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Aula 11
Contabilidade p/ PC-DF (Agente) Com
Videoaulas - Pós-Edital (Prof. Gilmar
Possati)
Autor:
Gilmar Possati
Aula 11
13 de Julho de 2020
04908452580 - Luis Felipe
 
 
 
 
 
 
 
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Tópicos da Lei n. 6.404/76 
 
1 – Capítulo XV da Lei n. 6.404/76 ............................................................................ 2 
1.1. Exercício Social e Demonstrações Financeiras ....................................................................... 2 
1.2. Balanço Patrimonial ................................................................................................................ 7 
1.3. Critérios de Avaliação do Ativo ............................................................................................ 23 
1.4. Critérios de Avaliação do Passivo ........................................................................................ 25 
1.5. Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ............................................................ 26 
1.6. Demonstração do Resultado do Exercício ........................................................................... 31 
1.6. Demonstração dos Fluxos de Caixa ..................................................................................... 40 
1.7. Demonstração do Valor Adicionado .................................................................................... 44 
2. Questões Comentadas ........................................................................................ 48 
3. Lista das Questões ............................................................................................... 56 
4. Gabarito ............................................................................................................... 62 
 
Prezados, nesta aula vamos comentar alguns artigos da Lei n. 6.404/76 que entendemos ser 
interessante para o seu estudo. Você verá que boa parte já estudamos ao longo das aulas e, 
portanto, a aula não possui vídeo. Trata-se de uma oportunidade para revisar esses pontos e 
complementar com alguns dispositivos da Lei que não foram abordados ao longo das aulas. 
Bons estudos! 
Possati 
 
 
 
Gilmar Possati
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1 – CAPÍTULO XV DA LEI N. 6.404/76 
1.1. EXERCÍCIO SOCIAL E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
1.1.1. Exercício Social 
 Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será 
fixada no estatuto. 
 Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária 
o exercício social poderá ter duração diversa. 
1.1.2. Demonstrações Financeiras (disposições gerais) 
 Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na 
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que 
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações 
ocorridas no exercício: 
 I - balanço patrimonial; 
 II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
 III - demonstração do resultado do exercício; e 
 IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 
11.638,de 2007) 
 Segundo esse dispositivo, ao fim de cada exercício social a diretoria deve elaborar, com base 
na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão 
exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: 
§ Balanço Patrimonial (BP); 
§ Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA); 
§ Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); 
§ Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); 
§ Demonstração do Valor Adicionado (DVA). 
 
 
 
 
Gilmar Possati
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i. A elaboração da DLPA é dispensada, desde que seja elaborada a Demonstração das Mutações 
do Patrimônio Líquido (DMPL); 
ii. A DVA somente é obrigatória para as sociedades anônimas de capital aberto1; 
iii. A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 
(dois milhões de reais), está dispensada da elaboração da DFC. [vide § 6º abaixo] 
 
Aqui é importante lembrar que a NBC TG 26 descreve outras demonstrações não previstas pela 
legislação societária. O item 10 da NBC TG 26 versa sobre o “conjunto completo das 
demonstrações contábeis”. A seguir transcrevemos referido item: 
Conjunto completo de demonstrações contábeis 
10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: 
(a) balanço patrimonial ao final do período; 
(b) demonstração do resultado do período; 
(ba) demonstração do resultado abrangente do período; 
(c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; 
(d) demonstração dos fluxos de caixa do período; 
(da) demonstração do valor adicionado do período, conforme NBC TG 09 – Demonstração do 
Valor Adicionado, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada 
voluntariamente; 
(e) notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações 
elucidativas; 
(ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e 
38A; 
 
1 A companhia aberta é obrigada a apresentar a DVA. Os órgãos reguladores (ANTT, BACEN, PREVIC, ANATEL, etc), 
no entanto, podem exigir que as empresas a ele submetidas apresentem a DVA. Nos demais casos, a apresentação 
dessa demonstração é facultativa. A Resolução CFC 1.162/2009 afirma que "É recomendado, entretanto, a sua 
elaboração por todas as entidades que divulgam demonstrações contábeis." 
 
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(f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, 
quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação 
retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando procede à reclassificação de itens 
de suas demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a 40D. 
Perceba que a NBC TG 26 exige, além daquelas previstas na Lei n. 6.404/76, a Demonstração do 
Resultado Abrangente. Observe também que a DLPA não é prevista pela NBC TG 26. 
§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores 
correspondentes das demonstrações do exercício anterior. 
 A ideia aqui é a comparabilidade das informações (demonstrações comparativas). Assim, ao 
publicar o balanço do ano X2 a companhia deve apresentar os valores do balanço do ano X1. 
§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos 
saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 
0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de 
designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes". 
 Atenção para o limite = 0,1, ou seja 10%. 
Exemplo de contas semelhantes: Financiamentos e Empréstimos 
Exemplo de pequenos saldos agregados: Disponibilidades (agregando-se as contas Caixa e 
Bancos, observando-se o limite de 10% do ativo circulante). 
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a 
proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela 
assembléia-geral. 
Observe que quem decide sobre a destinação dos lucros é a Assembleia Geral Ordinária (AGO). 
Como ela ocorre após a elaboração das demonstrações, estas devem registrar a destinação dos 
lucros de acordo com a propostados órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação 
pela AGO. 
1.1.3. Notas Explicativas 
§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros 
analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação 
patrimonial e dos resultados do exercício. 
Exemplo de demonstrações complementares: Balanço Social, Balanço Ambiental, sobretudo nos 
setores em que os fatores ambientais e sociais sejam significativos e quando os empregados são 
considerados um importante grupo de usuários. “Os relatórios e demonstrações apresentados 
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fora das demonstrações contábeis estão fora do âmbito das normas emitidas pelo CFC”. (item 14 
da NBC TG 26). 
Segundo o Manual de Contabilidade Societária (FIPECAFI), as notas explicativas são informações 
complementares às demonstrações contábeis, representando parte integrante dessas 
demonstrações. Podem estar expressas tanto na forma descritiva como na forma de quadros 
analiticos, ou mesmo englobar outras demonstrações contábeis que forem necessárias ao melhor 
e mais completo esclarecimento dos resultados e da situação financeira da empresa. 
O referido Manual informa que as notas podem ser usadas para descrever práticas contábeis 
utilizadas pela companhia, para explicações adicionais sobre determinadas contas ou operações 
específicas e ainda para composição e detalhes de certas contas. 
Segundo a NBC TG 26, as notas explicativas contêm informação adicional em relação à 
apresentada nas demonstrações contábeis. 
As notas explicativas oferecem descrições narrativas ou segregações e aberturas de itens 
divulgados nessas demonstrações e informação acerca de itens que não se enquadram nos 
critérios de reconhecimento nas demonstrações contábeis. 
O § 5o abaixo descrito estabelece o que deve ser evidenciado nas notas explicativas. 
§ 5o As notas explicativas devem: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras 
e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos 
significativos; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não 
estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; (Incluído 
pela Lei nº 11.941, de 2009) 
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações 
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e (Incluído pela 
Lei nº 11.941, de 2009) 
IV – indicar: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente 
estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de 
provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na 
realização de elementos do ativo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo 
único); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 
3o ); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros 
e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
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e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo 
prazo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 
2009) 
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; (Incluído pela Lei nº 
11.941, de 2009) 
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam 
vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da 
companhia. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 § 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a 
R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da 
demonstração dos fluxos de caixa. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 § 7o A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu critério, disciplinar de forma 
diversa o registro de que trata o § 3o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
1.1.4. Escrituração 
 Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com 
obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de 
contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis 
uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de 
competência. 
 § 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de 
métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e 
ressaltar esses efeitos. 
 § 2o A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem 
qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta 
Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que 
constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos 
ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a 
elaboração de outras demonstrações financeiras. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
II – (revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as 
normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente 
submetidas a auditoria por auditores independentes nela registrados.(Redação dada pela 
Lei nº 11.941, de 2009) 
 § 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por 
contabilistas legalmente habilitados. 
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 § 5o As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o 
§ 3o deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais 
de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários. (Incluído pela 
Lei nº 11.638,de 2007) 
 § 6o As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre 
demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as 
companhias abertas. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 § 7o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 
1.2. BALANÇO PATRIMONIAL 
1.2.1. Grupo de Contas 
 Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do 
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise 
da situação financeira da companhia. 
 § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez 
dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: 
 I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, 
imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 § 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 
I – passivocirculante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de 
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos 
acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 § 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de 
compensar serão classificados separadamente. 
Em que pese a Lei não normatizar expressamente, no passivo as contas serão dispostas em ordem 
decrescente de grau de exigibilidade dos elementos nela registrados. Portanto, as obrigações 
vincendas até o término do exercício seguinte serão classificadas no Passivo Circulante. As 
obrigações vincendas após o término do exercício seguinte serão classificadas no Passivo Não 
Circulante. 
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Grau de Liquidez e Grau de Exigibilidade 
O “Grau de Liquidez” está associado ao prazo no qual os bens e direitos podem ser transformados 
em dinheiro. Sendo assim, quanto menor o prazo, maior a liquidez e vice-versa. 
O “Grau de Exigibilidade”, assim como o de Liquidez, está associado ao prazo no qual as 
obrigações devem ser pagas. Portanto, quanto menor o prazo maior o grau de exigibilidade e 
vice-versa. 
 
