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FILOSOFIA REVISÃO PARA PROVA – AV1 Professora: MARINA DE FREITAS GARCIA marina.garcia@estacio.br FILOSOFIA – REVISÃO TEMAS DE APRENDIZAGEM 1 . A HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA E O CONTEXTO HISTÓRICO ➢ 1 .1 AS CONDIÇÕES HISTÓRICAS DO NASCIMENTO DA FILOSOFIA NA GRÉCIA: DOS PRÉ-SOCRÁTICOS AOS SOFISTAS ➢ 1 .2 SÓCRATES E A CRÍTICA AOS SOFISTAS: O EMBATE PELA DEFINIÇÃO DA VERDADE COMO DISCURSO POLÍTICO, FILOSÓFICO E JURÍDICO COMO INSTRUMENTO DE PODER E O CONTEXTO HISTÓRICO ➢ 1 .3 PLATÃO: A REPÚBLICA COMO FORMA FILOSÓFICA DA JUSTIÇA E SEU INSTRUMENTO DE PODER E O CONTEXTO HISTÓRICO ➢ 1 .4 ARISTÓTELES: AS DIVERSAS ACEPÇÕES FILOSÓFICAS, POLÍTICAS E JURÍDICAS DA JUSTIÇA COMO INSTRUMENTO DE PODER E O CONTEXTO HISTÓRICO 2 . A HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL E O CONTEXTO HISTÓRICO ➢ 2 .1 SANTO AGOSTINHO E A PATRÍSTICA COMO FORMA DE PODER E O CONTEXTO HISTÓRICO ➢ 2 .2 SÃO TOMÁS DE AQUINO E A ESCOLÁSTICA COMO FORMA DE PODER E O CONTEXTO HISTÓRICO O Mito x A Razão Introduzindo a discussão A narrativa mítica O mito é um processo de compreensão da realidade que cumpre a função de transmitir a verdade A verdade do mito, porém, não é baseada em coerência lógica, mas sim em tradições, emoções e afetividades “O nascimento de Vênus” Quadro de Botticelli, que simboliza o mito do nascimento da deusa Vênus (Afrodite),Deusa do amor e da beleza • Cosmogonia (surgimento do universo) • Narrativa poética e enigmática, que exalta os mistérios das suas origens • Aspecto simbólico da percepção humana • Autoridade do poeta, aedo ou bardo • Origem longuínqua (Imprecisão temporal) Filosofia Filosofia: O que é? Do grego: Philos (amigo) + Sophia (sabedoria) = “amigo do saber” Busca pelo conhecimento Filósofo Amigo do saber “o que busca a sabedoria, por meio de um espírito indagador” (BRUM;MACHADO, 2016,p. 11) O nascimento da Filosofia “O Milagre Grego” • Mudança de olhar que os gregos desenvolveram a partir do contato com outras culturas, particularmente a cultura oriental • A partir do comércio e das navegações, descobriram e encontraram novas maneiras de ser e agir • A organização e estruturação urbana se estabeleceu: Pólis Alguns autores se referem ao surgimento da filosofia com um “milagre”, a partir da mudança da mentalidade mítica para o pensamento crítico filosófico Mas na verdade, existiram fatores que influenciaram nessa transformação: Filosofia Antiga (VII-VI a.C. - II-III d. C.) Características gerais: • Superação do mito • Leitura Racional • Valorização do Homem • Dialética • Investigação da origem (arché) das coisas Principais Filósofos: • Tales de Mileto • Heráclito • Parmênides • Pitágoras • Demócrito • Sócrates • Platão • Aristóteles Pré - Socráticos A tríade clássica Representação de Platão (428 a.C. – 348 a.C.) Os Pré-Socráticos Os Pré-Socráticos Filósofos x Sofistas Representação do sofista Protágoras (490 a.C. – 415a.C.) Os Sofistas Concepção de Retórica Finalidade da Retórica Concepção de Verdade Características e Objetivos da filosofia socrática Características e Objetivos da filosofia socrática Características e Objetivos da filosofia socrática Características e Objetivos da filosofia socrática Legado Socrático Platão: Vida e Obra Relação Sócrates - Platão: Platão segue Sócrates em seus debates filosófico-políticos, e pode observar de perto como Sócrates faz uso do método dialético. Ao se encantar pelo mestre, posteriormente, chega a se referir a ele como: “ o mais sábio e mais justo dos homens “ em Fédon Após Sócrates ser sentenciado à morte, por “aliciar a juventude ateniense” contra à religião tradicional, Platão sente a necessidade de promover o grande legado de seu mestre: buscar a fundamentação de qualquer atividade em conceitos claros e seguros. Platão: Vida e Obra A Academia de Atenas: • Em cerca de 387 a.C. Platão funda a Academia com o propósito de reunir pensadores que direcionariam seus esforços para a reformulação permanente de questões e a multiplicação da via de abordagem dos problemas já investigados • Diferentemente de outras escolas da época, a abordagem sobre a Política, na Academia, não era visando o aperfeiçoamento de recursos retóricos, mas sim a investigação sistemática dos fundamentos da conduta humana – como Sócrates