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GESTÃO AMBIENTAL 1

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ÍNDICE
1º BIMESTRE
· A evolução da questão ambiental e suas repercussões no ambiente empresarial;
· Gestão ambiental e responsabilidade social empresarial;
· Aspectos e impactos ambientais;
· Avaliação do desempenho ambiental;
· Rotulagem ambiental;
A EVOLUÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL
Vamos entender como se deram as primeiras discussões sobre os problemas ambientais. Tudo começou na década de 60, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) promoveu a Conferência onde foi criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. A ONU organizou também a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, chamada de Nosso Futuro Comum, na qual foram estabelecidas as primeiras estratégias para um “Desenvolvimento Sustentável (TOZONI-REIS, 2002).
Interessante sabermos também que a culminância desse tema se deu, durante a Conferência das Nações Unidas, realizada no Rio de Janeiro, conhecida como ECO-92, em que ficou definido o “Desenvolvimento Sustentável” como o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades (OLIVEIRA, 2008).
Como você pode perceber, o principal objetivo do desenvolvimento sustentável é criar um modelo econômico para gerar o bem-estar social, preservando os recursos naturais. Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Perceba que dentro deste contexto, as empresas passaram a se adaptar ao conceito de desenvolvimento sustentável. Mas para isso, foi importante que elas compreendessem que para manterem-se no mercado competitivo, deveriam promover mudanças, diminuindo a visão de maximização de lucros, para alcançar o crescimento e a responsabilidade socioambiental. Dessa forma, as instituições passaram a considerar as questões ambientais como novas oportunidades de negócios, ao invés de entenderem como ameaças. Assim se dá o exercício da gestão ambiental.
As empresas começam a se dar conta de que as medidas de proteção ambiental não surgiram para prejudicar ou impedir o crescimento e o desenvolvimento econômico e, sim, como mais uma meta a ser atingida, no propósito de torná-las competitivas e agregar valores aos seus produtos no cenário globalizado do mundo atual (RAUPP, 2002, p. 60).
CONCEITO E ESTRUTURA
“Constituição Federal - Art. 225: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Qual o significado do termo Gestão ambiental?
Primeiro precisamos entender que a gestão ambiental é um tipo de administração empresarial com enfoque na sustentabilidade. Então o objetivo da gestão ambiental é utilizar práticas e métodos com o objetivo de reduzir ao máximo os impactos ambientais das suas atividades, além de objetivar a recuperação das áreas degradadas.
Dessa forma, é importante que você conheça os principais métodos e objetivos da gestão ambiental de acordo com a Norma ISO 14.001 e pela legislação ambiental:ISO-14000 é um conjunto de
normas técnicas e administrativas que estabelece parâmetros e diretrizes para a
gestão ambiental para as empresas dos setores privado e público. Estas normas foram criadas pela International Organization for Standardization - ISO (Organização Internacional para Padronização).
• Uso de recursos naturais de forma racional;
• Aplicação de métodos para a manutenção da biodiversidade;
• Adoção de sistemas de reciclagem de resíduos sólidos;
• Utilização sustentável de recursos naturais;
• Tratamento e reutilização da água e outros recursos naturais dentro do processo produtivo;
• Criação de produtos que diminuam o mínimo possível de impacto ambiental;
• Uso de sistemas que diminuam a poluição ambiental;
• Treinamento de funcionários nas empresas para que conheçam o sistema de sustentabilidade, sua importância e formas de colaboração;
• Criação de programas de pós-consumo para retirar do meio ambiente os produtos como: pilhas, baterias de telefones celulares, peças de computador que possam contaminar o solo, rios, etc.
GESTÃO AMBIENTAL PARA EMPRESAS
A melhor definição para a gestão empresarial seria: um conjunto de práticas operacionais e administrativas adotas pela empresa com o objetivo de proteger o meio ambiente e proporcionar bem estar e segurança as pessoas envolvidas no processo.