 
Basicamente, a classificação descrita na Lei é a seguinte: 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante 
Bens e Direitos (curto prazo) 
(-) contas retificadoras2 
 
Ativo Não Circulante 
 
Ativo Realizável a Longo Prazo 
Bens e Direitos (longo prazo) 
(-) contas retificadoras 
 
Investimentos 
Bens 
(-) contas retificadoras 
Passivo Circulante 
Obrigações (curto prazo) 
(-) contas retificadoras 
 
Passivo Não Circulante 
Obrigações de Longo Prazo 
(-) contas retificadoras 
 
Patrimônio Líquido 
Capital Social 
(-) Capital a Integralizar 
(-) Gastos com Emissão de Ações 
Reservas de Capital 
 
2 Representam incertezas quanto à quantia ou data de vencimento. A constituição das contas 
retificadoras decorre da aplicação dos princípios de contabilidade da Prudência, Oportunidade e 
Competência. 
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Imobilizado 
Bens tangíveis 
(-) contas retificadoras 
 
Intangível 
Bens Intangíveis 
(-) contas retificadoras 
(+/-) Ajustes de Avaliação Patrimonial 
Reservas de Lucros 
(-) Ações em Tesouraria 
(-) Prejuízos Acumulados 
Total Total 
 
1.2.2. Ativo 
 Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
 I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do 
exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício 
seguinte; 
Conforme vimos no balanço acima, o AC é composto pelos bens e direitos de curto prazo, assim 
considerados aqueles que a companhia espere que sejam realizados até doze meses após a data 
do Balanço Patrimonial. Trata-se do Capital de Giro da entidade, pois representam os bens e 
direitos em constante circulação. 
 
 
 
 
 
 
Observe que os demais bens e direitos com realização prevista acima de doze meses da data do 
Balanço Patrimonial, são classificados no Ativo Realizável a Longo Prazo, a seguir estudado. 
 Portanto, no AC serão classificados: 
§ As disponibilidades; 
§ Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente; 
§ As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. 
Ativo Circulante 
Data 
do 
Balanço 
31/12/20X1 31/12/20X2 
Ativo Realizável a Longo Prazo 
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As disponibilidades representam basicamente os bens numerários: caixa e equivalentes de caixa3, 
bancos, aplicações financeiras de liquidez imediata, numerários em trânsito, entre outras contas. 
Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente, por sua vez, representam os 
créditos da empresa com terceiros (direitos realizáveis pessoais) e os bens da empresa (direitos 
realizáveis reais). 
Exemplos: 
Direitos realizáveis pessoais: Duplicatas a Receber, Tributos a Recuperar 
Direitos realizáveis Reais: Estoques 
Por fim, as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte compreendem as despesas 
do exercício seguinte pagas no exercício atual, também denominadas de despesas antecipadas. 
Exemplos: 
- Contratação de um seguro com cobertura no exercício seguinte (Prêmios de Seguros a Vencer). 
- Encargos Financeiros Antecipados. 
 
Na empresa em que o ciclo operacional4 tiver duração maior que o exercício social, a classificação 
no circulante terá por base o prazo desse ciclo (art. 179, parágrafo único). 
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício 
seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a 
sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes 
no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto 
da companhia; 
Portanto, no ARLP serão classificados: 
§ Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte; 
§ Direitos com pessoas ligadas de negócio não usual. 
 