prezava. Platão: Vida e Obra Os diálogos platônicos: • Os diálogos escritos por Platão também foram chamados de “diálogos socráticos” por terem em Sócrates seu personagem principal • Os diálogos consistiam, em suma, na descrição de diálogos de Sócrates em diversas circunstâncias, que através do método dialético desenvolvia questões acerca verdades previamente estabelecidas, e demostrava a fragilidade em que essas se constituiam. • Assim sendo, esses diálogos apesar de apresentarem algumas teses socráticas, não tinham o objetivo último de estabelecer novos conceitos, mas sim de levantar o questionamento: Diálogos ditos aporéticos. A ideia para Platão: • Se baseando nas propriedades da matemática, a ideia se caracterizaria por ser a forma perfeita de tudo que existe, sendo ela inteligível, incorpórea, imutável e una. • A partir então dessa concepção do que seria a ideia, Platão apresenta sua divisão do mundo em dois: Mundo das Ideias ou Mundo Inteligível x Mundo Terreno ou Mundo Sensível A Teoria das Ideias A Teoria das Ideias A divisão dos mundos: Mundo Sensível • Objetos: formas imperfeitas; simulacros das ideias; aparência, contingente • Captação: Sentidos humanos (corpo), frágeis, ou seja, não é possível obter conhecimento verdadeiro; • Tempo: Devir, submetido a mudanças, relativo; Mundo das Ideias • Ideias: formas perfeitas; essência, necessária • Captação: Intelecto (alma), meio seguro( e único) de se alcançar conhecimento verdadeiro • Tempo: Eterno, imutável, absoluto; • Para Platão, certos conhecimentos são necessários para a instituição de um Estado, o mais perfeito possível, regido por governantes sábios e justos. • Diante da dúvida sobre se este Estado planejado é possível ou não e, se possível, quais são suas condições de realização ? (República, 472a) Platão subordina essa realização à justiça e moralidade dos membros da polis e do caráter de seus cidadãos. • Daí sua célebre teoria dos governantes(reis) -filósofos, qualificados assim por seu grau de conhecimento e disposição racional para suas ações, pois a moralidade contribui para o fortalecimento da justiça apenas quando se associa a certos conteúdos cognitivos indissoluvelmente ligados a uma prática racional. Os Reis-Filósofos • A justiça platônica é entendida como uma harmonia e ordem das partes em função da consecução de objetivos comunitários que são condição para a felicidade da comunidade e de seus membros (República, 443de). • A justiça requer que o Estado construa sua legítima autoridade integrando os distintos grupos sociais em uma unidade sócio- política • Um Estado onde o compromisso com os projetos comuns sejam racionalmente eleitos, ainda que a partir da ação individual de cada membro da comunidade política, desde que visem o bem- estar geral. • Dentro de um Estado como o planejado na Πολιτεια (A República) os interesses privilegiados pela organização da polis são os interesses da coletividade e os governantes devem agir na promoção do bem-estar geral. Justiça e Razão: As autoridades Resumo 1. A direção de toda a construção do Estado platônico indica claramente que a comunidade política deve estar assentada na justiça. Se é correto afirmar que a Πολιτεια (A República) tenta responder a questão das razões que movem os homens a viver em sociedade, é preciso reconhecer que essa questão própria de uma teoria social se responde somente mediante uma teoria da justiça. 2. Na Πολιτεια (433a e ss.) se põe manifesto que a justiça é o componente fundamental do Estado ideal. A justiça é expressão da moralidade do Estado e é ela que assegura que o Estado seja bom e deve ser exercidapor cada cidadão, no exercício de suas funções e de acordo com suas capacidades : trabalhadores e artesãos, mulheres e crianças, guerreiros e guardiões, governantes, educadores, filósofos, artistas etc. Considerando inclusive que a ideia de justiça é a possibilidade da racionalidade na ordem do político, onde as partes constituem uma genuína totalidade organizada de acordo com o bem social. Aristóteles: Vida e Obra Representação de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) • Nascido em Estagira, no nordeste grego; • Filho de Nicômaco - que era médico – Aristóteles viveu até os 18 anos em Pela. Seu pai servia, em sua função, ao avô de Alexandre,O Grande. • Em 367 a.C., ele partiu para Atenas