Porque a adoção da gestão ambiental é importante para uma empresa?
As empresas que adotam a gestão ambiental melhoram sua imagem junto ao público associando sua imagem a preservação do meio ambiente, reduz seus custos e evita o desperdício adotando técnicas de reciclagem dos materiais que anteriormente seriam descartados. Ocorre uma melhoria nas relações entre as empresas que também estão envolvidas com a gestão ambiental passando a servir como um elo entre elas.
Portanto, a utilização do conceito de desenvolvimento sustentável está em detectar alternativas, nas quais seja possível canalizar todo conhecimento científico, tecnológico e produtivo de maneira a se respeitar as leis naturais e conjuntamente continuar com o desenvolvimento econômico e social da humanidade (RELATÓRIO NOSSO FUTURO COMUM, 1987).
GESTÃO AMBIENTAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL
O sistema de gestão ambiental é um conjunto de procedimentos que visa a ajudar a organização empresarial a entender, controlar e diminuir os impactos ambientais de suas atividades, produtos ou serviços. Está baseado no cumprimento da legislação ambiental vigente e na melhoria contínua do desempenho ambiental da organização.
Possibilita às organizações uma melhor condição de gerenciamento para seus aspectos e impactos ambientais, além de interagir na mudança de atitudes e de cultura da organização. Pode também, alavancar seus resultados financeiros, uma vez que atua na melhoria contínua de seus processos e serviços.
A série de normas ISO 14000, lançada internacionalmente em 1996, tem como objetivo a criação de um sistema de gestão ambiental que auxilie as organizações a cumprir os compromissos assumidos com o ambiente natural. Como o processo de certificação é reconhecido internacionalmente, também possibilita as organizações distinguir-se daquelas que somente atendem à legislação ambiental, mas que não possuem certificação.
A série ISO 14000 auxilia a organização no que é necessário para desenvolver um novo sistema de gestão ambiental ou melhorar o já existente. A melhoria contínua é o processo de aperfeiçoar o sistema de gestão ambiental para alcançar melhorias no desempenho ambiental total em alinhamento com as políticas da organização.
A norma ISO 14001 é a única norma do conjunto ISO 14000 que certifica ambientalmente uma organização, embora não exija que a mesma já tenha atingido o melhor desempenho ambiental possível, nem esteja utilizando as melhores tecnologias disponíveis.
A norma ISO 14004 é destinada ao uso interno, servindo como um guia para o estabelecimento e implementação de seu Sistema de Gestão Ambiental – SGA e não enseja certificação.
ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
A busca da melhoria dos processos visa minimizar os impactos sobre o meio ambiente. A avaliação dos impactos também é um item fundamental para as empresas que buscam a certificação da série ISO 14001 para seu sistema de gestão ambiental. O levantamento dos aspectos e impactos ambientais das atividades da empresa é uma etapa necessária para a melhoria dos processos, assim como, para a certificação ambiental.
Aspecto ambiental é definido, pela NBR ISO 14001, como elemento das atividades, produtos e serviços de uma organização, que possam interagir com o meio ambiente. O aspecto pode estar relacionado a uma máquina ou equipamento, assim como, a uma atividade executada por ela ou por alguém que produza ou apresente a possibilidade de produzir algum efeito sobre o meio ambiente. A NBR ISO 14001, prioriza o levantamento dos aspectos ambientais significativos, já que os aspectos envolvidos em um processo são muitos.Aspecto ambiental significativo é aquele que tem um impacto ambiental significativo (ABNT NBR ISO 14001:2004). Dessa forma, impacto ambiental é qualquer mudança no meio ambiente, tanto positiva quanto negativa, total ou parcial, resultado das atividades, produto ou serviços da organização (ABNT NBR ISO 14001:2004).
