Buscar

DIREITO CIVIL - CONTRATOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

(
Direito Civil - Teoria Geral dos Contratos
)
 (
UNIVERSIDADE ANHANGUERA DIREITO 7º SEMESTRE
2018
)
DIREITO CIVIL
Teoria Geral dos Contratos
Professor: Osvaldo – email: osvaldo.sousa@anhanguera.com Provas:
1º BI - 11ABR18
2º BI – 06JUN18
21-02-2018
ATENÇÃO: Na prova presencial, apresentar as questões de forma manuscrita.
PONTOS:
Acesso ao AVA = 1,0
Entrega das questões na prova, até = 2,0	Média: 6 Prova = até 7,0
Substitutiva foi extinta
Novidade: Segunda chamada: para aquele que se ausentou no dia da prova.
Exame final: para aquele que não alcançou a média
Vemos contratos diariamente, já faz parte do dia-a-dia, inclusive, vivemos um contrato quando matriculados na universidade, quando atrelado a uma operadora de celular, estamos atrelados no contrato.
Quando falamos de contrato, tratamos de prestação de serviço; a constituição de uma empresa necessita de um contrato social.
Há justa medida de interesse contraposto; o contrato dinamiza a circulação de bens e riquezas em uma sociedade.
Trata-se de negócio jurídico bilateral ou plurilateral, cuja finalidade é criar, regular, modificar ou extinguir vínculo jurídico patrimonial entre as pessoas que o celebram.
Acordo de vontades com a finalidade de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos, gerando obrigação.
Um dos fatos humanos considerados pelo Código Civil como geradores de obrigações.
Fatos humanos geradores de obrigações: contratos, manifestação unilateral de vontade e ato ilícito.
Requisitos: existência, validade e eficácia
Existência: requisitos necessários para a formação do contrato; Validade: necessário para que produza efeitos;
Eficácia: quando o contrato inicia e termina a produção de seus efeitos.
Plano de existência: para a existência do contrato se faz necessária a conjugação simultânea de quatro elementos:
· Manifestação de vontade;
· Partes;
· Objeto;
· Forma: veículo de condução de vontade.
Presentes os elementos de existência, o contrato produzirá efeitos automaticamente, ou seja, ele será valido?
R.: Para que produza efeitos jurídicos, há a necessidade de uma reunião dos elementos, são eles: manifestação de vontade livre e de boa-fé; agente capaz; objeto lícito e forma prescrita ou não defesa em lei.
28.02.18
Princípios
Princípio da Autonomia da vontade, autonomia privada ou consensualismo. Contrato sem vontade não é contrato;
A liberdade contratual pode ser didaticamente compreendida de 3 formas:
· A própria liberdade de contratar: em regra, ninguém pode ser forçada a celebrar um contrato, porque isso importaria num vício de consentimento. Exceção: determinados contratos securitários.
· A liberdade de com quem contratar: pessoa com quem se estabelecerá o contato. Exceto em caso de monopólio na prestação do serviço. ;
· A liberdade de estabelecimento do conteúdo do contrato: poder da auto regulamentação: a liberdade de escolher o que será contratado com as disposições que regerão o negócio. Exceto os contrato de adesão.
A autonomia de vontade é irrestrita?
a - Está limitada e condicionada às normas de ordem pública; b – não pode contrariar os bons costumes;
c – subordinada ao interesse coletivo: Função social, art. 421, CC.
Vivemos num momento histórico em que individualismo selvagem cede lugar para o
solidarismo social, em respeito ao princípio maior da dignidade da pessoa humana.
Esse princípio não é absoluto, de forma que a autonomia da vontade está limitada e condicionada por normas de ordem pública em benefício do bem estar comum, que veda convenções (acordos) que sejam contrarias aos bons costumes, exigindo que a vontade esteja subordinada ao interesse coletivo.
Obs.: Ordem pública: bases jurídicas fundamentais em que repousam a ordem econômica e a moral da sociedade (família, trabalho, pessoa, liberdade)
Bons costumes: corretagem matrimonial, turismo sexual, etc
O que é dirigismo contratual?
R.: é a intervenção estatal na economia e por consequência nos negócios jurídicos, estabelecendo medidas restritivas que invocam a supremacia dos interesses coletivos sobre os interesses individuais dos contratantes, protegendo o desenvolvimento econômico e os economicamente mais fracos, de forma a realizar uma limitação a autonomia de vontade.
Princípio da força obrigatória dos contratos
Pacta sunt servanda: os pactos devem ser cumpridos;
Força vinculante dos contratos e o contrato faz lei entre as partes;
Se assim não, haverá prejuízo à segurança nas relações negociais (segurança jurídica)
Não tem caráter absoluto: o princípio é mantido no ordenamento jurídico com atenuações ante o dirigismo contratual.
