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Caso 01

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Aluno: Jean Eduardo Lima
Matricula: 202003170879
Caso Concreto 16
QUESTÃO OBJETIVA 1 ? (SEFAZ ? MT ? FGV ? Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal ? 2014) Acerca dos dispositivos do Código Civil de 2002 destinados à disciplina jurídica dos contratos, assinale a afirmativa correta. 
(A) A autonomia privada dos contratantes é maior no caso de contratos atípicos, porque não há exigência legal de observância da função social do contrato, prevista para os contratos típicos. (B) Nos contratos de adesão regulados pelo Código Civil, é válida a cláusula que prevê a renúncia antecipada do aderente a direitos resultantes da natureza do negócio. 
(C) Os contratos entre ausentes não se tornam perfeitos se, antes da aceitação, ou juntamente com ela, chegar ao proponente a retratação do aceitante.
(D) É válido o contrato celebrado entre Luísa e André para transferência do patrimônio integral da primeira para o segundo, com eficácia postergada para depois da morte de Luísa. 
(E) A liberdade de contratar nos contratos atípicos é absoluta no direito brasileiro, por força do consagrado princípio de que os pactos devem ser cumpridos (pacta sunt servanda). 
QUESTÃO OBJETIVA 2 ? (Magistratura PE ? FCC/2011) Indo-se mais adiante, aventase a ideia de que entre o credor e o devedor é necessária a colaboração, um ajudando o outro na execução do contrato. A tanto, evidentemente, não se pode chegar, dada a contraposição de interesses, mas é certo que a conduta, tanto de um como de outro, subordina-se a regras que visam a impedir dificulte uma parte a ação da outra. (Contratos, p. 43, 26ª edição, Forense, 2008, Coordenador: Edvaldo Brito, Atualizadores: Antonio Junqueira de Azevedo e Francisco Paulo de Crescenzo Marino). Pode-se identificar o texto acima com o seguinte princípio aplicável aos contratos: 
(A) da intangibilidade. 
(B) do consensualismo. 
(C) da força obrigatória. 
(D) da boa-fé. 
(E) da relatividade das obrigações pactuadas. 
QUESTÃO OBJETIVA 3 ? (IBEG ? Prefeitura de Guarapari-ES ? Procurador ? 2016) Nos termos do Código Civil, a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato sendo que os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. Assim, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta: 
I ? Em regra, a proposta de contrato obriga o proponente, salvo se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. 
II ? A liberdade de forma é princípio contratual básico que não admite exceções, vez que assegurada pela autonomia da vontade. 
III ? A boa-fé objetiva é princípio contratual com várias funções, não se limitando à interpretação do negócio jurídico. 
IV ? Pelo princípio da liberdade contratual, é lícito às partes estipular contratos atípicos, desde que sua escolha recaia sobre um dos previstos no Código Civil. 
V ? O princípio do ?pacta sunt servanda? não admite exceções, uma vez que qualquer revisão do contrato atentaria contra o princípio da boa-fé. 
(A) Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras. 
(B) Apenas as assertivas I e III são verdadeiras. 
(C) Apenas as assertivas II e V são verdadeiras. 
(D) Apenas as assertivas I, III e IV são verdadeiras. 
(E) Apenas as assertivas I, II e IV são verdadeiras. 
QUESTÃO OBJETIVA 4 ? (VUNESP ? TJM-SP ? Juiz de Direito Substituto ? 2016) A empresa Alegria Ltda., visando parceria comercial com a empresa Felicidade Ltda. na comercialização de produtos para festas, iniciou tratativas pré-contratuais, exigindo da segunda que comprasse equipamento para a produção desses produtos. O negócio não foi concluído, razão pela qual a empresa Felicidade Ltda., entendendo ter sofrido prejuízo, ingressou com ação de reparação de danos morais, materiais e lucros cessantes, assim como na obrigação de contratar, ante a expectativa criada pela empresa Alegria Ltda. Diante deste caso hipotético, assinale a alternativa correta 
(A) Quem negocia com outrem para conclusão de um contrato deve proceder segundo as regras da boa-fé, sob pena de responder apenas pelos danos que dolosamente causar à outra parte. (B) A boa-fé a ser observada na responsabilidade pré-contratual é a objetiva, haja vista que esta diz respeito ao dever de conduta que as partes possuem, podendo a empresa desistente arcar com a reparação dos danos, se comprovados, sem qualquer obrigação de contratar. 