Segundo a legislação brasileira considera-se impacto ambiental “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente, afetam: 
· I – a saúde, a segurança e o bem estar da população;
· II – as atividades sociais e econômicas;
· III – a biota;
· IV – as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e V – a qualidade dos recursos ambientais” (Resolução CONAMA nº 001, de 23.01.1986).
O conceito de impacto ambiental citado acima se refere exclusivamente aos efeitos da ação humana sobre o meio ambiente. Portanto, fenômenos naturais, como: tempestades, enchentes, incêndios florestais por causa natural, terremotos e outros, apesar de poderem provocar as alterações ressaltadas, não se caracterizam como impacto ambiental (Figuras 4.1 e 4.2).
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS
Os impactos ambientais podem ser classificados quanto:
· Ao tipo – positivo (benéfico) ou negativo (adverso).
· Ao modo – direto ou indireto.
· À magnitude – de pequena, média ou grande intensidade.
· À duração – temporária, permanente ou cíclico.
· Ao alcance – local, regional, nacional ou global.
· Ao efeito – imediato (curto prazo), de médio ou de longo prazo.
· À reversibilidade – reversível ou irreversível.
EXEMPLOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS DE ALGUNS EMPREENDIMENTOS
Os impactos ambientais podem ser classificados em diretos e indiretos. Os impactos diretos (ou de primeira ordem) são aqueles determinados diretamente pelas atividades impactantes em todas as fases do empreendimento, tais como:
· Mudança na dinâmica do rio.
· Retirada de moradores.
· Supressão da vegetação (Figura 4.3).
· Perda de abrigos para os animais.
· Alagamento de terras agricultáveis.
· Interrupção de rotas migratórias de peixes.
· Geração de ruídos e poeira.
· Aumento no trânsito de veículos pesados.
· Criação de empregos, entre outros.
Já os impactos indiretos (de segunda ou terceira ordem) são aqueles decorrentes dos impactos diretos (e também dos de segunda ordem) ou os que são resultado da interação de um ou mais impactos através dos processos acumulativos e de sinergias. Exemplos de impactos indiretos são:
· Alteração na qualidade das águas do reservatório (Figura 4.4).
· Intensificação da caça e da pesca.
· Perda da diversidade de plantas e animais.
· Aumento de determinadas doenças.
· Mudanças no uso e ocupação do solo no entorno do reservatório.
· Atração de população; sobrecarga na infraestrutura urbana das cidades
· próximas à usina, etc.
Os impactos diretos e indiretos formam o passivo ambiental. Mas o que é passivo ambiental? Passivo ambiental são as obrigações que todas as empresas têm com a natureza e com a sociedade, cujo objetivo é promover investimentos em benefícios ao meio ambiente, visando compensar os impactos causados à mesma. Destes impactos os mais comuns são os indiretos, devido ao fato de serem mais facilmente ocultados.
Pense no seguinte: se houvesse melhoria da qualidade dos EIA/RIMA (diagnóstico ambiental) e um eficiente monitoramento dos empreendimentos licenciados por parte dos órgãos ambientais, os passivos ambientais poderiam ser minimizados.
EXEMPLOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS
a) Atividades energéticas (hidrelétrica) e mineradoras (Figura 4.5) – intenso, pontual, limitado e preciso em termos de localização. Geralmente envolvem parcelas pequenas de população nos seus impactos diretos e são bastante dependentes de fatores relativamente controláveis.
b) Atividades industriais e urbanas – intensidade variada, podendo ir de pontual, no caso de uma fábrica poluidora (Figura 4.6), a difuso (no caso dos poluentes emitidos pela frota de veículos, por exemplo). Boa parte desses impactos depende de obras de infraestrutura e de saneamento, mais amplas do que a abrangência de cada empreendimento.
c) Atividades agrícolas – os impactos ambientais das atividades agrícolas (Figura 4.7) são em geral frágeis, e dependem de fatores pouco controláveis (chuvas, temperaturas, ventos, etc.). Atingem grandes áreas de forma pouco precisa, frequentemente crônica, pouco evidente, intermitente e de difícil quantificação (perda de solos, produção de gases, erosão genética, contaminação de águas subterrâneas com fertilizantes ou pesticidas, etc.).
