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Ambiente Virtual de Aprendizagem na EAD

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38 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
 
GRADUAÇÃO 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE 
APRENDIZAGEM 
 
 
1 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS Núcleo de Educação a Distância 
 
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA. 
MATERIAL ATUALIZADO CORRIGIDO: 
Prof. Dra. Juliana Fatima Serraglio Pasini 
2019, 42 páginas. 
 
ADMINISTRAÇÃO- EaD 
 
CDU: 37.018.43 
 
NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
Av. Bartolomeu de Gusmão, 1324 - Centro – CEP: 85.852-130 
Foz do Iguaçu – Paraná / ead.udc.br / 3574-6900 
 
 
 
2 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
APRESENTAÇÃO 
 
Prezado(a) Acadêmico(a), 
 
Você está participando da disciplina de Fundamentos da Educação à distância na 
modalidade à distância, ofertada pelo Centro Universitário Dinâmica das 
Cataratas - UDC. Sabemos que o seu percurso de aprendizagem necessita ser 
acompanhado e orientado, para que você obtenha sucesso nos estudos e construa 
um conhecimento relevante à sua formação profissional. 
Preparamos este material didático com os conteúdos teóricos e as orientações de 
atividades planejadas pelo professor, possibilitando, assim, guiá-lo no autoestudo 
ao longo do semestre. Além disso, você conta com o ambiente virtual de 
aprendizagem como espaço de estudo e de participação ativa no curso. Nele você 
encontra as orientações para realizar atividades e avaliações on-line, além de 
recursos que vão enriquecer a proposta deste material didático, tais como links para 
sites da Internet, vídeos gravados pelo professor e outros por ele sugeridos, textos, 
animações, ilustrações, dentre outras mídias. 
Lembre-se, no entanto, de que você deve se organizar para criar sua própria 
autonomia de estudo. Isso inclui o planejamento do seu tempo de dedicação ao 
estudo individual e de participação colaborativa no ambiente virtual. 
Este material é o seu livro-texto e apoio importante no desenvolvimento de sua 
aprendizagem no curso. 
 
Bom estudo! 
Direção UDC On-line 
 
 
 
 
3 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 2 
UNIDADE I - CONTEXTUALIZAÇÃO E CONCEITOS DA EAD ................................ 4 
1.1 SOCIEDADE DIGITAL: PROBLEMATIZAÇÃO E REVISÃO CRÍTICA ........... 4 
1.1.1 Contexto Digital ............................................................................................ 4 
1.2 O QUE SÃO AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM? ............................ 9 
1.3 CONVERGÊNCIA DE MÍDIAS E MOBILIDADE ............................................... 15 
1.4 EAD – Dados do crescimento do EAD nos cursos de Ensino Superior .............. 19 
UNIDADE II - RECURSOS TECNOLÓGICOS NA EAD ........................................... 25 
2.1 WEB 2.0 – CONCEITUAÇÃO E FERRAMENTAS .............................................. 25 
2.2 WEB 3.0 – CONCEITUAÇÃO E FERRAMENTAS .............................................. 27 
UNIDADE III - LEGISLAÇÃO DA EAD .................................................................... 32 
3.1 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ................................................... 32 
UNIDADE IV – PLANEJAMENTO EM EAD ............................................................. 35 
4.1 PLANEJANDO A ORGANIZAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS ................... 36 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 42 
 
 
 
 
4 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
 
 UNIDADE I - CONTEXTUALIZAÇÃO E CONCEITOS DA EAD 
 
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM 
Ao problematizar as sociedades digitais, você será capaz de: 
Estabelecer uma revisão crítica acerca das tecnologias de informação e de 
comunicação (TICs) no contexto social. 
 
1.1 SOCIEDADE DIGITAL: PROBLEMATIZAÇÃO E REVISÃO CRÍTICA 
1.1.1 Contexto Digital 
 
 
 
 
Fonte: Google, 20191. 
 
 
O século XXI trouxe mudanças significativas para a sociedade, com incontáveis 
transformações em todas as dimensões da vida humana. O progresso tecnológico é 
notável, reconfigurando a forma de organização social e profissional, bem como a 
forma de comunicação e relação entre os indivíduos. 
 
1 Disponível em:< http://www.fisica-interessante.com/aula-historia-e-epistemologia-da-ciencia-14-cultura-
digital-3.html> Acesso em: jan./2019. 
 
http://www.fisica-interessante.com/aula-historia-e-epistemologia-da-ciencia-14-cultura-digital-3.html
http://www.fisica-interessante.com/aula-historia-e-epistemologia-da-ciencia-14-cultura-digital-3.html
 
 
5 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
 As fronteiras e os limites para a produção do conhecimento estão cada vez 
menores em detrimento das sofisticadas formas de comunicação, as quais são 
denominadas pelas tecnologias digitais. De acordo com Gadotti (2000) a inclusão das 
tecnologias digitais no contexto escolar e acadêmico passa a ser uma possibilidade 
de interagir, contextualizar conteúdos, a fim de que o aluno perceba conexões e as 
relações existentes entre um conteúdo e outros, incidindo diretamente na produção e 
aquisição do conhecimento. 
 A pesquisa de Locatelli e Schlemmer (2012) alertam para o novo perfil das 
gerações que nasceram e crescem com a evolução tecnológica digital, ou seja, os 
chamados “nativos digitais”, ou aos “falantes” nativos da linguagem digital dos 
computadores, videogames e da internet. Estes apresentam um novo perfil, e frente 
a isso é necessário pensar em novos modelos de aprendizagem. Visto que o contexto 
tecnológico digital 
 
pode estar influenciando a forma como se desenvolvem, percebem e 
significam o mundo, pois aprendem por meio de cliques, toques, telas, 
ícones, sons, jogos, num emaranhado de ações e interações que 
envolvem a curiosidade, a pesquisa, a descoberta, o desafio, a 
exploração, a experimentação, a vivência em diferentes redes de 
conversações on line (p. 3-4). 
 
 O desafio da Educação, em específico ao ensino superior, em meio a tantas 
mudanças no mundo moderno está em propor novas formas de aprendizagem. Estas 
devem desenvolver nos alunos competências e habilidades que contribuem para que 
o mesmo possa fazer uso competente das informações que estão disponíveis no 
mundo global e digital. Ao falar de Educação na atualidade, não é possível ignorar o 
fenômeno de como os indivíduos se relacionam com o mundo digital, pois estes 
incidem nas novas formas de pensar, se relacional, e estabelecer relações com o 
mundo. 
Vivemos sob um cenário de produção informacional, no qual as facilidades 
dos Dispositivos que conectam e formam redes de comunicação demandam novas 
formas de ensinar e de aprender. Porém, a educação ainda se desenvolve por meio 
de práticas pedagógicas sob modos de tempo e de espaço fixos e delimitados e 
focados numa cultura escolar que reconhece os dispositivos tecnológicos de 
 
 
6 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
informação e comunicação contemporâneos, mas ainda não os integra nos 
processos de ensino e aprendizagem. 
Nesse sentido, observa-se pouca mudança na cultura escolar, mesmo sob 
uma cultura digital de comunicação e de informação e do aprender a qualquer hora, 
de qualquer lugar a partir da internet. 
A educação a distância, que vem agregando a internet como forma de 
produzir conteúdos e materiais mais abertos e de formar redes colaborativas de 
aprendizagem, ainda caminha para legitimar o contexto digital em seus processos 
educativos. 
Porém, mesmo que já estejamos falando de uma sociedade digital e que 
vislumbremos as inúmeras possibilidades apresentadas pelas tecnologias digitais de 
informação e de comunicação, na educação o “mundo analógico” ainda prevalece, 
mas será que tudo se resume a migrar ao mundo digital para que se equacionem 
as questões da educação contemporânea?O fato é que não basta fazer-se do 
digital um dispositivo para armazenar dados, e nem das máquinas as ferramentas 
para os distribuírem, se as relações pedagógicas não se constituírem sob novos 
modelos educacionais e, nesses novos modos de interagirmos na sociedade digital 
(BASSO,2003). Por isso, é importante refletir sobre a cultura digital e como a 
educação pode se integrar para inovar também seus processos de ensinar e de 
aprender. 
Certamente, as mídias digitais, a Internet e a Web possibilitam uma produção 
coletiva do conhecimento via rede, por meio de fóruns e de listas de discussão, de 
conversas por meio de chats, de mensagens instantâneas e de correio eletrônico. 
Igualmente, possibilitam acesso a conteúdos digitais tais como vídeo aulas, 
bibliotecas digitais, animações, simulações, entre outros. Alunos podem gerenciar 
suas demandas por conhecimento, de acordo com o seu ritmo de aprendizagem e 
os espaços de acesso ao aprender, por meio de ambientes virtuais de aprendizagem, 
favorecem a construção de relações pedagógicas menos centradas no modelo 
professor-aluno, propiciando uma convivência virtual não imaginada antes das 
potencialidades das ferramentas de comunicação via Internet. 
Sem dúvida, na sociedade digital e conectada em rede, a web configura-se 
como ferramenta sob a qual, e incessantemente, produzem-se ilimitadas formas de 
uso e de produção social, e novas terminologias tais como mídias digitais, hipermídia, 
 
 
7 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
interatividade, conectividade, ambientes virtuais, sistemas de gestão do conhecimento, 
sistemas de gerenciamento de conteúdos digitais, objetos de aprendizagem, entre 
tantos outros conceitos que emergem em áreas de conhecimento contemporâneas. 
Assim, a educação via Internet passa a ser uma demanda da sociedade digital no que 
diz respeito à formação e aprendizagem contínua. 
 Nesse sentido, ao falar de novos tempos, temos um modelo de sociedade 
tecnológica e inovadora, e o mercado de trabalho tem exigido profissionais mais 
capacitadas e protagonistas nos diferentes espaços. Assim, o modelo de ensino 
tradicional não atende a este perfil. Retorna assim um debate de ideias antigas, 
porém, com novas propostas a fim de atender ao mercado econômico, social e cultural 
ao qual nos encontramos. A escola e a universidade devem tornar-se o espaço 
propulsor de novas formas de aprendizagem, conduzir o ser aprendente, a fazer uso 
de tantas informações disponíveis, saber resolver problemas de forma criativa e 
inovadora, não ser apenas um mero reprodutor de conteúdos e informações já 
disponíveis na internet. 
 
