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Anais da Semana de Geografia da UNESPAR

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ANAIS DA 
XXIV SEMANA DE GEOGRAFIA DA 
UNESPAR 
 
25 – 28 DE NOVEMBRO DE 2019 
 
ISBN 978 – 859 – 282 – 074 – 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro de Ciências Humanas – Colegiado de Geografia 
 
 
 
 
 
UNESPAR - PARANAVAÍ – PR 
2019 
 
2 
 
 
Prof. Dr. José Antônio Demétrio 
Coordenador do evento 
 
Prof. Dr. Lucas César Frediani Sant’ ana 
Coordenador Adjunto do evento 
 
 
 
Comissão Organizadora 
 
Docentes: 
Prof. Me. Ênio Luiz Debarba 
Prof. Drª Fernanda Perdigão da Fonseca Toniol 
Prof. Dr. Guilherme Tadeu de Paula 
Prof. Me. José Ricardo de Oliveira 
Prof. Dr. Leandro Selari da Silva 
Prof. Drª Patrícia de Sousa 
Prof. Drª Sandra Regina Pizzolato Ferreira 
Prof. Me. Tais Pires de Oliveira 
Prof. Dr. Virgílio Manuel Pereira Bernardino 
 
Discentes: 
FÁBIO DE OLIVEIRA GIACOMINI 
GRAZIELI BOMBONATO ESCALIANTE 
LUAN ROGÉRIO DE SOUZA SILVA 
BRUNO CEZAR DONEDA 
ROBSON APARECIDO DE PAULA 
MARCELO BUSSOLA 
 
 
3 
 
Sumário 
HORTA ORGÂNICA NA ESCOLA: CONSCIENTIZAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA ................................................ 4 
Aspectos Geomorfológicos da Bacia Bauru no Estado do Paraná .................................................................. 8 
O USO DE TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO NA ANÁLISE ESPACIAL DOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS 
DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE PARANAVAI, PR (2018) ..................................................................... 11 
A importância do Estágio Curricular Supervisionado em Geografia no processo de formação docente .... 15 
A IMPLANTAÇÃO E VIABILIDADE DE UM PLANO DE MANEJO QUE ATENDA AS NECESSIDADES DO 
MONUMENTO NATURAL TRÊS MORRINHOS ................................................................................................. 18 
A MOBILIDADE DOS CONSUMIDORES NO CENTRO URBANO DE .................................................................. 24 
PARANAVAÍ, PR (2018) ................................................................................................................................... 24 
A IMPORTÂNCIA DA AULA DE CAMPO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA 29 
A RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO CONTEXTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS 
BRASILEIRAS .................................................................................................................................................... 33 
DESCARTE DE LIXO ELETRÔNICO: estudo de caso do bairro Morumbi, Paranavaí - PR ............................... 36 
ANÁLISE LITOLÓGICA E MAPEAMENTO DO MUNICÍPIO DE CRUZEIRO DO OESTE - PR ................................ 38 
MERCADO DE TRABALHO NAS LAVOURAS DE CAFÉ NO MUNICÍPIO DE ATALAIA-PR ................................. 42 
O ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO, UMA ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO .......... 46 
INTRODUÇÃO AOS CONCEITOS DO SISTEMA AGRÍCOLA AGRO FLORESTAL- SAF ...................................... 50 
A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO E A DISTRIBUIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS PÚBLICOS NA CIDADE DE 
MARINGÁ/PR .................................................................................................................................................. 54 
O ENSINO NA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA ..................................................................................................... 58 
A GEO-FOTO-GRAFIA DA PAISAGEM RURAL DO NOROESTE PARANAENSE: A HISTÓRIA CONTIDA NAS 
PAISAGENS ...................................................................................................................................................... 62 
Aula-oficina como metodologia para trabalhar conceitos de preservação ambiental em sala de aula ..... 65 
A relação entre a arborização e o conforto térmico na cidade de Paranavaí .............................................. 68 
ANÁLISE DA VIABILIDADE DE CRIAÇÃO DE RESERVAS PARTICULARES DO PATRIMÔNIO NATURAL NO 
MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ/ PR ..................................................................................................................... 72 
ESTRATÉGIAS DE DIVULGAÇÃO DA GEODIVERSIDADE NO MIRANTE TIBAGI, PARQUE ESTADUAL VILA 
VELHA E PARQUE ESTADUAL GUARTELÁ ....................................................................................................... 75 
O uso das novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem sobre o relevo: maquete SARndbox – 
Augmented Reality Sandbox .......................................................................................................................... 79 
CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ARBORIZAÇÃO URBANA PARA O 
CONFORTO TÉRMICO ...................................................................................................................................... 83 
 
 
4 
 
Eixo Temático: Educação 
 
HORTA ORGÂNICA NA ESCOLA: CONSCIENTIZAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA 
 
 
Rosinéia de oliveira¹ 
Madalena Muler² 
Antônio Alex de Oliveira³ 
 
 
¹Aluno do Curso de Geografia da Unespar, Campus Paranavaí. E-mail:rosineiao08@gmail.com 
²Aluna do Curso de Geografia da Unespar, Campus Paranavaí. E-mail: maddamuller@gmail.com 
³Aluno do Curso de Geografia da Unespar, Campus Paranavaí. E-mail: tonhogrisly@hotmail.com 
 
 
RESUMO: A geografia é uma ciência interessada em estudos sobre a inter-relação do homem com 
o meio, ou seja, seu objeto de estudo é o espaço geográfico um local que era natural, porém se 
torna humanizado e que sofre alterações causadas pelos seres humanos até os dias de hoje. A 
proposta desse projeto de Educação Ambiental é a implementação de uma horta orgânica no 
Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi, objetivando a substituição dos produtos industrializados 
pelos produtos naturais sem agrotóxicos na merenda escolar. Com isso mostrar aos alunos que é 
possível adequar-se ao uma boa qualidade de vida através dos alimentos naturais e sem o uso de 
insumos. Para a discussão sobre este assunto foi realizado um levantamento bibliográfico, em que 
diferentes autores mostram suas perspectivas com relação as práticas de educação ambiental no 
ensino da geografia. Através desta pesquisa será possível uma reflexão sobre como será o futuro 
dessas crianças e adolescente se não entender qual seu papel na sociedade e no meio em que 
estão inseridos. 
Palavras-chave: Sociedade; Educação ambiental; Horta orgânica 
 