e ingressou na Academia de Platão — logo começou a lecionar retórica e se tornou o mais importante aluno de Platão • Fundou o Liceu de Atenas, sua escola filosófica, onde se investigava questões da Metafísica, Física, Lógica(fundador), Política, Retórica e Literatura • Por também ser pioneiro no estudo da Zoologia, foi um dos grandes contribuintes do que hoje podemos chamar de método científico. Também por isso é um dos patronos da ciência. Ética x Moral Aristóteles: Vida e Obra Principais Conceitos: Na obra “Ética a Nicômaco”: • Ética finalista; • Eudaimonia; • Justo termo ou Justa Medida; Na obra “Política”: • Teoria organicista; • O homem como bio polítikos, por natureza; • Modus Socialis = Natural; Embora existam pontos de acordo entre as obras de Aristóteles e Platão, há uma discordância de base entre os dois. Ela diz respeito ao plano metafísico estabelecido por cada um, ou seja, ao plano das verdades mais gerais, da visão de realidade, consequentemente quanto ao objeto do conhecimento filosófico e ao processo de conhecer. • A concepção de realidade (ou também, a metafísica) de Aristóteles era diferente daquela de Platão. O filósofo questiona a duplicação do mundo feita por seu mestre (mundo sensível e mundo inteligível) e a tese de que só rompendo com o mundo sensível e com o senso comum se pode chegar ao conhecimento das formas ou ideias perfeitas, o que deve ser objetivo do filósofo. Platão x Aristóteles A Ética aristotélica https://www.youtube.com/watch?v=cTA h-Jvegp0&t=46s VEJA O VÍDEO https://www.youtube.com/watch?v=cTAh-Jvegp0&t=46s A virtude virtude O que é Quais são Esta no Busca • Hábito de caráter racional • 2: Éticas e Dianoéticas • Justo Termo • A excelência A Política aristotélica O homem como ser político e a pólis como lugar da vida natural: Representação da pólis grega, pensada por Aristóteles como o local de pleno desenvolvimento do homem político. Como resultado, a teoria política de Aristóteles é mais maleável que a de seu mestre Platão, e também muito mais realista, se adaptando às diferentes condições sociais e políticas dos mais variados povos, sem deixar de ter um posicionamento crítico e o ideal de uma sociedade melhor e mais justa. A Justiça aristotélica • É a forma como denominamos a filosofia que aconteceu na Europa, entre os séculos V e XV, no que historicamente é conhecido como a idade média, por isso de chamar de medieval, para fazer alusão a época em que ela aconteceu. • Uma grande característica deste período é a interferência da Igreja Católica em todas as áreas do conhecimento, e por esse motivo tornou-se comum encontrarmos tanto temas religiosos como os próprios membros da igreja fazendo parte dos filósofos que vieram a dar vida a este momento da história da filosofia. A Filosofia Medieval • Assim como a filosofia antiga, a filosofia medieval possuía suas características próprias, o que contribuía para que ela pudesse ser analisada não apenas por uma época diferente, mas também por uma forma de pensar mais analítica, que em sua grande maioria, era ligada a um mesmo foco, a religiosidade. As principais questões debatidas pelos filósofos medievais eram: ➢A relação entre a razão e a fé; ➢A existência e a natureza de Deus; ➢ Fronteiras entre o conhecimento e a liberdade humana; ➢ Individualização das substâncias divisíveis e indivisíveis. Características Patrística • É o nome dado à filosofia cristã dos primeiros sete séculos, elaborada pelos padres da igreja, os primeiros teóricos —- daí "Patrística" —- e consiste na elaboração doutrinal das verdades de fé do Cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos ―pagãos" e contra as heresias. • Durou do século I d.C. à VII d.C, ficou caracterizado pelos esforços dos apóstolos João e Paulo e dos primeiros Padres da igreja para fazer uma ligação entre a nova religião e o pensamento filosófico da época, que tinha o pensamento greco-romano em linha de frente. • Conhecido como Santo Agostinho de Hipona, esse filósofo cristão desenvolveu uma ideia de que todo homem possui uma consciência moral e um livre arbítrio, que todos temos a consciência do que é certo e errado, do mesmo jeito que temos o direito de escolha, para fazer ou não cada coisa, mesmo sabendo que acarretarão consequências. Santo Agostinho Santo Agostinho • Do século IX ao século XVI