Ensinar e aprender tornam-se fascinantes quando se convertem em 
processos de pesquisa constantes, de questionamento, de criação, de 
experimentação, de reflexão e de compartilhamento crescentes, em 
áreas de conhecimento mais amplas e em níveis cada vez mais 
profundos. A sala de aula pode ser um espaço privilegiado de 
cocriação, maker, de busca de soluções empreendedoras, em todos 
os fios, jogos, experiências, vivências, problemas, projetos, com os 
recursos que têm em mãos: materiais simples ou sofisticados, 
tecnologias básicas ou avançadas. O importante é evoluir como 
pesquisadores, descobridores, realizadores; que conseguem assumir 
riscos, aprender com os colegas, descobrir seus potenciais. Assim, o 
aprender se tornar uma aventura permanente, uma atitude constante, 
um progresso crescente. (MORAN, 2018, p.3). 
 
 É importante o estímulo multissensorial e a valorização dos conhecimentos 
prévios dos estudos, para que possam sustentar os novos conhecimentos. Deste 
modo, é necessário repensar a organização dos espaços de aprendizagem, a 
formação dos profissionais da educação das diversas áreas, desde a Educação 
Infantil até o Ensino Superior. Pois, a aprendizagem se dá ao longo da vida. 
A partir dessas breves considerações, pode-se inferir que, no cenário da 
sociedade digital, a educação delineia-se por novas concepções pedagógicas e 
tecnológicas, os quais demandam pedagogias e teorias de aprendizagem que 
 
 
8 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
atendam a educação a distância. Decorre disso a necessidade de se constituírem 
práticas pedagógicas inovadoras, para que a educação (e a educação a distância via 
Internet) façam prevalecer a aprendizagem e não a tecnologia. 
Também se observa o uso de tecnologias móveis – celulares, smartphones, 
tablet, os quais vêm contribuindo para novos modelos de aprendizagem na 
educação a distância (EaD). Todavia, tanto a gestão de implantação da EaD quanto 
a sua utilização, nela embutidas as potencialidades tecnológicas e pedagógicas, 
apresentam lacunas por darem mais importância ao que as tecnologias 
disponibilizam do que as mudanças nas práticas pedagógicas. 
 
Na atualidade, o termo “redes sociais” tem ocupado centralidade nas 
discussões em diferentes contextos, sendo que este termo aparece 
cada vez mais associado ao termo online - vinculado ao uso de 
tecnologias digitais em ambiente Web. Assim, no âmbito das redes 
sociais online surgem tecnologias como: Facebook, LinkedIn, Twitter, 
entre tantas outras, cujo objetivo principal consiste em possibilitar a 
constituição de redes sociais na internet. Essas redes podem se 
configurar como redes de relacionamentos, de troca de informações, 
de compartilhamento de experiências e ideias, de aprendizagem, ou 
seja, de trocas de toda ordem, que podem envolver fotos, textos, 
quizzes, dentre outras possibilidades, oportunizando, dessa forma, 
que pessoas de diferentes interesse e perfis marquem presença na 
rede mundial de computadores. Essas redes podem ser utilizadas 
também com objetivos específicos como é o caso do campo da 
educação, onde alunos e professores tem a possibilidade de 
comunicação e interação a partir de qualquer lugar e qualquer hora, 
para juntos construírem o conhecimento. (LOCATELLI; 
SCHLEMMER, 2012, p.2). 
 
 Em outras palavras, os processos inovadores das tecnologias de informação 
e comunicação - principalmente na área de educação - enfatizam mais os 
dispositivos e menos as possibilidades de aprendizagem. Em consequência, 
apontam-se novas alternativas para uma educação digital, mas que pouco mudam 
a forma como aprendemos e a cultura escolar nos modelos como a conhecemos. 
Como afirma Silva (2001), 
 
As tecnologias de informação e de comunicação condicionam 
fortemente a ecologia comunicacional e educacional das sociedades, 
favorecendo o surgir de novas práticas, atividades e 
comportamentos, de novas formas de estar e de ser no mundo. Um 
“novo” mundo, em síntese. 
 
 
 
9 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
 Dessa forma, ao falar de Educação na atualidade torna-se necessário 
considerar o momento histórico e social no qual os sujeitos vivem e convivem 
principalmente levar em contar qual tipo de interação realizam com as tecnologias, 
visto que estas modificam a forma como se comunicam, interagem e constroem 
conhecimento. 
 
Para refletir! 
 
Nosso estudo abordou a sociedade digital bem como as inovações pedagógicas 
possíveis à integração das tecnologias com a educação. Por que estabelecemos essa 
abordagem inicial? Para que sua compreensão, sob um foco pedagógico do tema, 
permita-lhe compreender, pouco a pouco, que há um aspecto novo a ser considerado 
na educação a partir das potencialidades comunicacionais das tecnologias. 
Ao planejar a educação a distância é importante considerar o contexto social 
(digital) na qual hoje se insere. Lembre-se de que não são as tecnologias e respectivas 
funcionalidades em si que imprimirão qualidade a um curso a distância, mas aquilo que 
com elas poderemos potencializar para uma educação compatível com a sociedade 
digital. 
 
1.2 O QUE SÃO AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM? 
 
 
Ambientes Virtuais de Aprendizagem 
 
Ambientes virtuais de aprendizagem são 
espaços de aprendizagem desenvolvidoscom 
tecnologias da informação e comunicação, em 
especial da internet e da Web. Também denominados 
AVAs, reúnem recursos e ferramentas integradas para a realização de 
atividades de ensino e aprendizagem a distância. 
 
Possuem múltiplas mídias, linguagens e recursos, para apresentar 
informações de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas, 
Shutterstock_ 112370567 
 
 
 
10 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
disponibilizar conteúdos e materiais de estudo, entre outras facilidades necessárias 
ao aluno e ao professor no processo de ensinar e de aprender. 
 
Conceituando 
Um ambiente virtual de aprendizagem “pode ser considerado como 
sendo um “dispositivo” de comunicação, de mediação de saberes, de 
formação midiatizada” (Maciel 2002). 
 
Observe que, embora se trate de um espaço que se utiliza de dispositivos 
de comunicação com diferentes mídias – vídeos, animações, áudio, textos digitais 
etc., um ambiente virtual de aprendizagem precisa de organização e de planejamento. 
Almeida (2003) aponta: 
 
Ensinar em ambientes digitais e interativos de aprendizagem significa: 
organizar situações de aprendizagem, planejar e propor atividades; 
disponibilizar materiais de apoio com o uso de múltiplas mídias e 
linguagens; ter um professor que atue como mediador e orientador 
do aluno. [...] os ambientes virtuais de aprendizagem podem ser 
empregados como suporte para sistemas de educação a distância 
realizados exclusivamente on line, para apoio às atividades 
presenciais de formação sala de aula, permitindo expandir as 
interações da aula para além do espaço-tempo do encontro face-a-
face ou para suporte à atividades de semipresencial nas quais o 
ambiente digital poderá ser utilizado tanto nas ações presenciais 
como nas atividades a distância.” 
 
Percebeu como os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) tem por 
propósito a construção de espaços de comunicação, de informação, de colaboração 
e a formação de redes de aprendizagem e de gerenciamento acadêmico e escolar? 
Podemos dizer que um AVA é um sistema desenvolvidos para favorecer: 
a) A colaboração e a interação entre professores e alunos e entre alunos, 
além da integração da comunidade institucional; 
b) Acesso à materiais de estudo por meio das tecnologias digitais. 
Ainda, em relação aos ambientes virtuais de aprendizagem, o autor 
Rosenberg (2001), assim descreve: 
 
Cabe destacar que as potencialidades dos ambientes virtuais de 
aprendizagem favorecem o acesso à aprendizagem a qualquer hora, 
de qualquer lugar, e estimulam no aluno o desenvolvimento de 
competências para que ele seja o gestor de seu processo de 
 
 
11 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
aprendizagem. Também a educação a distância, com o suporte das 
tecnologias de informação e comunicação vem aplicando processos 
inovadores de aprendizagem on-line e os ambientes virtuais, 
comumente denominados plataformas, cumprem nisso um importante 
papel. 
 
O conjunto de tecnologias empregadas num AVA tem por objetivo: 
• Implantar a educação a distância via Internet, por meio de recursos para a 
criação de cursos e de materiais digitais com o suporte das tecnologias 
digitais; 
• Estabelecer a aprendizagem on-line; 
• Favorecer a comunicação e a interação por meio de ferramentas tais como 
fóruns, mensagens instantâneas, e-mail, etc.; 
• Promover a formação de redes de aprendizagem em rede. 
 
