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Universidade Federal de Rondônia – UNIR Núcleo de Ciências Exatas e da Terra – NCET Departamento de Biologia – DBIO Caderno de Fisiologia Vegetal (Acompanhamento Especial) Disciplina: Fisiologia Vegetal Docente: Jaqueline Martins Vasconcelos Discente: Sophia Alves de Assiz Souza Porto Velho – RO 2021 – Atividade 1 – Mapa conceitual (Cap.1) – Mapa conceitual (Cap.14) – Questionário 1. Descreva o processo de divisão celular vegetal enfatizando o processo de formação da parede celular. As células vegetais possuem algumas particularidades na fase Mitose. Sua divisão é anastral, ou seja, apesar da existência dos centrossomos e sua migração para pólos opostos, não existem centríolos e nem ásteres. Além disso, sua citocinese é centrífuga (As citocininas foram descobertas em uma pesquisa sobre fatores que estimulavam a divisão de células vegetais em combinação com a auxina, outro fitormônio. A molécula indutora da citocinese foi denominada cinetina), ao contrário da centrípeta das células animais, ou seja, ocorre do interior da célula para fora, ao invés do estrangulamento de fora para dentro das células animais. A formação da nova parede celular (incluindo a membrana plasmática) a partir da lamela média, é o resultado da fusão de inúmeras vesículas, oriundas, em grande parte, do complexo de Golgi, na região central da célula, onde existe um arcabouço de microtúbulos denominado fragmoplasto. Essa lamela, então, se expande para a periferia até alcançar a membrana plasmática, dividindo a célula em duas. Posteriormente, microfibrilas de celulose irão se depositar na matriz da lamela, completando, assim, a formação de uma nova parede celular. 2. Em que aspecto as plantas diferem dos animais no que diz respeito à localização da maior parte da atividade de divisão celular? O crescimento vegetal está concentrado em regiões específicas de divisão celular chamadas de meristemas. Quase todas as divisões nucleares (mitose) e as divisões celulares (citocinese) ocorrem nessas regiões meristemáticas. A divisão celular no meristema produz células cuboides. A divisão é seguida por aumento celular progressivo. A diferenciação das células em tecidos especializados segue o alongamento celular. 3. O que é meristema? Os meristemas são tecidos com alta capacidade de divisão formados por células ainda indiferenciadas. As células meristemáticas são pequenas, possuem paredes primárias, citoplasma denso, pequenos vacúolos e núcleo grande. Em razão da capacidade de divisão, são responsáveis pelo crescimento da planta. 4. Diferencie meristema primário de meristema secundário Na planta jovem, os meristemas mais ativos são conhecidos como meristemas apicais, eles estão localizados nos ápices do caule e da raiz. A fase do desenvolvimento vegetal que dá origem aos novos órgãos e à forma básica da planta é denominada crescimento primário, que origina o corpo primário da planta. O crescimento primário resulta da atividade dos meristemas apicais. Os meristemas apicais da raiz e do caule, são primários em origem, porque estão presentes na planta desde o embrião. A atividade desses meristemas forma os tecidos primários e leva ao crescimento em comprimento dos órgãos, formando o corpo primário ou estrutura primária do vegetal. Já os meristemas secundários, quanto a origem, se formam a partir de tecidos primários já diferenciados e produzem os tecidos secundários. Neste sentido, o felogênio e o câmbio vascular são considerados meristemas secundários. Todavia, o câmbio vascular também é um meristema misto. O câmbio, dá origem ao crescimento secundário, que produz um aumento na largura ou no diâmetro das plantas, tendo polaridade radial (de dentro para fora). A camada do câmbio que produz lenho é chamada de câmbio vascular. Esse meristema surge no sistema vascular, entre o xilema e o floema do corpo primário da planta. 5. Quais os tipos de meristema primários e quais tecidos eles originam? Protoderme (meristema que origina a epiderme); Procâmbio (meristema que origina os tecidos vasculares do sistema vascular primário: xilema e floema); Meristema Fundamental (meristema que forma os tecidos primários do sistema fundamental: parênquima, colênquima e esclerênquima). 6. Quais os tipos de células e tecidos que constituem o sistema dérmico, vascular e de preenchimento? Existem três sistemas de tecidos principais presentes em todos os órgãos da planta: sistema dérmico, sistema fundamental e sistema vascular. O tecido dérmico forma a camada de proteção externa da planta e é chamado de epiderme no corpo primário da planta; O sistema vascular, que move, ou transloca, água e solutos por todo o comprimento da planta, é constituído por dois tipos de sistemas: o xilema e o floema, cada um dos quais consistindo em células condutoras, células do parênquima e fibras de paredes espessas. O sistema fundamental ou sistema de preenchimento preenche o volume tridimensional da planta e inclui a medula e o córtex de caules primários, parênquima cortical e periciclo de raízes primárias, e o mesofilo nas folhas. 