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Direito Administrativo II (segunda unidade)

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Direito administrativo II
Aula do dia 07/10
Agentes públicos (é o gênero, a categoria geral): todos aqueles que exercem função pública, ainda que temporariamente e sem remuneração (ex: jurados, mesários, estagiários). 
Espécies (dentro da categoria agente público):
1) Agentes políticos: possuem vínculo de natureza política, agentes públicos cuja relação com o Estado não se dá em razão de vínculo profissional (ex: Presidente da República, Governadores, Prefeitos, vices, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores, Ministros indicados). As características deles são: suas funções de direção e orientação são estabelecidas na Constituição (seja ela federal ou estadual), o ingresso desses agentes é por eleição (normalmente por voto direto, as vezes indireto, e as vezes por indicação política), exercem funções transitórias (não temos para os agentes políticos uma situação de estabilidade, dura o período do mandato estabelecido). 
2) Particulares em colaboração com a administração: sujeitos que, sem perder sua qualidade de particulares, portanto, pessoas alheias à intimidade do aparelho estatal, exercem função pública, ainda que, às vezes, apenas em caráter episódico (ex: jurados, comissário de menores, membros da mesa receptora ou apuradora de votos nas eleições, recrutados para o serviço militar). 
3) Servidor público: todos aqueles que detém relação de trabalho de natureza profissional e sob vínculo de dependência com o Estado e suas entidades da administração indireta- autarquia ou fundacional. Servidores das pessoas jurídicas de Direito Público (União, Estado-Membro, Município, Distrito Federal, Autarquias e Fundações de Direito Público). Categorias de servidores: 
Servidores públicos estatutários: seguem o estatuto, tem o seu regramento de trabalho disciplinado por uma lei específica, o estatuto (nele há as possíveis sanções, direitos etc.). 
Servidores celetistas: são regidos pela CLT.
Servidores temporários: 
4) Empregado público
Cargos públicos (está ligado a servido público): é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor (não podem criar novas vagas que não sejam as determinadas por lei). Criação de novos cargos e a extinção é feita por meio de lei (exceção legislativo federal, por resolução do senado). Chefe do Poder Executivo possa extinguir, mediante decreto, funções e cargos públicos, quando vagos (art. 84, VI, b da CF).
Espécies de cargos públicos:
1) Cargo de provimento efetivo: os servidores públicos estatutário geralmente ocupam esses cargos. Esse cargo é definitivo (sem prazo específico para sair, só sai com processo administrativo, morte, crime), o ingresso dele se da por concurso público, 
2) Cargo de provimento vitalício: definitividade agravada (sentença penal condenatória transitada em julgado, só assim pode demitir esse servidor), vínculo estatutário, Ministério Público, os Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Conta e os membros da Magistratura (a pena máxima é a aposentadoria compulsória fora de uma sentença penal). Inamobilidade e irrebutibilidade. 
3) Cargo de provimento em comissão (cargo de confiança): é transitório (de livre nomeação e exoneração), a escolha é baseada na confiança, podem ser nomeadas pessoas de carreira ou não (qualquer pessoa pode ser nomeada, precisa ser bacharel em direito, o desembargador pode nomear quem ele quiser, só não pode parente, vedação do nepotismo), vínculo estatutário, direção, chefia e assessoramento. 
4) Função pública: é muito parecido com o cargo de provimento em comissão, corresponde a um conjunto de atribuições às quais não corresponde um cargo ou um emprego (conceito por exclusão), direção, chefia e assessoramento, é de livre nomeação e exoneração, se trata de uma atividade de natureza transitória e é baseada na confiança. A grande diferença entre eles é que a função pública só pode ser exercida por servidores ocupantes de cargo efetivo (tem que já ser concursados). 
Aula do dia 21/10 
Provimento (preenchimento) de cargo público que estava vago:
Para cada tipo de cargo público existe uma lei que criou determinada quantidade de vagas para aquele cargo. Não se pode inventar uma vaga nova, o judiciário não pode. 
Formas de provimentos: nomeação (admissão, forma originária), promoção (elevação de classe na mesma carreira, preenchendo uma vaga que estava disponível em uma cargo superior), reversão (é uma situação que não acontece tanto, regresso ao cargo, a atividade, de um servidor aposentado, ele preenche uma vaga ociosa, de preferência e a anterior dele, ela só é possível em situações de erro na aposentadoria ou de ilegalidade, situação que a aposentadoria aconteceu por um equívoco), recondução (inabilitado em estágio probatório para novo cargo), reintegração (demitido), readaptação (incapacitado), aproveitamento (disponível). 
OBS: não existe desaposentação. 