EMPREENDIMENTOS SUJEITOS A ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
Os principais empreendimentos sujeitos à exigência de estudo e respectivo relatório de impacto ambiental conforme previsto na Resolução nº 001/86 são:
· Rodovias.
· Ferrovias.
· Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos.
· Aeroportos.
· Troncos coletores e emissários de esgoto sanitário.
· Linhas de transmissão de energia elétrica acima de 230 kW.
· Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins hidrelétricos (Figura. 4.8), acima de 10 MW, de saneamento ou de irrigação.
· Abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação.
· Abertura de barras e embocaduras.
· Aterros sanitários.
· Complexo e unidades industriais e agroindustriais.
· Distritos industriais e zonas estritamente industriais.
· Projetos urbanísticos, acima de 100 hectares ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental.
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
A consideração da questão ambiental nos negócios gerou a necessidade para a medição do desempenho do sistema de gestão ambiental nas organizações. Dessa forma, deve-se elencar uma série de fatores que interagem entre si permitindo uma rápida visualização do comportamento e impacto dos indicadores ambientais em um índice que representa o desempenho ambiental.
De acordo com a ABNT NBR ISO 14001:2004, o desempenho ambiental traduz os resultados mensuráveis da gestão de uma organização sobre seus aspectos ambientais. No contexto de sistemas da gestão ambiental, os resultados podem ser medidos com base na política ambiental, objetivos ambientais e metas ambientais da organização e outros requisitos de desempenho ambiental.
A necessidade de parâmetros relevantes e confiáveis para a medida do desempenho ambiental pode ser atendida com a norma NBR ISO 14031:2004, que traz exemplos de indicadores de desempenho ambiental que podem ser utilizados para avaliar as organizações, permitindo confrontá-las com os critérios previamente estabelecidos em seu SGA.
ROTULAGEM AMBIENTAL
A rotulagem ambiental, ou ecolabeling, é uma metodologia voluntária de certificação e rotulagem de desempenho ambiental de produtos ou serviços, que vem sendo praticada ao redor do mundo. É um importante mecanismo de implementação de políticas ambientais dirigido aos consumidores, auxiliando-os na escolha de produtos menos agressivos ao meio ambiente (ABNT, 2013).
Tem a função de comunicar os benefícios ambientais do produto/embalagem, objetivando aumentar o interesse do consumidor por produtos de menor impacto, levando a melhoria ambiental contínua orientada pelo mercado. Nesse sentido, agrega um diferencial e deve ser usada com ética e transparência para não confundir, iludir e, nem tampouco, distorcer conceitos sobre preservação ambiental aliada à sustentabilidade socioeconômica.
Com a finalidade de harmonizar os programas de rotulagem, previamente existentes, a série ISO 14000 incluiu normas com validade internacional, que são terminologias, símbolos, testes e verificações metodológicas. Os rótulos devem salientar as características ambientais dos produtos por meio de expressões corretas e comprováveis para o usuário. Os tipos de rotulagem pelas normas são:
Rotulagem tipo I – NBR ISO 14024 – procedimentos para o desenvolvimento de programas de rotulagem ambiental, como avaliar e demonstrar sua conformidade, além dos procedimentos de certificaçãopara a concessão do rótulo.
Rotulagem tipo II – NBR ISO 14021 – requisitos para autodeclarações ambientais, incluindo textos, símbolos e gráficos, no que se refere aos produtos.
Rotulagem tipo III – ISO 14025 – tem alto grau de complexidade devido à inclusão da ferramenta avaliação do ciclo de vida.
ROTULAGEM AMBIENTAL DO TIPO I
Definida pela norma ABNT NBR ISO 14024:2004, a rotulagem tem como base alguns critérios de ciclo de vida que devem ser claros e transparentes, sendo que as partes interessadas devem ser consultadas.