Em síntese, um AVA possibilita ao aluno: 
• Encontrar os materiais de estudo, a qualquer hora, de qualquer lugar, via 
web; 
• Organizar o tempo de estudo de acordo com os objetivos da aprendizagem; 
• Gerenciar as informações referentes às suas disciplinas; 
• Colaborar e interagir em grupos de discussão e fóruns temáticos; 
• Acessar aos recursos da web para complementar o estudo; 
• Conversar com outros alunos em tempo real; 
• Comunicar-se com o professor; 
• Ser autor e coautor, desenvolvendo materiais de aprendizagem; 
• Realizar as atividades em interação com o professor e com os demais 
alunos; 
• Gerenciar e avaliar o próprio percurso de estudo e o seu processo de 
aprendizagem. 
 
Além disso, um AVA facilita as rotinas acadêmicas, contribuindo para 
que uma sala de aula virtual disponibilize: 
• Espaço pessoal para gerenciar informações pessoais; 
• Recursos para interagir por meio de fóruns e de mensagens; 
 
 
12 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
• Ferramentas para compartilhar arquivos e conteúdos de sua autoria; 
• Realizar tarefas e colaborar para a aprendizagem em grupo. 
 
Você já sabe que um AVA é desenvolvido para criar e gerenciar 
cursos/disciplinas, disponibilizando ferramentas das tecnologias digitais 
que você também encontra no seu dia a dia, não é mesmo? 
 
Então, observe como o desenvolvimento de um AVA se utiliza das 
possibilidades das tecnologias: 
 
• Conectividade: estamos “plugados” na rede Internet, a partir dela tudo se 
conecta e um AVA considera essa capacidade de estarmos on-line; 
• Mobilidade um AVA: é um sistema que funciona pela web e permite ser 
acessado a qualquer hora e de qualquer lugar; 
• Tecnologias Móveis: a partir dispositivos sem fio (e móveis), conectados à 
• Internet, tais como laptops, principalmente, podemos também acessar um 
AVA; 
• Convergência de Mídias: num AVA convergem mídias para que os 
conteúdos sejam apresentados por meio de vídeos, ilustrações, animações, 
áudios, textos digitais etc. Isso possibilita diversificar e, ao mesmo tempo, 
integrar conteúdos para atender a diferentes objetivos de aprendizagem. 
 
Vamos entender o que envolve o desenvolvimento de um ambiente virtual de 
aprendizagem! Ele envolve diferentes dimensões e a tecnologia é apenas uma delas. 
Observe a ilustração e analise as três dimensões destacadas: 
 
 
13 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
Dessas dimensões, portanto, derivam a organização e a integração das 
capacidades funcionais dos ambientes virtuais de aprendizagem, tais como: 
• Portal Institucional de Acesso; 
• Espaço Pessoal e Ambiente Virtual de Aprendizagem com recursos para o 
aluno desenvolver o autoestudo e realizar atividades, bem como interagir 
com seus colegas de turma. 
 De modo geral, os AVAs têm como objetivo a facilitação das atividades didático-
pedagógicas para o processo de ensino e aprendizagem apoiado por tecnologias. 
Trata-se de um espaço na internet no qual se centraliza uma série de ferramentas 
para uso dessas atividades, com possibilidades diversas de exposição de conteúdos, 
formatos variados de práticas de ensino, recursos tecnológicos (chats, fóruns, e-mail, 
etc) e possibilidades de avaliação (Nunes, 2011). Permitem aos professores controlar 
o acesso dos alunos ao portal, assim como postas notas e dar feedbacks. 
 No Brasil, os ambientes AVA têm um funcionamento muito parecido: trata-se 
de um espaço no qual podem ser organizadas “salas” de cursos e disciplinas 
diferentes. Em cada uma dessas “salas” as ferramentas são semelhantes, nelas 
encontram-se os seguintes recursos: módulos ou abas para organização e 
 
 
14 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
disponibilização dos materiais, páginas de conteúdos, arquivos (artigos, textos, 
vídeos, documentários, entre outros) hospedados diretamente no AVA para download 
e para leitura online ou offline; fóruns, chats e espaços para interação com docentes 
e colegas; questionários e tarefas, com perguntas objetivas e dissertativas; glossário; 
agenda; pastas para organização dos conteúdos; links para sites externos; wiki ou 
outra forma de construção coletiva de textos. O que muda de uma instituição para 
outra é o ato pedagógico que precisa ser cuidadosamente planejado e organizado. 
 Filatro e Piconez (2012) apresentam alguns dos AVAs mais utilizados 
atualmente, são eles: Blackboard, Moodle, Tidia-Ae e Teleduc, AVA Canvas. 
 O blackboard é um AVA comercial utilizado em várias partes do mundo. Ofertaum ambiente virtual de aprendizagem propriamente dito (software para ser 
implementado a fim de gerenciar as ferramentas utilizadas no processo de ensino-
aprendizagem) e mais algumas soluções educacionais em alguns nichos específicos 
para o mercado. Atende instituições do mundo inteiro de ensino fundamental, médio, 
superior, corporativo, governamental, e etc. A sede da emprese fica nos Estados 
Unidos. 
 O Teleduc é uma AVA brasileiro, foi desenvolvido na Universidade Estadual de 
Campinas (UNICAMP), pelo Núcleo de Informática Aplicada à Educação do Instituto 
de Computação. Passou a ser utilizado em 1998, e nos últimos anos foi perdendo 
adesão, e caiu fortemente em 2018, pela própria política da instituição. É um ambiente 
simples e flexível, pode se utilizado em diferentes contextos educacionais, pois 
oferece: chats, fóruns, e-mail, entrega de conteúdo, como vídeos e textos. 
 O Tidia-AE também é brasileiro, desenvolvido junto ao programa de tecnologia 
da informação para o desenvolvimento da internet avançada (Tidia) para apoio ao 
aprendizado eletrônico (Ae), foi financiado pela Fundação de Amparo à pesquisa do 
Estado de São Paulo (Fapesp). Foi utilizado para desenvolver a plataforma e as 
mídias colaborativas, entretanto também é pouco utilizado. 
 O AVA Canvas lançado em 2011 pela Instructure Inc, empresa sede nos 
Estados Unidos, está disponível em um modelo freemium, ou seja, há uma versão 
totalmente gratuita, livre e aberta, com funcionalidades determinadas que podem ser 
adaptadas e adequadas conforme as necessidades da instituição. E há uma versão 
paga, com maior número de ferramentas, mídias e diversas alternativas de uso. 
 
 
15 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
 Já o Moodle foi criado em 2001 e, tem código aberto, livre e gratuito, está em 
constante desenvolvimento por meio de uma comunidade mundial, que contribui para 
atualização permanente da ferramenta. Essas podem ser feitas por profissionais de 
TI, desenvolvedores, professores, pesquisadores e designers instrucionais que 
compartilham informações sobre o AVA. Pode ser configurado para atender a 
contextos educacionais e empresariais vadiados. É a mais utilizada no Brasil e no 
mundo. 
 
 A dimensão mais importante 
 
Alunos desenvolvem atividade, nem sempre conectados ao mesmo tempo 
(no mesmo horário) no ambiente virtual de aprendizagem. Tal característica 
de educação a qualquer hora, conectada à Web a partir de qualquer lugar 
onde haja um computador e Internet, precisa ser levada em conta, tanto 
nas atividades de planejamento quanto nas de gerenciamento das 
situações pedagógicas propostas para a aprendizagem. 
Percebeu como a dimensão pedagógica é a mais importante, para que se 
garanta a aprendizagem? 
 
Para refletir, concluindo brevemente: 
A tecnologia, por si só, não é garantia de que um AVA promova a 
aprendizagem a distância (on-line). Devemos considerar os aspectos educacionais 
para que, acima de tudo, os alunos encontrem formas de se comunicar, de estudar a 
partir de materiais interessantes e de fácil acesso e de acompanhar o próprio percurso 
da aprendizagem. 
Vamos aprofundar essas questões em nosso Ambiente Virtual de 
Aprendizagem? Nele você entenderá melhor como os conceitos aqui apresentados 
estão sendo aplicados na prática! 
 
1.3 CONVERGÊNCIA DE MÍDIAS E MOBILIDADE 
Convergência de Mídias 
 
 
 
16 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
Já sabemos que em nosso dia a dia, a comunicação e o acesso à informação 
são estabelecidos, principalmente, através dos dispositivos conectados à internet e 
de uma forma totalmente diferenciada dos tempos iniciais da Internet e da utilização 
dos computadores pessoais. 
Note, portanto, que esse é um processo que se dá pela rápida evolução 
tecnológica. Se observamos os dispositivos que utilizávamos tempos atrás, 
podemos dizer que j á estão obsoletos em relação ao que hoje está à nossa 
disposição, não é mesmo? Surgem novas tecnologias e, com elas, outros usos e 
possibilidades antes não imaginadas. 
De fato, os dispositivos de informação e comunicação, denominados novas 
tecnologias, incessantemente atualizam-se e com eles passamos a estabelecer outras 
funções. Essa utilização de múltiplas tecnologias é resultante da convergência de 
mídias, principalmente, para a web – o 
espaço denominado multimídia da internet e 
conhecido por nós pelos endereços www - e 
para os celulares. Hoje, nossa comunicação 
via internet e pelo celular se vale de áudio, 
vídeo, textos digitais, fotos, mensagens 
instantâneas, redes sociais etc., permitindo 
“tudo ao mesmo tempo, agora”. 
 