3 Os equivalentes de caixa são aplicações ou investimentos a curto prazo, de alta liquidez, que sejam prontamente 
convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de 
valor. 
4 O ciclo operacional é o intervalo de tempo em que uma entidade adquire matéria-prima (no caso de indústria) ou 
mercadorias (no caso de empresa comercial) efetua a produção (indústria), vende e recebe o valor correspondente à 
venda. 
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Os Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte são os direitos cujos prazos esperados 
para realização se situem após o término do exercício social seguinte, conforme já vimos no 
esquema abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: Títulos a Receber (pelo prazo de realização do direito) 
Os Direitos com pessoas ligadas de negócio não usual, por sua vez, representam os direitos que, 
independentemente do prazo de vencimento, a lei assim o determine. 
Exemplo: Empréstimos a Coligadas, Diretores ou Acionistas (por força da lei). 
Para que um direito seja classificado no ARLP, independentemente do prazo, deve atender três 
requisitos cumulativamente, quais sejam: 
1º) Os direitos devem ser decorrentes de vendas, adiantamentos ou empréstimos; 
2º) Os direitos devem estar relacionados com controladas, coligadas, diretores, acionistas ou 
participantes no lucro; 
3º) A operação deve ser não usual. 
Para o ARLP vale o mesmo destaque que vimos no Ativo Circulante: 
Na companhia em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação 
no Realizável a Longo Prazo terá por base o prazo desse ciclo (art. 179, parágrafo único). 
Sendo assim, se o ciclo operacional de determinada empresa for de 18 meses, por exemplo, todos 
os bens e direitos que estiverem dentro do prazo de 18 meses serão classificados no AC. Os 
demais que excederem esse prazo serão classificados no ARLP. Vale lembrar que os empréstimos 
a controladas, coligadas, diretores, acionistas e participantes no lucro, independente do prazo, 
serão classificados no ARLP. 
Por fim, vale destacar que no ARLP, com exceção das disponibilidades, poderão figurar todas as 
demais contas representativas dasaplicações de recursos em bens e direitos, inclusive das 
despesas pagas antecipadamente que constarem do Ativo Circulante, desde que tenham o prazo 
de realização superior a 12 meses ou superior à duração do ciclo operacional. Assim, teremos a 
conta “Estoques – LP”, “Clientes – LP”, etc. 
Ativo Circulante 
Data 
do 
Balanço 
31/12/20X1 31/12/20X2 
Ativo Realizável a Longo Prazo 
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 III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os 
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se 
destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; 
Como exemplo de contas classificáveis nesse subgrupo temos: 
§ Participações em Outras Empresas; 
§ Ações de empresas Coligadas; 
§ Ações de empresas Controladas; 
§ Terrenos para Utilização Futura (terrenos não utilizados); 
§ Imóvel para Aluguel*. 
 
* Os imóveis para aluguel podem ser classificados tanto no imobilizado como em investimentos, a 
depender da finalidade desse aluguel. Será classificado no imobilizado quando o aluguel estiver 
relacionado às atividades fins da empresa (veja exemplo de questão exigida nesse sentido abaixo). 
Caso o aluguel não esteja relacionado com as atividades da empresa classificamos como 
investimentos (propriedade para investimento). 
 
 
1. (ISS-Recife) Uma entidade adquiriu 10 apartamentos, em um prédio ao lado de sua fábrica, por 
R$ 500.000,00 cada. Esses apartamentos são alugados para funcionários da entidade que são 
originalmente, de fora do estado. No balanço Patrimonial dessa entidade , os apartamentos 
devem ser evidenciados no subgrupo. 
a) Ativo circulante 
b) ativo realizável a longo prazo 
c) investimentos 
d) Imobilizado; 
e) Patrimônio líquido 
Comentários 
Nesse caso, como o aluguel é para funcionários que trabalham na empresa, devem ser 
classificados como ativo imobilizado. Veja que os funcionários são de fora do Estado e, portanto, 
trata-se de uma política da empresa necessária para o desenrolar das suas atividades, ou seja, os 
apartamentos são bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou 
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exercidos com essa finalidade. Logo, devem ser classificados no imobilizado e não em 
investimentos. 
Gabarito: D 
 IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos 
com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia 
os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado, 
Ativo imobilizado é o item tangível que: 
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a 
outros, ou para fins administrativos; e 
(b) se espera utilizar por mais de um período. 
Entre as contas que são classificadas nesse subgrupo destacam-se: 
§ Veículos; 
§ Móveis e Utensílios; 
§ Máquinas e Motores; 
§ Imóveis; 
§ Veículos adquiridos por meio de arrendamento mercantil financeiro. 
Pessoal, aqui nesse ponto cabe destacar o que seriam os bens “decorrentes de operações que 
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens”. Referidos bens não são de 
propriedade da empresa, porém são classificados no ativo imobilizado. O principal exemplo 
desses bens são os objetos de leasing (arrendamento mercantil). Os arrendamentos podem ser de 
dois tipos: operacional e financeiro. A diferença fundamental entre eles reside na transferência de 
riscos. Caso exista a transferência de riscos teremos um arrendamento financeiro. Caso contrário, 
teremos um arrendamento operacional. Assim, temos: 
Riscos e benefícios ficam com o arrendatário: arrendamento financeiro. 
Riscos e benefícios ficam com o arrendador: arrendamento operacional. 
As principais características inerentes aos arrendamentos financeiros são: 
§ Há transferência da propriedade ao final do contrato; 
§ O valor residual é mais baixo que o valor justo; 
§ O período do arrendamento compreende a maior parte da vida útil do ativo; 
§ O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente todo o valor justo do ativo; 
§ O ativo arrendado, por ser de alta especialização, apenas o arrendatário pode usá-lo sem 
grandes modificações. 
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Antes da última revisão do CPC 06 essa classificação era importante para fins da contabilização 
pelo arrendatário. Agora, o entendimento é que o arrendatário contabilize ambos os tipos de 
arrendamentos no ativo. 
V – (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) 
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à 
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de 
comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
O CPC 04 (item 8) define Ativo Intangível como sendo um Ativo não monetário5 identificável sem 
substância física. Perceba que o Intangível abrange as contas representativas dos recursos 
aplicados em bens imateriais (incorpóreos). 
Entre as contas que são classificadas nesse subgrupo destacam-se: 
§ Direitos Autorais; 
§ Marcas e patentes; 
§ Fundo de Comércio (Goodwill); 
§ Sistemas Aplicativos (Software). 
Por fim, vale destacar que, conforme exigência prevista no CPC 04, um ativo somente poderá ser 
enquadrado na definição de intangível quando cumulativamente: 
§ seja identificável; 
§ seja controlável; e 
§ seja gerador de benefícios futuros. 
Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intangível, 
quando: 
a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, 
alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, 
independente da intenção de uso pela entidade; OU (os requisitos não são cumulativos!) 
b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos 
serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. 
O CPC 04 destaca que caso um item não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido 
na sua aquisição ou geração interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido. 
 
