Buscar

RESUMO elementos estado pvsmb REV1

Prévia do material em texto

FACULDADE NOVA ROMA
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
PROFESSOR TIBÉRIO MONTEIRO
ALUNA PAOLA VIANA BRAGA - MATRÍCULA 202010001
 
RECIFE, 24 de Março DE 2021
RESUMO - Elementos do Estado
Introdução 1.Estado 2.Elemento Povo 3. Elemento Território 4. Elemento Governo 5. Elemento Finalidade 6. Bibliografia
INTRODUÇÃO
 Para Mazzuoli em sua obra Curso de Direito internacional público, quando se dispõe a falar sobre a gênese histórica do direito internacional público, inicia mostrando sua intenção que o este Direito vem provavelmente evoluindo ao avanço da sociedade internacional. 
 O direito internacional público é fruto de fatores sociais, políticos, econômicos e religiosos, transformando a ordem política, nesse contexto de evolução histórica, a transformação da Europa da Idade média até a Idade Pós -Moderna com mundo globalizado
1.Estado 
 Para Mazzuoli, os Estados - na formação da sociedade internacional é o primeiro elemento que nasce e cujo poder absoluto se desenvolveu e sedimentou até o início do século XX.
 
 “São os Estados, em suma, os sujeitos fundadores, primários e plenos do direito das gentes, já que só eles possuem uma subjetividade internacional per se sem quaisquer condições.”(Albuquerque Mello, 1979, pg. 355)
 O Estado não se confunde com a Nação, com o povo ou com demais grupos de pessoas. Para o Direito das Gentes a pessoa internacional é o Estado, ainda que em alguns países se lhe atribua outras denominações não técnicas.
 Em todo caso, o Estado é uma organização jurídico-Política da Nação e que lhe dá validade e legitimação para atuar no plano externo, como sujeito do Direito Internacional Público, onde além de direitos, possui obrigações no plano internacional de suas relações com sujeitos componentes da sociedade internacional.
 De acordo com a definição de Estado ficam postos quatro elementos constitutivos do Estado: povo – população permanente , território determinado, governo e finalidade – capacidade de entrar em relações com os demais Estados. Estes elementos estão compreendidos no Art. 1º da Convenção Pan-Americana sobre Direitos e Deveres dos Estados, celebrada em Montevidéu em 1933.
2. Elemento Povo
 Comunidade de indivíduos dentro de uma porção de terra, regidas por um governo independente. Ainda que seja pequeno o número de pessoas é necessário o elemento humano do conceito de Estado. Ainda que falte governo ou território, o elemento humano é o único que permanece imune a quaisquer fato que possa ocorrer dentro do Estado, compondo a ideia de continuidade - Princípio da Continuidade do Estado, enquanto pessoa jurídica de direito externo.
 Nesse contexto o princípio das nacionalidades são conjuntos de indivíduos com características semelhantes de raça, língua, religião, história e cultura e tem direito a criação de um estado próprio. Esse princípio se deu por influência pós segunda guerra mundial.
 Dentro do Estado existe o povo – formado pelo conjunto dos seus nacionais, natos e naturalizados e a sua população – expressão demográfica ou quantitativa, formada pelo povo, mais os estrangeiros e apátridas radicados no território nacional.
 Enquanto o povo corresponde a um conceito jurídico e político, a população pertence à esfera econômica/demográfica. 
 Como exemplo prático, o povo Judeu como grupo étnico e de religião judaica, onde o elemento humano é sempre presente e contínuo nesse conceito de Estado.
 https://diplomatique.org.br/como-surgiu-o-povo-judeu/
3. Elemento Território
 Trata-se de um conceito de Estado, um elemento material onde se assenta sua população e seus demais elementos. Sendo a base física do Estado, ele se impõe para exercer soberania, sendo ampliado para abranger faixa de mar e espaço aéreo. 
 Não há Estado sem povo, assim como sem território pois este elemento exerce sua competência de soberania de império e domínio.
 O Território se divide em Base Física ou Âmbito espacial do Estado, onde se impõe para exercer sua soberania.
