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Eliminação de Fármacos

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Farmacocinética 
Eliminação dos fármacos
Eliminação biliar e circulação 
êntero-hepática 
As células hepáticas por meio de 
transportadores como transportadores de 
cátions (OCT) e de ânions orgânicos (OAT) 
e glicoproteínas P (P-gp), transferem 
substâncias do plasma para a bile. 
A circulação êntero-hepática ocorre quando 
um fármaco, principalmente hidrofílicos, 
ficam concentrados na bile e vão para o 
intestino. O fármaco pode ser reabsorvido e 
o ciclo se repete. Este ciclo cria um 
reservatório fármaco no organismo devido a 
sua recirculação, prolongando a sua ação. 
Como exemplo podemos citar a rifampicina 
que é absorvida no intestino e desacetilada 
lentamente, retendo sua atividade biológica. 
As duas formas são secretadas na bile, mas 
a forma desacetilada não é reabsorvida e, 
assim, com o passar do tempo, a maior parte 
do fármaco abandona o organismo nessa 
forma por meio das fezes. 
Eliminação renal e seus 
metabólitos 
O clearance renal permite quantificar a 
eliminação de fármacos pelos rins. Pode ser 
definida como o volume do plasma que 
contém a quantidade da substância 
removida pelos rins na unidade de tempo. É 
calculada da seguinte maneira: 
 
 
Três processos fundamentais são 
responsáveis pela eliminação renal dos 
fármacos: 
1. Filtração glomerular. 
2. Secreção tubular ativa. 
3. Reabsorção passiva (difusão pelo 
líquido tubular concentrado e 
reabsorção pelo epitélio tubular). 
No glomérulo ocorre a filtração de 
moléculas de fármacos com peso molecular 
abaixo de 20 kDa. Nesses capilares não 
ocorre a filtração de albumina plasmática, 
mas a maioria dos fármacos (com exceção 
da heparina ou biofármacos) cruza a 
barreira livremente. Logo, se um fármaco se 
liga à albumina plasmática, apenas o 
fármaco livre é filtrado e sua excreção será 
diminuída. 
80% do fármaco não é filtrado e continua 
dentro dos capilares peritubulares. Para que 
eles sejam secretados, precisam ser 
Farmacologia 
´ 
CLren = Concentração urinária x Vel do fluxo urinário 
 Concentração plasmática 
Por: ANA CLARA MELO 
secretados para o lúmen tubular por 
transportadores independentes e não 
seletivos. 
O OAT transporta os fármacos ácidos na 
sua forma aniônica negativa (bem como 
muitos outros ácidos endógenos, como o 
ácido úrico), podendo ser contra o seu 
gradiente de concentração e, 
consequentemente, reduzindo a 
concentração plasmática praticamente a 
zero. Os transportadores OCT lida com 
bases orgânicas na forma protonada 
catiônica e facilitam o transporte a favor do 
gradiente eletroquímico. 
Diferentemente da filtração glomerular, a 
transferência mediada por transportadores 
pode efetuar a depuração máxima de um 
fármaco, mesmo quando a maior parte dele 
está ligada a proteínas plasmáticas. No 
entanto, alguns fármacos podem competir 
pelo mesmo transportador, levando a 
interações medicamentosas. 
 
A água é reabsorvida do filtrado conforme 
ocorre a reabsorção de alguns solutos. 
Logo, se o túbulo for livremente permeável 
às moléculas do fármaco, aproximadamente 
99% do fármaco filtrado será reabsorvido 
passivamente a favor do gradiente de 
concentração resultante. Dessa forma, 
fármacos lipossolúveis conseguem 
atravessar a membrana de forma mais 
facilmente e será mais reabsorvido sendo 
muito pouco eliminado. Já os fármacos 
polares sua permeabilidade tubular é baixa, 
permanecendo no lúmen do túbulo, 
tornando-se progressivamente mais 
concentrados à medida que a água é 
reabsorvida. 
Alguns fármacos polares como digoxina e 
antibióticos aminoglicosídios, não são 
inativados pelo metabolismo e sua 
velocidade de eliminação renal é o principal 
fator determinante da duração de sua ação. 
O nível de ionização de muitos fármacos – 
ácidos ou bases fracas – é pH-dependente e 
isso afeta profundamente sua eliminação 
renal. O efeito de aprisionamento iônico 
significa que uma base é excretada mais 
rapidamente em urina ácida, que favorece a 
forma carregada e inibe, assim, a 
reabsorção. Por outro lado, ácidos são 
eliminados mais rapidamente se a urina 
estiver alcalina. 
Interações medicamentosas por 
alteração da excreção dos 
fármacos 
Os principais mecanismos pelos quais um 
fármaco pode afetar a taxa de excreção renal 
de outro fármaco são: 
1. Alteração da ligação às proteínas e, 
consequentemente, da filtração; 
2. Inibição da secreção tubular; 
3. Alteração do fluxo e/ou pH urinário. 
Alguns fármacos dependem da secreção 
tubular para serem eliminados. Se algum 
outro fármaco inibir a sua secreção, a sua 
ação será prolongada. Porém, alguns 
fármacos inibem a secreção no líquido 
tubular de diuréticos, como a furosemida, 
que atuam a partir do lúmen tubular 
reduzindo assim o seu efeito, como é o caso 
dos fármacos anti-inflamatórios não 
esteroides. 
 
Os diuréticos tendem a aumentar a excreção 
urinária de outros fármacos e respectivos 
metabólitos, mas isso raramente é 
clinicamente importante de imediato. Por 
sua vez, os diuréticos de alça e os tiazídicos 
diminuem indiretamente a excreção de lítio, 
provocam depleção de Na+, à qual os rins 
respondem aumentando a reabsorção 
tubular proximal de Na+ e de Li+, sendo 
manejado de forma similar ao Na+, e isso 
pode provocar toxicidade por lítio em 
pacientes tratados com carbonato de lítio no 
caso de perturbações mentais. 
O efeito do pH urinário na excreção de 
ácidos e bases fracos é útil no tratamento da 
intoxicação por salicilatos, mas não é causa 
para interações acidentais.

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