5 De acordo com o CPC 04, "Ativo monetário é aquele representado por dinheiro ou por direitos a serem recebidos 
em uma quantia fixa ou determinável de dinheiro". A definição de ativo não monetário, por sua vez, é residual, 
englobando os bens e direitos não enquadrados na definição de ativo monetário. Exemplo: equipamentos, veículos, 
etc. 
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A definição de ativo intangível requer que ele seja identificável, para diferenciá-lo do ágio derivado 
da expectativa de rentabilidade futura gerado internamente (goodwill). 
Não confunda o Goodwill gerado internamente com o goodwill adquirido (abaixo explicado). 
Goodwill gerado internamente: não reconhecemos como ativo e sim como despesa. 
Goodwill adquirido: ativo intangível. 
E o que seria esse tal de Goodwill (adquirido)? 
Trata-se da diferença a maior entre o valor pago na aquisição de um empreendimento (patrimônio) 
e o valor de mercado (valor justo) dos ativos líquidos desse empreendimento. Vamos a um 
exemplo: 
A destemidaempresa “Tchê Bagual” objetivando ampliar suas operações resolve adquirir a 
microempresa “Guanxuma Verde”, avaliada pelo valor de mercado em R$ 150.000,00. Porém, os 
administradores da “Tchê Bagual”, após sólida análise de mercado e tendo em vista outros 
interessados no negócio, resolvem comprar a promissora “Guanxuma Verde” pelo valor de R$ 
200.000,00. Nesse caso, temos um goodwill de R$ 50.000,00. 
 
2. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) São características necessárias para a 
identificação de um ativo Intangível 
a) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível. 
b) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração de seu custo não 
possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial. 
c) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros. 
d) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada. 
e) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais. 
Comentários 
Conforme acabamos de estudar, um ativo somente poderá ser enquadrado na definição de 
intangível quando cumulativamente: 
§ seja identificável; 
§ seja controlável; e 
§ seja gerador de benefícios futuros. 
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Gabarito: C 
 Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver 
duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá 
por base o prazo desse ciclo. 
1.2.3. Passivo Exigível 
 Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de 
direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se 
vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em 
prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei. (Redação 
dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
Resultados de Exercícios Futuros 
 Art. 181. (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) 
No passivo circulante são classificadas as contas representativas das obrigações cujos vencimentos 
ocorram durante o exercício seguinte (art. 180, Lei 6.404/76). 
Entre as contas que são classificadas nesse grupo destacam-se: 
§ Fornecedores (duplicatas a pagar); 
§ Impostos a Recolher (geralmente as contas vêm discriminadas, por exemplo, “ICMS a 
Recolher”) 
§ Salários a Pagar; 
§ Dividendos a pagar. 
No passivo não circulante podem aparecer as mesmas contas representativas de obrigações 
classificadas no passivo circulante, porém vencíveis após o término do exercício social seguinte. 
Cabe destacar que no Passivo Não Circulante são classificadas as Receitas Diferidas (receitas 
recebidas antecipadamente, por exemplo, aluguéis antecipados). 
As receitas diferidas vieram substituir o grupo resultado de exercícios futuros a partir da edição 
da Lei n. 11.941/2009. 
1.2.4. Patrimônio Líquido 
Nesse grupo estão incluídas as contas representativas aos capitais próprios da entidade. São 
recursos advindos dos proprietários (titular, sócios, acionistas) ou decorrentes da gestão do 
patrimônio (lucros/prejuízos apurados). 
De acordo com o art. 178 da Lei 6.404/76, 
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Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que 
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da 
companhia. 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação 
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
São classificadas no PL as seguintes contas: 
§ Capital Social; 
§ Reservas de Capital; 
§ Ajustes de Avaliação Patrimonial; 
§ Ações em Tesouraria; 
§ Reservas de Lucros; 
§ Prejuízos Acumulados. 
O Manual FIPECAFI destaca que além dos itens previstos na Lei n. 6.404/76, o grupo Patrimônio 
Líquido pode apresentar outras contas para melhor evidenciar a situação patrimonial da 
companhia, bem como para atender a outras normatizações que estabeleçam a necessidade da 
divulgação. São exemplos de outras contas que podem ser encontradas no Patrimônio Líquido: 
Opções Outorgadas Reconhecidas, Gastos na Emissão de Ações, Ajustes Acumulados de 
Conversão, assim como contas extintas, mas possuidoras de saldos remanescentes (Reservas de 
Reavaliação e Reservas de Capital: Prêmio na Emissão de Debêntures e Doações e Subvenções 
para Investimentos). 
 Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por 
dedução, a parcela ainda não realizada. 
O montante subscrito dá origem à conta capital social integralizado e a parcela ainda não realizada 
comporá a conta capital social a integralizar (a realizar/a subscrever), redutora da conta capital 
social integralizado. 
 
3. (CESPE/Analista Contábil/MEC/2014) Se uma sociedade anônima tem o capital subscrito 
representado pelas contas capital autorizado e capital a subscrever, então, quando ocorrer 
uma subscrição de ações, essa sociedade anônima deverá fazer um lançamento contábil a 
crédito da conta capital a subscrever, classificada no patrimônio líquido. 
Comentários 
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A conta capital a subscrever é redutora da conta capital subscrito (possui natureza devedora). 
Portanto, quando ocorrer uma subscrição de ações, deveremos creditá-la. 
Gabarito: Certo 
O capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de 
bens suscetíveis de avaliação em dinheiro (art. 7º da Lei 6.404/76). 
Cabe destacar que, nos termos do art. 80 da Lei 6.404/76, a constituição da companhia depende 
do cumprimento dos seguintes requisitos preliminares: 
(i) Subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social 
fixado no estatuto; 
(ii) Realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações 
subscritas em dinheiro; 
(iii) Depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela 
Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro. 
Outro ponto importante que devemos saber é que o gasto na emissão de ações não é tratado 
como despesa do período, mas como redução do capital social. 
 § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: 
 a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte 
do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância 
destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de 
debêntures ou partes beneficiárias; 
 b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; 
 c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 § 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção 
monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado. 
As Reservas de Capital são valores recebidos pela empresa de sócios ou terceiros que não 
transitam pelo resultado do exercício. São contabilizadas diretamente no PL, ficando acumuladas 
para utilização posterior. 
São classificadas como reservas de capital as contas que registrarem (art. 182, Lei n. 6.404/76): 
§ a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço 
de emissãodas ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à 
formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou 
partes beneficiárias; 
§ o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; 
O item “a” acima descrito corresponde à “Reserva para ágio na emissão de ações”. 
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O ágio na emissão de ações corresponde ao valor da contribuição do subscritor que ultrapassar o 
valor nominal das ações. Vejamos um exemplo: 
A empresa “Tchê Bagual S.A” (o negócio evoluiu!) possui um capital social de R$ 1.000.000,00, 
composta por 100.000 ações a R$ 10,00 cada. Como o negócio está “loco de especial”, os 
gestores resolvem expandir as operações da empresa. Para tanto, emitem mais 10.000 ações pelo 
valor de R$ 12,00 cada (R$ 10,00 referente ao valor nominal + R$ 2,00 de ágio). Como a empresa 
está “mais conhecida que parteira em campanha”, as ações esgotam de imediato e, portanto, o 
valor de R$ 120.000,00 entra no caixa da empresa. Sendo assim, o registro contábil dessa 
operação fica: 
D – Caixa ... 120.000,00 
C – Capital Social ... 100.000,00 
C – Reserva de Capital – Ágio na emissão de ações ... 20.000,00 
As partes beneficiárias são valores mobiliários (títulos negociáveis) emitidos por sociedades 
anônimas de capital fechado sem valor nominal, com a finalidade de captar recursos por um prazo 
máximo de 10 anos. Esses títulos dão ao seu titular o direito de participação no máximo em 10% 
dos lucros da empresa emissora. 
Os bônus de subscrição, por sua vez, são valores mobiliários emitidos no limite do capital social 
autorizado6 no estatuto por sociedades anônimas que conferem aos seus titulares o direito de 
preferência na subscrição das ações da empresa, dentro de um prazo preestabelecido e por um 
preço prefixado. 
Tanto as partes beneficiárias como os bônus de subscrição possuem tratamento contábil similar. 
Se a parte beneficiária/bônus de subscrição for alienada(o) por um determinado valor, far-se-á o 
seguinte registro contábil: 
D – Banco 
C – Reserva de Capital de Alienação de Partes Beneficiárias/Bônus de Subscrição 
Caso o título seja concedido sem valor (aplicável, especialmente, ao caso da parte beneficiária), a 
informação sobre sua existência deve ser incluída em notas explicativas. 
Quando abordamos o conceito de reservas de capital vimos que elas ficarão acumuladas no PL 
para utilização posterior. Pois bem... como poderão ser utilizadas essas reservas? 
A resposta está no art. 200 da Lei 6.404/76, senão vejamos: 
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: 
 