A seguir, são mostrados alguns exemplos de selos ambientais adotados em diferentes países, para identificar produtos “com menor impacto ambiental”, se comparados com os similares em suas categorias.
ROTULAGEM AMBIENTAL DO TIPO II
Definida pela norma ABNT NBR ISO 14021:2013. Trata das autodeclarações ou reivindicações espontâneas realizadas pelos próprios fornecedores ou fabricantes, sem avaliações de terceiros e sem a utilização de critérios pré-estabelecidos. Podem descrever apenas um aspecto ambiental do seu produto não obrigando à realização de uma Análise do Ciclo de Vida – ACV, reduzindo assim, os custos para atender de uma forma rápida às demandas do marketing.
As autodeclarações ambientais são os selos mais suscetíveis de polêmica. Muitas vezes, um produto é indicado como ecológico ou sustentável por possuir uma característica “menos ruim” em relação aos similares no mercado. Logo, todos passam a apresentar a mesma característica, e nesse caso, aparece a dúvida, se o produto ainda continua sendo ecológico. Ou passaria a ser um produto padrão? É o caso das bacias sanitárias que utilizam, alternadamente, três e seis litros para a descarga e já se tornaram um padrão, quando até a pouco eram consideradas ecológicas.
A ABNT publicou recentemente em 14/06/2013 a NBR 16182:2013 – Embalagem e acondicionamento – Simbologia de orientação de descarte seletivo e de identificação de materiais. Esta simbologia técnica do descarte seletivo passa caracterizar o descarte dos resíduos secos (embalagens e outros recicláveis), em separado dos resíduos úmidos (resto de alimentos).
Esse processo atende aos parâmetros da regulamentação e deve ser padronizado em todo o Brasil. A simbologia pode ser aplicada, com ou sem o texto: Descarte Seletivo, e deve ser acompanhada da simbologia de identificação do material, devendo constar nas embalagens de produtos de bens de consumo, exceto daqueles que, por força de lei, requeiram uma coleta específica.
Todas as embalagens devem conter esta identificação técnica, mesmo que na prática nem todas sejam enviadas para reciclagem por, talvez, não haver processos técnicos ou economicamente viáveis na região em que foram descartadas. A ausência de simbologia ou o uso incorreto podem prejudicar o processo de reciclagem de outros materiais e o desperdício de materiais recicláveis.
ROTULAGEM AMBIENTAL DO TIPO III
É definida pela ISO 14025, encontra-se em fase de formatação pela ABNT. Ela trata de rótulos voluntários, verificados por terceiros e que consideram a ACV completa do produto. São considerados os mais sofisticados e complexos quanto à sua implantação, pois exigem extensos bancos de dados ou inventários para avaliar o produto em todas as suas etapas, fornecendo a dimensão exata dos impactos que provoca. 
A rotulagem ambiental é uma ferramenta de gestão ambiental que pode ser utilizada para a elaboração de políticas públicas ambientais como as compras públicas sustentáveis.
EXERCÍCIOS
1. Qual o principal objetivo da gestão ambiental?
2. Qual o significado do termo GESTÃO AMBIENTAL?
3. O que significa a sigla ISO? Defina a ISO – 14.000.
4. Cite 5 objetivos da gestão ambiental de acordo com a ISSO 14.001 e a legislação ambiental.
5. De acordo com o seu ponto de vista, qual a importância de se adotar uma gestão ambiental?
Texto: Gestão Ambiental e Responsabilidade Social
Fonte: Prof. Patrícia B. Prezotti Bomfim
Para Srour (2000), uma empresa socialmente responsável é aquela que mostra pronta disposição para aceitar as consequências de seus atos e apresenta senso de obrigação tanto para com o seu público interno (os seus trabalhadores) quanto para com a comunidade externa. O autor define empresa responsável como aquela em que a sociedade pode confiar, que tem postura ética.