7. Cite os principais tipos de células e tecidos que constituem os principais órgãos vegetativos das plantas. Tecidos Meristemáticos Tecido Meristemático Primário: (Protoderme; Procâmbio; Meristema fundamenta) Tecido Meristemático Secundário: (Câmbio; Felogênio) Tecidos Adultos Tecidos de Revestimento: – Epiderme (Estômatos; Hidatódios; Tricomas; Pêlos absorventes; Acúleos) – Periderme (Lenticelas; Ritidoma) Tecidos de Preenchimento: – Parênquima de Preenchimento – Parênquima Clorofiliano – Parênquima de Reserva Tecidos de Sustentação: – Colênquima (células vivas, alongadas e ricas em celulose) – Esclerênquima (células mortas, lignificadas e alongadas) Tecidos de Condução: – O xilema (traqueides e os elementos do vaso) – O floema (tubos crivados e as células companheiras) 8. Quais são as principais células de condução do xilema? E do floema? Descreva as características de cada um desses tipos celulares. O xilema, também chamado de lenho, é constituído por células mortas e com parede celular reforçada por lignina. Esse tecido é responsável por conduzir a seiva bruta (água e sais minerais) das raízes até as folhas. Suas principais células são as traqueides e os elementos do vaso. O floema, também chamado de liber, é constituído por células vivas. O floema transporta a seiva elaborada (matéria orgânica) das folhas até o caule e raízes. Suas principais células são os tubos crivados e as células companheiras. 9. Quais as três características das células vegetais que as diferenciam das células animais? As células vegetais e animais possuem várias diferenças e semelhanças em sua estrutura. As células animais não têm parede celular ou cloroplastos, que por sua vez existem nas células vegetais. Seu formato também é diferente pois as células animais são redondas e têm forma irregular, enquanto as células vegetais possuem formas fixas e retangulares. Existem algumas organelas que são diferentes entre as células vegetais e animais, tais como os: Plastos (presentes apenas nas células vegetais), assim como os Glioxissoma (presente apenas nas células vegetais). 10. Descreva a importância e a função das organelas encontradas nas células vegetais. Parede Celular: estrutura composta por um polissacarídeo chamado celulose. Sua função é compor a estrutura da célula, dando resistência as plantas e mantendo a sua forma. Por ser uma estrutura rígida, ela protege e evita a ruptura da célula. Em alguns tecidos, a parede é impregnada de lignina, que funciona como um reforço nas paredes celulares. A lignina é encontrada em paredes de células do esclerênquimae xilema, por exemplo. Vacúolo Central: é uma bolsa que apresenta em seu interior uma solução aquosa constituída por água, sais minerais, além de substâncias úteis como açúcares e proteínas, como substâncias tóxicas, como cafeína, nicotina, tanino, etc. São também, responsáveis pelo controle osmótico e reprodução dos vegetais (armazenam pigmentos que atraem os insetos). É uma organela que pode ocupar a maior parte do volume da célula. Plastos: são organelas que possuem dupla membrana, material genético (DNA) próprio, plasmídeos e ribossomos. São divididos em cromoplastos e leucoplastos. Glioxissomos: Produz ácido glioxílico, que atua auxiliando o processo de germinação de sementes e participa do processo de conversão de lipídios em açúcares. Ribossomos: Assim como os centríolos, não são considerados como organelas por alguns cientistas, tendo em vista que não são envoltos por membrana. Os ribossomos livres no citoplasma sintetizam proteínas para uso interno da célula. Retículo Endoplasmático Rugoso: também chamado de ergastoplasma, é formado por uma série de sacos achatados, com ribossomos aderidos a sua membrana. Sua principal função é a síntese de proteínas, que serão enviadas ao meio extracelular através do Complexo Golgiense. Retículo Endoplasmático Liso: Composto por cisternas membranosas, apresenta mais de uma função: sintetiza lipídios, atua na desintoxicação do organismo (metabolização de álcool, por exemplo) e está relacionada ao transporte de substâncias até o Complexo Golgiense. Complexo Golgiense: é formado por uma série de bolsas membranosas que lembram pratos empilhados e tem diversas funções como: armazenamento, empacotamento e secreção de substâncias recebidas, formação do acrossoma nos espermatozoides e síntese de glicídios. Também