(C) É assegurado o direito à contratação, em razão da boa-fé objetiva, e deverá a empresa que pretendia desistir arcar com os danos comprovados, mas em razão da contratação, estes poderão ser mitigados, principalmente quanto aos lucros cessantes. 
(D) Em razão de conveniência e oportunidade, podem as contratantes desistir do negócio, por qualquer razão, considerando o princípio da liberdade contratual, o qual assegura às partes a desistência, motivo pelo qual não há que se falar em indenização. 
(E) Não existe no direito brasileiro uma cláusula geral que discipline a responsabilidade pré-contratual, de modo que não há que se falar em quebra de expectativa, vigorando o princípio da livre contratação. 
QUESTÃO OBJETIVA 5 ? (TJ ? SC ? FCC ? Juiz Substituto ? 2015) O princípio da boafé, no Código Civil Brasileiro, não foi consagrado, em artigo expresso, como regra geral, ao contrário do Código Civil Alemão. Mas o nosso Código Comercial incluiu-o como princípio vigorante no campo obrigacional e relacionou-o também com os usos de tráfico (23). Contudo, a inexistência, no Código Civil, de artigo semelhante ao § 242 do BGB não impede que o princípio tenha vigência em nosso direito das obrigações, pois se trata de proposição jurídica, com significado de regra de conduta. O mandamento engloba todos os que participam do vínculo obrigacional e estabelece, entre eles, um elo de cooperação, em face do fim objetivo a que visam. (Clóvis V. do Couto e Silva. A obrigação como processo. José Bushatsky, Editor, 1976, p. 29-30). Esse texto foi escrito na vigência do Código Civil de 1916. O Código Civil de 2002 
(A) trouxe, porém, mandamento de conduta, tanto ao credor como ao devedor, estabelecendo entre eles o elo de cooperação referido pelo autor. 
(B) trouxe disposição análoga à do Código Civil alemão, mas impondo somente ao devedor o dever de boa-fé. 
(C) também não trouxe qualquer disposição semelhante à do Código Civil alemão estabelecendo elo de cooperação entre credor e devedor. 
(D) trouxe disposição semelhante à do Código Civil alemão, somente na parte geral e como regra interpretativa dos contratos. 
(E) trouxe disposição análoga à do Código civil alemão, mas impondo somente ao credor o dever de boa-fé. 
QUESTÃO OBJETIVA 6 ? (Promotor de Justiça ? 27.º Concurso MP/DFT) Considere que foi firmado um contrato particular de promessa de compra de um bem imóvel, financiado em 60 parcelas mensais, entre Pedro e João, figurando como intermediária a Imobiliária Morar Bem, no qual foi inserida cláusula resolutiva expressa, restando ajustado que enquanto o financiamento permanecer em nome do cedente, o cessionário compromete-se a efetuar o pagamento das prestações do imóvel, junto à instituição financeira, nos seus respectivos vencimentos, sob pena de perder o valor do ágio e ser obrigado a devolver o imóvel ao cedente, sem direito a qualquer indenização, ou restituição, independentemente de interpelação judicial. Ficou acordado, também, que o contrato não era sujeito à revisão. A posse do imóvel foi transferida ao comprador no ato da assinatura do mencionado contrato. Diante da situação hipotética acima descrita, julgue os itens a seguir, indicando a opção correta. 
(A) Diante da recusa do pagamento pelo promitente comprador, o contrato se resolve de pleno direito e, como consequência, o comprador perde a posse do bem adquirido, dispensando-se o credor de notificar a parte inadimplente acerca da rescisão, bem como promover a interpelação ou qualquer outra medida judicial para ver reconhecido o seu direito. 
(B) Como consequência da resolução
do contrato de promessa de compra e venda, as partes são restituídas à situação anterior, com devolução do bem e do preço pago, devendo ser reconhecido à vendedora o direito de reter parte da quantia paga pelo devedor para indenizar-se das despesas com o negócio e pela rescisão contratual. Assim, extinto o contrato, torna-se injusta a posse do comprador, ensejando a reivindicação do imóvel. 
(C) A cláusula contratual que prevê a perda total da quantia paga pelo devedor inadimplente inserida no contrato interpreta-se como sendo uma cláusula penal moratória, com a finalidade de garantir alternativamente o cumprimento da obrigação principal. Na hipótese de ser convencionado valor excessivo da penalidade, o juiz pode proceder à redução, limitando a perda parcial da quantia paga pelo devedor. 