Conceituando Convergência 
 
Para Briggs e Burke (2004), convergência designa a integração de 
texto, som, imagem e número à tecnologia digital desde a década 
de 1990. Atualmente, encontramos diferentes dispositivos digitais de 
comunicação construídos sob o conceito convergente e que foram 
agregando funcionalidades não só de comunicação como também 
de produção de novas informações. 
 
A convergência significa, então, a coexistência de múltiplos recursos que, 
por sua vez, ampliam as funcionalidades de um dispositivo. 
Não pensamos mais o computador sem que pensemos a Internet, seja 
conectando-a via cabo de rede ou via rede sem fio. E é assim que vivemos nesse 
mundo digital, obtendo o máximo de tecnologia a partir de um único dispositivo. As 
 
 
17 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
empresas de produtos e de sistemas de tecnologias reconhecem esse conceito de 
convergências. 
Pare um instante a leitura, observe qual dispositivo tem à sua mão ou na 
sua casa e no trabalho (um notebook, um celular, um smartphone, não importa). 
Quantos aplicativos estão reunidos nele(s)? Câmera, vídeo, internet, telefonia, jogos, 
mensagem instantânea, aplicativos de banco, música, e-mail, recursos das redes 
sociais etc.? 
Pois isso representa a convergência de mídias para um só dispositivo, de 
forma integrada. Esteja onde estiver, conseguirá realizar inúmeras tarefas, não é 
mesmo? E, se for estudar, também poderá acessar o ambiente virtual e, nele, todas 
as mídias que foram incorporadas. 
 
Uma notícia chega pelo 
celular, via mensagem, da mesma 
forma, e no mesmo tempo em que é 
veiculada num blog, num portal, na 
TV, na rede social. 
Tudo converge! Você se identifica 
com a imagem ao lado? 
Castro (2005), nos esclarece 
e nos permite refletir sobre a 
convergência de mídias, ao afirmar 
que: 
 
Foi-se o tempo que havia uma máquina para cada atividade de mídia, 
seja ela para uso privado ou profissional. Hoje elas convergem em 
funções e atividades, sendo oferecidas em t a m a n h o s cada vez 
mais compactos, como é o caso dos Palms e dos aparelhos sem fios 
que permitem utilizar Internet e m qualquer lugar do planeta sem 
necessitar de conexão telefônica. Tratar de convergência tecnológica 
significa, por exemplo, pensar o uso comum - ou em separado - da 
TV, rádio, Internet, cinema e celulares, assim como a possibilidade 
de passar arquivos de imagem, texto ou áudio de um para outro 
aparelho digital e de se construir sozinho ou coletivamente novos 
conteúdos. Os atores sociais que já dispõem de aparelhos celulares 
digitais, por exemplo, são cidadãos que se mantêm conectados com 
o mundo praticamente 24 horas por dia. Além das fotos, dos vídeos, 
das músicas e dos programas que baixam de internet através dos 
 
 
18 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
aparelhos celulares de última geração, eles podem enviar arquivos 
de imagem, texto ou música para seus amigos, comunidade ou 
simplesmente anexar no seu blog ou fotoblog, dando visibilidade e 
publicitando seu cotidiano e história pessoal todos os interessados 
em procurá-la através da web. 
 
 
Analise esse pequeno trecho de Caldas (2011), no qual ele cita Jenkins 
(2008), autor do livro “Cultura da Convergência”: 
 
A cultura da convergência atualiza dois personagens, osprodutores 
e os consumidores. Antes da convergência os consumidores eram 
“passivos, previsíveis, submissos, isolados, silenciosos e invisíveis” 
(JENKINS, 2008, p. 45). Para Jenkins, esse papel mudou, hoje eles 
são ativos, migratórios, leais, conectados socialmente, barulhentos e 
públicos. Na cultura da convergência “em vez de falar sobre 
produtores e consumidores de mídia como ocupantes de papéis 
separados, podemos agora considerá-los como participantes 
interagindo de acordo com um novo conjunto de regras, que nenhum 
de nós entende por completo” (p. 28), pois a “convergência envolve 
uma transformação tanto na forma de produzir quanto na forma de 
consumir os meios de comunicação” (p. 42). 
 
 
Perceba, por essa análise, que quanto mais a mídia está à nossa disposição, 
mais deixamos de ser meros consumidores da informação, para também produzi-la. 
Publicamos fotos, enviamos mensagens, criamos blog, alimentamos a rede social 
com nossas imagens, vídeos, textos etc. Falamos em tempo real, comunicando e 
enviando informação de qualquer lugar, a qualquer hora; basta estarmos conectados. 
E essa conexão nos dá a mobilidade. Mas, a que nos referimos quando falamos de 
mobilidade? 
 
A mobilidade relacionada à educação on-line e ao uso de ambientes 
virtuais de aprendizagem se caracteriza pelo estar em qualquer lugar e a 
qualquer hora, utilizando dispositivos móveis conectados sem fio para fins 
de aprendizagem. 
 
Sintetizando 
A convergência de mídias e a mobilidade são aspectos atuais da educação 
on-line e devemos considerá-las no planejamento de um ambiente virtual de 
aprendizagem, pois já não dependemos de espaços físicos delimitados para 
 
 
19 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
aprender. A educação pode nos chegar por meio de dispositivos – notebooks, tablet, 
smartphone, etc. 
 
1.4 EAD – Dados do crescimento do EAD nos cursos de Ensino Superior 
 
De acordo com o Censo de 2017 a Educação a distância cresceu 17,6% em 
2017, este foi o maior salto desde 2008. Atualmente um em cada cinco estudantes 
matriculados no ensino superior estuda a distância. Em 2017 o número de alunos 
nesta modalidade chegou a 1,8 milhão, equivalente a 21% das matrículas em todo o 
ensino superior (INEP, 2017). 
Em 2017, o censo aponta cerca de 8,3 milhões de estudantes matriculados em 
cursos de graduação. Desses, 6,5 milhões estão em cursos presenciais. Nesse 
mesmo ano, o MEC registrou um aumento de 5,6% de matrículas em cursos 
tecnológicos, fenômeno ocasionado pela repercussão positiva dos cursos na 
modalidade EAD. 
 
Em 2007, a modalidade a distância representava 7% das matrículas 
de graduação. Nos últimos 10 anos, a educação a distância vem 
aumentando sua participação na educação superior. Em 2017, o 
aumento foi de 17,6% e a EAD já atende mais de 1,8 milhão de alunos, 
o que representa uma participação de 21,2% dos alunos de graduação 
no país. A modalidade presencial apresenta o segundo ano de queda 
no número de matrículas. Os mais novos dados do Censo revelam que 
um de cada três estudantes está fazendo graduação na modalidade a 
distância. Em dez anos o crescimento dos ingressantes em EAD foi 
de 226%, contra 19% da modalidade presencial. A tendência segue 
nas matriculas, que caíram 0,4% nos cursos presenciais enquanto 
cresceram 17,6% na educação a distância. (BRASIL, MEC, 2019). 
 
 No que se refere as matrículas de matrículas na modalidade a distância 
continua crescendo, atingindo quase 1,8 milhão em 2017, o que já representa uma 
participação de 21,2% do total de matrículas de graduação, como podemos observar 
na Figura 1. 
 
 
 
20 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
 
Figura 1. Fonte: Censo da Educação Superior 2017 – BRASIL 
 
 De acordo com a tabela os cursos de bacharelado mantêm sua predominância 
na educação superior brasileira com uma participação de quase 69% das matrículas. 
Os cursos de tecnólogos cresceram em 5,6% das matrículas em 2017 comparado a 
2016. De 2007 a 2017 as matrículas nos cursos de tecnólogos aumentaram mais de 
140%. 
A Figura 2 apresenta a participação percentual no número de matrículas em 
Cursos de Licenciatura, por sexo, organização acadêmica, categoria administrativa e 
modalidade de ensino de acordo com o Censo de 2017. 
 
Figura 2. Fonte: Censo da Educação Superior 2017 – BRASIL 
 A tabela demonstra que: 
 
 
 
21 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
- Das matrículas nos cursos de licenciatura registradas em 
2017,37,9%estãoeminstituiçõespúblicase62,1%estão em IES 
privadas; 
- 70,6% das matrículas em cursos de licenciatura são do sexo 
feminino, enquanto, 29, 4% são do sexo masculino; 
- Em relação à modalidade de ensino, as matrículas em cursos de 
graduação presencial representam 53,2%, enquanto a distância são 
46,8% no total de matrículas. (BRASIL, CENSO, 2017). 
 