Ex.: Teoria da imprevisão ou da onerosidade excessiva (clausula rebus sic strantibus) – art. 478, CC.
Princípio da relatividade subjetiva dos efeitos dos contratos
Em regra. Contratos geram efeitos entre as partes contratantes;
Sua oponibilidade não é absoluta ou erga omnes, mas tão somente relativa.
Submissão decorre de lei ou da própria vontade do interessado.
Exceção:
a – estipulação em favor de terceiro (prestação é realizada em favor de outro) b – contrato com pessoa a declarar (art. 436, 467)
Obs.: MP pleiteando a nulidade de clausula contratual abusiva na defesa dos consumidores (CDC, art. 51, §4º)
Como no negócio jurídica há a manifestação de vontade das partes para assumir livremente obrigações, as disposições contratuais em um primeiro momento somente interessam aos contratantes, não atingindo, portanto terceiros estranhos a relação jurídica ou obrigacional.
Princípio da função social do contrato
Fenômeno da socialização do contrato, estampada no art. 421, CC
Estado passou a adotar uma posição mais intervencionista, deixou o papel de mero expectador do ambiente econômico.
A função social está amparada na CF.
Entretanto trata-se de conceito aberto e indeterminado
A socialização do contrato está devidamente amparada a CF, diante das garantias como a função social da propriedade, Direito do Consumidor, proteção do meio ambiente, leis trabalhistas, proteção da ordem econômica e especialmente a proteção a dignidade da pessoa humana, todos valores de elevação do ser humano.
O contrato dever ser socialmente justo, não precisa expressar benefícios para a sociedade, mas também não deve lhe trazer prejuízos.
Frisa-se: não se pretender por este princípio aniquilar os princípios da autonomia da vontade ou do pacta sunt servanda, mas apenas TEMPERA-LOS, readequá-los com foco no bem-estar comum.
Em interpretação ao art. 421, CC, verifica-se que o legislador estabeleceu um critério finalístico e limitativo ao prever o respeito do contrato a função social, de modo que podemos entender as expressões ali contidas da seguinte forma:
a – em razão: de todo a atividade negocial fruto da autonomia da vontade encontra a sua razão de ser (a sua existência) na função social;
b – nos limites: a liberdade negocial deverá encontrar justo limite no interesse social e nos valores superiores da dignidade da pessoa humana.
Princípio da boa-fé objetiva (art. 422, CC)
Antes da definição do princípio, consideremos a distinção entre
a – boa-fé objetiva: traduz uma regra de comportamento de fundo ético e exigibilidade jurídica; presume-se que as pessoas ou os integrantes nas relações jurídicas estão imbuídas de boas intenções e respeito aos direitos alheios.
b – boa-fé subjetiva: está ligada a uma situação psicológica do sujeito, animo, espirito do agente, sinceridade, veracidade e franqueza.
Trata-se de uma obrigação do contratante;
A boa-fé cria deveres jurídicos anexos ou de proteção (invisíveis):
a – lealdade e confiança recíprocos: fidelidade aos compromissos assumidos. É a transparência, correspondência entre a vontade manifestada e a conduta praticada.
b – assistência: refere-se a concepção de que os contratantes devem colaborar para o adimplemento, haja vista que o contrato é feito para ser cumprido.
c – informação: imperativo moral e jurídico, fundamenta-se na obrigação de comunicar a outra parte todas as características e circunstancias do contrato
d –sigilo: implica na confidencialidade do contrato.
07.03.18
Princípio da equivalência material
Busca realizar e preservar o equilíbrio real de direitos e deveres no contrato, antes, durante e após a sua execução, harmonizando os interesses.
Preservar a adequação e o justo equilíbrio contratual, corrigindo os supervenientes. Esse princípio desenvolve-se em 2 aspectos:
· Subjetivo: leva em conta o poder contratual das partes e a presunção legal de vulnerabilidade; e
· Objetivos: real desequilíbrio de direitos e deveres contratuais, presentes na celebração ou na eventual mudança posterior.
A partir desse princípio, o pacta sunt servanda foi entendido como “o contrato obriga as partes contratantes nos limites do equilíbrio dos direitos e deveres entre elas”.
Formação dos Contratos (art. 427 ao 435, CC)
1 – período pré-contratual: fase de “puntuação”
Caracterizada pelas tratativas preliminares, até que as partes cheguem a uma proposta definitiva.
Momento de discussão para adequação dos interesses antagônicos. Pode ser quase imperceptível.
Diferente de oferta, essa fase não possui força vinculante.
