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Visão panorâmica sobre a estrutura, as funções 
 e a evolução das células- aula 2 
Teorias de origem e evolução das células- parte 2: Fatos importantes 
 
Vivian Costa Morais de Assis 
Citologia 
 
 Fatos importantes 
 
Nessa época em que a origem da vida era tópico de grandes discussões, surgiram alguns questionamentos em 
relação ao surgimento das moléculas também. Por exemplo, em relação ao RNA e ao DNA, quem havia surgido 
primeiro? Diversos estudos começaram a ser feitos para se responder a essa questão, sendo que em 1960, os 
pesquisadores Orgel, Crick e Woese, propuseram que o RNA precedeu o DNA, baseando-se sobretudo na tripla 
função dessa molécula. E ,em 1986, foi cunhado, pelo pesquisador chamado Gilbert, o termo “Mundo do RNA”, em 
que foi gerada à ideia de que o RNA antecedeu o DNA nos primórdios da vida terrestre, sendo que as principais 
evidências disso são: 
• As propriedades catalíticas do RNA 
• Sua grande flexibilidade 
• Taxas maiores de mutação. 
Hipóteses complementares acreditam que o DNA surgiu, na verdade, de uma polimerização de nucleotídeos em uma 
molécula de RNA. 
 
E a expressão de genes do DNA e sua relação com as proteínas? Como ocorre esse processo? Essa talvez é uma das 
maiores discussões já tomadas na ciência, a qual é tida como um dogma, chamado Dogma Central da Biologia 
Celular, que visa estudar esse fluxo de informações, desde o gene até a proteína. Diversos estudos já acreditaram 
que esse fluxo ocorria em diversos sentidos, com o RNA tendo função de auto replicação e capacidade de gerar DNA, 
por exemplo. Hoje, com a evolução de todos os estudos, sabe-se que o fluxo é mais entendido como: DNA 
(replicação + transcrição)-> RNA (tradução)-> proteína. 
 
E em relação a tais processos evolutivos, como podemos ver isso macroscopicamente? Há um tipo de fóssil, ainda 
encontrado na atualidade, chamado estromatólito, que é muito estudado para se avaliar a evolução dos seres. Ele é 
composto por bactérias fotossintetizantes, chamadas cianofíceas, as quais passam a aglomerar lama, e, com o 
tempo, ajudam a formar estruturas rochosas estratificadas. Há também os microfósseis, porém, microscópicos, que 
também são estudados sob a ótica da evolução. Essas estruturas levam a pensar que o surgimento da Terra pode ser 
se dado há cerca de 3,5 milhões de anos. 
 
E o surgimento da célula eucariota, e de algumas organelas, como a mitocôndria e o cloroplasto, como se deu? 
Acredita-se que as células eucariotas tiveram sua origem relacionada a invaginação de seres procariotos, sendo a 
grande evidência disso a extensa semelhança entre a membrana plasmática das células eucariotas com a membrana 
das organelas que estão presentes nessa célula. E tais membranas são muito parecidas com a estrutura de 
revestimento das bactérias, sobretudo pela presença dos fosfolipídios e proteínas de membrana. Outra ideia para o 
surgimento de células eucariotas, é a de que para as organelas surgirem, houve uma sucessão de invaginações de 
membrana, a qual foi se desprendendo e formando as organelas, à medida em que enzimas digestivas obtinham 
contato com a superfície externa dessas células. Assim, foram formadas vesículas membranosas, chamadas 
organelas. 
 
Em relação às organelas mitocôndria e cloroplasto, acredita-se que as duas se originaram do processo de 
Endossimbiose, que é caracterizado por englobamento de bactérias, por endocitose, em células eucariotas. Essa 
 
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teoria foi cunhada pela pesquisadora Lynn Margulis, em 1981. O que provavelmente contribuiu para esse processo 
foi o fato de as bactérias forneciam energia para a célula, enquanto que a célula ‘retribuia’ dando nutrientes para a 
bactéria. Essa situação, bem vantajosa para ambas, acredita-se que tenha possibilitado a permanência das bactérias 
nas células, as quais, com o tempo, foram sendo modificadas, e se transformaram nas mitocôndrias. E quais 
características comprovam essa ideia: 
• Presença de DNA circular nas mitocôndrias, o que é semelhante em bactérias; 
• Presença de dupla membrana nas mitocôndrias, o que é semelhante em bactérias; 
• Semelhança entre os ribossomos das mitocôndrias e das bactérias, sendo em ambas, o ribossomo do tipo 
70S; 
• Antibióticos eritromicina, tetraciclina e cloranfenicol inibem síntese proteica bacteriana e síntese proteica 
mitocondrial. 
Já o cloroplasto, pensa-se que teve sua origem com o englobamento de uma bactéria fotossintética, como 
cianofícea, por uma célula eucariota. 
 
E a divisão dos seres vivos em grupos de seres? Como ocorreu, segundo esse olhar da evolução? Uma das vertentes 
foi a análise do RNA ribossômico dos seres vivos, uma vez que esse RNA, por estar presente em todos os seres, é tido 
como ‘relógio molecular’. Em seres procariontes, há 3 tipos de RNAr: 5S, 16S, 23S. Em seres eucariontes, o 16S é 
chamado de 18S. É o RNAr do tipo 16S que é o centro dos estudos evolutivos. Segundo o autor Daminelli: “A 
comparação do RNAr 16s entre dois grupos que se originaram de um mesmo ramo evolutivo permite avaliar quantas 
mudanças ocorreram desde a separação. “ . Logo, percebe-se a importância dessa molécula para tais estudos. Um 
exemplo disso é a divisão dos domínios de seres vivos em: Bactéria, Archaea e Eukarya. Tanto Bacteria, quanto 
Archaea são bactérias, porém, possuem diferenças, como Archaea não possuir parede celular com peptidoglicano, o 
que aproximou esses seres dos seres envolvidos no grupo Eukarya. 
 
 Referências 
 
DAMINELI , Augusto; DAMINELI , Daniel Santa Cruz. ORIGENS DA VIDA: Estudos avançados 21. In: ORIGENS 
DA VIDA. [S. l.: s. n.], 2007. 
 
DA SILVA, Marcelo Santos; NISHIDA, Silvia Mitiko. Vida primitiva: como teriam surgido os primeiros 
organismos vivos?. Ibb/unesp, São Paulo, 5 jun. 2010. 
 
DE CARVALHO, Eduardo Crevelário. A controvérsia sobre a geração espontânea entre Needham e 
Spallanzani: implicações para o ensino de biologia. São Paulo: [s. n.], 2013. 138 p. 
 
DE OLIVEIRA, Mariana Cabral; MARTINS MENCK, Carlos Frederico. O mundo de RNA e a origem da 
complexidade da vida. Biologia Molecular e Evolução S.R. Matioli, [S. l.], p. 15-26, 10 ago. 2002. 
 
JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa; CARNEIRO, José. Biologia celular e molecular. 9. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017. 364 p. ISBN 9788527720786. 
 
TIRARD, STÉPHANE. J. B. S. Haldane and the origin of life. Journal of Genetics, Indian Academy of Sciences, 
p. 1-5, 24 nov. 2017. DOI DOI 10.1007/s12041-017-0831-6. Disponível em: 
https://www.ias.ac.in/public/Volumes/jgen/096/05/0735-0739.pdf. Acesso em: 12 maio 2020.

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