O Censo destaca que na educação tecnológica e nos cursos de licenciatura 
entre 2016 e 2017, houve queda do número de matrículas nos cursos presenciais e 
aumento nos cursos presenciais. Além do aumento de matrícula nos cursos na 
modalidade EAD. A figura 3 apresenta o número de matrículas por nível acadêmico: 
 
 
Fonte: Censo EAD (2015). 
Os dados do censo demonstram que não apenas no ensino superior houve 
crescimento de matrículas nos cursos da modalidade EAD, mas também no ensino 
 
 
22 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
fundamental, médio e educação de jovens e adultos. O que nos faz refletir sobre o 
quanto esta modalidade de ensino ganhou espaço nos últimos anos. Precisamos 
também refletir sobre as questões que envolvem a qualidade dos cursos ofertados, e 
como o público tem interagido com conteúdo apresentado. 
Grande parte da expansão é reflexo de um público jovem que tem procurado 
cursos nesta modalidade dados a flexibilização do tempo para se dedicar aos estudos, 
personalização do ensino, ou seja, cada aluno aprende no seu tempo e ritmo, e o seu 
desempenho pode ser monitorada por meio de plataforma que a instituição de ensino 
utiliza além do horário de trabalho e dedicação a família. Incluindo nos itens de escolha 
também o fato de os cursos nesta modalidade de ensino terem um custo mais baixo 
do que os cursos presenciais e necessidade de certificação para ascensão no 
mercado de trabalho. 
As demandas por formação de professores têm relação direta com a 
expansão da educação superior na modalidade a distância. Como apontado no 
Censo da Educação Superior 2010, a maior parte dos cursos oferecidos a distância é 
de licenciatura (45,8%). 
De fato, a partir da LDB/96 e do PNE 2001-2010 o indicativo legal para a 
formação de professores em nível superior passou a gerar essas demandas. Como 
apontam Gatti e Barreto (2009, p.33): 
 
Considerando a elevação das exigências de formação de todos os 
professores da educação básica para o nível superior, determinada 
pela legislação nacional, grande esforço tem sido feito por parte de 
diferentes instâncias não só para preparar os novos profissionais que 
deverão prover as futuras necessidades do setor, como também para 
elevar o patamar de formação dos professores em serviço. 
 
Também em decorrência da exigência legal, assim preconizada no artigo 62 
da LDB: “a formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível 
superior, em curso de licenciatura, de graduação plena em universidades”, e no 
art.87, pelo qual é “instituída a Década da Educação, a iniciar-se um ano a partir da 
publicação desta Lei”, a educação a distância entra no cenário superior amparada 
pela legislação maior da educação nacional. 
Destacam-se nas disposições transitórias da LDB o art.87 que institui a 
Década da Educação: 
 
 
 
23 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
§ 1º A União, no prazo de um ano a partir da publicação desta Lei, 
encaminhará, ao Congresso Nacional, o Plano Nacional de 
Educação, com diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em 
sintoniacom a Declaração Mundial sobre Educação para Todos 
(BRASIL, 1996) 
 
 
E no § 4º desse artigo o propósito de referendar a formação de professores 
“até o fim da Década da Educação somente serão admitidos professores habilitados 
em nível superior ou formados por treinamento em serviço” (BRASIL, 1996). 
Também o Plano Nacional de Educação, PNE – 2001, com diretrizes e 
metas para os dez anos seguintes, e em sintonia com a Declaração Mundial sobre 
Educação para Todos, definiu a oferta de educação a distância especialmente para a 
formação de professores para a educação básica, como consta na meta 11, “iniciar, 
logo após a aprovação do Plano, a oferta de cursos a distância em nível superior, 
especialmente na área de formação de professores para a educação básica” (BRASIL, 
2001). 
Desse modo, a LDB inclui a educação a distância como possibilidade de 
oferta de cursos e de programas no ensino superior (art.80), referindo-a, também, no 
art.62 como possibilidade para a formação continuada de profissionais do magistério: 
 
§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em 
regime de colaboração, deverão promover a formação inicial, a 
continuada e a capacitação dos profissionais de magistério. 
§ 2º A formação continuada e a capacitação dos profissionais de 
magistério poderão utilizar recursos e tecnologias de educação a 
distância. 
§ 3º A formação inicial de profissionais de magistério dará 
preferência ao ensino presencial, subsidiariamente fazendo uso de 
recursos e tecnologias de educação a distância. (BRASIL,1996) 
 
Dois fatores, então, se destacam na análise da expansão de cursos de 
Pedagogia nessa modalidade: a abertura dada pela LDB e a formação de 
professores como meta do PNE – 2001 – 2010. É, de fato, sob essas dadas 
condições o que viria a ser o início do processo de expansão que hoje se constata 
em relação à oferta de cursos de formação de professores, notadamente os de 
Pedagogia, na modalidade a distância. 
Os cinco cursos superiores presenciais mais procurados segundo INEP são: 
Pedagogia; Administração; Direito; Ciências Contábeis e enfermagem. Já com relação 
à modalidade a distância, considerando-se que não foram oferecidos os cursos de 
 
 
24 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
Direito e Engenharia, até 2009, os cursos de Pedagogia (286.771 alunos) e 
Administração (228.503) foram, respectivamente, os mais procurados na 
modalidade a distância, somando 61,5% do total (BRASIL, 2009). Já em 2016, o curso 
de Pedagogia continua liderando o número de cursos e matrículas ofertados, conta 
contava com 332 mil alunos; em segundo lugar está o curso de Administração, com 178 
mil alunos; em terceiro Serviço Social, com 101 mil alunos; em quarto Gestão em 
Recursos Humanos, com 88 mil alunos e Ciências Contábeis, com 85 mil alunos. 
 
Sintetizando 
 
Sem dúvida, a inclusão das tecnologias de informação e comunicação no 
suporte on-line à educação a distância em cursos de formação de professores, além 
de ampliar o alcance ao ensino superior se torna formativa se analisada sob o aspecto 
da inclusão digital dos alunos que participam dessa modalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
 UNIDADE II - RECURSOS TECNOLÓGICOS NA EAD 
 
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM 
Conceituar Web 2.0 e web 3.0 
 
2.1 WEB 2.0 – CONCEITUAÇÃO E FERRAMENTAS 
 
Certamente você já acessou ou postou uma mensagem em algum blog, já 
assistiu a diversos vídeos veiculados pelo Youtube ou em outros sites; já acessou, 
pelo menos uma vez, a Wikipédia, viu fotos de seus colegas disponibilizadas pela 
internet ou opinou sobre alguma notícia de jornais on-line, navegou pelas redes 
sociais Orkut, Facebook, entre outras. Desta forma, você faz parte da nova geração 
de uso da Web, denominada Web 2.0. 
Na Web 2.0, os usuários não apenas recebem informações, mas expandem o 
seu papel, podendo ser protagonistas, resolvendo problemas, produzindo e 
compartilhando conteúdos na rede. As ferramentas tecnológicas são mais acessíveis, 
permitindo que professores e alunos, por exemplo, postem conteúdos com facilidade. 
A web 2.0 caracteriza-se pela interatividade multidirecional e participação de 
pessoas localizadas nos mais diferentes lugares com acesso às tecnologias. A 
definição mais aceita sobre o que é a Web 2.0 vem de Tim O'Reilly: 
 
Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um 
entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. 
Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que 
aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais 
são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva. 
 
Inteligência coletiva representa a participação colaborativa de indivíduos em 
torno de um propósito e que resulta em um produto coletivo. As redes sociais são 
alimentadas por essa participação das pessoas, colaborativamente. 
A Web 2.0 representa, mais do que uma nova tecnologia em si mesma, uma 
mudança na forma de utilização da própria Web, na qual os usuários alteram seu 
papel na navegação ou pesquisa de conteúdo para também produzi-los e compartilhá-
los. Significa, também, que suas ferramentas tecnológicas ficaram mais acessíveis e 
simples de serem utilizadas, oportunizando que usuários, como professores e alunos, 
 
 
26 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
possam postar conteúdos com facilidade. Para muitos autores e pesquisadores a Web 
2.0 nada mais é do que uma segunda geração de uso da internet. 
Dentre as principais potencialidades para o usuário da Web 2.0, destacam-se 
alguns sistemas de buscas integrados a outros ambientes – Google, Google docs, por 
exemplo: 
• Pesquisas e autoria de verbetes na Wikipédia; 
• Criação de Blogs e comentários em Blogs de outros usuários; 
• Autoria colaborativa em Wikis; 
• Participação em redes sociais; 
• Autoria e compartilhamento de vídeos, fotos etc. 
Essas potencialidades representam uma grande possibilidade de professores 
e alunos serem produtores de conhecimentos e divulgadores de suas pesquisas e 
projetos. A autoria possui um caráter de destaque quando se fala em Web 2.0 e 
dela derivam muitas tecnologias simples, gratuitas ou de baixo custo e colaborativas, 
tais como o blog, o wiki, o youtube, o podcast, o twitter, o fotolog. 
Na educação, em especial nas atividades de apoio ao ensino presencial e 
educação a distância, os conceitos e ferramentas da Web 2.0 encontram terreno fértil 
para sua utilização em diferentes contextos. Uma forma simples de entender o que é 
a Web 2.0: http://www.youtube.com/watch?v=Bc0oDIEbYFc( Acesso em 11/04/2019). 
O lugar privilegiado para a integração das tecnologias nos diferentes 
ambientes de aprendizagem é a sala de aula (presencial ou virtual), com acesso às 
tecnologias, com professores e alunos capacitados e com estratégias de atividades 
que se integram com o uso das próprias tecnologias para desenvolver atividades de 
pesquisa e de produção colaborativa de conhecimento, explorando as características 
das competências coautorias, do compartilhamento e da construção colaborativa. 
Estas atividades se ampliam e se complementam a distância, nos ambientes 
virtuais de aprendizagem, e se integram aos espaços e tempos de experimentação, 
de conhecimento da realidade, de inserção em ambientes profissionais e informais. 
(ALMEIDA et al, 2009) 
Como aplicar as ferramentas da Web 2.0 num projeto de curso de educação 
a distância? Para auxiliá-lo nessa questão, leia o seguinte material: 
http://www.youtube.com/watch?v=Bc0oDIEbYFc
 
 
27 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
Bottentuit Junior, João Batista, Coutinho Clara Pereira e Lisbôa, Eliana 
Santana. Livros digitais: novas oportunidades para os educadores na web 2.0. 20092. 
 