Também difere do contrato preliminar (pré-contrato / promessa de contrato)
Obs. A fase de puntuação é ≠ da oferta ≠ contrato preliminar
1-1-	Contrato preliminar
Conceito: trata-se de avença através da qual as partes criam em favor de uma ou mais delas a faculdade de exigir o cumprimento de um contrato apenas projetado.
Se submete a todos os requisitos essenciais do contrato (existência e validade), com exceção da forma (art. 462). Ex. compra e venda de imóvel.
Não havendo clausula de arrependimento, qualquer das partes podem exigir o seu cumprimento (art. 463);
Necessário registro, quando couber.
No descumprimento: pode ser exigido judicialmente (art. 464): obrigação de fazer;
Manutenção do inadimplemento: considerar-se-á desfeito, cabendo perdas e danos (art. 465)
2 - Proposta
Proposta = policitação / oferta
Vontade de contratar que uma pessoa faz a outra
Quem faz a oferta é o proponente, ofertante ou policitante.
Pode fazer a proposta na presença do oblato (destinatário da proposta) ou não. Toda proposta deve ter um tempo, determinado ou determinável.
Art. 427. Regra = a proposta obriga o proponente (segurança jurídica)
Exceções, deixa de ser obrigatória nas hipóteses previstas na segunda parte do art. 427, CC. (cai na prova)
Exceções que não vincula o proponente em relação a oferta: conforme prevê a 2ª parte do art. 427, CC:
a – quando a possibilidade de desvinculação constar dos próprios termos da proposta;
b – a perda da eficácia da vinculação também pode resultar da natureza do negócio. Ex.: venda até o limite do estoque / promoção.
c – também perderá a eficácia da vinculação quando as circunstâncias do caso assim indicarem, nessa hipótese haverá a liberdade de julgamento com base no caso concreto. Segundo entendimento doutrinário, essa 3ª modalidade de exceção ai efeito vinculativo da proposta ocorre também nas situações previstas no art. 428, CC.
2-1- Oferta Pública (art. 429, cc)
Idêntica às demais ofertas, difere por ser dirigida a um número indeterminado de pessoas.
É válida desde que:
a – obedeça aos requisitos essenciais de validade da proposta – existência e validade, com exceção da forma.
b – as circunstâncias ou os usos descaracterizem-na como oferta. Ex: é costume anunciar em vos alta o produto, mas a proposta só é feita quando o cliente chega à barraca
· Parágrafo Único = a proposta poder ser revogada pela mesma via de divulgação e que essa faculdade tenha sido ressalvada na própria oferta.
3 – Aceitação
Ato de aderência à proposta.
Tem que ser externada sem vicio de consentimento – sob pena de ser anulado
Art. 431: a aceitação fora do prazo com adições, restrições ou modificações importará nova proposta (contraproposta)
Art. 430: se a aceitação chegar tarde ao conhecimento do proponente. BOA-FÉ OBJETIVA. Ex: extravio da carta que aceitava a oferta.
· A aceitação pode ser expressa ou tácita
· Quando é possível a aceitação tácita?
R.: é admitida a aceitação tácita se for costume negocial para aquela hipótese de contrato (sempre foi tácito) ou se houver dispensa do proponente da aceitação expressa, desde que não chegue a tempo a recusa do proponente, isto é, antes da conclusão do negócio.
14.03.18
Formação dos contratos entre ausentes (art. 434, CC)
Pessoa presente ou pessoa ausente
Presente: que mantem contato direto e simultâneo. Nesse caso, o aceitante toma ciência da oferta no mesmo instante em que ela é emitida. Podemos considerar tratativas entre pessoas presentes aquelas realizadas por telefone e chat.
Ausente: aquelas que não mantem contato direto e imediato, de modo que há um lapso temporal entre a emissão da oferta pelo ofertante e a resposta. São exemplos: as tratativas via postal, e-mail e telegrama.
Em regra, contratos se aperfeiçoam com a aceitação.
Entre presentes, reputam-se concluídos no mesmo instante em que há a manifestação da aceitação.
Em contrapartida, entre pessoas ausentes, a aceitação leva algum tempo para chegar ao conhecimento do proponente.
Nesse caso, a doutrina diverge a respeito do momento do aperfeiçoamento do contrato no caso de ausentes, estabelecidos três doutrinas:
· Teoria da informação (ou cognição): para essa teoria o contrato entende-se concluído/formado no momento da chegada da resposta ao conhecimento do ofertante.
