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AVALIAÇÃO PARCIAL 8º período - Biologia

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Questão 1 - Em relação ao regimento dos répteis, explique a origem das escamas córneas observadas em lagartos e serpentes.
Os répteis são considerados o primeiro grupo de vertebrados tipicamente terrestres, evoluíram de um grupo primitivo de anfíbios e, por isso, precisaram sofrer adaptações para sobreviverem ao novo meio. Para conseguirem explorar e se estabelecerem no ambiente terrestre, os répteis desenvolveram diversas características que permitiram sua independência em relação ao ambiente aquático como, por exemplo, a pele seca, ou seja, não possui glândulas mucosas e é recoberta por escamas de origem epidérmica ou por placas ósseas ou córneas de origem mesodérmica. Com essas características os animais ganharam uma resistência quanto à dessecação com a pele deixando de ser um órgão permeável. O desenvolvimento desta pele seca e não permeável deixou também de ser uma estrutura de respiração, como acontece nos anfíbios. Nos répteis, a respiração é apenas pulmonar.
Questão 2 - Quais as funções das glândulas femorais encontradas no tegumento dos lagartos?
O tegumento dos répteis possui poucas glândulas, ao contrário de outros vertebrados, como os anfíbios. Quando estão presentes, as glândulas secretam substâncias que, ao serem percebidas por outros animais da mesma espécie, tem o papel de demarcação de território. É o caso das secreções glandulares femorais do lagarto e das secreções emitidas pelas cloacas das serpentes.
Questão 3 - Cite e explique as estruturas que compõem a carapaça e o plastrão dos Testidones.
O casco é dorsalmente formado pela carapaça e ventralmente pelo plastrão, partes que são unidas lateralmente pela ponte. A carapaça é formada pela ligação dos ossos dérmicos com costelas e vértebras prolongadas e o plastrão é constituído anteriormente por clavículas e interclavículas e posteriormente por costelas abdominais. Em ambas as porções, os escudos dérmicos recobrem os ossos.
Questão 4 - Qual origem dos escudos dérmicos e epidérmicos dos Testudines?
O casco é composto por placas ósseas unidas através do bordo nessa parte dorsal estão soldadas a coluna vertebral (oito vértebras cervicais, dez dorsais, duas sacrais e 16 a 25 caudais) e as costelas. Já o plastrão é peça única, de origem epidérmica. O endoplastrão deriva-se da interclavícula; os epiplastrões, das clavículas. Temos também, formando o plastrão, o hialoplastrão, o hipoplastrão e o xifiplastrão. A união entre o escudo e o plastrão é realizada através dos processos prolongamentos do hipoplastrão, que se fundem ao primeiro e ao quinto pleural, formando uma rígida conexão entre os dois processos. Os ossos da carapaça são cobertos por escudos córneos, que não coincidem nem em número nem em posição com os ossos.
Questão 5 - Em relação as aves, quais são os constituintes do tegumento desses animais? Cite e explique as funções dos diferentes tipos de penas das aves.
A pele das aves é flexível e frouxamente presa à musculatura subjacente. Possui apenas uma glândula, a glândula uropigiana que fica próxima à base da cauda, onde a ave passa o bico, recolhendo a secreção e, em seguida, passa nas penas para impermeabiliza-las. Além disso, essa secreção é responsável para evitar que o bico fique quebradiço.
Penas das asas e Rectrizes: Penas da cauda: São grandes e rijas, em geral, penas de contorno, penáceas modificadas para o voo. 
Semiplunas: são penas com estrutura intermediária entre as penas do contorno e as plúmulas. 
Plúmulas: são penas inteiramente plumáceas nas quais a raque é mais curta do que a maior barba ou está ausente. 
Plúmulas de Pó: são difíceis de classificar quanto ao tipo estrutural, produzem um pó branco hidrofóbico, extremamente fino composto por grânulos de queratina. 
Cerdas: São penas especializadas, com uma raque rígida e as barbas, quando existem, localizam-se apenas na parte proximal. 
Filoplumas: são penas finas, capilares, com umas poucas barbas curtas ou bárbulas na extremidade distal.
Questão 6 - Diferencie as linhagens reptilianas de acordo com o padrão de fenestras temporais.
Os amniotas são divididos classicamente de acordo com padrões de fenestrações temporais cranianos. As diferentes configurações destas fenestras e que dão nome aos grupos são: 
Anápsídeo: observado em amniotas primitivos e nas tartarugas.