(D) Tendo o negócio jurídico sido efetuado entre partes capazes, sem qualquer vício do consentimento e não se tratando de relação de consumo e, considerando-se, ainda, o princípio da força obrigatória dos contratos, é válida a cláusula pela qual as partes ajustaram não pedir a revisão do contrato particular de promessa de compra e venda de imóvel financiado pelo sistema financeiro de habitação, enquanto o financiamento permanecer em nome do cedente. (E) O contrato pactuado pelas partes caracteriza-se como um contrato preliminar, ou seja, um contrato acessório que gera a obrigação de firmar um contrato principal, o de compra e venda. Assim, o contrato acessório foi feito com a condição de assim permanecer até a transferência do financiamento do imóvel, ocasião em que será realizado o contrato principal e definitivo. 
QUESTÃO OBJETIVA 7 ? (VUNESP ? TJ-SP ? Titular de Serviços de Notas e de Registros ? 2016) O contrato preliminar, tal como regulado no Código Civil, 
(A) prescinde da observância da forma prescrita para o contrato definitivo. 
(B) pode deixar para o futuro, na promessa de venda, a determinação do preço. 
(C) é privado de efeito, enquanto não levado ao registro competente. 
(D) não admite cláusula de arrependimento, considerada ineficaz, quando prevista. 
QUESTÃO OBJETIVA 8 ? (TRF-5ª Região ? CESPE ? Juiz Federal Substituto ? 2015) No que se refere à teoria da imprevisão prevista no Código Civil, assinale a opção correta. 
(A) Mesmo quando comprovada a imprevisibilidade do evento, o enriquecimento sem causa de uma parte em detrimento da outra, em função desse evento, não é requisito essencial à extinção do contrato. 
(B) Será afastada a aplicabilidade dessa teoria se assim estiver expressamente estipulado em contrato de execução continuada ou diferida. 
(C) Os efeitos da sentença que extinguir o contrato retroagirão à data da citação, e não à data do evento imprevisível que tiver dado causa à extinção do contrato. 
(D) A referida teoria não pode ser utilizada pelo devedor quando se tratar de evento que afete contrato unilateral pelo qual ele assumiu obrigações. 
(E) A teoria da imprevisão pode dar causa à redução da prestação da parte prejudicada pelo acontecimento, mas não pode ser utilizada para modificar as condições do contrato.
QUESTÃO OBJETIVA 9 ? (VUNESP ? IPSMI ? Procurador ? 2016) Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. Tal disposição trata de 
(A) resolução por onerosidade excessiva. 
(B) cláusula resolutiva. 
(C) extinção do contrato por distrato. 
(D) exceção de contrato não cumprido. 
(E) princípio que veda o enriquecimento ilícito.
QUESTÃO OBJETIVA 10 ? (MANAUSPREV ? FCC ? Procurador Autárquico ? 2015) Na compra e venda 
(A) os riscos da tradição, em regra, correm por conta do vendedor. 
(B) o vendedor é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço, mesmo que o negócio tenha sido praticado à vista. 
(C) não pode o cônjuge, na constância do casamento, alienar um bem a outro, ainda que particular. 
(D) a entrega da coisa é pressuposto de existência do contrato. 
(E) o vendedor sempre responde pelos débitos, até o momento da tradição. 
QUESTÃO OBJETIVA 11 ? (Juiz do Trabalho ? 18.ª Região ? FCC/2012) A doação feita de ascendente a descendente constitui 
(A) doação com cláusula de reversão. 
(B) simulação anulável. 
(C) negócio jurídico nulo. 
(D) adiantamento de legítima. 
(E) negócio jurídico inexistente. 
QUESTÃO OBJETIVA 12 ? (Juiz do Trabalho ? 1.ª Região ? FCC/2011) Celebrado contrato de locação entre empregado e empregador, nas posições, respectivamente, de locatário e locador, mediante instrumento escrito, e pelo prazo de vinte e quatro meses, findo esse prazo, o imóvel poderá ser retomado 
(A) provando-se a rescisão do contrato de trabalho e somente depois do trânsito em julgado de sentença proferida pela Justiça do Trabalho reconhecendo a quitação de todas as verbas devidas ao empregado. 