 
Introdução 
A proposta de uma horta orgânica na escola visa a implementação de verduras e legumes 
na alimentação dos discentes, dando destaque na importância que a mesma representa, quais os 
benefícios na substituição dos industrializados. O grande desafio será na forma de produção, em 
relação ao quanto produzir, para que assim a mesma seja integrada na alimentação. Focando na 
 
5 
 
quantidade de agrotóxicos que esses alimentos não orgânicos possuem, os quais podem trazer 
problemas futuros na saúde dos que os consomem. 
O projeto vem com intuito de cultivar uma horta orgânica no Colégio Adélia Rossi, o qual se 
localiza na cidade de Paranavaí-Pr. Os alunos possuem via de regra uma alimentação baseada em 
alimentos industrializada (processados). Com esse projeto pretende-se não só integrar os alimentos 
orgânicos na vida dos alunos no ambiente escolar, mas também no ambiente familiar. 
O problema ocorre devido a demanda dos produtos, pois quanto maior o consumo, acontece 
a utilização dos insumos, os quais podem ser, fertilizantes, adubos, agrotóxicos, entre outros. 
Percebe-se que ainda não existem medidas eficazes para conter o uso acessivo desses produtos 
que são nocivos à saúde dos indivíduos. Com essa aplicação da horta orgânica o controle sanitário 
não será tão grande, trazendo assim menores gastos, trazendo benefícios o tocante na qualidade 
de vida dos indivíduos. 
O presente projeto tem como objetivo geral implementar uma horta orgânica no ambiente escolar, 
objetivando a substituição dos produtos industrializados pelos produtos naturais sem agrotóxicos. 
Como objetivos específicos, destaca-se: Compreenderos malefícios causados pelos 
agrotóxicos no organismo; explicar os benefícios que os produtos orgânicos podem oferecer como 
fonte de alimentação; estimular as crianças para que percebam a importância de uma horta orgânica 
no meio que elas estão inseridas; incentivar a mudança da prática e atitudes, na formação de novos 
hábitos alimentares naturais. 
 
Desenvolvimento 
É preciso que se busque referencias científicos para que se possa entender a importância 
dos alimentos orgânicos, e para isso existe um vasto material em que se encontra esses 
conhecimentos. 
A Lei nº 10.831/03 (BRASIL, 2003) dispõe sobre o sistema orgânico de produção 
agropecuária. Diz que: 
 
Art. 1º Considera-se sistema orgânico de produção agropecuária todo 
aquele em que se adotam técnicas específicas, mediante à otimização do 
uso dos recursos naturais e sócio econômicos disponíveis e o respeito á 
integridade cultural das comunidades rurais, tendo por objetivo a 
sustentabilidade econômica e ecológica, a maximização dos benefícios 
sociais, a minimização da dependência de energia não renovável, 
empregando, sempre que possível, métodos culturais, biológicos e 
mecânicos, em contraposição ao uso de materiais sintéticos, a eliminação 
do uso de organismos geneticamente modificados e radiações ionizantes, 
em qualquer fase do processo de produção, processamento, 
armazenamento, distribuição e comercialização, e a proteção do meio 
ambiente (BRASIL, 2003). 
 
 
6 
 
A sociedade brasileira de uma forma geral, ainda não se deu conta do quanto é importante 
o consumo dos produtos naturais e dos malefícios da ingestão de produtos que foram contaminados 
por agrotóxicos, por isso é preciso que se tenha uma conscientização de quem produz e mais ainda 
por quem consome. 
O manejo na agricultura orgânica faz com que se valoriza o uso dos recursos naturais que 
não renováveis, mas aproveitamento dos recursos naturais renováveis e dos processos biológicos 
alinhados á biodiversidade, ao meio ambiente, ao desenvolvimento econômico e à qualidade de 
vida humana (BROSE, 1999). 
Para Leff (2012), o saber ambiental encontra-se em processo de gestação, em busca de se 
legitimar, no que tange o prático do teórico, fazendo uma relação e integração dos fenômenos 
naturais e sociais articulando processos materiais com especificidade. 
Para atingir os objetivos propostos, serão adotados os seguintes procedimentos, divididos 
em sete etapas. Na primeira etapa irá ser apresentado o tema aos alunos de forma dialogada, 
expositiva com o auxílio de imagens, vídeos, fazendo a explicação da importância do uso dos 
alimentos naturais. Na segunda etapa será observado o local onde ocorrerá a implantação da horta 
orgânica; analisando o solo se é propicio para o plantio e respeitando o meio ambiente sem causar 
danos ao mesmo. A terceira etapa acontecerá através preparação do solo com ajuda dos alunos 
do 7° ano D, utilizando estercos naturais (bovinos e aves). Na quarta etapa iniciaremos os trabalhos 
manuais, realizando o plantio de verduras e legumes, levando em consideração as estações do 
ano. A quinta etapa vai ser realizada a manutenção da horta, onde os alunos farão o replantio das 
mudas, a extração das ervas daninhas e a pulverização natural através da mistura do fumo, cinza 
e água. Na sexta etapa será feita a colheita das verduras e legumes, as quais serão utilizados na 
merenda escolar. Contado com a participação dos discentes, na sétima etapa os produtos serão 
expostos em uma feira no pátio da escola, para todos os alunos e corpo docente, com a finalidade 
que eles passem essa prática para seus familiares e amigos. 
 
Resultados Esperados 
Espera-se que o aluno compreenda a necessidade da ingestão de alimentos saudáveis 
conscientizando-o para o manejo do solo de uma forma não agressiva tirando apenas aquilo que é 
necessário para a vida escolar e familiar. Espera-se ainda o desenvolvimento de uma cultura dentro 
do ambiente escolar que preze pela produção e fornecimento de alimentos saudáveis aos 
educandos. 
 