Vacância (um cargo que estava preenchido se torna vago):
Exoneração (não tem caráter punitivo, hipótese de vacância (desligamento do cargo))
Demissão (tem caráter punitiva, ao final do PAD o servidor poderá ser demitido) 
Promoção (configura forma de provimento e vacância ao mesmo tempo, a pessoa foi promovida e o seu cargo fica vago)
Readaptação (forma de provimento e vacância ao mesmo tempo, quando um servidor se torna incapacitado (deficiência) para um cargo migra para outro de igual equivalência, quando o servidor deixa o cargo e vai para um cargo que ele está mais capacitado, surge uma vaga)
Aposentadoria (uma forma de vacância, quando o servidor passa para a inatividade remunerada, ele deixa o seu cargo vago)
Posse em outro cargo inacumulável (via de regra não se pode acumular cargos públicos, mas se isso ocorrer o servidor vai ter que ser desligado de um dos cargos) 
Falecimento (quando o servidor falece deixará seu cargo vago)
Acumulação de cargos, empregos e funções:
Via de regra ela não é possível a acumulação, mas existem exceções, art.37, inciso XVI. A primeira exceção é ter dois cargos de professor, a segunda é um cargo de professor e outro técnico ou científico. Também, é possível a cumulação de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, desde que tenham as profissões regulamentadas em lei. 
Aposentadoria dos servidores públicos (forma de vacância): 
É a garantia da inatividade remunerada deferida aos servidores que se encontram em uma das situações elencadas no art. 40 da CF. 
Contam para efeitos de aposentadoria: 
-Tempo de contribuição federal, estadual ou municipal (interfere no valor que o aposentado vai receber);
-Disponibilidade;
-Art. 40, parágrafo 9 da CF
Regimes próprio de previdência social (RPPS)
Art. 40 da CF, regido pelo direito administrativo, os entes políticos são os entes gestores (fazem a gestão e o regulamento), quem participa são os servidores públicos de cargos efetivos e vitalícios. 
Regime contributivo, EC-41|2003
Aula do dia 28/10 
Espécies de aposentadoria 
Aposentadoria por invalidez permanente ou incapacidade permanente para o trabalho (EC 103/19, I, o segundo nome é o atual): é a inatividade remunerada em que o servidor está forçado a seguir, pode ser por um acidente ou por uma doença laborativa, que ele adquiriu durante o trabalho. Ganha proporcionalmente aquilo que ele contribuiu, proventos proporcionais (PP) são a regra. Tem também a aposentadoria com provento integral, ex: policial que leva um tiro. Art. 40 da CF. 
Aposentadoria compulsória: é a inatividade remunerada instituída de maneira forçada para os servidores públicos por conta da idade, na iniciativa privada não há. Quando o servidor completa 70 anos a aposentadoria é expedida de ofício. EC:88/2015, pode criar lei complementar para o aumento para os 75 anos. 
Aposentadoria voluntária: o servidor pode voluntariamente, desde que atendidos os requisitos mínimos, ele pode solicitar a aposentadoria. Tem tempo mínimo de serviço público (10 anos), a idade e o tempo de contribuição. EC 41/2003 e EC 103/2019. 
Aposentadoria especial: se para algumascategorias específicas de servidores públicos, seja em razão do risco dessa atividade ou não. Professor de nível médio e fundamental, aposentadoria em 30 anos de idade com tempo de contribuição. Parágrafo 2º do art. 40 da CF. 
Aula do dia 04/11
Improbidade Administrativa: 
Lei 8429 de 1992, lei da improbidade administrativa. Está ligado a atuação dos agentes públicos. A probidade está ligada também ao arcabouço principiológico, não está ligada só a legalidade. 
CONCEITO: É o designativo técnico para a chamada corrupção administrativa, que, sob diversas formas, promove o desvirtuamento da Administração Pública e afronta os princípios nucleares da ordem jurídica revelando-se pela obtenção de vantagens patrimoniais indevidas, lesando o erário. 
Enriquecimento ilícito, dano ao erário e afronta aos princípios, os 3 tipos. 
Fundamentação Constitucional: Art. 37, parágrafo 4 da CF.
Natureza jurídica: ilícito civil, pode haver enquadramento como ilícito penal (depende da gravidade, se for um tipo penal, exemplos: corrupção passiva, art. 317 do CP e peculato, art. 312 do CP (furto feito por um agente da Administração Pública)).
Art. 1° da Lei da Improbidade Administrativa: o sujeito passivo (passíveis de sofres atos de improbidade), é aquele que é objeto, geralmente são entes da administração pública direta ou indireta, União, Estados, DF, ou Municípios, também empresa incorporada ao patrimônio público ou entidade cuja criação ou custeio o Erário haja ocorrido com mais de 50% do patrimônio ou receita anual. 
Parágrafo Único: entidades que recebam subvenção, benefício fiscal ou creditício bem como aquelas cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de 50% do patrimônio ou receita anual. 
Art. 2° da Lei da Improbidade Administrativa: sujeito ativo, aquele que pratica a improbidade, é o agente público, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente 
Art. 3° 
Os agentes políticos se submetem a Lei 8429 de 1992 e a Lei 1.079 de 1950
Polêmica- Presidente da República 
Modalidades de atos de improbidade (Próprio e Impróprio):
Art. 9- importam em enriquecimento ilícito (tem que ser doloso de acordo com o STJ) 
Art. 10- quando a situação ocorre com prejuízo ao erário, situações que haja perda de capital.