Sinapsídeo: observado nos mamíferos e as linhagens ancestrais.
Diapsídeo: observado nos demais répteis e aves. O arco a que se refere o nome está relacionado às barras temporais, que podem ser chamadas de arcadas temporais, que estão posicionadas entre as fenestras.
Questão 7 - Cite em quais táxons - extintos e atuais encontramos os diferentes tipos de padrões de fenestração temporal.
Conforme Pough et al, (2008) uma divisão inicial dos aminiotas produziu duas linhagens evolutivas que incluem a maioria dos vertebrados terrestres viventes, os Synapsida e Sauropsida. Os mamiferos são Synapsida, e as tartarugas, os tualara, os lagartos, as serpentes, os crocodilianos, e as aves são Sauropsida, assim como todos os répteis extintos.
Os répteis basais, não possulam nenhuma abertura temporal no crânio sendo classificados como anapsidas. Entre os répteis atuais, tartarugas cágados e jabutis apresentam essa particularidade.
Os euryapsidas correspondem a um grupo extinto de répteis marinhos que possuíam uma abertura temporal superiot situada entre os ossos parental pós-orbital e esquamosal Classificados entre os répteis da subclasse euryapsida estão sauropteryglans e ictiossauros. Os sauropterygians formam a grupo répteis marinhos mais bem sucedidos e diversificados que viveram ao longo de quase toda a era Mesozoica. Os diapsidas possuem dois pares de fenestras temporais em seus cranios, e podem ser divididos em dois grupos os Archosauromorpha e os Lepidosauromorpha.
Questão 8 - Sabe-se que nós mamíferos atuais as fenestras temporais se fundiram a abertura orbital - local de inserção do globo ocular. Quais as hipóteses evolutivas que explicam este padrão cranial?
A partir da análise de vários fragmentos fósseis de pequenos, não eram mamíferos, mas sua evolução estava claramente orientada nessa direção. Por isso receberam nomes que remetem a esse grupo animal. Brasilitério (mamífero do Brasil), enquanto o Brasilodonte tem dentes de mamífero e seus pós-caninos, usados para triturar, formam quatro ângulos retos. O confronto das formas do crânio, mandíbula e dentes desses animais com os do Morganucodon (um dos mamíferos mais antigos) torna os achados gaúchos fortes candidatos a serem os melhores representantes da linhagem de cinodontes que desembocou nos mamíferos. Os cinodontes apresentam um tipo de dentição carnívoro-insetívora, sobretudo na mandíbula, comparável à dos primeiros mamíferos. Acredita-se que o Brasilitério produziu descendentes que, gerações mais tarde, podem ter levado tanto ao mamífero primordial Morganucodon como ao Brasilodonte, animal com maior número de características de mamífero. Ou seja, a linhagem do Brasilitério pode ter sido ancestral tanto de sinápsidos muito parecidos com mamíferos quanto dos primeiros mamíferos. Concluindo que somente um orifício grande permitirá a passagem de um grande músculo, favorecendo uma mordedura com maior força, dando a capacidade inclusive de triturar ossos.
Questão 9 - A tuatara, um réptil considerado "fóssil vivo", possui um ancestral comum com os Squamatas (lagartos e serpentes). Porém estão classificados em um táxon diferente, denominado Sphenodontia. Qual característica craniana que o faz ser classificado taxonomicamente diferente dos demais répteis?
Crânio anapsida, sem abertura temporal. a condição do crânio que é decorrente da perda secundária de fenestras temporais de uma condição ancestral diapsida, não sendo considerados mais como parte do grupo Anapsida.
Questão 10 - As aves atuais possuem um ancestral comum aos dinossauros - répteis que foram extintos. O que difere, em nível da morfologia cranial, as aves dia dinossauros?
Nos dinossauros o crânio era composto por duas fenestras temporais, a superior e a inferior, separadas da órbita.Nas aves atuais essas fenestras se fundem à órbita. O crânio de aves adultas é muito semelhante ao de dinossauros jovens, devido a um padrão evolutivo que pode ser resultado de fenômenos evolutivos naturais. Um deles, conhecido como pedomorfose, pode ser o responsável por muitas características das aves, como o cérebro relativamente grande e os olhos. Por outro lado, outro fenômeno, de ação oposta, conhecido como peramorfose, que desenvolve as características dos adultos, está relacionado ao desenvolvimento e a evolução do bico nesses animais.

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