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AULA 5 - CONTROLE CONCENTRADO - DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO

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DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO
AULA 5 – CONTROLE CONCENTRADO 
(TAMBÉM CHAMADO DE ABSTRATO OU PRINCIPAL)
Tem como característica marcante o fato de que cabe ao órgão de cúpula do Poder Judiciário a tarefa de controlar a constitucionalidade das leis num processo abstrato e cuja questão principal da ação é exatamente a declaração ou não de inconstitucionalidade dessas leis supostamente inconstitucionais. 
O controle concentrado de constitucionalidade fica restrito às hipóteses nas quais as ações serão propostas pelos legitimados do art. 103 da CRFB/88 e apresentadas diretamente ao órgão de cúpula do Poder Judiciário, isto é, o Supremo Tribunal Federal. 
Enquadram-se na modalidade de controle concentrado, as seguintes ações:
 a) ação direta de inconstitucionalidade (ADI); 
b) ação declaratória de constitucionalidade (ADC);
c) arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF); 
d) ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO).
Quem poderia suscitar a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo em tese, ou seja, arguir diretamente tal inconstitucionalidade perante o STF. A resposta é clara e diretamente dada pela própria Constituição de 1988 quando estabelece no seu artigo 103:
Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: 
I – o Presidente da República; 
II – a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
 V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI – o Procurador-Geral da República; 
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Com isso, pode-se concluir que as entidades mencionadas no art. 103 da Constituição de 1988 são legitimadas para propor as quatro modalidades de controle concentrado, quais sejam: ADI, ADC, ADPF e ADO.
Já o sistema concentrado, também denominado de sistema kelseniano-austríaco, é um sistema que se caracteriza pelo controle de constitucionalidade feito por apenas um órgão de cúpula do Poder Judiciário (daí a designação de controle concentrado no Tribunal Constitucional) sem depender de nenhum caso concreto (daí a designação de controle abstrato ou objetivo), tendo-se a questão de inconstitucionalidade como uma questão principal da ação (daí a designação de controle principal). Portanto, o sistema kelseniano-austríaco projeta, a um só tempo, a ideia de controle concentrado, abstrato e principal. Além disso, como bem destacam os professores Guilherme Sandoval Góes e Cleyson de Moraes Mello
O ato judicial de controle de constitucionalidade é exclusivo do Supremo Tribunal Federal ou não? NÃO. O SISTEMA BRASILEIRO TANTO ADMITE O CONTROLE JURISDICIONAL FEITO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL QUANTO POR QUALQUER OUTRO ÓRGÃO DO PODER JUDICIÁRIO COM FUNÇÃO JURISDICIONAL
 Quais são as duas modalidades do controle repressivo judicial? CONTROLE DIFUSO (FEITO POR QUALQUER JUIZ OU TRIBUNAL) E CONTROLE CONCENTRADO (FEITO EXCLUSIVAMENTE PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL)
CONTROLE CONCENTRADO - A atuação fiscalizadora do Poder Judiciário será exercida em ações diretas próprias de cunho constitucional, cuja questão principal do processo objetivo/abstrato será a análise da (in)constitucionalidade de lei em tese, atendendo a um pedido direto formulado pelo autor da ação. Nesse tipo de controle, a questão constitucional é o único motivo da instauração da ação, ou seja, a inconstitucionalidade é analisada em tese com o propósito de expelir do mundo jurídico atos normativos inconstitucionais. 
Ajuíza-se a ação com o objetivo específico de se investigar a questão constitucional. 
Portanto, no controle concentrado, os legitimados que intentam a ação judicial de jurisdição concentrada não alegam a existência de lesão a direito próprio, mas, sim, o interesse público de defesa da Constituição, surgindo daí a natureza do controle abstrato como “processo objetivo”, que não contempla partes. Em outros termos, nesse processo objetivo, não há direitos subjetivos ou interesses em jogo, o que se busca é a inconstitucionalidade em tese da norma. 
Em linhas gerais, no âmbito do processo objetivo, as ações de controle concentrado apresentam as seguintes características: 
a) não se admite desistência da ação proposta; 
b) não se acolhe intervenção de terceiros ou litisconsórcio entre requerente ou requerido e terceiros; 
c) não se configura hipótese de suspeição ou impedimento, exceto se o Ministro do STF já houver atuado antes como requerente, requerido, Advogado-Geral da União (AGU) ou Procurador-Geral da República (PGR); 
d) não se reconhece a assistência a requerente ou requerido por terceiros interessados na ação em tela;
e) a decisão de mérito do STF é irrecorrível, exceto a interposição de embargos declaratórios; 
f) a decisão de mérito do STF não pode ser objeto de ação rescisória; 
g) é cabível a interposição de medida cautelar.
LEGITIMADOS ATIVOS (ESTUDAR PARA PROVA)
LEGITIMADOS PASSIVOS
A questão que se impõe agora é saber quais são as consequências da revogação da lei acusada de inconstitucionalidade quando em curso uma ação direta de controle concentrado de constitucionalidade? EXTINÇÃO DA AÇÃO DE JURISDIÇÃO CONCENTRADA SE A NORMA IMPUGNADA, DURANTE O SEU TRAMITE, FOR REVOGADA. OU SEJA, A REVOGAÇÃO DA LEI ACUSADA DE INCONSTITUCIONALIDADE SUSCITA A EXTINÇÃO DO PROCESSO OBJETIVO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO.

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