(B) em decorrência de extinção do contrato de trabalho, independentemente de a ocupação do imóvel estar relacionada com o emprego do locatário, podendo ser concedida liminar para desocupação em quinze dias, desde que provada a rescisão do contrato de trabalho por escrito. (C) somente depois de cumpridos cinco anos da celebração do contrato, porque a denúncia vazia nas locações residenciais só é admissível, findo o prazo contratual, se esse tiver sido igual ou superior a trinta meses. 
(D) em decorrência de extinção do contrato de trabalho, se a ocupação do imóvel estiver relacionada com o emprego do locatário, podendo ser concedida liminar para desocupação em quinze dias, havendo prova da rescisão do contrato de trabalho, ou sendo ela demonstrada em audiência prévia. 
(E) mediante notificação premonitória, com prazo de trinta dias para desocupação, não sendo, porém, admissível decisão liminar de despejo.
QUESTÃO SUBJETIVA 1 – Diante da teoria geral dos contratos e o diálogo existente entre as fontes jurídicas, aborde, fundamentadamente, a realidade dos contratos de plano de saúde, apresentando sua natureza jurídica e elementos característicos. 
R:
QUESTÃO SUBJETIVA 2 – (FGV/OAB 2010.2/Adaptada) Durante dez anos, empregados de uma fabricante de extrato de tomate distribuíram, gratuitamente, sementes de tomate entre agricultores de uma certa região. A cada ano, os empregados da fabricante procuravam os agricultores, na época da colheita, para adquirir a safra produzida. No ano de 2009, a fabricante distribuiu as sementes, como sempre fazia, mas não retornou para adquirir a safra. Procurada pelos agricultores, a fabricante recusou-se a efetuar a compra. O tribunal competente entendeu que havia responsabilidade précontratual da fabricante. Explique o que significa a responsabilidade pré-contratual, fundamentando se a decisão do tribunal foi acertada. R:Embora não haja previsão expressa no Código Civil acerca da fase de negociações preliminares, compreende-se que a responsabilidade pré-contratual é aquela de corrente de momento anterior à formação do contrato , no momento das negociações para a efetivação deste, capaz de gerar direitos e obrigações provenientes do princípio da boa-fé objetiva, que de termina uma postura leal e sincera no momento das tratativas, isto é, quando feri a confiabilidade e gera danos à parte contrária. Neste caso, quando a empresa distribuiu as sementes e não adquiriu o que foi produzido, os agricultores, frustrados em sua expectativa, ingressaram com de mandas indenizatórias, alegando a quebra da boa-fé , mesmo não havendo qualquer contrato escrito. Os agricultores tiveram êxito na ação. Isso porque , a boa-fé objetiva é princípio que incide também na fase pré-contratual , exigindo uma atuação das partes com lealdade, honestidade, probidade , respeito e agir conforme a confiança depositada. 
QUESTÃO SUBJETIVA 3 – (FGV OAB 2012.3 Adaptada) Em 12.09.12, Sílvio adquiriu de Maurício, por contrato particular de compra e venda, um automóvel, ano 2011, por R$ 34.000,00 (trinta e quatro mil reais). Vinte dias após a celebração do negócio, Sílvio tomou conhecimento que o veículo apresentava avarias na suspensão dianteira, tornando seu uso impróprio pela ausência de segurança. Considerando
que o vício apontado existia ao tempo da contratação, de acordo com a hipótese acima e as regras de direito civil, o que poderá Silvio requerer de Maurício?
R: De acordo com o CC \02, o prazo para reclamação contra vícios redibitórios incidentes em coisas móveis é de 30 dias, a contar da entrega e fetiva (CC, art. 445) . E desconhecendo o alienante (Maurício) o vício da coisa, deverá restituir o valor recebido mais as despesas do contrato ( CC, art. 443) .
QUESTÃO SUBJETIVA 4 – (27º Concurso Promotor de Justiça/MPDFT/Adaptada) Considere a hipótese em que foi firmado um contrato de empréstimo-financiamento entre instituição bancária e pessoa física, no qual foi inserida cláusula pela qual o devedor autorizava o desconto do débito das prestações do financiamento por consignação em folha de pagamento ou em sua conta bancária. Após o pagamento de algumas parcelas mensais, o devedor constata que não tem condições financeiras para continuar a cumprir as obrigações contratuais, porque o valor da prestação tornou-se insuportável, correspondendo a quase 80% do valor líquido de seus rendimentos. Nessa situação, como o devedor deverá proceder? 
