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Estatuto da Criança e do Adolescente - RESUMO PARA ESTUDO.

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IMPORTANTE 
 
• Tenha em mente que isto é um resumo para estudo. Você pode ter acesso ao 
Estatuto da Criança e do Adolescente – lei nº 8.069/1990 na íntegra no site: 
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/534718/eca_1ed.pdf 
• Ao estudar qualquer lei para concursos, atente sempre para prazos, ressalvas 
e exceções. 
• As palavras grifadas (sublinhado, negrito) ou maiúsculas no meio do texto, 
sugerem atenção, pois podem ser substituídas, alteradas ou até removidas em 
questões para confundir você. 
• Você não precisa necessariamente decorar a Lei, se você conseguir entendê-
la, na hora da prova fica mais fácil saber se a questão está certa ou errada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Liara Mazeto – Bacharel em Ciências Biológicas - Universidade de Passo Fundo (UPF); Pedagoga – 
Faculdade Anhanguera; Especialista em Análises Clínicas (UPF); Pós graduanda em 
Neuroaprendizagem (UNICESUMAR). 
 
 
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/534718/eca_1ed.pdf
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – Lei nº 8.069/1990 
 
TÍTULO I – Das Disposições Preliminares 
• Para que se possa entender o texto desta lei é preciso entender que ela 
dispõe sobre a PROTEÇÃO INTEGRAL da criança e do adolescente. 
Qualquer questão que em alguma das alternativas estiver ferindo essa 
proteção, o trazendo ela como parcial, está errada. 
• Criança: até os 12 anos de idade. 
• Adolescente: entre 12 e 18 anos de idade. 
 
 
 
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes 
à pessoa humana, sem prejuízo da PROTEÇÃO INTEGRAL de que trata esta Lei. 
 
 
 Lembre-se que ela é prioridade nesta lei! 
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e 
adolescentes, sem nenhum tipo de discriminação. 
 De quem é o dever de assegurar a efetivação dos direitos referentes à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à 
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária 
(ou seja, os direitos referentes a TUDO que a criança e o adolescente precisam)? 
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público, não 
se pode excluir nenhuma destas esferas. 
TUDO é dever de TODOS 
 
TÍTULO II – Dos Direitos Fundamentais 
CAPÍTULO I – Do Direito à Vida e à Saúde 
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a 
efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o 
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. 
Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de 
saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, 
atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, 
perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde. 
Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da 
criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o 
Nos casos expressos em 
lei, aplica-se 
excepcionalmente este 
Estatuto às pessoas entre 
dezoito e vinte e um anos 
de idade. 
princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e 
recuperação da saúde. 
 
 
 
 
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades 
neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar 
condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos 
casos de internação de criança ou adolescente. 
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel 
ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente 
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras 
providências legais. 
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e 
odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a 
população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e 
alunos. 
 
CAPÍTULO II – Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade 
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à LIBERDADE, AO RESPEITO E À 
DIGNIDADE como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como 
sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. 
Art. 16. O direito à LIBERDADE compreende os seguintes aspectos: 
I – ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as 
restrições legais; 
II – opinião e expressão; 
III – crença e culto religioso; 
IV – brincar, praticar esportes e divertir-se; 
V – participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; 
VI – participar da vida política, na forma da lei; 
VII – buscar refúgio, auxílio e orientação. 
Art. 17. O direito ao RESPEITO consiste na inviolabilidade da integridade física, 
psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, 
da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos 
pessoais. 
Equidade pode ser definida como uma justiça natural; 
disposição para reconhecer imparcialmente ao direito de 
cada um. Em resumo, significa reconhecer que todos 
precisam de atenção, mas não necessariamente dos 
mesmos atendimentos. (Fonte: Dicionário Michaelis) 
Art. 18. É dever de todos velar pela DIGNIDADE da criança e do adolescente, pondo-
os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou 
constrangedor. 
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o 
uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, 
disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da 
família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas 
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, 
educá-los ou protegê-los. 
 
 
 
 
 
Art. 18-B. Qualquer pessoa que utilizar castigo físico ou tratamento cruel ou 
degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto 
estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas 
que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: 
I – encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; 
II – encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; 
III – encaminhamento a cursos ou programas de orientação; IV – obrigação de 
encaminhar a criança a tratamento especializado; 
V – advertência. 
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho 
Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. 
 