2.2 WEB 3.0 – CONCEITUAÇÃO E FERRAMENTAS 
 
 
 A Web 3.0 caracteriza-se em uma evolução do ambiente de interação virtual já 
proporcionado pela geração2.0. Atualmente existem infinitas possibilidades de 
imersão, o que torna enriquecedor o processo de interação e engajamento nas 
atividades, mediados por várias linguagens. Tanto a educação presencial, quanto 
EAD tem se apropriado das tecnologias 3D com objetivos pedagógicos a fim de tornar 
a aprendizagem mais significativa. 
 Por meio da Web 3.0, os usuários têm acesso a espaços em rede que reforçam 
a cultura da participação, em um contexto de construção coletiva. Essa tecnologia 
especifica o desenvolvimento das tecnologias virtuais 3D, ou seja, das Tecnologias 
Digitais Virtuais (TVDs) conectadas em rede, possibilitando que as pessoas 
conectadas em rede possam criar ambientes gráficos em 3D. O termo 3D refere-se a 
ambientes com três dimensões interativas que são incorporados nas páginas da web. 
 Os jovens e crianças que nasceram imersos no mundo tecnológico já têm 
muitas afinidades com a Web 3.0. Participam de jogos individuais ou grupos. Além do 
programa específico, esses jogos pedem o uso de vários acessórios como óculos 3D, 
luvas com sensores, fones, microfones que possibilitem tornar a jogo mais real 
possível, e que a experiência de interação entre os participantes também seja muito 
próxima da realidade. Entretanto sempre devemos alertar para o excesso do uso 
desses jogos por crianças e jovens, que acabam se afastando do mundo real e 
adentrando o espaço virtual com tal profundidade que podem interferir no 
desenvolvimento social e cultural da criança. 
 Visto que os espaços dos jogos virtuais se tornam um meio viciante, cheio de 
regras e etapas a serem superadas prendendo a atenção do jovem por horas, ou dias 
inteiros. Um exemplo da interferência dos jogos virtuais na vida dos jovens e crianças 
é a série da Netflix “Kiss me fisrt”. Essa série é um exemplo de atividade virtual e 
 
2 Disponível em: <http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/9233/1/livrosdigitais.pdf> 
 
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/9233/1/livrosdigitais.pdf
 
 
28 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
metaversos. O metaverso é a base dos mundos digitais e virtuais 3D. Um metaverso 
é uma plataforma para a criação de um MDV3D, ou seja, “[...] é um universo de 
possíveis calculáveis a partir de um modelo digital. A interagir com o mundo virtual, os 
usuários o exploram e o atualizam simultaneamente” (LÉVY, 1999, p. 74-75). E ainda, 
“é um espaço de interação por proximidade dentro do qual o explorador pode controlar 
diretamente um representante de si mesmo”. Um exemplo, já muito utilizado no 
contexto educacional, é o Second Life (Segunda Vida), um mundo virtual 
tridimensional que simula aspectos da vida real e social do ser humano. É um 
ambiente híbrido, pois se misturam ferramentas de jogos, chats, comunidades virtuais 
e etc. Podem criar avatares, empresas, espaços educativos e pessoais. 
 As tecnologias 3D geram mundos virtuais que envolvem pessoas e realidades 
e experiências tridimensionais, estas podem ser online ou offline. Por exemplo, no 
cinema temos os filmes 3D e podemos ver objetos e personagens interagindo no ar, 
como se estivessem vindo na nossa direção. 
 A realidade virtual (RV) é outra tecnologia que nos permite interagir com lugares 
distintos. Ao colocar óculos 3D você poderá simular que está andando de montanha 
russa, interagindo com dinossauros no vale dos dinossauros, ver os componentes de 
uma célula e compreender como os vírus atacam os glóbulos vermelhos. Ao andar na 
montanha russa você dá gritos, tenta tocar o que está a sua volta, sente medo, olha 
para os lados e sente-se surpresa com o que está vendo, esse é um exemplo de RV 
que podemos utilizar em atividades pedagógicas e empresariais. 
 
 
 
29 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
 
Fonte: Da autora (2017). 
 
 A realidade aumentada é capaz de projetar em tempo real informação digital, 
tal como vídeos e modelos 3D, através de smartphones, tablets, computadores, ou 
através de tecnologia móvel inserida em diferentes acessórios, como óculos ou 
relógios. Ao passo que, a realidade virtual é uma simulação artificial que permite 
recriar ambientes ou situações da vida real, ou seja, submete o usuário a uma 
experiência na primeira pessoa, através de estimulações auditivas e visuais do 
dispositivo utilizado. 
 Há outros aplicativos que utilizam tecnologias 3D, como Quiver 3D é um app 
de realidade aumentada (RA). Você deverá baixar o APP no seu computador para 
imprimir as imagens de figuras diversas. Estas poderão ser pintadas e logo após 
realizar a pintura é possível interagir com o objeto que pintou. Para tanto, é necessário 
baixar o APP no celular e fazer a leitura do desenho. Por exemplo: se for um 
 
 
30 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
dinossauro além de interagir com ele, poderá jogar o game com o dinossauro que 
você personalizou. Segue um modelo na imagem a seguir: 
 
 
Fonte: Da autora (2017). 
 
 Além disso, o APP pode ser utilizado para promover diversas situações de 
aprendizagem que podem ser criadas pelos professores das séries iniciais, 
principalmente na fase de alfabetização das crianças. 
 Na realidade virtual, o usuário interage totalmente imerso em um ambiente 
tridimensional, em tempo real. Já na realidade aumentada o usuário visualiza objetos 
virtuais projetados ou dividindo uma cena com o mundo real. 
 A RV e RA são duas tecnologias que tem crescido exponencialmente, 
ganhando espaço no ambiente educacional, empresarial e na área da saúde, com a 
criação de produtos inovadores e o número de usuários cada vez mais expressivo. 
 Atualmente a RA consegue melhorar significativamente a qualidade de 
tratamento de diversas doenças. No que se refere a cirurgias com invasão mínima, 
são necessários monitores de maneira a exibir sinais vitais ou imagens fornecidas por 
equipamentos médicos. 
 A realidade aumentada aplica-se quer aos estudantes, quer aos praticantes de 
medicina. No aspeto da educação, a RA disponibiliza aos estudantes outras formas 
mais interativas de estudo, desde modelos anatómicos em três dimensões que 
oferecem uma imagem mais detalhada do que uma simples fotografia e uma maior 
 
 
31 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
compreensão do modelo, até seguir uma cirurgia pelos olhos de um cirurgião 
experiente através de um dispositivo móvel que, para além de ser financeiramente 
mais acessível que simuladores médicos, consegue abranger um número mais 
elevado de utilizadores. Veja no link um modelo de como pode ser a utilização dessas 
tecnologias na área da saúde: 
<https://www.youtube.com/watch?v=b3_Wksrv1KI>(Acesso em 11/04/2019). 
 Enquanto pais e professores devemos orientar e monitorar o uso excessivo da 
internet, acesso dos jogos e outros APPs pelas crianças e adolescentes, pois ao 
mesmo tempo que desenvolvem a criatividade, imaginação, desenvolvimento do 
raciocínio lógico e resolução de problemas, podem apresentar alguns prejuízos 
quando utilizado de modo inadequado. Essas ferramentas devem servir para o 
desenvolvimento de uma aprendizagem significativa e motivadora. 
 
PARA SABER MAIS: 
 
Portal do MEC atividades 3D 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25111(Acesso em 
11/04/2019) 
 
Tecnologia na sala de aula 
https://istoe.com.br/71458_TECNOLOGIA+NA+SALA+DE+AULA/(Acesso em 
11/04/2019) 
 
Ensino a Distância em 3D. 
https://www.youtube.com/embed/sb1BiMwH1xs(Acesso 11/04/2019) 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=b3_Wksrv1KI
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25111(Acesso
https://istoe.com.br/71458_TECNOLOGIA+NA+SALA+DE+AULA/(Acesso
https://www.youtube.com/embed/sb1BiMwH1xs(Acesso
 
 
32 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
UNIDADE III - LEGISLAÇÃO DA EAD 
 
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM 
Conhecer a legislação da Educação a Distância no Brasil 
 
 
3.1 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
A educaçãoa distância no ensino superior está no traçado da expansão das 
atuais ofertas de cursos de Pedagogia e por que razão se pretende, neste texto, 
demarcar o panorama da legalidade e por quais sistemas federais de ensino se 
expandem esses cursos. O propósito é situar a legislação da educação a distância no 
ensino superior, destacando os cenários sob os quais se institucionaliza e se 
desenvolve a formação do pedagogo. 
Desse modo, aborda-se a legislação que incentiva, ampara, regula e 
supervisiona a educação a distância no ensino superior, explicitando, a partir disso, a 
inserção da Pedagogia no contexto de legalidade da oferta de graduação nessa 
modalidade. Embora a legislação da educação a distância não seja suficiente para 
uma análise da diversidade de modelos de oferta, é no marco da autorização de seu 
funcionamento no ensino superior que se encontra a gênese de seu avanço seja por 
meio das instituições públicas ou particulares do sistema federal de ensino do o país. 
 