forma lisossomos na célula animal e a lamela média na célula vegetal. Peroxissomos: Organelas esféricas responsáveis por metabolizar a água oxigenada (H2O2, também chamado de peróxido de hidrogênio), um dos principais radicais livres. São vesículas repletas de catalase, uma enzima capaz de quebrar H2O2, transformando em H2O + O2. Mitocôndria: A mitocôndria é a usina energética da célula, sendo responsável pela produção do ATP através do processo da respiração celular. Teoriza-se que as mitocôndrias foram seres procariontes que passaram a estabelecer uma relação simbionte com eucariontes. Uma evidência é o fato de o DNA mitocondrial ser circular, muito semelhante ao DNA bacteriano, além dos ribossomos 70s. O nome desta teoria é Teoria Endossimbionte. Membrana plasmática: membrana composta por uma bicamada fosfolipídica que delimita a célula e promove a passagem de algumas substâncias entre o interior e o exterior da célula (permeabilidade seletiva). Carioteca (membrana nuclear): membrana que envolve e protege o material genético (DNA), separando-o do citoplasma. Apresenta poros que permite a passagem de substâncias entre o núcleo e o citoplasma. Nucléolo: região presente no núcleo que está relacionado a produção de ribossomos para a célula. 11. Quais são os vários tipos de plastídios e qual papel cada um tem na célula? Os plastídios são estruturas encontradas somente em células de plantas e de alguns protistas, podendo ser classificados em três tipos: cromoplastos, leucoplastos e cloroplastos. Cromoplastos: contêm como pigmentos os carotenoides, mas não clorofila. Não realizam fotossíntese e são responsáveis pela coloração amarelada, alaranjada e avermelhada de flores, folhas velhas, alguns frutos e raízes. Leucoplastos: são incolores, pois não contêm pigmentos. Alguns armazenam amido (amiloplastos), outros armazenam óleos e proteínas. Cloroplastos: contêm os pigmentos clorofila e carotenoides. Os cloroplastos são organelas importantes que participam do processo de fotossíntese. Existem cloroplastos de diversas formas e em número variável por célula. Os cloroplastos das células de plantas, quando examinados em cortes ao microscópio eletrônico, mostram-se formados por três componentes principais: o envelope, os tilacoides e o estroma. 12. Que relações funcionais e de desenvolvimento existem entre o retículo endoplasmático e os corpos de Golgi na célula vegetal? O envio de membranas e de seus conteúdos para o corpo de Golgi, a partir do RE, ocorre em sítios de saída no retículo endoplasmático (ERESs, de endoplasmic reticulum exit sites) especializados. Esses sítios de saída no RE são determinados pela presença de uma proteína de revestimento denominada COPII. Essa proteína de superfície associa-se aos receptores transmembrana, os quais se ligam à carga específica destinada ao Golgi. Essas regiões da membrana brotam, então, formando vesículas ou túbulos revestidos, os quais perdem seu revestimento de COPII antes da fusão com as membranas-alvo da rede Golgi cis. Usando marcadores fluorescentes para ERESs e Golgi, foi possível demonstrar que os ERESs se movem em consonância com o complexo de Golgi, à medida que este se desloca pela célula. O movimento pelo sistema de endomembranas – do RE para o Golgi, no Golgi da face cis para trans, seguido pelo transporte para a membrana plasmática ou para estruturas pré-vacuolares através de vesículas – é denominado movimento anterógrado (para frente). Esse movimento pelo Golgi ocorre pela maturação de cisterna, em que a cisterna cis matura em cisterna trans. A cisterna trans, então, desprende-se da pilha de cisternas e forma a rede trans do Golgi, onde as vesículas de secreção são produzidas. As cisternas trans desprendidas às vezes estão preenchidas de conteúdo de secreção, mas não são arredondadas. A rede trans do Golgi interage com a membrana reciclada vinda da membrana plasmática. Essa reciclagem de vesículas membranosas – da membrana plasmática para o Golgi, da face trans para a face cis do Golgi e do Golgi para o RE – é denominada movimento retrógrado (para trás). Sem o movimento retrógrado, o complexo de Golgi logo sofreria diminuição de membranas devido à perda pelo movimento anterógrado. As vesículas revestidas de COPI estão envolvidas no movimento retrógrado no Golgi e no movimento do Golgi para o RE. 13. Tanto os plastídios quanto as mitocôndrias são considerados organelas “semiautônomas”. Explique. Organelas semiautônomas, de divisão independente: plastídios e mitocôndrias, atuam no metabolismo energético e de reserva, além de sintetizar uma ampla gama de metabólitos e moléculas estruturais. Ambas as organelas são consideradas semiautônomas, porque contêm ribossomos, RNA e DNA, os quais codificam um número limitado de proteínas mitocondriais. As mitocôndrias vegetais são, portanto, capazes de realizar as várias etapas da síntese proteica e de transmitir suas informações genéticas. 