 
Referências 
 
BRASIL. Lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003. Dispõe sobre a agricultura orgânica e dá 
outras providências. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.831.htm>. 
Acesso em: 25 nov. 2019. 
 
7 
 
 
BROSE, M. Agricultura familiar, desenvolvimento local e políticas públicas; Santa Cruz do Sul: 
Ed. EDUNISC, 1999. 
 
CARVALHO, B. A. Ecologia Aplicada ao Saneamento Ambiental; Rio de Janeiro: ABES, 1980. 
 
LEFF, Enrique. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Tradução 
de Lúcia MathildeEndlich Orth. 9. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2012. 
 
SAQUET, M. A.et al. A agroecologia como estratégia de inclusão social e desenvolvimento 
territorial. In: SAQUET, M. A; SANTOS, R. A (Orgs). Geografia agrária, território e 
desenvolvimento. 1ª Ed. São Paulo: Expressão Popular, 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
EIXO TEMÁTICO: Geografia física. 
 
Aspectos Geomorfológicos da Bacia Bauru no Estado do Paraná 
 
Bronislau Max Miguel Prestes¹ 
Itamar Sateles de Sá² 
Edison Fortes³ 
 
¹ Aluno de mestrado do curso de Geografia da UEM, Campus Maringá. E-mail: bronismmp@gmail.com; ² Aluno de Mestrado do curso 
de Geografia da UEM, Campus Maringá. E-mail: itamarsateles@live.com; ³ Professor doutor de Geografia da UEM, Campus Maringá. 
E-mail: edison-fortes@hotmail.com 
 
RESUMO 
A Bacia Bauru, localiza-se no centro-sul da plataforma sul americana, e tem suas origens do 
Neocretáceo, a região noroeste do Estado do Paraná encontra-se inserida nessa bacia, foi realizado 
nessa área um mapeamento de lineamentos estruturais, hidrografia, e anomalias de drenagem com 
o apoio de imagens de satélite SRTM e processamento de dados pelo software QGIS 2.18.24 assim 
como análises bibliográficas. Através dessas informações foi possível identificar cursos de 
drenagem encaixados em lineamentos estruturais de grandes dimensões, assim como a existência 
de knickponts e curvas acentuadas originadas pelo tectonismo do interior da Bacia Bauru. 
PALAVRAS-CHAVE: Lineamento estrutural; Bacia Bauru; Knickpoints. 
 
 
Introdução 
A Importância do relevo pode ser reconhecida não somente pelos estudos geomorfológicos, 
mas pela necessidade de elaborar planos e projetos sobre o mesmo. A sociedade depende dessa 
superfície para se estabelecer, obter o sustento próprio e progredir como um todo, não obstante os 
estudos geofísicos são fundamentais para apoiar o desenvolvimento social através de pesquisas 
direcionadas para essa parcela do espaço denominada relevo. 
Uma ferramenta importante para as interpretações de relevo é o uso das imagens SRTM, 
que fornecem um apoio á elaboração de cartas e mapas geológicos e geomorfológicos. Através 
dessas imagens é possível obter diversas informações, dentre elas as que serão abordadas nesse 
trabalho serão dados de lineamentos estruturais, e relevo sombreado. 
É importante ressaltar que as imagens SRTM devem ser trabalhadas em conjunto com um 
software de geoprocessamento e seu uso inadequado pode resultar em informações equivocadas 
e incorretas, podendo proporcionar má interpretações sobre os dados obtidos; 
Esse resumo expandido visa realizar uma análise geomorfológica sobre a porção Sul e 
oriental da Bacia Bauru, mais precisamente o noroeste Paranaense. Essas análises se concentram 
nas características de lineamentos estruturais, relevo sombreado, hidrografia e anomalias de 
drenagem existentes. 
 
9 
 
 
Desenvolvimento 
A área de estudo do presente trabalho (Figura1) é a região noroeste do Estado do Paraná, 
inserida no terceiro planalto paranaense, compreendida como um plano de declive ou reverso do 
relevo de cuesta da escarpa de Serra Geral, constituída por estratos do arenito São Bento Inferior 
ou Botucatu, com espessos derrames de lavas básicas (MAACK, 1981) 
Ela está inseridano contexto geológico da Bacia Bauru, formada no Neocretáceo, localizada 
ao centro-sul da plataforma sul-americana tornando-se uma bacia continental interior e contempla 
o grupo Caiuá, e as formações Rio Paraná e Goio êre (FERNANDES e COIMBRA, 2000), o rio 
central da Bacia Bauru é o Rio Paraná. 
 
Figura 1: Mapa de lineamentos estruturais e anomalias de drenagem. Fonte: Organizado pelo autor (2019). 
 
 
Os principais rios na área de estudo são o Rio Paraná, Ivaí e Piquirí, dentre os seus afluentes 
foram identificadas áreas de knickpoints e locais onde a drenagem apresenta uma curvatura 
acentuada (Figura 1) O knickpoint é um termo inglês utilizado para situações em que existe uma 
variação da declividade de um rio (Goudie, 2004), geralmente são locais onde se encontram 
cachoeiras. 
 
10 
 
Maack, (1981) já havia observado uma rasa depressão sinclinal em direção à bacia Paraná 
cujo eixo se orienta para NNE e uma suave inclinação monoclinal dirigida para N até o rio 
Paranapanema. Além disso, destaca a existência de uma linha tectônica rumo W-E que se relaciona 
com a inclinação da camada eruptiva básica para o norte, menciona também que a linha cruza o 
vale do rio Paraná ao sul do salto das sete quedas. 
 