CAPÍTULO III – Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária 
SEÇÃO I – Disposições Gerais 
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua 
família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar 
e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. 
§ 1o Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento 
familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) 
meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado 
Castigo físico: 
ação de natureza 
disciplinar ou 
punitiva aplicada 
com o uso da 
força física sobre 
a criança ou o 
adolescente.
Ação essa que 
resulta em: 
Sofrimento físico 
ou lesão.
Tratamento cruel 
ou degradante: 
conduta ou 
forma cruel de 
tratamento em 
relação a uma 
criançaou ao 
adolescente
Conduta essa 
que humilhe, 
ameace 
gravemente ou 
os ridicularize. 
Trocando em miúdos: Absolutamente ninguém pode usar destes métodos, e sob nenhum 
pretexto. 
por equipe inter profissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela 
possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em 
quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei. 
§ 2o A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento 
institucional NÃO se prolongará POR MAIS DE 2 (DOIS) ANOS, salvo comprovada 
necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela 
autoridade judiciária. 
§ 3o A manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá 
preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que esta será incluída 
em serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos termos do § 1º do 
art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 
desta Lei. § 4o Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe 
ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo 
responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade 
responsável, independentemente de autorização judicial. 
Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os 
mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias 
relativas à filiação. 
 
 
 
 
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para 
a perda ou a suspensão do poder familiar. 
§ 1º Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a 
criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá 
obrigatoriamente ser incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio e 
promoção. 
§ 2º A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder 
familiar, exceto na hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à pena de 
reclusão, contra o próprio filho ou filha. 
Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente, em 
procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na 
hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o 
art. 22. 
 
SEÇÃO II – Da Família Natural 
 Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer 
deles e seus descendentes. (pais+filhos) 
Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm direitos iguais e deveres 
e responsabilidades compartilhados no cuidado e na educação da criança, 
devendo ser resguardado o direito de transmissão familiar de suas crenças e 
culturas, assegurados os direitos da criança estabelecidos nesta Lei. 
 
Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende 
para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes 
próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de 
afinidade e afetividade. 
 
 
Se a questão trouxer qualquer outra pessoa como responsável pela criança, que não 
seja os pais (a mãe, o pai, ou ambos), já não é família natural. 
 
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito 
personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser 
exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, 
observado o segredo de Justiça. 
 
SEÇÃO III – Da Família Substituta 
SUBSEÇÃO I – Disposições Gerais 
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, 
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos 
desta Lei. 
§ 1º Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por 
equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de 
compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente 
considerada. 
§ 2º Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu 
consentimento, colhido em audiência. 
§ 3º Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação 
de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências 
decorrentes da medida. 
§ 4º Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma 
família substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra 
situação que justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa, 
procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos vínculos 
fraternais. 
§ 5º A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de 
sua preparação gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipe 
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente 
com o apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de 
garantia do direito à convivência familiar. Lei n 21 o 8.069/1990. 
Personalíssimo: 
Extremamente 
pessoal; 
pessoalíssimo. 
 
§ 6º Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente de 
comunidade remanescente de quilombo, é ainda obrigatório: 
I – que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus 
costumes e tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam 
incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela 
Constituição Federal; 
II – que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou 
junto a membros da mesma etnia; 
III – a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal 
responsável pela política indigenista, no caso de crianças e 
adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe 
interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso. 
 
Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, 
somente admissível na modalidade de adoção. 
 
SUBSEÇÃO II – Da Guarda 
Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à 
criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, 
inclusive aos pais. 
§ 1º A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento familiar terá 
preferência a seu acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o caráter 
temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei. 
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo a pessoa ou casal cadastrado no programa de 
acolhimento familiar poderá receber a criança ou adolescente mediante guarda, 
observado o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei. 
§ 3º A União apoiará a implementação de serviços de acolhimento em família 
acolhedora como política pública, os quais deverão dispor de equipe que organize o 
acolhimento temporário de crianças e de adolescentes em residências de famílias 
selecionadas, capacitadas e acompanhadas que NÃO estejam no cadastro de 
adoção. 
§ 4º Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, distritais e municipais para a 
manutenção dos serviços de acolhimento em família acolhedora, facultando-se o 
repasse de recursos para a própria família acolhedora. 
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial 
fundamentado, ouvido o Ministério Público. 
 