aconteceu o movimento que tinha como interesse entender e explicar a religiosidade cristã por meio das ideias dos filósofos gregos Platão e Aristóteles. • Os filósofos queriam utilizar esse conhecimento grego e romano para provar a existência da alma humana e de Deus, caso conseguissem, facilitaria para que obtivessem ainda mais adeptos a religião. Os filósofos dessa época acreditavam piamente que a igreja tinha um papel fundamental na salvação dos fieis, guiando-lhes ao caminho do paraíso. Escolástica São Tomás de Aquino São Tomás de Aquino O Renascimento O Renascimento foi um movimento cultural, econômico e político que surgiu na Itália do século XIV, se consolidou no século XV e se estendeu até o século XVII por toda a Europa. Inspirado nos valores da Antiguidade Clássica e gerado pelas modificações estruturais da sociedade, resultou na reformulação total da vida medieval, dando início à Idade Moderna. O Renascimento originou-se na Itália, devido ao florescimento de cidades como Veneza, Gênova, Florença, Roma e outras. Elas enriqueceram com o desenvolvimento do comércio no Mediterrâneo dando origem a uma rica burguesia mercantil que, em seu processo de afirmação social, se dedicou às artes, juntamente com alguns príncipes e papas. O Renascimento ANTROPOCENTRISMO O homem passou a estar no centro do Universo e das questões humanas. Tudo é feito à medida do Homem, para o bem-estar do Homem e sua valorização. Características e Valores: INDIVIDUALISMO O Homem tem a capacidade de escolher e decidir por si próprio. Se exalta e acredita no potencial de suas capacidades. CLASSICISMO Gosto pela cultura clássica: Pelas línguas grega e latinas e pelos pensadores clássicos; Pela literatura e artes clássicas e pelos seus valores. EXPERIENCIALISMO Necessidade de comprovação de um fato por meio de observação e experimento. Valorização do aspecto prático do conhecimento. ESPÍRITO CRÍTICO O Homem pensa por si próprio e questiona a sociedade e o mundo que o rodeia, ao invés de aceita-lo como um mundo dado. NATURALISMO Interesse pelos estudos da natureza física e humana em todos seus aspectos. Surgimento do Humanismo Fim da Idade Média o sistema feudal entrou em crise em função do fortalecimento da burguesia. A criação da imprensa e as grandes navegações trouxeram outra perspectiva que nunca tinha sido pensada antes: nem tudo pode ser guiado pela religião. Afinal, os descobrimentos de outras regiões e culturas permitiram que diversos filósofos questionassem a existência divina Humanismo trouxe um movimento intelectual muito forte, garantindo que as ciências fossem desenvolvidas a fim de trazer mais conhecimento para os seres humanos, principalmente as aprendizagens que não se relacionassem com conceitos religiosos Pintura que representa o que foram as grandes navegações europeias dos séculos XVI e XV. 1) Todas as coisas são diferenciaçõesde uma mesma coisa e são a mesma coisa. E isto é evidente. Porque se as coisas que são agora neste mundo— terra, água, ar e fogo e as outras coisas que se manifestam neste mundo—, se alguma destas coisas fosse diferente de qualquer outra, diferente em sua natureza própria e se não permanecesse a mesma coisa em suas muitas mudanças e diferenciações, então não poderiam as coisas, de nenhuma maneira, misturar-se umas às outras, nem fazer bem ou mal umas às outras, nem a planta poderia brotar da terra, nem um animal ou qualquer outra coisa vir à existência, se todas as coisas não fossem compostas de modo a serem as mesmas. Todas as coisas nascem, através de diferenciações, de uma mesma coisa, ora em uma forma, ora em outra, retomando sempre a mesma coisa. DIÓGENES. In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 1967. O texto descreve argumentos dos primeiros pensadores, denominados pré-socráticos. Para eles, a principal preocupação filosófica era de ordem A) cosmológica, propondo uma explicação racional do mundo fundamentada nos elementos da natureza. B) política, discutindo as formas de organização da pólis ao estabelecer as regras da democracia. C) ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores virtuosos que tem a felicidade como o bem maior. D)estética, procurando investigar a aparência dos entes sensíveis. E) hermenêutica, construindo uma explicação unívoca da realidade. Questões - Revisão 2) Assinale