Considerações finais 
Os resultados obtidos neste trabalho puderam evidenciar as vantagens do uso de imagens 
SRTM para a identificação das formas de relevo, e dessa maneira permitiu delimitar os lineamentos 
estruturais. Os quais foram identificados em pequena escala, não realizando a delimitação daqueles 
de menor tamanho. Os lineamentos encontrados, sendo os negativos (vales) em vermelho, e 
positivos (espigões) em laranja aparentam estar relacionados à observação previamente realizada 
por Maack (1981) a respeito da linha tectônica e a inclinação da camada eruptiva básica. 
Pode-se compreender que a drenagem encaixou-se nas faixas dos lineamentos, podendo-
se destacar principalmente nos principais rios, como o Paraná, Piquirí e Ivaí, nos demais rios 
percebe-se uma grande quantidade de curvas acentuadas ocasionadas por estruturas de relevo 
mais resistentes á erosão, as quais podem estar relacionadas á lineamentos menores do mesmo 
modo que os rios principais estão relacionados aos lineamentos maiores. 
Outra característica que permite correlacionar o encaixe das drenagens com os lineamentos 
estruturais é a existência de vários knickpoints na área estudada, os quais estão nas proximidades 
dos lineamentos. Um deles, denominado Salto das Sete Quedas era um grande knickpoint famoso 
pelas diversas cachoeiras, no entanto o mesmo foi submerso devido ao represamento do rio Paraná 
durante a construção da Hidrelétrica de Itaipu. 
 
Referências 
MAACK, R. Geografia física do estado do Paraná. Rio de Janeiro, J. Olympio editora, 1981. 
FERNANDES, L. A., COIMBRA, A. M. Revisão estratigráfica da parte oriental da Bacia Bauru 
(Neocretaceo). Revista Brasileira de Geociências. Ed 30(4). 717-728, 2000. 
GOUDIE, A.S. Encyclopedia of Geomorphology. vol 1. Routledge, London and New York. 
 
 
 
 
 
11 
 
EIXO TEMÁTICO: Cartografia e Geoprocessamento. 
 
O USO DE TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO NA ANÁLISE ESPACIAL DOS 
HIPERTENSOS E DIABÉTICOS DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE 
PARANAVAI, PR (2018) 
 
Virgílio Manuel Pereira Bernardino¹ 
Bruno Teixeira Stramaro² 
 
¹ Professor Doutor do Departamento de Geografia da Unespar, Campus Paranavaí. E-mail: virgilio.unespar@gmail.com; 
² Acadêmico do curso de Geografia da Unespar, Campus Paranavaí. E-mail: stramaro09@hotmail.com. 
 
RESUMO 
A pesquisa desenvolvida se consistiu na identificação e mapeamento da distribuição espacial dos 
portadores de Diabetes Mellitus e hipertensão arterial, residentes na área urbana do município de 
Paranavaí, PR (2018). Ao concluir esta pesquisa pudemos representar espacialmente e caracterizar 
o perfil da população diabética hipertensa quanto à situação socioeconômica e demográfica, estilo 
de vida, obesidade e utilização dos serviços de saúde. O principal objetivo do projeto foi a análise 
espacial dos hipertensos diabéticos, com os dados obtidos junto aos Agentes Comunitários da 
Saúde (ACS) de Paranavaí. Metodologicamente, estas informações foram agrupadas em um banco 
de dados do software Qgis, que possibilitou uma análise espacial destas doenças apresentadas 
pela população do Município. Para fazer a regionalização, foram adotados os critérios estabelecidos 
pela Secretaria Municipal da Saúde de Paranavaí. A cartografia da distribuição destes grupos de 
risco ficará disponível aos profissionais envolvidos na atenção básica para que identifiquem as 
regiões com maior número de portadores de Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial. Deste modo, 
ao identificar cartograficamente as áreas urbanas de Paranavaí que requerem maior atendimento, 
podemos afirmar que bairros mais antigos da Cidade, apresentam um menor número de indivíduos 
com hipertensão e diabetes. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Diabetes; Hipertensão; Mapeamento. 
 
Introdução 
Esta pesquisa foi realizada no município de Paranavaí e embasa-se em estudos da 
Geografia da Saúde. A Geografia da Saúde fornece informações a respeito de doenças através de 
 
12 
 
mapeamento. Sendo assim, nestes estudos se torna possível a análise espacial do surgimento e 
evolução de determinada patologia, além de facilitar a descoberta das possíveis causas e condições 
delas. 
Neste sentido, foi possível localizar e caracterizar os grupos de maior risco de morte, 
mapeando a concentração dos hipertensos e diabéticos da área urbana de Paranavaí. Para tanto, 
foi utilizado o Qgis, para a elaboração do banco de dados e mapeamento. Atualmente, o estudo da 
Hipertensão e Diabetes vem sendo muito abordado, mas sua espacialização por meio de softwares 
não é comum. 
Por meio desse estudo, conseguimos identificar as áreas com o maior número de 
hipertensos e diabéticos e aprimora o uso de softwares na produção de mapas dessas patologias 
na área urbana de Paranavaí. 
Desenvolvimento 
A área escolhida para este estudo corresponde ao espaço urbano do Município de 
Paranavaí. A concentração da pesquisa foi em 13 das 16 Unidades Básicas de Saúde (UBS), por 
se localizarem na área urbana da Cidade de Paranavaí, o que facilitou o deslocamento para a coleta 
de dados. 
Tivemos a colaboração das Agentes Comunitárias da Saúde (ACS) da cidade estudada, 
coleta de dados não poderia ser feita junto a SMS (Secretaria Municipal de Saúde) pois seus dados 
estavam muito desatualizados. Neste caso, o levantamento de dados foi através de 145 ACSs 
(Agentes Comunitários de Saúde) de cada UBS (Unidade de Saúde Básica), responsável por uma 
microrregião conforme sua área de atuação, dentro da abrangência de cada UBS. Verificamos que 
os mapas que as ACSs têm, são trabalhados à mão e preenchidos com alfinetes de cores diferentes, 
representando as várias doenças. Constatou-se que geralmente estes mapas estão desatualizados 
e apresentam grande dificuldade de interpretação por não respeitarem as normas cartográficas. 
Após esse processo foi produzido o banco de dados e as bases cartográficas com o QGIS, 
adicionando somente as informações que faltavam ou que estavam desatualizadas. Após, foi 
possível a produção de vários mapas temáticos sobre diabéticos e hipertensos da cidade de 
Paranavaí. Os métodos empregados permitiram caracterizar as áreas urbana segundo o número 
de diabéticos e hipertensos de cada região das UBS da área urbana de Paranavaí, incorporando 
sua localização geográfica. 
 