SUBSEÇÃO III – Da Tutela 
Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) 
anos incompletos. 
Oitiva: Em Direito 
Processual, 
refere-se ao ato 
de ouvir as 
testemunhas ou 
as partes de um 
processo judicial. 
Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou 
suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda. 
 
Diferença entre guarda e tutela: 
Guarda: objetiva regularizar a convivência de fato, atribuindo ao guardião vínculo e representação 
jurídica em relação ao menor, obrigando o guardião a promover a assistênciamoral, material e 
educacional, permitindo-lhe se opor a terceiros, inclusive aos pais. A guarda não destitui o poder 
familiar dos pais biológicos, mas limita o exercício deste poder que é transferido ao guardião. 
Tutela: forma de inserir o menor em uma família substituta. Pressupõe, ao contrário da guarda, a 
prévia destituição ou suspensão do poder familiar dos pais (família natural). Tem por objetivo 
suprir a ausência de representação legal, assumindo o tutor tal obrigação na ausência dos genitores. 
Fonte: https://saberalei.jusbrasil.com.br 
 
Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o disposto no art. 24. 
 
SUBSEÇÃO IV – Da Adoção 
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta 
Lei. 
§ 1º A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas 
quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família 
natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei. 
§ 2º É vedada a adoção por procuração. 
Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, 
salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes. 
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e 
deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e 
parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. 
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos 
de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos 
parentes. 
§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante, 
seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau, observada a ordem de 
vocação hereditária. 
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente de 
estado civil. 
Trocando em miúdos: Se a sua mãe se casar com outra pessoa, e esta outra pessoa te 
adotar, você seguirá com o vínculo com a tua mãe e parentes. 
https://saberalei.jusbrasil.com.br/artigos/516831402/diferenca-entre-guarda-e-tutela-para-fins-de-concessao-do-beneficio-de-pensao-por-morte#:~:text=A%20guarda%20n%C3%A3o%20destitui%20o,dos%20pais%20(fam%C3%ADlia%20natural).
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando. 
§ 2º Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados 
civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família. 
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o 
adotando. 
§ 4º Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar 
conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde 
que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de 
convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade 
com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da 
concessão. 
§ 5º Nos casos do §4º deste artigo, desde que demonstrado efetivo benefício ao 
adotando, será assegurada a guarda compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 
da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil. 
§ 6º A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de 
vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença. 
Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e saldar o seu alcance, não 
pode o tutor ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado. 
Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do 
adotando. § 1º O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente 
cujos pais sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder familiar. 
§ 2º Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será também 
necessário o seu consentimento. 
Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou 
adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as 
peculiaridades do caso. 
§ 1º O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a 
tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível 
avaliar a conveniência da constituição do vínculo. 
§ 2º A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do 
estágio de convivência. 
§ 3º Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o 
estágio de convivência, cumprido no território nacional, será de, no mínimo, 30 (trinta) 
dias. 
Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no 
registro civil mediante mandado do qual não se fornecerá certidão. 
Trocando em miúdos: Se a pessoa que está adotando falece, o processo pode ser dado a 
favor da adoção, mesmo com o falecimento do adotante. 
§ 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de 
seus ascendentes. 
§ 2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o registro original do 
adotado. 
§ 3º A pedido do adotante, o novo registro poderá ser lavrado no Cartório do Registro 
Civil do Município de sua residência. 
§ 4º Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do 
registro. 
§ 5º A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer 
deles, poderá determinar a modificação do prenome. 
§ 6º Caso a modificação de prenome seja requerida pelo adotante, é obrigatória a 
oitiva do adotando, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei. 
§ 7º A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença 
constitutiva, exceto na hipótese prevista no § 6o do art. 42 desta Lei, caso em que terá 
força retroativa à data do óbito. 
§ 8º O processo relativo à adoção assim como outros a ele relacionados serão 
mantidos em arquivo, admitindo-se seu armazenamento em microfilme ou por outros 
meios, garantida a sua conservação para consulta a qualquer tempo. 
§ 9º Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for 
criança ou adolescente com deficiência ou doença crônica. 
Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter 
acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais 
incidentes, após completar 18 (dezoito) anos. 
 Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido 
 ao adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação 
 assistência jurídica e psicológica. 
 
Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais. 
Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um 
registro de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de 
pessoas interessadas na adoção. 
§ 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após prévia consulta aos órgãos técnicos do 
Juizado, ouvido o Ministério Público. 
§ 2º Não será deferida a inscrição se o interessado não satisfizer os requisitos legais, 
ou verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 29. 
§ 3º A inscrição de postulantes à adoção será precedida de um período de preparação 
psicossocial e jurídica, orientado pela equipe técnica da Justiça da Infância e da 
Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da 
política municipal de garantia do direito à convivência familiar. 
§ 4º Sempre que possível e recomendável, a preparação referida no § 3º deste artigo 
incluirá o contato com crianças e adolescentes em acolhimento familiar ou institucional 
em condições de serem adotados, a ser realizado sob a orientação, supervisão e 
avaliação da equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude, com apoio dos 
técnicos responsáveis pelo programa de acolhimento e pela execução da política 
municipal de garantia do direito à convivência familiar. 
§ 5º Serão criados e implementados cadastros estaduais e nacional de crianças e 
adolescentesem condições de serem adotados e de pessoas ou casais habilitados à 
adoção. 
6º Haverá cadastros distintos para pessoas ou casais residentes fora do País, que 
somente serão consultados na inexistência de postulantes nacionais habilitados nos 
cadastros mencionados no § 5o deste artigo. 
§ 7º As autoridades estaduais e federais em matéria de adoção terão acesso integral 
aos cadastros, incumbindo-lhes a troca de informações e a cooperação mútua, para 
melhoria do sistema. 
§ 8º A autoridade judiciária providenciará, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a 
inscrição das crianças e adolescentes em condições de serem adotados que não 
tiveram colocação familiar na comarca de origem, e das pessoas ou casais que 
tiveram deferida sua habilitação à adoção nos cadastros estadual e nacional referidos 
no § 5º deste artigo, sob pena de responsabilidade. 
§ 9º Compete à Autoridade Central Estadual zelar pela manutenção e correta 
alimentação dos cadastros, com posterior comunicação à Autoridade Central Federal 
Brasileira. 
§ 10. A adoção internacional somente será deferida se, após consulta ao cadastro de 
pessoas ou casais habilitados à adoção, mantido pela Justiça da Infância e da 
Juventude na comarca, bem como aos cadastros estadual e nacional referidos no § 5º 
deste artigo, não for encontrado interessado com residência permanente no Brasil. 
§ 11. Enquanto não localizada pessoa ou casal interessado em sua adoção, a criança 
ou o adolescente, sempre que possível e recomendável, será colocado sob guarda de 
família cadastrada em programa de acolhimento familiar. 
§ 12. A alimentação do cadastro e a convocação criteriosa dos postulantes à adoção 
serão fiscalizadas pelo Ministério Público. 
§ 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil 
não cadastrado previamente nos termos desta Lei quando: 
I – se tratar de pedido de adoção unilateral; 
 A adoção unilateral é uma modalidade de adoção prevista no ECA. Apesar do nome 
 que tem, não se trata de adoção de pessoas solteiras, mas sim a atitude de um dos 
 cônjuges ou conviventes de adotar o filho do outro. 
https://lfg.jusbrasil.com.br/ 
 