R: De acordo com art.478 , CC, nos contratos de execução continuada ou diferida , se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa , com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato . Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. Nesse caso, não se pode considerar que a situação descrita no caso concreto era extraordinária ou imprevisível. 
QUESTÃO SUBJETIVA 5 – (Defensoria Pública/MS/VUNESP/2012/Adaptada) João comprou um automóvel, com reserva de domínio, com uma entrada e pagamento de 24 prestações. Desempregado, deixou de efetuar o pagamento da última parcela, quando foi interpelado judicialmente pelo vendedor, para constituí-lo em mora e ser possível a execução da cláusula de reserva de domínio, resolvendo o contrato. Com base nesta situação, poderá o vendedor ver o contrato resolvido? 
R: De acordo com o art. 526, CC, preceitue que “verificada a mora do comprador, poderá o vendedor move r contra ele a competente ação de cobrança das prestações vencidas e vincendas e o mais que lhe for devido; ou poderá recuperar a posse da coisa vendida” . E necessário observar neste caso que , pelo adimplemento substancial do contrato, não é possível a busca e apreensão do veículo, mas, apenas, a exigência do pagamento da parcela restante.
QUESTÃO SUBJETIVA 6 – Marina é proprietária de uma casa no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) e Paulo é proprietário de um apartamento avaliado em R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais). Com a intenção de realizarem a troca destes bens, Marina e Paulo acordam a permuta, contudo, Marina deverá realizar uma complementação no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), haja vista a divergência de valores entre os bens a serem permutados. O fato da contraprestação do bem a ser trocado ser ofertada parcialmente em dinheiro desnatura a permuta? 
O contrato de troca ou pe rmuta e caracte ri zado co mo n ominado, típi co, bi l ate ral , o ne roso, 
comutativ o, pari tário e não solene , co nsi sti ndo num ne góci o jurídi co em que uma p arte s e 
compromete a en tre gar à ou tra, e esta re ciprocame nte àque l a, co i sa( s) que não s ej a(m) 
di nhei ro. Ne ste caso, adotando a te ori a d omi n ante na doutrin a, a qual consi de ra a si tuação 
de scri ta como pe rmuta, me smo em have n do sal d o, s end o assi m, some nte de sn atu rari a a 
pe rmuta se a i mportân ci a paga como saldo fosse de tal modo supe ri or ao obje to do contrato 
que tornari a o dinhe i ro o o bje to pri ncipal. 
R: O contrato de troca ou permuta e caracterizado como nominado, típico, bilateral , oneroso, comutativo, paritário e não solene , consistindo num negócio jurídico em que uma parte se compromete a entregar à outra, e esta reciprocamente àquela, coisa(s) que não seja(m) dinheiro. Neste caso, adotando a teoria dominante na doutrina, a qual considera a situação descrita como permuta, mesmo em havendo saldo, sendo assim, somente desnaturaria a permuta se a importância paga como saldo fosse de tal modo superior ao objeto do contrato que tornaria o dinheiro o objeto principal.
QUESTÃO SUBJETIVA 7 – (FGV/OAB 2010.3/Adaptada) Sônia, maior e capaz, decide doar, por instrumento particular, certa quantia em dinheiro em favor se seu sobrinho, Fernando, maior e capaz, caso ele venha a se casar com Leila. Sônia faz constar, ainda, cláusula de irrevogabilidade da doação por eventual ingratidão de seu sobrinho. Fernando, por sua vez, aceita formalmente a doação e, poucos meses depois, casa-se com Leila, conforme estipulado. No dia seguinte ao casamento, ao procurar sua tia para receber a quantia estabelecida, Fernando deflagra uma discussão com Sônia e lhe dirige grave ofensa física. Considerando o regime legal da doação e a situação narrada, como Sônia deve proceder? 
R: Neste caso, Sônia poderá revogar a doação, haja vista que “não se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar a liberalidade por ingratidão do donatário” ( art. 556, CC) , podendo ser revogadas por ingratidão as doações se o donatário cometeu contra o doador ofensa física (art. 557, I I, CC). 