13 
 
Entre os resultados encontrados, podemos afirmar que bairros mais antigos de Paranavaí 
não são os que apresentaram maior número de casos de hipertensos e diabéticos. Verificamos que 
10,8% desta população é constituída por hipertensos e diabéticos. O Jardim São Jorge, que é o 
mais populoso, apresenta um número de 9% de hipertensos e 2% de diabéticos. 
Podemos observar uma maior concentração de diabéticose hipertensos nos Jd. Maringá, 
com 17% de pessoas com Hipertensão e 5% Diabetes e o Centro com 24% de hipertensos e 9% 
de diabéticos. Neste sentido, destaca-se ainda o Distrito de Sumaré que totalizou 20% de pessoas 
com hipertensão e diabetes, seguido pelo Jd. Morumbi totalizando 16%. Estas doenças estão 
associadas a fatores como o sedentarismo, obesidade, faixa etária acima de 40 anos, baixo nível 
de instrução, entre outros. Deste modo, as UBS têm um papel fundamental na prevenção dessas 
doenças, sendo que a primeira busca de tratamento é feita por elas. 
 
Conclusão 
Ao analisar os dados, podemos concluir que a área central e Jd. Zona Leste tem a maior 
população idosa e o Jd. Campo Belo e Centro encontrasse a maioria dos obesos. Sabemos, que o 
sedentarismo está diretamente relacionado com essas patologias, assim como os hábitos 
alimentares inadequados. Particularmente, o Distrito de Sumaré e Jd. Morumbi não tem a maior 
população idosa e nem obesa, mas apresenta um número relativamente elevado de diabéticos, 
hipertensos e hipertensos diabéticos. Além disso, se trata de uma população com um baixo nível 
de instrução e com considerável nível de pobreza, mostrando desta forma que outros critérios 
também devem ser considerados. 
Assim, a utilização do Software Qgis permitiu caracterizar as áreas segundo o número de 
diabéticos e hipertensos de cada região das Unidades de Saúde da cidade de Paranavaí, 
incorporando sua localização geográfica. Desta forma, espera-se que os resultados possam auxiliar 
o trabalho da SMS e das UBS de Paranavaí, que poderão atuar de forma mais planejada e eficiente 
na prevenção e tratamento de tais doenças. 
 
Referências 
ALIEVI, A. A.; PINESE, J. P. A geografia da saúde no Brasil: precedentes históricos e 
contribuições teóricas. 2013. Disponível em: 
 
14 
 
<http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal14/Geografiasocioeconomica/Geografiame
dica/01.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2018. 
 
CRUZERA AB, Utmura R, Zatz R. A Hipertensão no Diabete. Hiperativo. 1998. 
 
FILHO J. L.; IOCHPE, C. Introdução a Sistemas de Informações Geográficas com Ênfase em 
Banco de dados. 1996. Disponível em: <http://www.dpi.ufv.br/~jugurta/papers/sig-bd-jai.pdf>. 
Acesso em: 20 nov. 2018. 
 
LACAZ, C. S.; BARUZZI, R. G.; SIQUEIRA Jr., W. Introdução à Geografia Médica do Brasil. São 
Paulo: EDUSP, 1972. 568p. 
 
MARTIN, R. N. S.; OLIVEIRA, I. J. Geotecnologias na Gestão e Planejamento do Espaço 
Urbano. XI Encontro Nacional da ANPEGE. Goiás: [s.n.]. 2015. p. 3. 
 
PEREHOUSKEI, N. A.; OLIVEIRA, D. S.; SILVA, R. A. As Geotecnologias aplicadas ao 
Planejamento dos serviços de Saúde e Espaços Públicos na Equipe de Saúde da Família 
"Cardoso" da Cidade de Rondonópolis, Mato Grosso, Brasil. Geoingá, Maringá, v. 7, n. 2, p. 
23-42, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
EIXO TEMÁTICO: EDUCAÇÃO 
 
A importância do Estágio Curricular Supervisionado em Geografia no 
processo de formação docente 
 
Cassio Henrique da Silva ¹ 
 
¹Acadêmico do curso de Geografia da Unespar, campus de Campo Mourão. E-mail: cassio.chs@hotmail.com 
 
RESUMO 
 
Este trabalho é resultado de reflexões sobre a aplicação de um Projeto de Ensino desenvolvido 
durante o Estágio Curricular Supervisionado em Geografia pela Universidade Estadual do Paraná 
– UNESPAR, campus de Campo Mourão, em uma turma de 6° ano do Ensino Fundamental, na 
disciplina de Geografia em um colégio da cidade de Campo Mourão. A pesquisa objetiva analisar a 
importância do estágio durante a graduação dos futuros professores de Geografia, evidenciando 
aspectos imprescindíveis que contribuem para conhecimento do futuro ambiente de trabalho. A 
metodologia utilizada está pautada na pesquisa qualitativa, levantamento de referencial 
bibliográfico, e observações durante a aplicação do Projeto de Ensino. Dos resultados obtidos, foi 
possível comprovar a grande importância do estágio curricular através da aproximação do futuro 
professor com a escola, pelas experiências adquiridas, a vivência da realidade escolar e o conjunto 
de fatores que facilitam ou dificultam a prática docente, mas que de forma geral contribuem durante 
o processo de formação acadêmica e enriquece os saberes docentes. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Estágio Supervisionado em Geografia; importância do estágio; saberes 
docentes. 
 