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II – for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos 
de afinidade e afetividade; 
III – oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 
(três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a 
fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-
fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei. 
§ 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste artigo, o candidato deverá comprovar, no 
curso do procedimento, que preenche os requisitos necessários à adoção, conforme 
previsto nesta Lei. 
Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual a pessoa ou casal 
postulante é residente ou domiciliado fora do Brasil, conforme previsto no Artigo 2 da 
Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das Crianças e à 
Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, aprovada pelo Decreto Legislativo 
nº 1, de 14 de janeiro de 1999, e promulgada pelo Decreto no 3.087, de 21 de junho 
de 1999. 
§ 1º A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no 
Brasil somente terá lugar quando restar comprovado: 
 I – que a colocação em família substituta é a solução adequada ao caso concreto; 
II – que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou 
adolescente em família substituta brasileira, após consulta aos cadastros 
mencionados no art. 50 desta Lei; 
III – que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios 
adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a 
medida, mediante parecer elaborado por equipe inter profissional, observado o 
disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei. 
§ 2º Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos casos 
de adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro. 
§ 3º A adoção internacional pressupõe a intervenção das Autoridades Centrais 
Estaduais e Federal em matéria de adoção internacional. 
Art. 52. A adoção internacional observará o procedimento previsto nos arts. 165 a 
170 desta Lei, com as seguintes adaptações: 
I – a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em adotar criança ou adolescente 
brasileiro, deverá formular pedido de habilitação à adoção perante a Autoridade 
Central em matéria de adoção internacional no país de acolhida, assim entendido 
aquele onde está situada sua residência habitual; 
Trocando em miúdos: Se a pessoa que está adotando mora na França, por exemplo, o pedido 
de habilitação deve ser realizado na Autoridade Central da França. País de acolhida=país 
onde a criança vai morar. 
Candidato(s) a 
adotante(s) mora, 
ou é nascido na 
França e deseja 
adotar uma criança 
do Brasil;
Entra em contato 
com a Autoridade 
Central da França 
(especializada em 
adoção) e faz o 
pedido de adoção; 
Se a autoridade 
considerá-lo(s) 
apto(s) enviará um 
relatório com toda a 
documentação 
necessária para a 
Autoridade Central 
Estadual e Federal 
Brasileira;
Após aprovação da 
Autoridade Estadual 
será expedido um 
laudo, com prazo 
máximo de 1 ano, 
que habilita a 
adoção;
Com este laudo o 
adotante vai até o 
Juízo da Infância e 
da Juventude do 
Brasil, onde a 
criança mora, e 
formaliza a adoção. 
II – se a Autoridade Central do país de acolhida considerar que os solicitantes estão 
habilitados e aptos para adotar, emitirá um relatório que contenha informações sobre 
a identidade, a capacidade jurídica e adequação dos solicitantes para adotar, sua 
situação pessoal, familiar e médica, seu meio social, os motivos que os animam e 
sua aptidão para assumir uma adoção internacional; 
III – a Autoridade Central do país de acolhida enviará o relatório (instruído com toda 
a documentação necessária, incluindo estudo psicossocial, e cópia autenticada da 
legislação pertinente, acompanhada da respectiva prova de vigência) à Autoridade 
Central Estadual, com cópia para a Autoridade Central Federal Brasileira; 
VI – a Autoridade Central Estadual poderá fazer exigências e solicitar 
complementação sobre o estudo psicossocial do postulante estrangeiro à adoção, já 
realizado no país de acolhida; 
 VII – verificada, após estudo realizado pela Autoridade Central Estadual, a 
compatibilidade da legislação estrangeira com a nacional, além do preenchimento por 
parte dos postulantes à medida dos requisitos objetivos e subjetivos necessários ao 
seu deferimento, tanto à luz do que dispõe esta Lei como da legislação do país de 
acolhida, será expedido laudo de habilitação à adoção internacional, que terá validade 
por, no máximo, 1 (um) ano; 
VIII – de posse do laudo de habilitação, o interessado será autorizado a formalizar 
pedido de adoção perante o Juízo da Infância e da Juventude do local em que se 
encontra a criança ou adolescente, conforme indicação efetuada pela Autoridade 
Central Estadual. 
Exemplo fictício de Adoção Internacional: 
 
 
 
