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AÇÃO CIVIL PÚBLICA QUESTÕES COMENTADAS PARTE 2

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QUESTÕES DE ACP COMENTADAS
1) Procurador do Município de Maceió / 2012 / / /
Enunciado da questão:
No que pertine ao manejo da Ação Civil Pública e da Ação Popular, assinale a opção correta.
a) Em razão do foro por prerrogativa de função, as ações civis públicas por ato de improbidade administrativa ajuizadas contra ex-prefeitos serão propostas perante os Tribunais de Justiça dos Estados.
b) Na hipótese de restar inviabilizada a retrocessão, em virtude da inexistência de prova da tredestinação ilícita do bem incorporado ao patrimônio público, abre-se a possibilidade de ajuizamento de ação civil pública ou ação popular para dar à área a exata destinação que, originalmente, justificou sua incorporação ao patrimônio público.
c) Em matéria de ação civil pública por ato de improbidade administrativa praticado por ex-prefeito, impõe-se o litisconsórcio necessário entre o Município e o ex-prefeito.
d) Cabe a impetração de mandado de segurança enquanto sucedâneo da ação popular.
e) Os Estados, os Municípios e o Distrito Federal gozam de legitimidade ativa no que diz respeito à Ação Popular.
Gabarito: B
Enunciado: No que pertine ao manejo da Ação Civil Pública e da Ação Popular, assinale a opção correta.
a)  Em razão do foro por prerrogativa de função, as ações civis públicas por ato de improbidade administrativa ajuizadas contra ex-prefeitos serão propostas perante os Tribunais de Justiça dos Estados.
Incorreta. Não há foro de prerrogativa de função. A ação de improbidade possui natureza civil. Nesse sentido, citamos a notícia extraída do site do STF: 
 
Segundo Barroso, os agentes políticos, com exceção do presidente da República, encontram-se sujeitos a um duplo regime sancionatório, e se submetem tanto à responsabilização civil pelos atos de improbidade administrativa quanto à responsabilização político-administrativa por crimes de responsabilidade. “Não há qualquer impedimento à concorrência de esferas de responsabilização distintas”, disse. Para o ministro, a tentativa de imunizar os agentes políticos das sanções da ação de improbidade administrativa a pretexto de que essas seriam de absorvidas pelo crime de responsabilidade não tem fundamento constitucional.
A respeito da extensão do foro por prerrogativa de função em relação às infrações penais comuns às ações de improbidade administrativa, o ministro esclareceu que a suposta gravidade das sanções para estes atos, previstas no artigo 37, parágrafo 4º, da Constituição Federal, “não reveste a ação de improbidade administrativa de natureza penal”. A fixação de competência da Justiça de primeiro grau para julgar ação de improbidade, ressaltou Barroso, “além de constituir fórmula republicana, é atenta às capacidades institucionais dos diferentes graus de jurisdição para a instrução processual”.
Por fim, o ministro destacou que o agente público não merece privilégio no tratamento, mas proteção institucional, e sugeriu ao Legislativo a criação de um foro centralizado para julgar as ações de improbidade administrativa. “O exercício da função pública para as pessoas corretas e decentes passa a ser um projeto de risco, porque a pessoa deixa o cargo e passa anos defendendo a demanda”.
 
b)  Na hipótese de restar inviabilizada a retrocessão, em virtude da inexistência de prova da tredestinação ilícita do bem incorporado ao patrimônio público, abre-se a possibilidade de ajuizamento de ação civil pública ou ação popular para dar à área a exata destinação que, originalmente, justificou sua incorporação ao patrimônio público.
Correto. Esse é o entendimento da jurisprudência. Vejamos: 
 