QUESTÃO SUBJETIVA 8 – (FCC/2016/SEGEP/MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual/Adaptada) Marcelo emprestou gratuitamente a Henrique, para que expusesse em sua galeria de arte, obra assinada por renomado artista plástico. Enquanto a obra estava exposta, a galeria de artes foi atingida por um raio que incendiou o local. Durante o incêndio, Henrique houve por bem salvar as obras de sua propriedade, tendo em vista possuírem valor maior, abandonando a de Marcelo, que se danificou. Assim, qual o contrato celebrado entre Marcelo e Henrique, bem como as consequências da atitude de Henrique? 
R: Contrato de Comodato, que tem como objeto bem infungível , perfaz-se com a sua tradição e Henrique responderá pelo dano, não podendo invocar como causa excludente de responsabilidade caso fortuito ou força maior. Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto. Art. 583. Se , correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatário, antepuser este a salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo dano o corri do , ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou força maior.
QUESTÃO SUBJETIVA 9 – (FCC/2018/TRT/2ª REGIÃO/Analista Judiciário/Adaptada) Josué, proprietário de um terreno na cidade de Itaquaquecetuba/SP, firmou contrato de empreitada com o empreiteiro Manoel, envolvendo trabalho e materiais, para construção de um imóvel comercial no local. No curso da obra o arquiteto contratado pelo dono da obra Josué, com a anuência deste, apresenta diversas modificações substanciais, desproporcionais ao projeto originalmente aprovado para o contrato celebrado entre as partes. Neste caso, se Josué exigir que as modificações sejam realizadas pelo empreiteiro Manoel, nos termos estabelecidos pelo Código Civil, que providências poderá este adotar? 
R: Manoel poderá suspender a obra ainda que Josué arque com o acréscimo do preço
QUESTÃO SUBJETIVA 10 – (FGV – OAB – 2013.1 – Adaptada) De acordo com o Código Civil, opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em nome deste, praticar atos ou administrar interesses. Daniel outorgou a Heron, por instrumento público, poderes especiais e expressos, por prazo indeterminado, para vender sua casa na Rua da Abolição, em Salvador, Bahia. Ocorre que, três dias depois de lavrada e assinada a procuração, em viagem para um congresso realizado no exterior, Daniel sofre um acidente automobilístico e vem a falecer, quando ainda fora do país. Heron, no mesmo dia da morte de Daniel, ignorando o óbito, vende a casa para
Fábio, que a compra, estando ambos de boa-fé. De acordo com a situação narrada, o que acontecerá com este contrato de compra e venda?
R: À luz d o art. 689 do CC, a compra e venda é válida, em relação aos contratantes.
 QUESTÃO SUBJETIVA 11 – Mário foi contratado pela Empresa de Bebidas Artesanais Felicidade para realizar a venda de bebidas dentro de determinada zona geográfica previamente estipulada pelas partes. Ocorre que Cristóvão, igualmente contratado pela Empresa, para promover negócios em área de atuação próxima, porém diversa, invadindo a área de atuação de Mário, realizou vendas na parcela geográfica que a este incumbia. Diante desta situação hipotética, como será solucionada a questão da retribuição a ser percebida por Mário quanto aos negócios promovidos em sua área de atuação? 
R: Diante ao exposto caso, Mário continuará realizando suas vendas dentro de determinada zona geográfica, previamente estipulada pelas partes. No entanto, deverá acionar Cristóvão para informá-lo a falta cometida, em razão da in vasão de área de atuação. 
QUESTÃO SUBJETIVA 12 – (CONSULPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento - Adaptada) José da Silva colocou uma casa de sua propriedade à venda. Antônio Pedro e Paulo Nogueira, corretores autônomos, passando pelo local viram a placa de “vende-se” e procuraram individualmente o dono José da Silva e ofereceram os serviços de intermediação. José Silva concordou, mas não deu exclusividade para nenhum deles, combinando percentual de 4% sobre valor, em caso de venda, como remuneração. Então ambos os corretores colocam os números de seus telefones ao lado da placa “vende-se”. Maria Pia passou pelo local, viu os números de telefones e ligou para Antônio Pedro, agendando visita ao imóvel. Foi ao local, tirou fotos, gostou muito, perguntou preço, fez proposta de compra, mas não fechou o negócio no ato, porque o corretor ficou de conversar com o proprietário. Passados 15 dias, Maria Pia ligou para Antônio Pedro para saber notícia do imóvel, mas não conseguiu o contato com o corretor, pois todas as ligações davam ocupadas ou fora de área. Então, como tinha outro telefone na placa, ligou para Paulo Nogueira, que passou as informações complementares e tirou as dúvidas que Maria Pia tinha, mostrou-lhe a documentação, tudo legal, dispensando nova visita ao imóvel, porque já o conhecia. Então, fechou o negócio de compra e venda, assinou contrato e pagou ao proprietário o valor e entrou na posse do imóvel. A comissão de corretagem foi paga a Paulo Nogueira. Antônio Pedro, posteriormente, viu que a placa “vende-se” foi retirada do local e que havia nova moradora no imóvel. Ela lhe contou o ocorrido e Antônio Pedro entende que tem direito à comissão de corretagem. Antônio Pedro está certo? Fundamente sua resposta. 