Para Oded Grajew, líder empresarial do Instituto Ethos, a RSE envolve a ética em todas as atitudes das organizações e nas relações com seus diversos stakeholders – funcionários, fornecedores, clientes, mercado, governo, meio ambiente e comunidade.
Grajew salienta que “ética não é discurso”, deve se traduzir em ação concreta na hora de escolher produtos, processos de fabricação e a política de Recursos Humanos.
A nova concepção de Responsabilidade Social
A empresa não pode mais olhar somente para dentro de si, mas necessita de uma visão ampla, assumindo sua parcela de responsabilidade para com os problemas sociais. Cada vez mais pessoas e empresas preocupam-se com os problemas sociais e ambientais, atingindo um público que envolve acionistas, funcionários, fornecedores em geral, consumidores, comunidades e o próprio governo.
Para que uma organização seja realmente Socialmente Responsável é preciso que ela entenda a profundidade da nova realidade. Melo Neto (1999,p.78) enumera sete vetores da Responsabilidade Social de uma empresa:
V1 Apoio ao desenvolvimento da comunidade onde atua;
V2 Preservação do meio ambiente;
V3 Investimento no bem-estar dos funcionários e seus dependentes e num ambiente de trabalho agradável;
V4 Comunicações transparentes;
V5 Retorno aos acionistas;
V6 Sinergia com os parceiros;
V7 Satisfação dos clientes e/ou consumidores.
Relações de Trabalho e Responsabilidade Social Empresarial
O exercício da responsabilidade social interna focaliza o público-interno da empresa, ou seja, seus empregados.
Principais ações desenvolvidas pelas empresas:
Investimentos no bem-estar dos empregados e seus dependentes: respeito aos direitos trabalhistas, preservação da privacidade pessoal, liberdade de expressão em defesa dos seus direitos, programas de remuneração e participação nos resultados, assistência médica, social, odontológica, alimentar e de transporte;
Investimentos na qualificação dos empregados: programas internos de treinamento e capacitação; programas de financiamento de cursos externos, regulares ou não, realizados por seus funcionários com vistas à sua maior qualificação profissional e/ou obtenção de escolaridade mínima.
A responsabilidade social interna
Segundo Vergara e Branco (2001:22), empresa socialmente responsável é sinônimo de empresa “humanizada”, ou seja, “é aquela que está voltada para seus funcionários e/ou para o ambiente, procurando agregar outros valores além de somente a maximização dos lucros e do retorno para os acionistas”. Para os autores, a empresa humanizada realiza ações que promovem a melhoria da qualidade de vida no trabalho, além do cumprimento de suas obrigações trabalhistas.
Para Cheibub e Locke (2002:290), uma empresa socialmente responsável, do ponto de vista interno, é uma empresa “boa empregadora”, ou seja, uma empresa que assegura uma atmosfera de justiça nas relações de trabalho, trata seus trabalhadores como pessoas morais, dignas de respeito e consideração e pagam salários que permitam condições de vida razoáveis.
Ética Organizacional
Percebe-se que as organizações que estão envolvidas com as ações de responsabilidade social têm apresentado uma visão ética apurada, tornando-se cada vez mais frequente suas preocupações em relação às atitudes em geral.
MAXIMIANO (2000, p. 445) relata que códigos de ética são conjuntos de normas de conduta que oferecem diretrizes para decisões entre o certo e o errado. Ética é a base da responsabilidade social e se expressa por meio dos princípios e valores adotados pela organização. A atuação baseada em princípios éticos elevados e a busca de qualidade nas relações são manifestações da responsabilidade social empresarial.
É necessário dar transparência ao negócio, pois é cada vezmaior a exigência da adoção de padrões de conduta ética que valorizem o ser humano, a sociedade e o meio ambiente.