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. RETROCESSÃO. CUBATÃO-SP.
DESAPROPRIAÇÃO PARA RETIRADA DE FAMÍLIAS DE ÁREA DE ALTÍSSIMA POLUIÇÃO AMBIENTAL E RISCO COMPROVADO À SAÚDE. PARQUE ECOLÓGICO (UNIDADE DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAL) NÃO IMPLEMENTADO. TREDESTINAÇÃO ILÍCITA. NÃO-OCORRÊNCIA. REEXAME. SÚMULA 7/STJ. POSSIBILIDADE, EM TESE, DE AJUIZAMENTO DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA OU AÇÃO POPULAR PARA FAZER VALER A EXATA DESTINAÇÃO ORIGINAL DO IMÓVEL.
1. Hipótese em que o Município de Cubatão desapropriou imóvel localizado em área imprópria para habitação, por conta do elevado índice de emissão de poluentes na região, que traziam graves implicações à saúde da população, incluindo nascimento de crianças portadoras de má-formação e alterações genéticas.
2. O ato expropriatório previa a criação de "Parque Ecológico", mas o Município, apesar de manter o domínio do imóvel, cedeu seu uso para implantação de centro de pesquisas, parque industrial e terminal de cargas.
3. A retrocessão (pretendida pelos recorrentes) é o direito de o particular exigir a devolução de seu imóvel expropriado. Essa pretensão somente é válida em caso de tredestinação ilícita, quando o expropriante deixa de dar ao bem destinação que atenda, genericamente, ao interesse público.
4. O fato de atribuir ao imóvel finalidade não prevista no momento da desapropriação não configura, necessariamente, tredestinação ilícita.
5. Caso a área seja destinada a outro fim que atenda ao interesse público, ocorre simples tredestinação lícita, não surgindo o direito à retrocessão. Precedentes do STJ.
6. O Tribunal de origem, soberano na análise do substrato fático, reconheceu que o destino dado à área atendeu, ainda que indiretamente, ao objetivo essencial da desapropriação: a retirada das famílias da área de risco.
7. Rever o pressuposto do desvio de finalidade exigiria, na presente demanda, reexame fático-probatório, vedado nos termos da Súmula 7/STJ.
8. Ainda que houvesse tredestinação ilícita (não verificada no caso em análise), seria inviável a retrocessão, por conta da incorporação do imóvel ao patrimônio público, resolvendo-se tudo em perdas e danos (desde que comprovados), nos termos do art. 35 do DL 3.365/1941.
9. Não obstante se negue aos recorrentes o direito de reaver o bem ou receber perdas e danos (litígio em que se enfrentam a municipalidade e particulares, ex-proprietários do imóvel), cabe consignar que, em outro plano (Administração municipal versus coletividade), a suposta implantação de novas atividades poluidoras na área expropriada configura, em tese, inaceitável incentivo municipal à degradação ambiental, precisamente o fato que deu ensejo à desapropriação. Conseqüentemente, nada impede que qualquer legitimado possa ingressar com Ação Civil Pública ou Ação Popular para obrigar a Administração a dar à área a exata destinação ambiental que, originariamente, justificou sua incorporação ao patrimônio público.
10. Considerando-se as péssimas condições ambientais da região, afetada por intenso e desordenado processo industrial por mais de meio século, caracteriza, novamente em tese, grave violação da boa-fé objetiva e da moralidade administrativa deixar de implantar Unidade de Conservação, que serviria não só para salvaguardar os moradores-vítimas da zona contaminada, como também as gerações futuras, as quais, espera-se, não sejam submetidas ao sofrimento coletivo imposto aos seus antepassados.
11. Assim, o reconhecimento da impossibilidade de retrocessão não afasta o dever de o Município dar ao imóvel público destinação ambientalmente sustentável.
12. Recurso Especial não provido.
(REsp 853.713/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/08/2009, DJe 27/04/2011)
 
 
c)  Em matéria de ação civil pública por ato de improbidade administrativa praticado por ex-prefeito, impõe-se o litisconsórcio necessário entre o Município e o ex-prefeito.
Incorreto. Não há que se falar em litisconsórcio necessário,segundo a jurisprudência. 
 