 
Introdução 
O Estágio Curricular Supervisionado em Geografia tem como objetivo proporcionar ao 
acadêmico um contato inicial com a prática docente, a aprendizagem social, profissional e cultural, 
com inserção nas escolas de Educação Básica, Ensino Fundamental e Médio. Neste sentido, Saiki 
e Godoi (2011, p. 29) esclarecem que “É o estágio de observação e participação, como regência, 
 
16 
 
que possibilita ao aluno a vivência das relações no cotidiano escolar, adquirindo informações e 
habilidades para formar o novo profissional”. 
Componente curricular das licenciaturas, em específico da Geografia, o estágio é etapa 
fundamental e permite a articulação entre teoria e prática. Deste modo, está dividido em etapas, 
partindo da observação das aulas do professor regente; seguido pelo auxílio à docência; e 
finalizando com a aplicação do projeto com tema geográfico no estágio de regência. Todas essas 
etapas se complementam e permitem ao acadêmico desenvolver práticas pedagógicas, além da 
atuação direta na profissão que se prepara para exercer, pois influencia no desenvolvimento da 
identidade profissional docente. 
O estudo realizado mediante a pesquisa pretende problematizar o ambiente escolar através 
da observação da estrutura física e pedagógica. Nesta perspectiva, busca-se entender os desafios 
da profissão docente, o uso das metodologias e dos recursos didáticos. O diálogo com os 
professores regentes contribui durante as atividades realizadas, e através dos relatos sobre suas 
experiências com a profissão, causa reflexão sobre questões das quais o estagiário tem anseio. 
 
Desenvolvimento 
A pesquisa se deu através da realização do Estágio Curricular Supervisionado em Geografia 
e aplicação do Projeto de Ensino em uma turma de 6º ano do Ensino Fundamental em uma 
instituição pública de ensino no município de Campo Mourão – PR. 
O Estágio Curricular Supervisionado em Geografia é parte obrigatória da grade curricular e 
requisito para a formação integral do acadêmico e obtenção do diploma. Se tratando da disciplina 
de Geografia, a sua importância dentro da escola parte do objetivo de formar indivíduos críticos em 
um mundo globalizado e em constante transformação. Quanto docente, deve-se contextualizar os 
conteúdos com a realidade dos alunos, trazer significado e se atentar as possibilidades e 
dificuldades vividas por eles. Nesta perspectiva, Sakai e Godoi (2011) consideram que o estágio 
deve estar comprometido com a transformação social, unindo a formação profissional e pessoal, 
juntamente com responsabilidade individual e social. 
A prática ainda permite ao futuro profissional conhecer, analisar e refletir sobre o seu futuro 
ambiente de trabalho. A Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio (Lei nº 11.788/2008) define 
o estágio como ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que 
visa à preparação para o trabalho produtivo do estudante. 
 
17 
 
O estágio possibilita enfrentar a realidade escolar, refletir sobre a prática que se observa, 
utilizando as teorias que se aprende ao longo do curso. Neste sentido, Sakai e Godoi (2011, p. 27) 
coloca que “Nos estágios supervisionados colocamos as teorias em prática. Ao voltarmos à sala, 
nas aulas de Prática de Ensino, analisamos as experiências adquiridas à luz das teorias”. 
O estagiário aprende sobre a burocratização nos colégios e o desenvolvimento de atividades 
como: elaboração de plano de aula, metodologias alternativas de ensino, desenvolvimento de 
atividades em sala de aula, avaliação, entre outras. É possíveltambém investigar a realidade, e a 
partir disso avaliar de forma geral todo o contexto escolar. Gomes e Zinke (2015, p. 10360) 
esclarecem que o estágio “deve visar à formação de um professor reflexivo, isto é, que leve em 
consideração a importância de sua prática e de sua constante atualização”. 
 
Conclusão 
O Estágio Supervisionado condiciona ao acadêmico analisar todas as impressões, 
aprendizados, preocupações e anseios durante a aplicação do projeto de ensino, proporciona uma 
análise crítica pautada nas experiências durante a prática docente, seja em relação aos alunos, aos 
conteúdos ou a situação atual dentro da sala de aula. O processo de formação se inicia durante a 
graduação, com formação continuada, onde o estágio estabelece a aproximação entre o futuro 
professor com a escola, e de forma imprescindível, enriquece os saberes docentes do graduando. 
 
Referências 
BRASIL. LEI DE ESTÁGIO Nº 11.788. Brasília, 25 de setembro de 2008; 187o da Independência 
e 120o da República. 
 
GOMES, D.; ZINKE, I. A. Estágio Supervisionado: Experiência no Ensino de Geografia para o 
Ensino Fundamental. In: EDUCERE - XII Congresso Nacional de Educação. 2015, Curitiba/PR.. 
Anais: XII Congresso Nacional de Educação. PUC/PR., 2015. 
 
SAIKI, Kim; GODOI, Francisco Bueno de. A Prática de Ensino e o Estágio Supervisionado. In: 
PASSINI, Elza Yasuko; PASSINI Romão; MALYSZ, Sandra T. (org). Prática de ensino de 
geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2011. 
 
 
 
 
 
http://lattes.cnpq.br/9917764374849163
 
18 
 
EIXO TEMÁTICO: 5 – Meio Ambiente 
 
A IMPLANTAÇÃO E VIABILIDADE DE UM PLANO DE MANEJO QUE ATENDA 
AS NECESSIDADES DO MONUMENTO NATURAL TRÊS MORRINHOS 
 
 Lucas César Frediani Sant’ Ana¹ 
Danilo de Oliveira² 
 
¹ Professor Doutor do Departamento de Geografia da Unespar, Campus Paranavaí. E-mail: lucas.geografia@gmail.com; ² Aluno do 
Curso de Geografia (EAD) da Unicesumar, Centro Universitário de Maringá, Campus Maringá. E-mail: danilo-oliveira83@hotmail.com. 
 
RESUMO 
Historicamente, vivemos em um mundo cada vez mais globalizado, onde o bem natural é visto como 
um bem econômico, transformando a natureza em mero recurso. Assim, os redutos da natureza 
chamam a atenção daqueles que ainda se dispõe a perceber o valor da natureza ainda preservada. 
Por este motivo, propõe-se o estudo de caso no município de Terra Rica, noroeste do Estado do 
Paraná viabilizando pesquisa em uma das maiores áreas naturais desta região, nomeada de Morro 
Três Morrinhos. Localizado entre as longitudes 52º40’ e 52º37’ Oeste e latitude 22º46’ Sul, em uma 
altitude aproximada de 640 metros acima nível do mar, próximo à confluência dos Rios 
Paranapanema e Paraná. O monumento natural dos Três Morrinhos possui uma zona de 
abrangência de aproximadamente 25.000 m2 e a altura em torno de 200 metros (de sua base ao 
topo do maior morro). São formados geologicamente por arenitos silicificados da Formação Rio 
Paraná, do Grupo Caiuá, com uma estrutura geomorfológica destoante em sua região. Desta forma, 
a preservação, manutenção e utilização do ambiente natural prevê a produção em uma escala 
benéfica na conservação da natureza e sua utilização de maneira sustentável mantendo um 
potencial ao ponto de satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras garantindo a 
sobrevivência dos seres vivos em geral. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Arenito Caiuá; Três Morrinhos; Unidade de Conservação. 
 