6 Se não fosse respeitado esse limite, haveria a possibilidade de o adquirente do bônus se ver impedido 
de exercer seu direito de subscrever as ações (artigos 75 e 168 da Lei 6.404). 
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I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo 
189, parágrafo único); 
II - resgate, reembolso ou compra de ações; 
III - resgate de partes beneficiárias; 
IV - incorporação ao capital social; 
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada 
(artigo 17, § 5º). 
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser 
destinada ao resgate desses títulos. 
Para finalizar as reservas de capital, vale destacar a seguinte alteração na Lei n. 6.404/76: 
As doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures não são mais 
classificados como reservas de capital. Atualmente, devemos registrar como receita do exercício. 
Segundo a NBC TG 07 – Subvenção e Assistência Governamentais, “uma subvenção 
governamental deve ser reconhecida como receita ao longo do período confrontada com as 
despesas que pretende compensar, em base sistemática, desde que atendidas às condições deste 
Pronunciamento. A subvenção governamental não pode ser creditada diretamente no patrimônio 
líquido”. 
 
4. (Analista) Deixou de ser uma reserva de capital a partir da vigência da Lei nº 11.638/2007 
a Reserva 
a) de Alienação de Bônus de Subscrição. 
b) de Prêmio na Emissão de Debêntures. 
c) para Contingências. 
d) para pagamento de Dividendo Obrigatório. 
e) de Ágio na Emissão de Ações. 
Comentários 
Conforme estudamos, as doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de 
debêntures não são mais classificados como reservas de capital. Atualmente, devemos registrar 
como receita do exercício. 
Gabarito: B 
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 § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não 
computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as 
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e 
do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei 
ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na 
competência conferida pelo § 3o do art. 177 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 
2009) 
Os ajustes de avaliação patrimonial têm como contrapartida o ajuste de instrumentos financeiros 
disponíveis para venda e os valores de mercado dos Ativos e Passivos nas reorganizações 
societárias (incorporação, fusão e Cisão). 
Em regra, os valores registrados nessa conta deverão ser transferidos para o resultado do exercício 
à medida que os ativos e passivos forem sendo realizados. 
 
5. (CAGE-RS) De acordo com a Lei nº 6.404/76, com redação dada pela Lei nº 11.638/07, a 
conta ajustes de avaliação patrimonial pertence ao patrimônio líquido e recebe as 
contrapartidas de 
a) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo Permanente, em decorrência 
da sua avaliação pela equivalência patrimonial. 
b) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência 
da sua avaliação pelo valor de mercado. 
c) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência 
da sua avaliação a valor justo. 
d) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do passivo circulante, em decorrência 
da precificação dos derivativos a valor de mercado. 
e) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos das dívidas em moeda estrangeira, 
em decorrência da variação cambial conjuntural. 
Comentários 
Para fixar! Segundo o art. 182, §3º da Lei 6.404/76, serão classificadas como ajustes de avaliação 
patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de 
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do 
ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo. 
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Gabarito: C 
 § 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela 
apropriação de lucros da companhia. 
As reservas de lucros são extraídas do lucro líquido do exercício. Possuem o objetivo de preservar 
o patrimônio líquido. Segundo a Lei n. 6.404/76 (art. 182, §4º), serão classificadas como reservas 
de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia. 
As reservas de lucros previstas na Lei n. 6.404/76 são as seguintes: 
§ Reserva Legal; 
§ Reservas Estatutárias; 
§ Reservaspara Contingências; 
§ Reserva de Incentivos Fiscais; 
§ Reserva de Retenção de Lucros (de Lucros para Expansão); 
§ Reserva de Lucros a Realizar; 
§ Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído; 
§ Reserva Específica de Prêmio de Debêntures. 
 
 § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da 
conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua 
aquisição. 
Ações em Tesouraria 
Trata-se de uma conta do PL utilizada quando a empresa adquire as suas próprias ações, com o 
objetivo de elevar o preço delas e realizar no futuro uma nova venda, de forma a obter lucro na 
transação. Também tem o objetivo de concentrar as ações, quando estas estão muito pulverizadas 
nas mãos de um grande número de acionistas. 
Cabe destacar que na aquisição de ações em tesouraria a empresa não pode adquirir ações não 
integralizadas, o que resultaria em diminuição do capital social. 
Nos termos do art. 182, §5º, da Lei nº 6.404/76, as ações em tesouraria deverão ser destacadas 
no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos 
aplicados na sua aquisição. Trata-se, portanto, de uma conta redutora do PL. 
Destaca-se, ainda, que o limite do saldo da conta ações em tesouraria é o saldo de lucros 
acumulados e reservas, exceto a reserva legal. 
Por fim, devemos saber que a alienação de ações em tesouraria pode gerar lucro ou prejuízo para 
a empresa, não representando receitas ou despesas. No caso de lucro a empresa deverá creditá-
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lo em reservas de capital (semelhante ao que ocorre com o ágio na emissão de ações). Se houver 
prejuízo, deverá debitá-lo em reservas de capitais. 
1.3. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO 
 Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes 
critérios: 
 I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos 
e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo 
prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação 
ou disponíveis para venda; e (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme 
disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este 
for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito; (Incluída 
pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da 
companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em 
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-
lo ao valor de mercado, quando este for inferior; 
 III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, 
ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de 
provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver 
comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, 
sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas; 
 IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para 
atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de 
aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior; 
 V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido 
do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão; 
 VI – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição 
deduzido do saldo da respectiva conta de amortização; (Incluído pela Lei nº 11.638,de 
2007) 
 VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão 
ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito 
relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 
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§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: (Redação dada pela 
Lei nº 11.941, de 2009) 
 a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser 
repostos, mediante compra no mercado; 
 b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante 
venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, 
e a margem de lucro; 
 c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros. 
 d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, 
decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na 
ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: (Incluída 
pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro 
instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares; (Incluído pela Lei nº 11.638,de 
2007) 
 2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros 
de natureza, prazo e risco similares; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de 
instrumentos financeiros. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 
 