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. OMISSÃO INEXISTENTE. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANO AMBIENTAL. LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO. DESNECESSÁRIO. PRECEDENTES. ALIENAÇÃO POSTERIOR A PROPOSITURA DA AÇÃO. 1. Inexiste violação do art. 535 do CPC quando a prestação jurisdicional é dada na medida da pretensão deduzida, com enfrentamento e resolução das questões abordadas no recurso. 2. Firme a jurisprudência do STJ no sentido de que, na ação civil pública por dano causado ao meio ambiente, mesmo quando presentea responsabilidade solidária, não se faz necessária a formação de litisconsórcio. Precedentes. 3. A alienação promovida em momento posterior à propositura da Ação Civil Pública pela empreendedora não tem o condão de alterar os efeitos subjetivos da coisa julgada, conforme disposto no art. 42, § 3º, do CPC, pois é dever do adquirente revestir-se das cautelas necessárias quanto às demandas existente sobre o bem litigioso. Recursos especiais providos. (REsp º 1.358.112 - SC)
 
 
d)  Cabe a impetração de mandado de segurança enquanto sucedâneo da ação popular.
Incorreto. Não se admite o mandado de segurança como substituto da ação popular, na forma da súmula 101 do STF. 
 
Súmula 101 STF
O mandado de segurança não substitui a ação popular.
e)  Os Estados, os Municípios e o Distrito Federal gozam de legitimidade ativa no que diz respeito à Ação Popular.
Incorreto. Ação popular tem como legitimados os CIDADÃOS, ou seja, pessoas com capacidade eleitoral ativa. As bancas também gostam de colocar o MP como legitimado para confundir os candidatos. Fiquem atentos para não cair nessa pegadinha. 
Gabarito: B
2) Procurador (Pref P das Missões) / 2019 / / /
Enunciado da questão:
Em uma ação civil pública interposta em relação ao Município de Palmeira das Missões, o julgador de primeiro grau admitiu o ingresso no processo, na condição de amicus curie, de determinada autarquia federal. Nesse caso, é correto afirmar que:
a) A decisão em questão poderá ser atacada por recurso de agravo de instrumento.
b) A decisão em questão é irrecorrível.
c) A decisão em questão poderá ser atacada por recurso de agravo interno.
d) A decisão em questão poderá ser atacada por agravo retido.
e) A admissão da autarquia federal como amicus curie acarretará a mudança de competência para a justiça federal.
Notem que essa questão exigiu basicamente o conhecimento do art. 138 do CPC/2015.
 
O gabarito é a letra B.
 
Vejamos com atenção o dispositivo mencionado. 
 
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
§ 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3º.
§ 2º Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae .
§ 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.
 
Dessa forma,  percebe-se que as alternativas a, b e c estão erradas pelo fato de não ser possível a interposição de recursos, ressalvada a interposição de embargos de declaração, bem como recurso da decisão que julgar o IRDR. Ademais, a alternativa e está errada, pois o §1 desse dispositivo legal veda a alteração de competência. 
 
Portanto, o gabarito é letra B.
3) Promotor de Justiça (MPE GO) / 2019 / / / 60º Prova Anulada
Enunciado da questão:
Acerca da legitimidade ativa do Ministério Público para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, bem como do posicionamento dominante no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (ST J) acerca do tema, assinale a alternativa correta:
a) O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, salvo quando decorrentes da prestação de serviço público.
b) O Ministério Público não possui legitimidade ativa para postular em JUIZO a defesa de direitos transindividuais de consumidores que celebram contratos de compra e venda de imóveis com cláusulas pretensamente abusivas.
c) O Ministério Público não possui legitimidade para, no âmbito de ação civil pública em que se discute a execução de parcelamento de solo urbano com alienação de lotes sem aprovação de órgãos públicos competentes, formular pedido de indenização em prol daqueles que adquiriram os lotes irregulares.
d) O Ministério Público possui legitimidade para figurar no polo ativo de ação civil pública destinada à defesa de direitos individuais homogêneos de natureza previdenciária.
Enunciado: Acerca da legitimidade ativa do Ministério Público para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, bem como do posicionamento dominante no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (ST J) acerca do tema, assinale a alternativa correta:
 