a alternativa INCORRETA. A) Os famosos "sofistas" do século V a. C são, muitas vezes, estrangeiros. O movimento de pensamento que eles representam mostra-se ao mesmo tempo como uma continuidade e como uma ruptura em relação ao que os precede. Sofista é o mestre ou o professor de uma arte ou técnica ou ofício. A palavra sofista não tem o sentido pejorativo, que veio a adquirir muito mais tarde, em Atenas. B) Os pensadores cristãos nunca se cansaram de comparar Sócrates e Jesus: ambos foram condenados por seus ensinamentos, ambos compareceram aos tribunais e não se defenderam, ambos nada deixaram escrito, ambos criaram uma posteridade sem limites, e tudo o quanto sabemos de ambos depende de fontes indiretas, escritas depois de estarem mortos. C) Alguns preceitos são os fundamentos da filosofia socrática: "Conhece-te a ti mesmo" e "Sei que nada sei" são as duas expressões que ninguém no pensamento ocidental jamais duvidou que fossem de Sócrates. D) Os sofistas, inventam a educação em ambiente artificial, o que se tornará uma das características de nossa civilização. Eles são os profissionais do ensino, antes de tudo, pedagogos. E) A ironia platônica consiste em simular aprender alguma coisa de seu interlocutor, para levá-lo a descobrir que não conhece nada no domínio do que pretende ser sábio. Questões - Revisão A) É a teoria em que Platão, através da imagem da expulsão dos poetas da República, define que devemos nos concentrar no mundo sensível, para conhecer corretamente a realidade; B) É a teoria em que Platão separa o conhecimento em dois tipos: o estético e moral; C) É a teoria em que Platão define o conhecimento como uma passagem a uma intuição intelectual totalmente diferente do conhecimento dado no mundo sensível; D) É a teoria em que Platão define as Ideias como entidades imateriais inacessíveis ao intelecto humano; E) É a teoria atribuída a Platão erroneamente, pela tradição Cristã, na Idade Média, uma vez que Platão nunca pensou as ideias como entidades com existência real. 3) Platão, em sua obra, A República, fala de uma ética teleológica, isto é, uma ética cujo princípio não é o que realmente se faz, mas o que se deveria fazer. Esta postura de Platão está baseada naquilo que ficou conhecido como Teoria das Ideais, sobre a qual é correto afirmar que: Questões - Revisão Questões - Revisão A) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar. B) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade. C) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica D) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais. E) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade. 4) Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”. VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994. O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania: 5) Preparando seu livro sobre o imperador Adriano, Marguerite Yourcenar encontrou numa carta de Flaubert esta frase: "Quando os deuses tinham deixado de existir e o Cristo ainda não viera, houve um momento único na história, entre Cícero e Marco Aurélio, em que o homem ficou sozinho". Os deuses pagãos nunca deixaram de existir, mesmo com o triunfo cristão, e Roma não era o mundo, mas no breve momento de solidão flagrado por Flaubert o homem ocidental se viu livre da metafísica - e não gostou, claro. Quem quer ficar sozinho num mundo que não domina e mal compreende, sem o apoio e o consolo de uma teologia, qualquer teologia? (Luiz Fernando Veríssimo. Banquete com os deuses) A compreensão do mundo por meio da religião é uma disposição que traduz o pensamento medieval, cujo pressuposto é a) o antropocentrismo: a valorização do homem como centro do Universo e a crença no caráter divino da natureza humana. b) a escolástica: a busca da salvação através do conhecimento da filosofia clássica e da assimilação do paganismo. c) o panteísmo: a defesa da convivência harmônica de fé e razão, uma vez que o Universo, infinito, é parte da substância divina. d) o positivismo: submissão do homem aos dogmas instituídos pela Igreja e não questionamento das leis divinas. e) o teocentrismo: concepção predominante na produção intelectual e artística medieval, que considera Deus o centro do Universo. Gabarito- Revisão 1) A 2) E 3) C 4) B 5) E
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