A empresa precisa desenvolver internamente pessoas que sejam socialmente responsáveis. Somente contando com pessoas capazes de pensar e agir desta forma, pode-se desenvolver internamente a cultura da responsabilidade social e fazer com que esta transcenda os limites da empresa.
O empregado é capaz de contribuir espontaneamente para a organização quando estimulado por iniciativas da empresa que suplantem o campo formal e legislativo ou, em outras palavras, o da relação de troca econômica.
Processo Socioambiental
As diversas ações de natureza socioambiental (no sentido amplo) que abrangem uma gama enorme de processos nunca deveriam ultrapassar os muros da empresa, antes de terem sido asseguradas, internamente, boas condições de trabalho, quer na área de saúde e segurança, quer no que tange à disponibilização das ferramentas, equipamentos e locais necessários e adequados, assim como na implementação de um ambiente emocionalmente saudável, onde imperam o respeito pelas e entre as pessoas, com lideranças comprometidas com o desenvolvimento de suas equipes, administrando os conflitos de forma positiva, buscando continuamente um ambiente que propicie a troca de ideias, a diversidade e o bom relacionamento. Esse processo refere-se a Gestão do Clima Interno / Qualidade de Vida.
A Gestão Ambiental e a Responsabilidade Social são atualmente condicionadas pela pressão de regulamentações e pela busca de melhor reputação perante a sociedade, que está reconhecendo a responsabilidade ambiental e social como valor permanente, consideradas fatores de avaliação e indicadores de preferência para investidores e consumidores.
Os investimentos destinados a Gestão Ambiental e a consciência da Responsabilidade Social pelas empresas são aspectos que fortalecem a imagem positiva das organizações diante dos mercados em que atuam, dos seus colaboradores, concorrentes e fornecedores.
A busca da responsabilidade social corporativa tem as seguintes características:
É plural - Empresas não devem satisfações apenas aos seus acionistas. Muito pelo contrário, deve prestar contas aos funcionários, à mídia, ao governo, ao setor não-governamental e ambiental e, por fim, às comunidades com que opera. Empresas só têm a ganhar na inclusão de novos parceiros sociais em seus processos decisórios. Um diálogo mais participativo não apenas representa uma mudança de comportamento da empresa, mas também significa maior legitimidade social.
É distributiva - A responsabilidade social nos negócios é um conceito que se aplica a toda a cadeia produtiva. Não somente o produto final deve ser avaliado por fatores ambientais ou sociais, mas o conceito é de interesse comum e, portanto, deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo. Assim como consumidores, empresas também são responsáveis por seus fornecedores e devem fazer valer seus códigos de ética aos produtos e serviços usados ao longo de seus processos produtivos.
É sustentável - Responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável. Uma atitude responsável em relação ao ambiente e à sociedade, não só garante a não escassez de recursos, mas também amplia o conceito a uma escala mais ampla. O desenvolvimento sustentável não só se refere ao ambiente, mas por via do fortalecimento de parcerias duráveis, promove a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento orientado. Uma postura sustentável é por natureza preventiva e possibilita a prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou processos judiciais.
É transparente - A globalização traz consigo demandas por transparência. Empresas são gradualmente obrigadas a divulgar sua performance social e ambiental, os impactos de suas atividades e as medidas tomadas para prevenção ou compensação de acidentes. Nesse sentido, empresas serão obrigadas a publicar relatórios anuais, onde sua performance é aferida nas mais diferentes modalidades possíveis. Muitas empresas já o fazem em caráter voluntário, mas muitos preveem que relatórios socioambientais serão compulsórios num futuro próximo.
A função social e ambiental da organização reside em colaborar para o desenvolvimento das pessoas e da comunidade de maneira responsável, pois de nada adianta ser uma ilha de prosperidade no meio de um oceano de pobreza.