14. Antigamente os vacúolos eram considerados depósitos de produtos de descarte das células vegetais, mas atualmente se sabe que eles desempenham muitos papéis essenciais. Indique alguns desses papéis. Além de sua função na expansão celular, o vacúolo também tem participação como compartimento de reserva de metabólitos secundários envolvidos na defesa vegetal contra herbívoros. Os vacúolos também apresentam função na reciclagem de proteínas, como no caso dos vacúolos líticos, que se acumulam nas folhas em senescência. Os vacúolos que recebem vesículas derivadas do Golgi o fazem por uma via intermediária, um compartimento pré-vacuolar, que também atua como uma organela de separação para as membranas endocitadas da superfície celular. Esse compartimento pré-vacuolar de separação inclui o corpo multivesicular, o qual, em alguns casos, é também um compartimento pós-vacuolar que atua na degradação de vacúolos e suas membranas. 15. Qual a importância da parede celular? A parede celular é crucial para muitos processos essenciais de crescimento, desenvolvimento e funções diárias das plantas: As paredes celulares determinama resistência mecânica das estruturas vegetais, permitindo que as plantas cresçam até grandes alturas. A parede atua como um “exoesqueleto” celular, que controla a sua forma e que possibilita o desenvolvimento de pressões de turgor altas. Sem uma parede celular para resistir às forças geradas pela pressão de turgor, as relações hídricas das plantas seriam muito diferentes. A parede celular atua como uma barreira de difusão, limitando o tamanho e os tipos de moléculas que podem alcançar a membrana plasmática, tanto por efeitos de peneiramento como por interações iônicas e hidrofóbicas. Cargas negativas estáveis nas paredes influenciam profundamente a distribuição de íons e a carga das macromoléculas. As paredes celulares apresentam uma barreira estrutural e química significativa à invasão e à propagação de patógenos e parasitas e à remoção de tecidos por herbívoros. Além disso, oligossacarídeos liberados da parede celular pela ação de enzimas líticas a partir de microrganismos invasores atuam como moléculas sinalizadoras importantes, que induzem respostas de defesa contra patógenos e simbiontes. 16. Diferencie a parede celular primaria da secundária. As paredes primárias são definidas como paredes formadas durante o crescimento celular. Geralmente elas são delgadas e de arquitetura simples, mas algumas paredes primárias podem ser espessas e multiestratificadas, como aquelas encontradas no colênquima ou na epiderme. Já as paredes secundárias são formadas após cessar a expansão da célula. Elas são depositadas entre a membrana plasmática e a parede primária da célula. As paredes secundárias podem ser altamente especializadas em estrutura e composição, refletindo o estado diferenciado da célula. No sistema condutor de água (xilema), fibras, traqueídes e vasos são notáveis por possuírem predes secundárias espessadas, multiestratificadas, que são reforçadas e impermeáveis pela presença da lignina. 17. Como as substâncias atravessam membranas em sentido contrário ao gradiente de concentração? O movimento de substâncias contra um gradiente de potencial químico, ou “montanha acima”, denomina-se transporte ativo. Ele não é espontâneo e requer a realização de trabalho no sistema pela aplicação de energia celular. Uma forma comum (mas não a única) de executar essa tarefa é acoplar o transporte à hidrólise de ATP. Para realizar transporte ativo, um carregador precisa acoplar o transporte energeticamente “montanha acima” de um soluto a outro evento que libere energia, de modo que a mudança global na energia livre seja negativa. O transporte ativo primário é acoplado diretamente a uma fonte de energia diferente do Δμ ~ j, tal como a hidrólise de ATP, uma reação de oxidação- redução, ou a absorção de luz pela proteína carregadora. As proteínas de membrana que realizam o transporte ativo primário são chamadas de bombas. A maioria das bombas transporta íons inorgânicos, tal como H+ ou Ca2+. Entretanto, as bombas que pertencem à família de transportadores do tipo “cassete de ligação de ATP” podem transportar grandes moléculas orgânicas. As bombas iônicas podem ser ainda caracterizadas como eletrogênicas ou eletroneutras. 