A educação a distância no ensino superior: traçados regulatórios e normativos 
a partir do art. 80 da LDB/96 
O recorte estabelecido neste texto – a legislação da educação a distância e o 
ensino superior – justifica-se pela articulação com o objeto de estudo aqui delineado, 
cujo propósito é discorrer sobre a expansão dos cursos de Pedagogia na modalidade 
a distância. Se há um marco legal da educação a distância (EaD) no ensino superior, 
cabe então situá-lo para, assim, contextualizar a oferta de cursos de Pedagogia nessa 
modalidade até os dias atuais. 
É a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, que, 
como analisa Barreto (2010) ocorre: 
 
O inteiro deslocamento, em curto espaço de tempo, do lócus da 
 
 
33 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
formação do professor para o nível superior após a Lei nº 9394/96, 
coloca em nova escala os desafios da docência, sendo que esta tem 
sido chamada a desempenhar papel central na própria dinâmica de 
crescimento do ensino superior no país. 
 
Articulando-se esse contexto de formação para a docência ao marco legal da 
educação a distância, é na mesma LDB/96, especificamente em seu art.80, que se 
encontra a abertura dessa modalidade a todos os níveis de ensino. 
Estabelece o art.80: “O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a 
veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de 
ensino, e de educação continuada” (BRASIL, 1996). E ensino superior, como o trata 
a referida LDB em seu art.44, “abrange desde os cursos sequênciais, de graduação, 
de pós-graduação e de extensão”. 
De fato, a LDB/96 representou o marco legal da EaD no Brasil e coincide com 
o crescimento de instituições de ensino superior – IEs na década de 90 para a oferta 
de cursos presenciais. Assim, no histórico da legalidade da EaD, é preciso considerar 
esse registro, tanto a partir da Lei quanto da expansão do ensino superior, 
destacadamente por instituições privadas. Além disso, cabe destacar que nesse 
período já se ocorriam experiências com educação a distância, embora não houvesse 
uma definição clara sobre elas na educação formal. 
A sua oficialidade de fato veio por meio da legislação, notadamente, pelo já 
citado art.80 da LDB ao propor e definir a abrangência da EaD. No entanto, cabe 
registrar que desde a publicação da lei até os dias de hoje, decorreram decretos, 
portarias, resoluções e pareceres, regulamentando e normatizando a sua implantação 
e desenvolvimento no ensino superior. Assim, se por um lado o marco legal é a 
LDB/96, por outro, sua regulação traz um cenário complexo quando analisada pelas 
diferentes demarcações legais dela advindas. 
 
A regulamentação do art.80 da LDB/96 
Sob o foco específico da legislação que rege a da EaD no Brasil a partir da 
LDB 9394/96, cabe voltar ao seu art.80 e à sua regulamentação bem como as 
implicações no ensino superior. 
 
 
34 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
O primeiro decreto a regulamentá-lo foi o de No 2.494 de 10 de fevereiro de 
1998, que significou, também, que a EaD adquirira regulamentação própria ao seu 
credenciamento para funcionamento nas instituições de ensino superior, como 
educação formal, cabendo à União a normatividade e supervisão sobre os atos 
autorizativos. Das disposições estabelecidas nesse decreto, destaca-se o art.1º, no 
qual a educação a distância é conceitualmente tratada com o objetivo de circunscrevê-
la no contexto legal que a ela se delineava. No art.1º a educação a distância é assim 
definida: 
Art. 1º Educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a 
autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos 
sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes 
de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados 
pelos diversos meios de comunicação. (BRASIL,1998) 
 
Logo após esse decreto, indicando as normativas para de credenciamento da 
EaD, foi publicado o decreto no 2.561 de 27 de abril de 1998, modificando, com a 
alteração dos artigos 11 e 12, o decreto no 2.494/98 e atribuindo ao MEC a 
competência para credenciar as instituições vinculadas ao sistema federal de ensino 
e das instituições de educação profissional em nível tecnológico e de ensino superior 
dos demais sistemas. Que tal aprofundar um pouco mais, consultando no site do MEC 
questões da Legislação da EaD! 
➢ Decreto Nº. 5.622, de 19 de dezembro de 2005, regulamenta o art. 80 da 
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB), assim como o Decreto n. 
2.494, de 10 de fevereiro de 1988. Com seis artigos, esse marco foi 
importante para delimitar orientações gerais para a EAD referentes à 
metodologia, à avaliação do desempenho do aluno, ao credenciamento de 
instituições, entre outros aspectos – como a oficialização do sistema de 
pólos ou franquias e a redefinição do termo “autoaprendizagem”, que se 
tornou a expressão “aprendizagem por mediação entre aluno e 
professores” (BRASIL, 2005). 
➢ Decreto N.º 5.773, de 09 de maio de 2006, dispõe sobre o exercício das 
funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação 
superior e cursos superiores de graduação e sequênciais no sistema 
federal de ensino. Tal decreto foi importante para regulamentar a educação 
a distância nos cursos superiores do sistema federal (BRASIL, 2006). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5622.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5773.htm
 
 
35 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
➢ Decreto N.º 5.800/2006 define o Sistema Universidade Aberta do Brasil 
(UAB). É um marco para a expansão da oferta a distância, especialmente 
na educação pública, com a UAB. 
➢ Resolução N.º1, de 26 de fevereiro de 1997: disciplina e define condições 
pra a validade de diplomas de cursos de graduação e pós-graduação 
(mestrado e doutorado) oferecidos por instituições estrangeiras no Brasil 
nas modalidades semipresencial ou a distância. A resolução determina que 
não serão validados nem reconhecidos diplomas de graduação e de 
mestrado e doutorado provenientes de cursos de instituições do exterior 
ministrados no Brasil sem autorização do Poder Público, nos termos 
estabelecidos pelo art. 209, I e II, da Constituição Federal (BRASIL, 1997). 
➢ Decreto N.º 6.303/2007: apresenta adequações nos decretos anteriores, o 
Decreto N.º 5.622,2005 e o Decreto N.º 5.773/2006. O objetivo é definir 
normas mais detalhadas para o credenciamento, a renovação e a 
supervisão das instituições que ofertam cursos EAD. 
➢ Plano Nacional de Educação (Lei N.º13.005/2014): estabelece diretrizes, 
metas e estratégias para a política educacional dos 10 anos seguintes à 
sua publicação. É emblemático para garantir a centralidade da EAD na 
política educacional atual como tendência da educação superior brasileira. 
➢ Decreto N.º 9.057/2017: atualiza legislações anteriores quanto à 
regulamentaçãoe às diretrizes da educação a distância no País. Entre as 
principais mudanças está a possibilidade de as instituições poderem ser 
credenciadas apenas pela oferta de ensino a distância, não precisando 
mais oferecer cursos presenciais simultaneamente. As instituições públicas 
de ensino passam a ter autorização automaticamente para a oferta de seus 
cursos a distância, sem precisar solicitar creditação, como ocorria antes. O 
processo de admissão das instituições na oferta de cursos EAD se tornou 
mais simples a partir desse decreto. Esse decreto trata da acessibilidade 
dos pólos, infraestrutura, credenciamento e avaliação (BRASIL, 2017). 
 UNIDADE IV – PLANEJAMENTO EM EAD 
 
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM 
 
 
36 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
Compreender as etapas de planejamento para a organização dos recursos didáticos 
num curso a distância via web. 
 
 
4.1 PLANEJANDO A ORGANIZAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS 
 
A educação a distância caracteriza-se 
principalmente como modalidade educacional 
que possibilita ao aluno flexibilizar tempo e lugar 
para estudar, assim como gerenciar seu ritmo 
de aprendizagem. 
 
Na organização de um curso a distância em ambiente virtual de aprendizagem 
considera-se, além do projeto pedagógico e da estrutura organizacional, um conjunto 
de processos que visa a adequar recursos, metodologias, conteúdos, atividades 
pedagógicas e avaliação, ao público ao qual se destina. 
Assim, a organização do material didático em suas etapas de planejamento e 
de desenvolvimento torna-se imprescindível para que além do conteúdo em si, sejam 
disponibilizadas situações pedagógicas que oportunizem a aprendizagem 
colaborativa e a interação, possibilitando ao aluno autonomia para o estudo individual 
e para a sua comunicação com o professor e o sentimento de pertencimento dele à 
sua turma e à Instituição que promove o curso. 
De fato, quando planejamos um curso na modalidade a distância via web, 
precisamos levar em conta tanto a estrutura tecnológica quanto a metodologia a ser 
aplicada. Elas estão interligadas e afetam diretamente o atendimento aos objetivos do 
curso, ao público-alvo e, muito importante, a forma como se dará o acesso aos 
materiais didáticos. Nesse sentido, o curso pode ser uma combinação de algumas 
mídias e não de outras, de acordo com as demandas de aprendizagem. Isso envolve 
clareza pedagógica (a intenção) quanto às situações e estratégias de aprendizagem 
e aos recursos didáticos correspondentes à intencionalidade do curso. 
Construir um modelo pedagógico com base nas tecnologias de informação e 
de comunicação significa potencializar as mídias como recursos de ensino e 
aprendizagem. Isso envolve alguns aspectos, tais como: 
➢ Estrutura tecnológica: qual a capacidade tecnológica para dar acesso aos 
 