R: Diante do caso exposto, Antônio Pedro possui direito à comissão de corretagem, mas apenas parcialmente, pelo serviço que prestou na venda do imóvel, sendo o contato inicial na aproximação das partes compradora e vendedor do bem.
QUESTÃO SUBJETIVA 13 – (TRE – RO – FCC – Analista Judiciário – 2013 – Adaptada) Paulo celebrou contrato de seguro de dano com uma determinada seguradora que opera no mercado nacional, envolvendo um veículo de passeio. Alguns meses depois, a esposa de Paulo, Larissa, dirigindo outro veículo da família, segurado com outra seguradora, ao manobrá-lo na garagem da residência onde residem, colide violentamente e culposamente contra o veículo segurado de propriedade de Paulo. Paulo, então, aciona a seguradora de seu veículo após o acidente e recebe o valor da indenização, nos termos previstos em contrato. No que toca à sub-rogação do segurador nos direitos e ações que competirem ao segurado contra o autor do dano, que direitos possui a seguradora do veículo de Paulo? 
R: Como a causadora do sinistro é a esposa do segurado, não terá direito a sub-rogação
QUESTÃO SUBJETIVA 14 – (FGV/2011/OAB 2011.1/Adaptada) Gustavo tornou-se fiador do seu amigo Henrique, em razão de operação de empréstimo bancário que este tomou com o Banco Pechincha. No entanto, Gustavo, apreensivo, descobriu que Henrique está desempregado há algum tempo e que deixou de pagar várias parcelas do referido empréstimo. Sem o consentimento de Gustavo, Henrique e o Banco Pechincha aditaram o contrato original, tendo sido concedida moratória a Henrique. Com base no relato acima e no regime legal do contrato de fiança, que providência poderá ser adotada por Gustavo? Responda Fundamentadamente. 
R: Diante do caso exposto, Se o Banco Pechincha, sem justa causa, demorar a execução iniciada contra Henri que, poderá Gustavo promover-lhe o andamento.
QUESTÃO SUBJETIVA 15 – (FCC - 2017 - TJ-SC - Juiz Substituto - Adaptada) Leia o texto a seguir: “Coviello, em seu magnífico Manuale di Diritto Civile Italiano, é quem explica a matéria com maior clareza. Uma cousa, diz êle, é independer, a obrigatoriedade da lei, do conhecimento dos que lhe estão sujeitos e outra cousa é poder-se invocar o êrro de direito como pressuposto de certos fatos, dos quais a lei faz derivar consequências jurídicas. A primeira não comporta dúvidas; a segunda exige um exame, uma indagação. Quando se admite a possibilidade de se invocar o êrro de direito, tal outro qualquer êrro, como pressuposto de um fato jurídico, isto não significa que se abra exceção à regra da obrigatoriedade das leis mesmo contra quem não as conhece. A única distinção a fazer-se é a relativa ao fim visado por quem alega ignorância ou êrro de direito.” (Vicente Rao. O Direito e a Vida dos Direitos. 1° volume. Tomo I. p. 382. São Paulo, Max Limonad. 1960). Diante desta leitura acima e considerando as normas atinentes à transação, qual a aplicabilidade do texto ao Direito brasileiro? Responda fundamentadamente.
R: Neste caso, aplica-se ao direito brasileiro, porque , embora ninguém se escuse de cumprir a lei alegando que não a conhece , é anulável o negócio jurídico quando o erro de direito for o motivo único ou principal do negócio, e não implique recusa à aplicação da lei, salvo, transação a respeito das questões que forem objeto de controvérsia entre as partes. Art. 849.

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