· Declaração (ou da agnição), que por sua vez se subdivide em três:
a – da declaração propriamente dita: redação → para essa teoria o momento da conclusão do contrato coincide com o da redação da correspondência.
b – da expedição: saída das mais do oblato (receptor) → para esta não basta a redação da resposta, sendo imprescindível que tenha sido expedida, ou seja, saído do alcance do oblato (receptor).
c – da recepção: chegada da resposta ao proponente → essa teoria exige a soma das duas teorias anteriores, bem como, o efetivo recebimento pelo destinatário (proponente). Distingue-se da teoria da informação porque esta exige não só a entrega, como também a efetiva ciência do proponente a respeito do seu conteúdo.
Nos termos do art. 434 do CC, nossa legislação acolheu a teoria da expedição para a formação do contrato entre ausentes, estabelecendo, entretanto, as exceções previstas nos incisos do referido dispositivo.
Especialmente no que se refere ao inciso I, do art. 434, CC, identifica-se uma verdadeira aplicação da teoria da recepção e não da expedição, haja vista que o oblato pode retratar-se até o momento da chegada de sua resposta ao proponente.
Lugar de formação do contrato (art. 435, CC)
Lugar do contrato: com base no art. 435 do CC, considera-se celebrado o contrato no lugar onde foi realizada a proposta.
O art. 435: reputa-se celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.
Aparentemente a referida definição estatuída no CC, quanto ao lugar de formação do contrato, manifesta expressamente uma contradição em relação a teoria da expedição adotada pelo CC no contrato entre ausentes.
Esta regra é importante para efeitos e competência ou quando o juiz tiver que analisar usos e costumes do lugar onde o negócio fora pactuado.
Contradição com a teoria da expedição adotada pelo art. 434, CC.
Art. 9º, §2º, LINDB: a obrigação resultante do contrato reputa-se no lugar em que residir o proponente.
Contratação eletrônica, via internet, como fica?
R.: o entendimento majoritário define que na hipótese de contratação eletrônica, via internet, considera-se celebrado o contrato no lugar em que residir o ofertante.
Interpretação dos Contratos
Art. 114, CC: negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente, pois há renúncia de direitos.
Negócios benéficos ou gratuitos são aqueles que envolvem uma liberalidade em que apenas um dos contratantes se obriga, enquanto o outro aufere benefícios. Ex: doação pura.
A interpretação dos contratos exerce as funções objetiva e subjetiva: inevitavelmente em determinadas situações se faz necessária ainterpretação das cláusulas contratuais, nem sempre muito claras. Especialmente em relação ao contrato escrito, a analise textual (interpretação objetiva) leva a descoberta da intensão das partes, em regra. Desta forma parte-se da manifestação escrita com a finalidade de identificar a vontade efetiva dos contratantes (interpretação subjetiva).
Na interpretação: prevalência da teoria da vontade sobre a da declaração (art. 112, CC): na hipótese de determinada cláusula mostrar-se obscura e um dos contratantes demonstra que a previsão contratual não representa com fidelidade a vontade que manifestou no momento de formação do contrato, deve ser considerada verdadeira a
vontade manifestada, e não o conteúdo literal do contrato. Dessa forma o CC adota a teoria da vontade, em detrimento da declaração.
Na interpretação dos contratos: nessa interpretação, necessário se faz a observância de dois princípios:
a – Boa-fé (arts. 113 e 422, CC): deve o interprete presumir que os contratantes agiram com lealdade reciproca nos momentos de oferta e aceitação. Daí a importância do respeito a função social do contrato como limite a autonomia privada. Em síntese a boa- fé é presumida e, em contrapartida a má-fé necessita ser provada.
b – conservação do contrato: se por ventura o contrato ou uma clausula contratual específica permitir interpretações diversas, prevalecerá aquela que possa produzir algum efeito contratual, conservando a relação jurídica pretendida inicialmente pelas partes, haja vista que o contrato nasce para produzir efeitos e não para a extinção.
Interpretação dos contratos no CDC
Definição de contrato de adesão: art. 54, caput, CDC
Critérios para a realização do contrato de adesão: art. 54, §§ 3º e 4º
Art. 423, CC: quando houver no contrato de adesão clausulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a intepretação mais favorável ao aderente.
No que se refere aos contratos de consumo se faz necessário o cuidado especial em relação aos contrato de adesão, visto que estes devem observar os critérios apresentados nos §§ 3º e 4º do art. 54. Salientando, nesse sentido que as cláusulas ambíguas ou contraditórias serão interpretadas em favor do aderente (art. 423, CC), bem como, que as cláusulas de renúncia antecipada de direito originário da natureza do negócio são nulas.
Não bastasse a interpretação favorável ao aderente do contrato de adesão, como regra geral nas relações de consumo os contratos devem ser interpretados da maneira mais favorável ao consumidor (art. 47 CDC).
Art. 424, CC: nos contratos de adesão são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
Princípio da interpretação mais favorável ao consumidor: art. 47, CDC:

Outros materiais