 
Introdução 
Historicamente, vivemos em um mundo cada vez mais globalizado, onde o bem natural é 
visto como um bem econômico, transformando a natureza em mero recurso. Assim, os redutos da 
natureza chamam a atenção daqueles que ainda se dispõe a perceber o valor da natureza ainda 
preservada. Assim, no município de Terra Rica, localizado no noroeste do Paraná encontra-se o 
 
19 
 
monumento natural dos Três Morrinhos, que possui este nome justamente pela singularidade de 
sua paisagem, marcada pela presença de três morros justapostos. O modelado da superfície 
terrestre é o resultado da interação dos agentes exógenos e endógenos da Terra ao longo de 
milhões de anos, dando origem aos vales, cânions, montanhas, morros, etc. Para tanto, o objetivo 
maior do mencionado artigo é a efetivação no atendimento à Lei 9.985, de 18 de Julho 2000, que 
institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, no qual o município deve elaborar 
seu Plano de Manejo do Monumento Natural Três Morrinhos apresentando a documentação técnica 
que estabelece o zoneamento territorial e as normas que devem presidir o uso da Unidade de 
Conservação – UC, bem como de seus recursos naturais e a implantação de estruturas físicas 
necessárias à gestão da unidade. 
A cidade de Terra Rica tem sua denominação de origem geográfica, dada pela própria 
companhia fundadora do município (SINOP – Sociedade Imobiliária do Noroeste do Paraná), que 
teve como objetivo exprimir a exuberância de suas terras férteis (FERREIRA, 2006). O relevo do 
município de Terra Rica varia de plano a moderadamente ondulado, entretanto, pode-se destacar 
o relevo do Morro Três Irmãos – ou apenas Três Morrinhos - que destoa completamente da 
geomorfologia da região noroeste do Paraná. O monumento natural batizado de Três Morrinhos tem 
por característica uma rica diversidade biológica e geográfica, tais como, paredões de rocha 
sedimentares, caverna, árvores centenárias, além disso, várias espécies de pássaros e animais, e 
o principal, um relevo singular na região noroeste do Paraná, despertando a curiosidade dos 
moradores e de turistas. Os três morros perfilados no 
sentido NO-SE são um dos grandes atrativos turísticos da região noroeste do Paraná e também um 
dos melhores locais do sul do Brasil para a prática de voos livres, atraindo assim, pilotos de diversas 
partes do país nos campeonatos de paragliders e asa-delta (BRASIL, 2014). Possuidor de uma 
geomorfologia que ultrapassa milhões de anos, o Morro Três Irmãos é o ponto mais alto do Noroeste 
do Paraná, além é claro, de ser um atrativo turístico o espaço em questão surpreende pelos fatos, 
mitos e lendas relatados e preservados na história da própria terra. 
 Assim, sabe-se que toda a pesquisa 
requer métodos e instrumentos de seleção e medida para avaliar um problema, com o objetivo de 
dar inteligibilidade aos processos que diferenciam áreas, correlacionando unidades individuais a 
processos gerais a partir de indicadores que possibilitem similaridades e correlações (IBGE, 2006). 
Partindo dessa premissa, teremos como base o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da 
Natureza – SNUC, que objetiva em seu Art. 4º, inciso VII proteger as características relevantes de 
natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural 
 
20 
 
(BRASIL, 2000). Para Vargas (2016, p. 105) Monumento Natural, é a “área destinada à preservação 
de lugares singulares, raros e de grande beleza cênica, permitindo diversas atividades de visitação. 
Essa categoria de Unidade de Conservação pode ser constituída de áreas particulares”. 
 
Desenvolvimento 
O Morro Três Irmãos localizado no noroeste do Estado do Paraná, possui em sua área de 
abrangência 224.669 hectares na zona rural do município, 147.061 hectares em propriedades 
particulares e 77.608 hectares de áreas públicas, pertencentes ao Município. Seu acesso acontece 
pelas rodovias BR 376 e PR 180, ambas pavimentadas (LARANJA; KRAMER, 2009). De acordo 
com Calírio (2001), existem duas hipóteses sobre o surgimento do Morro Três Irmãos: a primeira 
delas apresenta-se como fenômenos geológicos ocorridos a milhões de anos, no qual se deu de 
forma retilínea. Todavia, supõe-se que o interior do Morro seja formado de basalto ou diabásio, ou 
seja, rocha magmática, recapeado por uma espessa camada de rocha sedimentar, o arenito do 
Grupo Caiuá. Já a segunda hipótese acredita-se que o local apresentouintensa silicificação deste 
arenito no qual resistiu nesses milhares de anos à atuação erosiva, sendo esta aceita atualmente 
no meio acadêmico. 
 
Três Morrinhos são elevações anômalas, alongadas e solitárias [...] sua 
origem explica-se pela silicificação localizada de depósitos arenosos do 
antigo Deserto Caiuá, mediante ascensão de fluidos hidrotermais por 
sistemas de fissuras regionais, relacionada com magmatismo alcalino 
neocretáceo. Na evolução regional do relevo a erosão removeu de forma 
mais intensa os arenitos não silicificados. O topo dos Três Morrinhos deve 
corresponder, portanto, à cota mínima da superfície de aplainamento Sul-
americana, elaborada entre Cretáceo Superior e Paleógeno (FERNANDES; 
COUTO; SANTOS, 2013, p. 1). 
 
