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Instituto Federal de Brasília Campus Brasília Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública Administração Pública Brasília 2021 201016640002 Edvando Jorge Jacinto da Silva Turma Segundo Semestre / 2B Noturno Professor: Dr. Ailton Bispo RESENHA: O CIDADÃO NO CORAÇÃO DA REFORMA DO SETOR PÚBLICO Instituto Federal de Brasília Campus Brasília Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública Administração Pública Brasília 2021 BOURGON, Jocelyne. O cidadão no Coração da Reforma do Setor Público. Brasília/DF. ENAP – Escola Nacional de Administração Pública, Caderno NS6, Em busca de uma nova síntese para a Administração Pública – Textos para discussão. ENAP, 2010. 208p. Com a estruturação da administração do Estado se derivou um movimento reformista que estabeleceu e definiu as regras de admissão, avaliação e gestão de recursos humanos e questões relacionadas ao plano de organização dos serviços públicos (KOMATSU, 2012). Esse movimento reformista, mostrou um modelo de gestão governamental centralizado que fornecia condições para ações e intervenções nacionais na forma de regimes militares contínuos. Neste mesmo período surgiu o primeiro órgão administrativo indireto, capaz de prescrever regras ou preceitos o que possibilitou o Estado participação em empresas lucrativas e logo depois, a administração e controle de sociedades com ações ordinárias, que concedem o direito de voto em outra companhia, a fim de controlar suas políticas e realizar sua gestão (KOMATSU, 2012). Com o decreto lei de nº 200 de 25 de fevereiro de 1967, começou na administração pública federal novas diretrizes para reformas administrativas realizadas nos anos que se seguiram ao regime militar. Mesmo com o avanço de um longo processo de descentralização e democratização via-se que após o regime militar não ocorreu de fato a integração do cidadão com a máquina pública (BRESSER PEREIRA, 1999). Instituto Federal de Brasília Campus Brasília Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública Administração Pública Brasília 2021 Com a nova administração pública gerencial, a sociedade passou a ver mudanças substanciais, ao invés de mudanças institucionais insignificantes, que são mais comuns no ambiente político da América Latina (BRESSER PEREIRA, 1996). A reforma atual tem como base a proposta de gestão da administração pública como tentativa de solucionar a crise nacional e a globalização econômica, ou seja, a globalização aumentou a demanda da economia nacional por meio de seus impactos políticos, sociais e econômicos. Depois de analisar o modelo de administração pública e a transição do modelo burocrático para o modelo de gestão gerencial, foi necessário estudar os princípios que sustentam a administração pública e sua importância para as organizações estatais. Concluiu-se que um modelo de gestão pública eficaz em um determinado meio social é consistente com os interesses de uma classe social especifica, está sempre buscando legitimar sua ideologia por meio de ações administrativas. Porém, um modelo de gestão pública eficaz para a sociedade é também um modelo que atende aos interesses coletivos. Para garantir a eficácia das reformas administrativas foi necessário aceitar que as mudanças sociais, especialmente aquelas que afetam a vida diária dos cidadãos. Além disso, foi necessário lançar um amplo debate nacional para divulgar e discutir as propostas de reforma. Os ministérios eventualmente se tornaram foco de grandes disputas partidárias, onde políticos pertencentes a esses partidos trocam Instituto Federal de Brasília Campus Brasília Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública Administração Pública Brasília 2021 interesses e estabelecem negociatas com empresas privadas. Junta-se a isso, a incompetência de gestão, a falta de participação social efetiva e a corrupção que roubam o poder de decisão dos governos, fatores que atrasam uma participação mais efetiva dos governos com a sociedade. Vale esclarecer que a reforma da administração pública brasileira foi um avanço nas três áreas especificas do plano diretor. Novas instituições foram estabelecidas, novos métodos de gestão foram adotados e uma nova visão da administração pública nasceu. Depois de narrada parte da abordagem histórica e com a implantação dos princípios da administração pública já adotados no governo, vamos adentrar no assunto da ampla participação popular. Em primeiro lugar, deve-se destacar que a participação administrativa se refere a todas as reformas de intervenção de um terceiro no exercício das funções administrativas do Estado. O modelo burocrático era incompatível com o modelo de administração pública escolhido pelo nosso regime democrático, ou seja, a burocracia adotada pelo Estado nos procedimentos administrativos é contrária à ideia de promover a intervenção pública na administração pública. Por isso, a ampla participação pública é essencial para implementação, fiscalização e cumprimento das ações dos órgãos da administração pública. Os cidadãos não participaram direta ou indiretamente da administração pública e da própria vida politica do país, o que trouxe grande turbulência à sociedade. Instituto Federal de Brasília Campus Brasília Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública Administração Pública Brasília 2021 A participação popular precisou ser fortalecida para concretizar os princípios e consolidar países democráticos que valorizem os interesses mais fundamentais da sociedade. Os cidadãos devem ter participação ativa da vida politica e administrativa como forma de melhorar o comportamento administrativo e superar o modelo democrático representativo e substitui-lo por um modelo democrático e participativo. Segundo Paes de Paula (2005), a tentativa de combinar administração e política com participação popular no processo decisório da gestão pública passou a ser relevante para o cenário contemporâneo. A gestão mais participativa ganhou força com as lutas sociais, os fóruns temáticos, Comitês de Gestão de Políticas Públicas e orçamentos participativos que estão entre as experiências de participação. Com a implantação do PPA, o Governo Federal passou a ter um debate mais democrático com a sociedade. Criou-se um novo canal participativo, promovendo a comunicação entre o governo e sociedade e determinou-se uma representação entre sociedade, Estado, e o próprio governo. Bourgon (2010), nos retrata uma nova perspectiva da Administração Pública Brasileira, menciona modelos e uma tendência para uma gestão mais participativa, eficiente e em rede, evidenciando modelos patrimonialista, burocrático, gerencialista, societal e sistêmico.
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