 
 
§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será 
registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por 
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza 
ou obsolescência; 
 b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na 
aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com 
existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por 
prazo legal ou contratualmente limitado; 
 c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, 
de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa 
exploração. 
 
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§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos 
valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: (Redação dada 
pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de 
interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando 
comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse 
valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil 
econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. (Incluído 
pela Lei nº 11.638,de 2007) 
Observe que a Lei n. 11.638/2007, que introduziu alterações na forma de elaboração e de 
apresentação das demonstrações contábeis das companhias, determinou a adoção do 
procedimento de redução ao valor recuperável dos ativos. 
Essa sistemática é abordada de forma detalhada na NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável 
de Ativos. 
§ 4° Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderãoser avaliados 
pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica 
contábil. 
Mercadorias fungíveis = commodities (soja, café, arroz, etc). Os preços das commodities são 
estabelecidos pela cotação em bolsa de valores, por isso poderão são facilmente avaliadas pelo 
valor do mercado. 
1.4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PASSIVO 
 Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os 
seguintes critérios: 
 I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto 
sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo 
valor atualizado até a data do balanço; 
 II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão 
convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço; 
 III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante 
serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver 
efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 
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Critérios de Avaliação em Operações Societárias 
(Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 Art. 184-A. A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá, com base na 
competência conferida pelo § 3o do art. 177 desta Lei, normas especiais de avaliação e 
contabilização aplicáveis à aquisição de controle, participações societárias ou 
negócios. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 
Correção Monetária 
 Art. 185. (Revogado pela Lei nº 7.730, de 1989) 
 
1.5. DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 
A DLPA representa uma mera transcrição, de forma ordenada e racional, da conta razão lucros ou 
prejuízos acumulados da companhia. 
A elaboração da DLPA é exigida pela Lei n. 6.404/76, a qual faculta às companhias inclui-la na 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). Destaca-se, contudo, que a DLPA 
não é contemplada pelas normas internacionais. 
 Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará: 
 I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção 
monetária do saldo inicial; 
 II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; 
Critérios de Avaliação do Passivo 
Passivo Critério 
Obrigações, encargos e riscos 
(PC) 
Valor atualizado até a data do balanço (ajustados a 
valor presente, se o valor for relevante) 
Obrigações em moeda 
estrangeira 
Convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em 
vigor na data do balanço 
Obrigações, encargos e riscos 
(PÑC) 
Valor atualizado até a data do balanço, ajustados a 
valor presente. 
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 III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada 
ao capital e o saldo ao fim do período. 
 § 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os 
decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro 
imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos 
subseqüentes. 
 § 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o 
montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na 
demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela 
companhia. 
Pessoal, muitas questões simplesmente exigem conhecimentos dos dispositivos acima descritos. 
Portanto, leia e releia o art. 186, pois é fundamental para acertarmos questões teóricas sobre a 
DLPA. 
 
6. (CESPE/Contador/Suframa/2014) A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados 
discrimina as reversões de reservas, as transferências para reservas, os dividendos do período 
e a parcela dos lucros incorporada ao capital. 
Comentários 
Observe que o item exige conhecimentos do disposto no art. 186, acima visto. A DLPA 
discriminará: 
§ O saldo do início do período; 
§ Os ajustes de exercícios anteriores; 
§ A correção monetária do saldo inicial; 
§ As reversões de reservas; 
§ O lucro líquido do exercício; 
§ As transferências para reservas; 
§ Os dividendos; 
§ A parcela dos lucros incorporada ao capital; 
§ O saldo ao fim do período. 
Gabarito: Certo 
 
 
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Observações: 
a) Em que pese o texto da Lei n. 6.404/76 incluir entre as informações a serem 
discriminadas pela DLPA a correção monetária do saldo inicial, cabe destacar que o 
regime de correção monetária das demonstrações financeiras foi revogado, inclusive 
para fins societários, a partir de 1º/01/1996 (art. 4º, Lei n. 9.249/95); 
 
b) Segundo o §2º do art. 186, acima visto, a DLPA poderá ser incluída na DMPL. 
 
Atenção! A Lei não fala em substituição, mas sim em inclusão. Não há substituição de 
uma por outra. 
O §1º do art. 186 estabelece que, como ajustes de exercícios anteriores, serão considerados 
apenas os decorrentes: (i) de efeitos da mudança de critério contábil; (ii) da retificação de erro 
imputável a determinado exercício anterior (e que não possam ser atribuídos a fatos 
subsequentes). A seguir seguem alguns exemplos: 
Mudança de critério contábil: mudança do critério de avaliação de estoques PEPS para Média 
Ponderada; mudança do método de avaliação de investimentos. 
Retificação de erro: São erros que normalmente ocorrem, justificando a retificação: erros de 
cálculo, omissão de lançamentos, erros na avaliação de estoques, erros na avaliação de 
investimentos, etc. 
Esse assunto está discriminado no CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e 
Retificação de Erro. Vejamos alguns pontos que podem constar em nossa prova. 
Políticas Contábeis 
Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e as práticas específicas 
aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação de demonstrações contábeis. 
Os usuários devem ter a possibilidade de comparar as demonstrações contábeis da entidade ao 
longo do tempo para identificar tendências. Assim, o meio de garantir essa possibilidade e aplicar 
as mesmas políticas contábeis em cada período e de um período para o outro. Entretanto, uma 
mudança na política contábil pode ser necessária. 
Segundo o CPC 23, a entidade deve alterar uma política contábil apenas se a mudança: 
a) for exigida por Pronunciamento, Interpretação ou Orientação; ou 
b) resultar em informação confiável e mais relevante nas demonstrações contábeis sobre os efeitos 
das transações, outros eventos ou condições acerca da posição patrimonial e financeira, do 
desempenho ou dos fluxos de caixa da entidade. 
Não constituem mudanças nas políticas contábeis: 
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a) a adoção de política contábil para transações, outros eventos ou condições que difiram em 
essência daqueles que ocorriam anteriormente; e 
b) a adoção de nova política contábil para transações, outros eventos ou condições que não 
ocorriam anteriormente ou eram imateriais. 
Mudança na Estimativa Contábil 
Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de ativo ou de passivo, ou nos 
montantes relativos ao consumo periódico de ativo, que decorre da avaliação da situação atual e 
das obrigações e dos benefícios futuros esperados associados aos ativos e passivos. As alterações 
nasestimativas contábeis decorrem de nova informação ou inovações e, portanto, não são 
retificações de erros. 
Por exemplo, se surgir uma nova tecnologia na manutenção de um equipamento e essa tecnologia 
aumentar sua vida útil econômica originalmente estimada, a alteração das taxas de depreciação 
é uma mudança de estimativa. Perceba que não se trata de retificação de erro, já que nada tinha 
de errado até então. 
A estimativa envolve julgamentos baseados na última informação disponível e confiável. Por 
exemplo, podem ser exigidas estimativas de: 
a) créditos de liquidação duvidosa; 
b) obsolescência de estoque; 
c) valor justo de ativos financeiros ou passivos financeiros; 
d) vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos futuros benefícios 
econômicos incorporados nesses ativos; e 
e) obrigações decorrentes de garantias. 
Quando for difícil distinguir uma mudança na política contábil de uma mudança na estimativa 
contábil, a mudança é tratada como mudança na estimativa contábil. 
 
7. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ-SE/2014) Se ocorrer modificação na base de 
avaliação de um ativo não monetário de determinada entidade e não for possível determinar 
se essa modificação configura uma mudança na política contábil ou na estimativa contábil, a 
entidade deverá considerar que ocorreu mudança na estimativa contábil. 
Comentários 
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Conforme estudamos, quando for difícil distinguir uma mudança na política contábil de uma 
mudança na estimativa contábil, a mudança é tratada como mudança na estimativa contábil. 
Gabarito: Certo 
Erros de Períodos Anteriores 
Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas demonstrações contábeis da 
entidade de um ou mais períodos anteriores decorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de 
informação confiável que: 
a) estava disponível quando da autorização para divulgação das demonstrações contábeis desses 
períodos; e 
b) pudesse ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração na elaboração e na 
apresentação dessas demonstrações contábeis. 
Tais erros incluem os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de políticas contábeis, 
descuidos ou interpretações incorretas de fatos e fraudes. 
Outro ponto importante do CPC 23 são os conceitos de aplicação retrospectiva e prospectiva. 
Vejamos: 
Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil a transações, a outros eventos e a 
condições, como se essa política tivesse sido sempre aplicada. 
Observe que a aplicação retrospectiva refere-se a ajustes de transações e eventos passados. Um 
exemplo citado pela doutrina é a mudança de avaliação de estoques (PEPS para Custo Médio, por 
exemplo). Nesse caso a empresa deve ajustar o estoque inicial utilizando o custo médio desde o 
final do exercício anterior como se esse método tivesse sido sempre aplicado (aplicação 
retrospectiva). 
A aplicação prospectiva de mudança em política contábil e de reconhecimento do efeito de 
mudança em estimativa contábil representa, respectivamente: 
a) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e a condições que ocorram 
após a data em que a política é alterada; e 
b) o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos períodos corrente e futuro 
afetados pela mudança. 
As alterações (mudanças) nas Políticas Contábeis devem ter aplicação retrospectiva, a não ser que 
isso seja impraticável. 
De forma geral, o efeito da mudança em uma estimativa contábil deve ser reconhecido 
prospectivamente (aplicada a transações, a outros eventos e a condições a partir da data da 
mudança na estimativa), com a sua inclusão no período da mudança (quando afetar apenas esse) 
ou também em períodos futuros (quando a mudança também afetá-los). 
Os erros materiais devem ser ajustados de forma retrospectiva; 
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Os erros decorrentes de fraudes, ou seja, os erros intencionais (materiais ou imateriais) devem ter 
aplicação retrospectiva. 
 
8. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/BACEN/2013) Julgue o item a seguir, com base 
no Pronunciamento Técnico CPC 23, que trata de políticas contábeis, mudança de estimativa 
e retificação de erros. 
Não constitui mudança nas políticas contábeis nem a adoção de política contábil para transações, 
outros eventos ou condições que difiram em essência daqueles que ocorriam anteriormente nem 
a adoção de nova política contábil para transações, outros eventos ou condições que não ocorriam 
anteriormente ou eram imateriais. 
Comentários 
Exigência do CPC 23, senão vejamos: 
16. Não constituem mudanças nas políticas contábeis: 
(a) a adoção de política contábil para transações, outros eventos ou condições que 
difiram em essência daqueles que ocorriam anteriormente; e 
(b) a adoção de nova política contábil para transações, outros eventos ou condições que 
não ocorriam anteriormente ou eram imateriais. 
Gabarito: Certo 
1.6. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
 I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos 
e os impostos; 
 II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços 
vendidos e o lucro bruto; 
 III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as 
despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; 
 IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação 
dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
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 V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o 
imposto; 
 VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes 
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos 
de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como 
despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital 
social. 
 § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
 a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua 
realização em moeda; e 
 b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes 
a essas receitas e rendimentos. 
 § 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 
2007) 
O art. 187 acima descrito estabelece a estrutura da DRE: 
Demonstração do Resultado do Exercício (Lei n. 6.404/76) 
Faturamento Bruto 
(-) IPI faturado 
(=) Receita Operacional Bruta 
(-) devoluções e vendas canceladas 
(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais 
(-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
(=) Receita Operacional Líquida 
(-) Custo da Mercadoria Vendida e dos Serviços Prestados 
(=) Resultado Operacional Bruto 
(-) Despesas Operacionais 
- Despesas com vendas 
- Despesas gerais e administrativas 
- Despesas financeiras 
- Resultado negativo de equivalência patrimonial 
- Variações monetárias passivas 
(+) Receitas Operacionais 
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+ Receitasfinanceiras 
+ Resultado positivo de equivalência patrimonial 
+ Variações monetárias ativas 
+ Receitas de aluguel 
+ Dividendos recebidos (investimentos avaliados pelo custo) 
(=) Resultado Operacional Líquido 
(+) Outras Receitas 
(-) Outras Despesas 
(=) Resultado antes do IR e CSLL 
 (-) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) 
(-) Imposto de Renda (IR) 
Resultado do Exercício antes das Participações 
(-) Participações 
Debêntures 
Empregados 
Administradores 
Partes Beneficiárias 
Contribuição p/ Fundos Assistência e Previdência Social dos empregados 
(=) Lucro Líquido do Exercício 
(÷) número de ações do capital social 
(=) Lucro Líquido por Ação do Capital 
Visto a estrutura da DRE passemos à análise de cada um dos itens. 
Faturamento Bruto 
O faturamento bruto não está descrito na Lei das S.As. No entanto, esta adaptação melhora a 
informação da demonstração, pois demonstra as diferenças entre o faturamento bruto e a receita 
bruta de vendas. 
Mas, afinal qual a diferença entre faturamento bruto e receita bruta? 
No faturamento bruto, além da receita bruta de vendas, inclui-se o Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI) incidente na operação de venda. 
 