 
§1º Se a legislação do país de acolhida assim o autorizar, admite-se que os pedidos 
de habilitação à adoção internacional sejam intermediados por organismos 
credenciados. 
§2º Incumbe à Autoridade Central Federal Brasileira o credenciamento de organismos 
nacionais e estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de habilitação à 
adoção internacional, com posterior comunicação às Autoridades Centrais Estaduais 
e publicação nos órgãos oficiais de imprensa e em sítio próprio da internet. 
§ 6º O credenciamento de organismo nacional ou estrangeiro encarregado de 
intermediar pedidos de adoção internacional terá validade de 2 (dois) anos. 
§ 7º A renovação do credenciamento poderá ser concedida mediante requerimento 
protocoladona Autoridade Central Federal Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores 
ao término do respectivo prazo de validade. 
§ 8º Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu a adoção internacional, 
não será permitida a saída do adotando do território nacional. 
§ 9º Transitada em julgado a decisão, a autoridade judiciária determinará a expedição 
de alvará com autorização de viagem, bem como para obtenção de passaporte, 
constando, obrigatoriamente, as características da criança ou adolescente adotado, 
como idade, cor, sexo, eventuais sinais ou traços peculiares, assim como foto recente 
e a aposição da impressão digital do seu polegar direito, instruindo o documento com 
cópia autenticada da decisão e certidão de trânsito em julgado. 
§ 10. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá, a qualquer momento, solicitar 
informações sobre a situação das crianças e adolescentes adotados. 
§ 11. A cobrança de valores por parte dos organismos credenciados, que sejam 
considerados abusivos pela Autoridade Central Federal Brasileira e que não estejam 
devidamente comprovados, é causa de seu descredenciamento. 
§ 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não podem ser representados por mais de 
uma entidade credenciada para atuar na cooperação em adoção internacional. 
§ 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou domiciliado fora do Brasil terá validade 
máxima de 1 (um) ano, podendo ser renovada. 
§ 14. É vedado o contato direto de representantes de organismos de adoção, 
nacionais ou estrangeiros, com dirigentes de programas de acolhimento institucional 
ou familiar, assim como com crianças e adolescentes em condições de serem 
adotados, sem a devida autorização judicial. 
Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida, a 
decisão da autoridade competente do país de origem da criança ou do adolescente 
será conhecida pela Autoridade Central Estadual que tiver processado o pedido de 
habilitação dos pais adotivos, que comunicará o fato à Autoridade Central Federal e 
determinará as providências necessárias à expedição do Certificado de Naturalização 
Provisório. 
§ 1º A Autoridade Central Estadual, ouvido o Ministério Público, somente deixará de 
reconhecer os efeitos daquela decisão se restar demonstrado que a adoção é 
manifestamente contrária à ordem pública ou não atende ao interesse superior da 
criança ou do adolescente. 
§ 2º Na hipótese de não reconhecimento da adoção, prevista no § 1o deste artigo, o 
Ministério Público deverá imediatamente requerer o que for de direito para resguardar 
os interesses da criança ou do adolescente, comunicando-se as providências à 
Autoridade Central Estadual, que fará a comunicação à Autoridade Central Federal 
Brasileira e à Autoridade Central do país de origem. 
Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de acolhida e a 
adoção não tenha sido deferida no país de origem porque a sua legislação a delega 
ao país de acolhida, ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a criança ou o 
adolescente ser oriundo de país que não tenha aderido à Convenção referida, o 
processo de adoção seguirá as regras da adoção nacional. 
 
(!)CAPÍTULO IV – Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer 
Art. 53. A criança e o adolescente têm DIREITO à educação, visando ao pleno 
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e 
qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: 
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II – direito de ser respeitado por seus educadores; 
III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares 
superiores; 
IV – direito de organização e participação em entidades estudantis; 
V – acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. 
 
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: 
I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram 
acesso na idade própria; 
II – progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; 
III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; 
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade; 
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, 
segundo a capacidade de cada um; 
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente 
trabalhador; 
VII – atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de 
material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. 
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público ou sua oferta 
irregular importa responsabilidade da autoridade competente. 
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, 
fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela frequência à 
escola. 
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou 
pupilos na rede regular de ensino. 
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao 
Conselho Tutelar os casos de: 
I – maus-tratos envolvendo seus alunos; 
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo
pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.
II – reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos 
escolares; 
III – elevados níveis de repetência. 
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas 
relativas a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com 
vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental 
obrigatório. 
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e 
históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a 
estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura. 
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão 
a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de 
lazer voltadas para a infância e a juventude. 
CAPÍTULO V – Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho 
 Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo 
na condição de aprendiz. 
Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, 
sem prejuízo do disposto nesta Lei. 
Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios: 
I – garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular; 
II – atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente; 
III – horário especial para o exercício das atividades. 
Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de 
aprendizagem. 
Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os 
direitos trabalhistas e previdenciários. 
Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido. 
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno 
de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não governamental, é 
vedado trabalho: 
I – noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia 
seguinte; 
II – perigoso, insalubre ou penoso; 
III – realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, 
psíquico, moral e social; 
IV – realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola.

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