Art. 10- A (quando há uma concessão ou manutenção indevida de benefício tributário.
Art. 11- pelo entendimento do STJ tem que ser doloso, violar princípios da administração pública. 
As consequências, as possíveis penalidades aos atos de improbidade são: 
-O ressarcimento ao erário;
-Indisponibilidade dos bens/ perda dos bens;
-Suspensão dos direitos políticos;
-Perda da função pública. 
Art. 12 da Lei 8429 de 1992- cada tipo de ato tem peculiaridade na sanção.
OBS: sem prejuízo da ação penal cabível. 
Sim, os atos de improbidade prescrevem, prescrição de 5 anos ao não se que se trate de ato doloso no que diz respeito a ação de ressarcimento ao erário é imprescritível. 
Aula do dia 11/11
Discussão sobre improbidade administrativa.
Aula do dia 18/11
Ética e governança na administração pública, Governança regida pela ética na administração pública 
-Modernidade: relação entre o público e o privado era muito afastada. Administração burocrática. 
-Pós-modernidade: uma atuação em rede do Direito Administrativo, haver comunicação para a tomada de decisões, não apenas o posto de maior hierarquia que toma as decisões isolado. Descentralização de atividades, regulação das atividades públicas. Foco na finalidade, o procedimento é o meio que deve ser guiado para a realização do que é preciso. Demanda múltiplas. Administração gerencial. 
Governabilidade: Aparato político para viabilizar a gestão através de recursos e legitimidade. Tem a ver com a questão política, das alianças políticas, aparato político.
Gestão: Tramitação da máquina Estatal. Conjunto de todos os processos, atos, decisões que viabilizam as políticas púbicas. 
Governança: Mecanismos que viabilizam uma gestão eficiente, focada mais nos resultados que nos processos. Mecanismos para melhorar a eficiência da gestão.
A governança pública: “ é a capacidade dos governos de avaliar, direcionar e monitorar a gestão de suas políticas públicas ou serviços para atender às demandas da população, utilizando-se dos adequados instrumentos e ferramentas” – João Augusto Ribeiro Nardes (2016).
5 passos para implementar a governança pública
1) Selecionar o objetivo com clareza, 
2)Tomada de decisões com clareza
3)Mobilização de recursos 
4)Implementação: efetivação da política pública. 
5)Retroalimentação: Após a entrega do objeto final, a parte final da governança é feedback. Com base nesse feedback que a gestão poderá tomar novas decisões. Manter a coisa funcionando bem.
Princípios da governança, Decreto Federal 9.203 de 2017art. 3°:
-Princípio da capacidade da resposta.
-Integridade
-Confiabilidade
-Melhoria regulatória
-Prestação de contas e responsabilidade (responsabilização daqueles que cometeram ilícitos)
-Transparência (é o pilar da fiscalização)
Diretrizes da Governança Federal do Tribunal de Contas (TCU)
1) Clareza no que se pretende 
2) Tomar decisões embasadas em informações de qualidade
3) Garantir comportamento exemplar da alta administração (agir com ética, baseando-se na moralidade) (as autoridades de alto escalão precisam dar o exemplo, o exemplo tem que vir de cima)
4) Ter e usar estruturas de aconselhamento ex: conselhos ambientais. 
Instrumentos de governança em rede:
“Diante da complexidade atual da sociedade e das relações jurídicas, sobretudo no âmbito da Administração Pública, o Direito deve ao invés de focar na regulação Estatal como fonte única, deve disponibilizar alternativas aos atores privados. Devem ser pensados mecanismos mais flexíveis e adaptáveis.” 
Accountability: não se resume a prestação de constas, envolve a responsabilização interna em face normas de ética profissional e resposta pelo governo às demandas e denúncias feitas pelos cidadãos, criado na Inglaterra. 
Soft Law: uma lei não impositiva, de fácil cumprimento, cujo descumprimento não gera sanções estatais. Normas protocolares (tratados internacionais, promessa em ata de reunião, que não tem o caráter necessariamente punitivo, mostram de forma clara o que deve ser seguido). Não se submete a procedimento formal, não possui efeitos obrigatórios, é útil no terreno interpretativo (dá sentido as normas jurídicas tradicionais), é um instrumento complementar (não substitui as leis).
Regulação negociada: possibilidade de dialogar e negociar com o Poder Público 	a respeito da criação de normas de regulamentação em determinado seguimento de atividade de interesse público executada por particulares. (abrir espaço para o particular pelo menos opinar, discutir, mas quem toma a decisão é o poder público).
Guidance: utiliza mecanismos psicológicos de motivação. Ela visa a promoção da consciência dos interessados sobre o cumprimento das orientações em razão da necessidade de manter sua reputação. Não traz normas impositivas, é como se fosse um mecanismo de incentivo. Pode ser o conteúdo do soft law, o soft law pode ter como conteúdo um guidance. 
Seguir padrões de qualidade cada vez melhores. Ex: selos de qualidade X regras de vigilância sanitária em restaurantes.

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