O processo externo, comumente chamado de Responsabilidade Social, que visa o desenvolvimento da comunidade onde a empresa atua, vem se tornando, também, uma das prioridades do profissional de RH. Entende-se que a sociedade não mais tolerará o egocentrismo de algumas organizações que se constituem em ilhas de excelência cercadas por comunidades carentes, violentas, sem consciência ambiental e sem recursos de qualquer natureza para mudar o status quo. Essas organizações terão que ajudar essas comunidades, de diversas formas, a encontrar mecanismos que possam alavancar seu desenvolvimento sustentável, uma vez que sozinhas elas não terão essa capacidade, ou levarão muito tempo para sair da inércia.
A gestão sócio ambiental é o caminho para as organizações que decidiram assumir responsabilidade social e adotar as melhores práticas para tornar mais sustentáveis seus processos produtivos. As crescentes restrições dos mercados exigentes e as aparentes ameaças da legislação ambiental podem ser fonte de maior competitividade, de inovação, de implementação de novas técnicas de gestão e melhoria de processos, de produtos e serviços.
Porém, como é possível conciliar sustentabilidade econômica com sustentabilidade social e ambiental?
"As vezes como seres humanos imperfeitos achamos que tudo é valido para alcançarmos nossos desejos e chegar ao Sucesso".
6. A partir da leitura do texto com a temática de “Gestão ambiental e Responsabilidade Social”, alguns autores trazem o que eles consideram por responsabilidade social empresarial, com isso o que é responsabilidade social empresarial para Srour e Oded Grajew?
7. Explique a afirmação: “ética não é discurso”, dita pelo autor Grajew.
8. Na apostila utilizada para as aulas na disciplina de Gestão Ambiental, existe o tópico chamado: GESTÃO AMBIENTAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL. Leia o este tópico na apostila, e responda: O que o sistema de gestão ambiental (SGA)?
9. Para que uma organização seja de fato, Socialmente Responsável é preciso que ela entenda a profundidade da nova realidade. Melo Neto (1999), enumera sete vetores da Responsabilidade Social de uma empresa, cite quais são esses vetores.
10. Cite duas ações que podem ser desenvolvidas pelas empresas, para manter uma responsabilidade social adequada.
11. Cite as características da busca pela responsabilidade social cooperativa. Explique COM SUAS PALAVRAS, a caraterística TRANSPARENTE.
12. “A função social e ambiental da organização reside em colaborar para o desenvolvimento das pessoas e da comunidade de maneira responsável, pois de nada adianta ser uma ilha de prosperidade no meio de um oceano de pobreza.” O que você entende dessa afirmação? Concorda com o autor?
13. Utilizando a apostila enviada a vocês, leiam o tópico referente a ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS e comente o que entende por impactos ambientais.
14. Sobre a classificação dos impactos ambientais, podem levar em consideração 7 fatores, quais são eles? Utilize um desses fatores para citar um exemplo.
15. Sobre a rotulagem ambiental, onde são divididas em 3 tipos (I, II, III), seguindo a NBR ISO.
16. Quais são esses tipos de rotulagem e qual a aplicação de cada um (para que serve)? Você em algum momento já tenha visto esses rótulos em algum produto em sua casa? Qual?
17. A rotulagem ambiental consiste na certificação de produtos adequados ao uso que apresentem menor impacto no meio ambiente, em relação a produtos comparáveis disponíveis no mercado. Nesse contexto, a rotulagem ambiental:
a) do tipo I é aquela conferida a partir de uma autodeclaração.
b) é uma certificação cujos princípios estão definidos na NBR ISO14000:2004.
c) do tipo III baseia-se na avaliação do ciclo de vida dos produtos.
d) é uma certificação voltada para as empresas.
18. Os símbolos nas embalagens são úteis para saber o tipo de material, se é reciclável ou feito de material reciclado. Estas informações ajudam no descarte e na separação de resíduos nas cooperativas de reciclagem, contribuindo para redução dos impactos ambientais negativos. Sendo assim, classifique quanto ao tipo de rotulagem e a que tipo de produtos pertencem.

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