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Receita Operacional Bruta 
A contabilização das receitas de vendas é realizada pelo valor bruto, ou seja, incluindo os impostos. 
Deduções da Receita Operacional Bruta 
Representam os fatos que alteram o valor das vendas, conforme discriminado a seguir: 
 
Fatos que alteram o valor das Vendas 
§ Vendas Anuladas ou Devolução de Vendas; 
§ Abatimentos sobre Vendas; 
§ Descontos Incondicionais Concedidos; 
§ Impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
 
As vendas anuladas (devolução de vendas) representam todas as devoluções de vendas ocorridas 
dentro do exercício social. Destaca-se que as devoluções de vendas de exercícios anteriores são 
consideradas como despesas operacionais. 
O Abatimento sobre Venda representa os descontos que são concedidos posteriormente à 
entrega dos produtos. Geralmente, decorrem por defeitos de qualidade, quantidade e de 
transportes. Destaca-se que o abatimento é concedido após a emissão da nota fiscal. Assim, não 
afeta a base de cálculo dos impostos. 
 
 
Não confunda os descontos incondicionais (comerciais) com os descontos condicionais 
(financeiros). 
 
Descontos Incondicionais (comerciais): ocorrem no momento da compra (obtidos) ou da venda 
(concedidos), sendo destacados na própria nota fiscal. A palavra “incondicional” denota ausência 
de condições impostas ao cliente para que tivesse direito ao desconto. 
Descontos Incondicionais Obtidos = redutora do CMV 
Descontos Incondicionais Concedidos = redutora da Receita de Vendas 
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Descontos Condicionais (financeiros): ocorrem no momento da liquidação de uma dívida ou do 
recebimento de um direito, fato posterior à compra ou à venda. O desconto financeiro só ocorre 
mediante condição imposta ao devedor (geralmente quitação antes da data do vencimento). São 
reconhecidos como receita (obtidos) ou despesa financeira (concedidos). 
Os principais impostos e contribuições sobre as vendas e serviços são: ICMS, ISS, Cofins, 
PIS/Pasep. Destaca-se que o IPI não é dedução da receita bruta. Conforme vimos, o IPI é 
considerado antes da receita bruta por ser um imposto “por fora”. 
Receita Operacional Líquida 
Representa as receitas brutas deduzidas das deduções acima estudadas. 
Custo da Mercadoria Vendida (CMV) 
Para o cálculo do CMV utilizamos a seguinte equação: 
CMV = Estoque inicial + compras líquidas – estoque final 
Lembrando que, nos termos do CPC 16 – Estoques, o valor de custo do estoque deve incluir todos 
os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os 
estoques à sua condição e localização atuais. Ademais, lembre que o custo de aquisição dos 
estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto 
os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros 
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos 
comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do 
custo de aquisição. 
Nesse ponto vale destacar os fatos que alteram o valor das compras, conforme discriminado a 
seguir: 
 
 
Fatos que alteram o valor das Compras 
§ Devolução de Compras ou Compras Anuladas 
§ Abatimentos sobre Compras 
§ Fretes e Seguros sobre Compras 
§ Descontos Incondicionais Obtidos. 
 
Assim, temos; 
Compras Brutas 
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Contabilidade p/ PC-DF (Agente) Com Videoaulas - Pós-Edital (Prof. Gilmar Possati)
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(-) Devolução de Compras ou Compras Anuladas 
(-) Abatimentos sobre Compras 
(+) Fretes e Seguros sobre Compras 
(-) Descontos Incondicionais Obtidos 
(=) Compras Líquidas 
 
9. (CESPE/Contador/Suframa/2014) Na DRE de uma empresa comercial, para a apuração do 
lucro bruto operacional, as deduções das vendas e o custo das mercadorias vendidas são 
subtraídos diretamente da receita bruta de vendas. 
Comentários 
A dedução do CMV parte das receitas líquidas e não das receitas brutas, conforme informa o item. 
Gabarito: Errado 
Resultado Operacional Bruto 
Representa as receitas líquidas deduzidas do CMV acima estudado. 
Despesas Operacionais 
As principais despesas operacionais são: 
§ Despesas com vendas: englobam os gastos com promoção, colocação e distribuição dos 
produtos vendidos pela empresa. 
§ Despesas gerais e administrativas: englobam os gastos com a gestão da empresa. 
§ Despesas financeiras: englobam os juros passivos, descontos condicionais concedidos, 
comissões passivas, juros sobre o capital próprio, entre outras. 
§ Resultado negativo de equivalência patrimonial 
§ Variações monetárias passivas 
 
 
 
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10. (CESPE/Técnico Contabilidade/Suframa/2014) O conjunto de despesas administrativas e 
de vendas é também denominado despesas operacionais. 
Comentários 
Para fixar! Conforme vimos, as principais despesas operacionais são: 
§ Despesas com vendas: englobam os gastos com promoção, colocação e distribuição dos 
produtos vendidos pela empresa. 
§ Despesas gerais e administrativas: englobam os gastos com a gestão da empresa. 
§ Despesas financeiras: englobam os juros passivos, descontos condicionais concedidos, 
comissões passivas, juros sobre o capital próprio, entre outras. 
§ Resultado negativo de equivalência patrimonial 
§ Variações monetárias passivas 
Gabarito: Certo 
Receitas Operacionais 
As principais receitas operacionais são: 
§ Receitas financeiras: englobam os juros ativos, os descontos condicionais obtidos, entre 
outras. 
§ Resultado positivo de equivalência patrimonial 
§ Variações monetárias ativas 
§ Receitas de aluguel 
§ Dividendos recebidos (investimentos avaliados pelo custo) 
Outras Receitas e Outras Despesas 
Compreendem os ganhos e perdas decorrentes das baixas de bens ou de direitos classificados 
nos grupos investimentos, imobilizado e intangível. Refere-se às antigas “Receitas Não 
Operacionais” e “Despesas Não Operacionais”. 
Nesse ponto, vale destacarmos o seguinte: 
Não há mais na Demonstração do Resultado do Exercício a expressão “resultados não 
operacionais”. Segundo

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