18. Defina simporte e antiporte Existem dois tipos de transporte ativo secundário: Simporte: As duas substâncias estão se movendo na mesma direção através da membrana. Antiporte: Refere-se ao transporte acoplado no qual o movimento energeticamente montanha abaixo de um soluto impulsiona o transporte ativo de outro soluto na direção oposta. Ou seja, no simporte, ambos os solutos transportados se movem na mesma direção através da membrana, enquanto, no antiporte, os dois solutos movem-se em direções opostas. 19. Descreva a osmose e explique o significado dos termos hipertônico, hipotônico e isotônico Osmose: Movimento de água através de uma membrana seletivamente permeável no sentido da região de potencial hídrico mais negativo, Ψ (concentração da água mais baixa). Se uma célula for colocada em uma solução hipertônica, haverá um fluxo resultante de água para fora da célula, e a célula perderá volume. Uma solução será hipertônica a uma célula se sua concentração de soluto for maior que aquela dentro da célula, e os solutos não puderem atravessar a membrana. Se uma célula for colocada em uma solução hipotônica, haverá um fluxo resultante de água para dentro da célula, e a célula ganhará volume. Se a concentração de soluto fora da célula for menor que aquela dentro da célula, e os solutos não puderem atravessar a membrana, então essa solução será hipotônica à célula. Se uma célula for colocada em uma solução isotônica, não haverá fluxo resultante de água para dentro nem para fora da célula, e o volume da célula permanecerá estável. Se a concentração de soluto fora da célula for igual àquela dentro da célula, e os solutos não puderem atravessar a membrana, então essa solução será isotônica à célula. 20. Diferencie transporte ativo e passivo O transporte ativo proporciona gasto de energia, uma vez que vai contra o gradiente de concentração. Diferentemente do transporte passivo, a movimentação não é espontânea, sendo necessária energia para ativar o ciclo. Já o transporte passivo não envolve gasto de energia, pois ocorre a favor do gradiente de concentração. Assim, ele coordena substâncias, direcionando-as de um meio de maior concentração para um de menor concentração. 21. O que são e quais os processos passivos do transporte de membrana? O transporte passivo pode ser dividido em três diferentes tipos: Difusão Simples: As proteínas de transporte precisam ser lipossolúveis. Assim, devem apresentar afinidade aos fosfolipídeos, para que consigam atravessar a bicamada. Difusão Facilitada: Ocorre por meio das proteínas denominadas permeases. Elas se ligam a substâncias sem afinidade com os fosfolipídeos. Ao ligarem-se, a difusão é facilitada a favor do gradiente de concentração. Osmose: Ocorre quando há a movimentação da água. A osmose ocorre entre dois meios aquosos, onde uma membrana semipermeável os dividirá. A água irá do meio menos concentrado para o mais concentrado, até que haja equilíbrio. 22. O que são proteínas de transporte e qual a sua importância para as células? Proteínas de transporte Proteína de Canal: Apresenta um canal aquosos ao longo de toda a sua molécula transmembrana, que permite o livre movimento de determinados íons ou moléculas (difusão). Proteínas carreadoras: Fixam-se às substâncias que vão ser transportadas e sofrem alterações em sua forma, transportando as substâncias através da membrana (transporte ativo). 23. Por que as moléculas de água precisam de proteínas de transporte para se moverem mais rapidamente e em grandes quantidades através da membrana? Todas as células são envolvidas por uma membrana que representa seu limite, separando o citoplasma do ambiente externo. Essa membrana plasmática permite que a célula absorva e mantenha certas substâncias, excluindo outras. Várias proteínas de transporte, incorporadas na membrana plasmática, são responsáveis por esse tráfego seletivo de solutos – íons hidrossolúveis e pequenas moléculas não carregadas – através da membrana. A acumulação de íons ou moléculas no citosol, pela ação das proteínas transportadoras, consome energia metabólica. Em células eucarióticas, as membranas compartimentalizam o material genético, estabelecem os limites de outras organelas especializadas da célula e regulam os fluxos de íons e metabólitos para dentro e para fora desses compartimentos. 24. Qual é a estrutura de uma membrana biológica? De acordo com o modelo do mosaico fluido, todas as membranas biológicas apresentam a mesma organização molecular básica. Elas consistem em uma dupla camada (bicamada) de lipídeos na qual as proteínas estão embebidas. Cada camada é chamada de face da bicamada. Asproteínas são responsáveis por quase metade da massa da maioria das membranas. No entanto, a constituição dos componentes lipídicos e as propriedades das proteínas variam de membrana para membrana, conferindo características funcionais específicas a cada uma.
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