 O conceito de território para o Direito Internacional além de Geográfico se preocupa com o conceito jurídico, no qual compreende: 
a) o solo – com sua massa demográfica de indivíduos;
b) o subsolo – uso de poços artesiano para captação de água ver Código de Águas  Lei 9.433/97 ;
 A Convenção de Mondego Bay sobre o Direito do Mar: convenção de 1982 que determinou que os Estados têm direito de fixar a largura de seu mar territorial, espaço aéreo e leito e subsolo do mar até o limite de 12 milhas.
c) os rios, lagos e mares interiores – na Convenção das Nações Unidas: princípio do uso equitativo das águas; 
d) os golfos, as baías e os portos,
e) as faixas de mar territorial e a plataforma submarina - 
f) e o espaço aéreo correspondente ao solo – Sua exploração ocorre a partir de Santos Dumont no Início do Século XX, onde não havia qualquer regulação do espaço aéreo. A Convenção de Chicago em 1944 foi uma das formas de regulação de tal espaço.
Meios de aquisição domínio terrestre: Ocupação, acessão, cessão, prescrição aquisitiva (usucapião), conquista e anexação.
4. Elemento Governo
 É um Elemento político do conceito de Estado, representado pela sua capacidade de eleger a forma de governo que pretende adotar, sem a intromissão de terceiros Estados nos seus assuntos internos. Devendo ser necessária a liberdade de condução das suas políticas internas e externas.
 “Não há Estado sem um poder governante capaz de organizar e manter a ordem política interna e de participar das relações internacionais com total independência.”
 Dentro do Direito internacional Público positivo disposto no art. 2º, § 1º, da Carta das Nações Unidas de 1945, no qual a ONU se baseia “no princípio da igualdade soberana de todos os seus membros”. 
 “O governo será autônomo e independente se tiver condições de conduzir a sua política (interna e externa) sem qualquer tipo de subordinação jurídica vis-à-vis de um poder externo.” A estes são chamado de governos dotado de Capacidade Internacional Plena
 O terceiro elemento constitutivo do conceito de Estado não é a “soberania” e sim o “governo autônomo e independente”, aquele capaz de decidir de modo definitivo dentro do seu território, sem a intromissão de qualquer outra autoridade exterior.
 Um exemplo atual é a Colômbia, que passa por uma crise de política interna que vem se arrastando a anos e se intensificou com a pandemia. Segue abaixo link de notícia divulgada no dia 22 de março no EL PAIS https://brasil.elpais.com/internacional/2021-03-22/um-barril-de-polvora-chamado-colombia.html
5. Elemento Finalidade 
 Último elemento constitutivo do conceito de Estado, podendo ser chamado de elemento social do Estado, persegue a ideia de que o Estado deve sempre ter uma finalidade. Ou seja, o papel que o Estado tem no desenvolvimento de sua própria história e da humanidade, onde subjetivamente constitua meios para que os indivíduos alcancem seus fins particulares.
 O Estado deve sempre buscar o bem comum aos indivíduos que o compõem, pois já é ultrapassado entender que a finalidade do Estado é somente extrair de sua coletividade humana em proveito de seus exclusivos interesses particulares, já que sem os indivíduos não existiria Estado, e o seu dever é proteger-lhes e garantir-lhes os meios necessários para sua realização pessoal.
6. Bibliografia
Mazzuoli, Valerio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público. 13. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020. 
Cf. Celso D. de Albuquerque Mello. Curso de direito internacional público, vol. I, cit., p. 355; Antonio Remiro Brotons (et al.), Derecho internacional, cit., pp. 95-96; Brichambaut, Dobelle & Coulée, Leçons de droit international public, cit., pp. 17-18; e Dominique Carreau & Jahyr- Philippe Bichara, Direito internacional, cit., pp. 390-391.
https://diplomatique.org.br/como-surgiu-o-povo-judeu/
https://jus.com.br/artigos/60240/o-dominio-publico-internacional
https://brasil.elpais.com/internacional/2021-03-22/um-barril-de-polvora-chamado-colombia.html

Continue navegando