a)  O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, salvo quando decorrentes da prestação de serviço público.
b)  O Ministério Público não possui legitimidade ativa para postular em JUIZO a defesa de direitos transindividuais de consumidores que celebram contratos de compra e venda de imóveis com cláusulas pretensamente abusivas.
c)  O Ministério Público não possui legitimidade para, no âmbito de ação civil pública em que se discute a execução de parcelamento de solo urbano com alienação de lotes sem aprovação de órgãos públicos competentes, formular pedido de indenização em prol daqueles que adquiriram os lotes irregulares.
d)  O Ministério Público possui legitimidade para figurar no polo ativo de ação civil pública destinada à defesa de direitos individuais homogêneos de natureza previdenciária.
 
Essa questão exigiu basicamente o conhecimento do candidato em relação à Súmula 601 do STJ. Vejamos: 
 
Súmula 601-STJ: O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de serviço público.
 
Citamos, agora, as conclusões que Márcio Cavalcante citou em seu site sobre esse tema: 
 
Quatro conclusões importantes:
1) Se o direito for difuso ou coletivo (stricto sensu), o MP sempre terá legitimidade para propor ACP (há posições em sentido contrário, mas é o que prevalece).
2) Se o direito individual homogêneo for indisponível (ex: saúde de um menor carente), o MP sempre terá legitimidade para propor ACP.
3) Se o direito individual homogêneo for disponível, o MP pode agir desde que haja relevância social.
Ex1: defesa dos interesses de mutuários do Sistema Financeiro de Habitação.
Ex2: defesa de trabalhadores rurais na busca de seus direitos previdenciários.
4) O Ministério Público possui legitimidade para a defesa de direito individual indisponível mesmo quando a ação vise à tutela de pessoa individualmente considerada (tutela do direito indisponível relativo a uma única pessoa).
Ex: MP ajuíza ACP para que o Estado forneça uma prótese auditiva a um menor carente portador de deficiência.
Assim, o MP sempre terá legitimidade quando os direitos envolvidos:
• revestirem-se de interesse social; ou
• caracterizarem-se como individuais indisponíveis.
 
 
Portanto, gabarito é D. 
4) Promotor de Justiça (MPE GO) / 2019 / / / 60º Prova Anulada
Enunciado da questão:
Acerca da legitimidade e do litisconsórcio no âmbito da ação civil pública, assinale a alternativa incorreta:
a) Em se tratando da defesa dos interesses ou direitos individuais homogêneos, o próprio Código de Defesa do Consumidor admite expressamente o litisconsórcio ulterior dos individuos lesados (interessados).
b) Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida a Lei n. 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública).
c) Em se tratando da defesa dos interesses ou direitos coletivos em sentido estrito (art. 81, 11, do CDC), somente os legalmente legitimados à propositura da ação civil pública e os cidadãos podem nela figurar como litisconsortes ativos.
d) Em caso de desistência infundada ou abandono da açãopor associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.
Enunciado: Acerca da legitimidade e do litisconsórcio no âmbito da ação civil pública, assinale a alternativa incorreta:
a)  Em se tratando da defesa dos interesses ou direitos individuais homogêneos, o próprio Código de Defesa do Consumidor admite expressamente o litisconsórcio ulterior dos individuos lesados (interessados).
Correta. Tal ponto encontra previsão no art. 94 do CDC. 
Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor.
b)  Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida a Lei n. 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública).
Correto. Trata-se do disposto no art. 5, §5 da Lei 7.347/85. 
 
§ 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei.  
c)  Em se tratando da defesa dos interesses ou direitos coletivos em sentido estrito (art. 81, 11, do CDC), somente os legalmente legitimados à propositura da ação civil pública e os cidadãos podem nela figurar como litisconsortes ativos.
Incorreto. Há mais legitimados previstos no art. 82 do CDC. Vejamos: 
 
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente:             (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
        I - o Ministério Público,
        II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
        III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica,      especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código;
        IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear.
d)  Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.
Correta. Trata-se do disposto no art. 112 do CDC. 
 
Art. 112. O § 3° do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, passa a ter a seguinte redação: "§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa".
 
Gabarito: C

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