 
37 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
materiais? Se desejarmos, por exemplo, utilizar vídeoaulas, será necessário 
um servidor para distribuição dos vídeos sem que isso impacte o recebimento 
pelo aluno; 
➢ Equipe de produção de material digital: a partir do projeto do curso, uma 
equipe de profissionais especialistas prepara o material e os conteúdos de 
acordo com a linguagem digital planejada para o público-alvo, tais como uso 
de animações, hipermídia, infográficos, vídeoaulas, como também 
ferramentas de comunicação: blogs, wikis, redes sociais, entre outros. Estes 
aspectos, ainda que apresentados sinteticamente, dão a dimensão de um 
esforço conjunto para a produção do material didático e sua disponibilização 
como material digital no ambiente virtual de aprendizagem; 
➢ Capacitação do Professores e dos Alunos para a utilização das 
Diferentes Mídias: o professor ou professor-tutor, bem como os alunos, 
precisam estar capacitados para utilizarem-se dos recursos didáticos do 
curso. 
Por outro lado, o conteúdo desenvolvido pelo professor-autor, denominado 
livro-texto, deve respeitar as características da educação a distância de forma a 
possibilitar uma linguagem dialógica e a capacidade de orientar o aluno em uma 
metodologia de autoestudo, ao mesmo tempo articulada com a interação e com a 
colaboração a partir do ambiente virtual de aprendizagem. O livro-texto também 
precisa de uma organização que considere: 
• O tempo de dedicação aos estudos pelo aluno; 
• A indicação clara do plano de estudo e dos objetivos de aprendizagem; 
• Tópicos de conteúdos com indicações complementares para acesso aos 
conteúdos digitais inseridos no ambiente virtual de aprendizagem, tais 
como vídeos, animações, infográficos, hiperlinks, etc.; 
• Síntese do estudo; 
• Referências para consulta; 
• Articulação com as atividades a serem propostas no ambiente virtual de 
aprendizagem (síncronas e assíncronas); 
• Integração com as mídias digitais disponibilizadas no ambiente virtual; 
• Previsão para um formato impressão. 
Como planejar o desenvolvimento dos conteúdos digitais como recursos 
 
 
38 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
didáticos para a educação a distância via web? 
O conteúdo elaborado pelo professor 
autor deve ser planejado para que os 
seguintes aspectos de organização didática 
sejam atendidos: design educacional dos 
materiais, conteúdos abordados, objetivos de 
aprendizagem, estratégias de aprendizagem, 
acessibilidade, grau de dificuldade e de 
capacidade de autoestudo, ortografia e 
gramática, navegabilidade, design gráfico 
(metáfora, linguagem, iconização, dialogicidade, tipografia), linguagem interativa e 
articulação com o ambiente virtual de aprendizagem. 
 
Orientações para a redação de texto para web: 
 
Indicar, quando for necessário, animações, infográficos, vídeos ou qualquer 
outro recurso de multimídia para ilustrar, esclarecer ou aprofundar conceitos 
específicos. No caso de indicações de links ou outros recursos disponíveis em sites 
externos, considerar o percentual permitido pelos direitos autorais. 
• Os recursos complementares são utilizados somente para enriquecer o 
conteúdo e não substituí-lo; 
• Pontes entre tópicos de estudo entre as unidades; 
• Planejar atividades avaliativas e autoavaliativas; concluir o texto básico com 
a síntese da unidade. 
Observe um exemplo de fluxo de fluxo de produção de material didático digital: 
 
 
 
39 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
 
 Não 
 
 
Fluxo 
 
 
Professor 
desenvolve o 
conteúdo 
bruto 
 Designer 
educacional 
planeja para 
EaD web 
 Conteúdo 
Ok? 
 
 
 
 Sim 
 
Conteúdo 
Ok? 
 
Professor e 
designer 
validam 
 
Revisão 
gramatical 
 
 
sim 
 
Não 
 
 
Produção do 
conteúdo 
Formato 
digital 
 
Planejamento 
dos Recursos 
Multimídia 
 Links, Hiperlinks, 
textos digitais, 
vídeos, 
animações, 
simulações, 
ilustrações 
 
 Validação final Sim Publicação 
web 
 
 
38 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
Quais são os papéis de cada gestor neste fluxo? 
Professor-autor: deve ser um professor com pleno domínio de sua área de 
conhecimento, que prepara o conteúdo, planeja as aulas, seguindo as orientações do 
roteiro de produção elaborado e os indicadores do projeto pedagógico do curso. O 
professor-autor interage em todas as etapas, desde os ajustes, revisões, aprovações 
e validação da versão final do material didático. 
Designer educacional: esta competência diz respeito à análise e seleção de 
recursos de aprendizagem e respectivas funcionalidades pedagógicas, à orientação 
do modelo pedagógico de cada curso, e à adequação aos objetivos do curso e ao 
perfil dos alunos. 
O designer educacional promove a articulação do conteúdo às atividades de 
aprendizagem e às interações, e estabelece roteiros (storyboards) que permitam ao 
professor visualizar a aplicação do planejamento das aulas. Outra tarefa importante 
consiste na orientação de adequação da linguagem para educação a distância e da 
indicação deformatos variados no uso de textos, mídias e ferramentas disponíveis no 
ambiente virtual de aprendizagem do curso. 
Revisor: colabora na adequação do conteúdo para a linguagem EaD, tanto a 
ser aplicada no ambiente virtual quanto em outros materiais no formato digital e 
impresso. 
Produtor de mídias digitais: planeja o roteiro e gerencia equipe 
multidisciplinar para a produção de áudio, vídeos, animação, infográficos, etc. Ele 
orienta outros profissionais, como web designers, no roteiro dos conteúdos, propondo 
e criando a estética/arte final do conteúdo a partir das potencialidades da linguagem 
digital, tais como uso de animações, hipermídia, infográficos, etc. 
 Estes aspectos, ainda que apresentados sinteticamente, dão a dimensão de 
um esforço conjunto para a produção do material didático e sua disponibilização como 
material digital no ambiente virtual de aprendizagem. Esses materiais não devem ser 
simples textos inseridos para serem impressos pelo aluno. A metodologia de produção 
de conteúdos digitais deve tornar o texto básico atraente e diversificado em sua 
interlocução com o aluno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
Sintetizando 
 
A definição de um modelo para a educação a distância não é um fato isolado 
e sequer pode-se adotar um único, sob o risco de não atender a diversidade de 
públicos e a condizente adequação a esses. A adoção de ambientes virtuais de 
aprendizagem via web não prescinde, no entanto, de um projeto pedagógico e de um 
projeto de design gráfico para identidade do curso. 
Quanto aos conteúdos, devem ser produzidos especialmente para o curso e 
envolver textos conceituais, atividades e recursos que permitam ao aluno maior 
liberdade para que desenvolva a leitura reflexiva, a discussão e a avaliação dos textos 
estudados, a autonomia e a sua capacidade de dar sentido ao que lê. Modelos 
fundamentados nesses princípios metodológicos, no entanto, necessitam de 
estratégias de mediação pedagógica por parte do tutor, para que se construam 
comunidades virtuais de ensino e aprendizagem as quais facilitem a comunicação e 
um clima de pertencimento. 
Um bom curso de EAD dependerá da adequação das mídias ao público alvo, 
à intencionalidade do ensino, à consistência pedagógica do curso, à qualidade dos 
professores, à estratégia de aprendizagem envolvida, à adequação do conteúdo, do 
tempo e diversidade de atividades e à qualidade e clareza do material apresentado, 
para que tudo se converta em aprendizagem dinâmica e eficaz. 
O mais importante para o desenvolvimento de cursos a distância, além do 
conteúdo, é o planejamento. E a combinação de sincrônico com assincrônico deve ser 
considerada na seleção das estratégias pedagógicas em integração com as mídias 
interativas. 
 
Vamos refletir! 
 
 http://charges.uol.com.br/2008/07/25/cotidiano-tempos-modernos/ (Acesso em 
11/04/2019). 
 
 
 
 
http://charges.uol.com.br/2008/07/25/cotidiano-tempos-modernos/
 
 
 
 
42 
 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
REFERÊNCIAS 
 
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__________. Ministério da Educação. Portaria n.º 4.059, de 10 de dezembro de 2004. 
__________. Ministério da Educação. Portaria n.º 301, de 7 de abril de 1998. 
__________. Ministério da Educação. Portaria n.º 2.253, de 18 de outubro de 2001. 
__________. Ministério da Educação. Lei n.º 10.861, de 14 de abril de 2004. 
__________. Ministério da Educação. Decreto n.º 5.622, de 20 de dezembro de 2005. 
__________. Ministério da Educação. Decreto de Nº 6.303, de 12 de dezembro de 
2007. 
__________. Presidência da República. Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998. 
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__________. Ministério da Portaria Normativa nº 40, de 12 de dezembro de 2007. 
__________. Presidência da República. Decreto nº 5.800, de 8 de junho de 2006. 
__________. Presidência da República. Decreto nº 2.561, de 27 de abril de 1998. 
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__________. Portaria Normativa nº 40, de 12 de dezembro de 2007. 
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dRev.pdf> Acesso em: jan./2019. 
 
GATTI, B. A.; BARRETO, E. S. S. (coord.). Professores do Brasil: impasses e 
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https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3141/tde-04042013-171436/publico/CARMO_2013_MV_interface_ambiente_aprendizagem_v019_jan_edRev.pdf
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AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
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NUNES, J. S.Novas perspectivas para um ambiente virtual de aprendizagem: o 
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