/com-625-mil-
homicidios-brasil-bate-recorde-de-mortes-violentas.htm>. Acessoem: 22 outubro 2018.
Assinale a opção incorreta sob a perspectiva do autor do texto acima:
Alternativas:
As estatísticas revelam possível relação entre uma questão racial e os homicídios.
A impunidade contribui para o aumento dos crimes de homicídio.
O combate ao crime de homicídio deve ser realizado a partir do incremento de
forças de policiamento ostensivo.
Alternativa assinalada
A "falsa sensação de segurança" está relacionada ao maior investimento no policiamento
ostensivo, em detrimento da parte investigativa.
A falta de investimento na parte investigativa prejudica a elucidação dos crimes.
Sobre a evolução dos crimes de homicídio no Brasil no período de 2006 a 2016, o Atlas da
Violência 2018 relevou que em 2016 o Brasil alcançou a média de trinta mortes por 100 mil
habitantes (60 a 65 mil mortes por ano).
Segue abaixo texto de análise sobre esses indicadores.
"Esse índice crescente revela, além da naturalização do fenômeno, a premência de ações
compromissadas e efetivas por parte das autoridades nos três níveis de governo: federal, estadual e
municipal. Não há dúvida de que o desafio é grande, afinal trata-se de uma complexa agenda da
segurança pública, que deve envolver ações intersetoriais e integradas que incluam, além dos
executivos, o Parlamento, a Justiça, o Ministério Público, a Defensoria e também a academia, as
igrejas, os empresários e toda a sociedade civil organizada.
Além de outras consequências, essa tragédia traz implicações na saúde, na dinâmica demográfica e,
por conseguinte, no processo de desenvolvimento econômico e social. Um dado emblemático que
caracteriza bem a questão é a participação do homicídio como causa de mortalidade da juventude
masculina (15 a 29 anos), que, em 2016, correspondeu a 50,3% do total de óbitos. Se
considerarmos apenas os homens entre 15 e 19 anos, esse indicador atinge a incrível marca dos
56,5%, conforme destacado na tabela 2.1."
Atlas da Violência 2018, p. 20. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Fórum Brasileiro de
Segurança Pública. Disponível em: <www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/9/atlas-2018>. Acesso
em: 23 outubro 2018.
Sobre a análise feita sobre a elevação dos crimes de homicídio entre 2006 a 2016, assinale a
alternativa errada.
Alternativas:
Alternativa assinalada
24/03/2021 Colaborar - Av2 - Ed - Políticas Públicas
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b)
c)
d)
e)
a)
b)
c)
d)
e)
5)
A ineficiência do Estatuto do Desarmamento é uma das causas que contribuem
para a elevação dos indicadores de homicídio.
Os altos índices de homicídio impactam na sensação de segurança pública e também interferem
em outras áreas como saúde e economia.
Os governos municipais, embora não sejam obrigados constitucionalmente como os estados,
devem se comprometer em ações para a redução dos homicídios.
O Atlas 2018 confirma uma premissa contemporânea de que a segurança pública não se restringe
aos órgãos elencados no artigo 144 da Constituição Federal.
Os indicadores revelam uma maior vitimização da juventude masculina, podendo se tratar de
mais da metade dos homicídios, dependendo da faixa etária.
Ainda sobre as análises contidas no Atlas 2018, segue trecho que faz referência aos homicídios
causados por armas de fogo.
"Numa outra seção, voltamos a enfatizar o papel central que uma política de controle responsável de
armas de fogo exerce para a segurança de todos. Entre 1980 e 2016 cerca de 910 mil pessoas foram
mortas por perfuração de armas de fogo no país. Uma verdadeira corrida armamentista que vinha
acontecendo desde meados dos anos 1980 só foi interrompida em 2003, quando foi sancionado o
Estatuto do Desarmamento. O fato é que, enquanto no começo da década de 1980 a proporção de
homicídios com o uso da arma de fogo girava em torno de 40%, esse índice cresceu
ininterruptamente até 2003, quando atingiu o patamar de 71,1%, ficando estável até 2016.
Naturalmente, outros fatores têm que ser atacados para garantir um país com menos violência,
porém, o controle da arma de fogo é central. Não é coincidência que os estados onde se observou
maior crescimento da violência letal na última década são aqueles em que houve,
concomitantemente, maior crescimento da vitimização por arma de fogo."
Atlas da Violência 2018, p. 4. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Fórum Brasileiro de
Segurança Pública. Disponível em: <www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/9/atlas-2018>. Acesso
em: 23 outubro 2018.
Assinale a alternativa correta em relação ao que foi exposto sobre homicídios praticados com armas
de fogo no Atlas da Violência 2018.
Alternativas:
O crescimento da vitimização por arma de fogo não possui relação com o aumento da violência
letal.
Políticas de controle de armas de fogo não se tratam de questão de segurança pública.
O comércio de armas de fogo não foi fator preponderante para o crescimento dos homicídios.
O acesso às armas de fogo deve ser controlado para redução da violência. Alternativa assinalada
O Estatuto do Desarmamento, que demonstrou ser ineficaz, não foi capaz de deter o crescimento
das mortes causadas por armas de fogo.

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