No entanto, apesar de o local ser transformado em Parque Municipal Três Morrinhos no ano 
de 2003 e receber um portal de entrada, como Centros de Educação Ambiental, em 2008, existem 
certas controversas no que tange ao monumento natural, levando-se em consideração que o 
espaço respectivamente não possui ao menos um Plano de Manejo. Para tanto, a Lei Federal n.º 
9.985/00 estabelece em seu Art. 2º, inciso XVII, para os fins previstos entendendo-se que o Plano 
de Manejo é um: 
 
21 
 
 
Documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais 
de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as 
normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, 
inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da 
unidade (BRASIL, 2000, p.1). 
 
Tendo em vista a importância da existência de um plano de manejo que norteie a gestão 
deste tipo de espaço, além dos levantamentos bibliográficos acerca do tema, serão realizadas 
visitas in situ com objetivo de identificar os principais problemas neste monumento natural, 
decorrente da ausência do plano de manejo. 
 
Resultados Preliminares 
Para esse estudo de caso a pesquisa contará com o levantamento da viabilidade no 
atendimento à Lei 9.985, de 18 de julho 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação – SNUC, no qual o município deve elaborar seu Plano de Manejo. Entretanto, diante 
da discussão e informações levantadas pelos responsáveis pelo Morro, ao qual se apresenta como 
Parque Municipal Três Morrinhos não existe no momento um documento oficial para a defesa e 
preservação do Monumento Natural, alegando que o documento estaria sendo elaborado para os 
devidos fins legais e jurídicos de sua conservação. 
 Destarte, nota-se que o Morro Três Irmãos sofre frequentemente com queimadas, deixando 
um rastro de destruição e gerando risco aos visitantes daquela localidade. Esse tipo de impacto 
ambiental, por vezes, pode ser classificado como cultural, pois grande parte dos incêndios inicia-se 
com queimadas realizadas pelos agricultores, por vandalismos e até por bitucas de cigarro de 
fumantes que adentram a área. Logo, essa prática caracteriza-se como agressão contra a natureza, 
quando realizada sem controle ou de forma inadequada (CALÍRIO, 2001). 
 Nesse sentido, percebe-se o quão importante e necessário se torna o Plano de Manejo do 
Morro Três Irmãos, haja vista, as ocorrências de atitudes antrópicas modificando o reduto natural, 
onde o verde dá lugar às cinzas e os animais fogem de seu habitat natural. 
 
Conclusão 
 
22 
 
Portanto, a elaboração de um Plano de Manejo que atenda as necessidades do Monumento 
Natural Morro Três Irmãos configurando-se no bojo da Lei 9.985, de 18 de Julho 2000, ao Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação – SNUC demostra a urgência da valorização de nossas 
áreas naturais bem como a reinvindicação populacional perante aos representantes públicos pelo 
zelo para com nossas reservas. Concomitantemente, assim, através dessa aplicabilidade 
poderemos preservar e cuidar de maneira positiva de nossas reservas, desta forma, incentivar a 
prática de um turismo sustentável nesta extensão tão rica em fauna e flora, como a manutenção e 
construção de trilhas para passeios e pesquisas ambientais e cientificas, considerando-se o 
potencial florestal, geológico e geomorfológico que os Três Morrinhos conservam em sua gênese. 
 
Referências 
 
BRASIL. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Sistema Nacional de Unidades de Conservação da 
Natureza. Presidência da Republica Federativa do Brasil, Casa Civil, Subchefia para Assuntos 
Jurídicos, Brasilia, Distrito Federal. 18 de julho de 2000. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm>. Acesso em: 23 jul. 2019. 
 
BRASIL. Terra Rica, 59 anos de história: Morro Três Irmãos, um testemunho da história. Diário do 
Noroeste, 4 dez. 2014. Disponível em: 
<http://www.diariodonoroeste.com.br/noticia/regiao/regional/63837-terra-rica--59-anos-de-historia-
>. Acesso em: 28 jul. 2019. 
 
CALÍRIO, Edson Paulo. Morro Três Irmãos: História, Lendas e Mistérios. Editora Gráfica 
Paranavaí Ltda, Paranavaí, 2001. 
 
CALÍRIO, Edson Paulo. Vale do Paranapanema – Sonhos de uma Terra Rica, Editora Gráfica 
Paranavai Ltda, Paranavai, 2005. 
 
FERNANDES, Luiz Alberto; COUTO, Edivando Vitor do; SANTOS, Leonardo José Cordeiro. Três 
Morrinhos, Terra Rica, PR: Arenitos silicificados de dunas do Deserto Caiuá testemunham nível 
de superfície de aplainamento K-T. Brasília: 2013. Disponível em: 
<http://sigep.cprm.gov.br/sitio058/sitio058.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2019. 
 
FERREIRA, João C. Vicente. Municipíos paranaenses – Origem e Significados de seus 
nomes, Cadernos Paraná da Gente n.5, Curitiba 2006. 
 
IBGE, Manual técnico do uso da terra, 2006, 2 edição, Rio de Janeiro. 
 
LARANJA , Nadir Gouveia; KRAMER, Vanda Maria Silva. SENSORIAMENTO REMOTO E 
GEOPROCESSAMENTO APLICADOS AOS ESTUDOS DE GEOMORFOLOGIA LOCAL 
 
23 
 
(MORRO DOS TRÊS IRMÃOS ? TERRA RICA - PR). Paranavaí, 2009. Disponível em: 
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2009_fafip
a_geografia_artigo_nadir_gouveia_laranja.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2019. 
 
VARGAS, Karine Bueno. Recursos Naturais: Meio Ambiente e Desenvolvimento. Maringá-PR.: 
Unicesumar, 2016. 200 p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
Eixo: Geografia Humana 
 
A MOBILIDADE DOS CONSUMIDORES NO CENTRO URBANO DE 
PARANAVAÍ, PR (2018) 
 
 
 
Débora Rodrigues 
 
Unespar/Campus Paranavaí, rodrdebora@hotmail.com 
 
Virgílio Manuel Pereira Bernardino 
Unespar/Campus Paranavaí, virgilio.unespar@gmail.com 
 
 
 
RESUMO: 
A mobilidade para o consumo ocorre desde os primórdios da humanidade, movida pela necessidade 
de sobrevivência. Contemporaneamente, no modo de produção capitalista, esta mobilidade está 
relacionada ao que Ghizzo (2012) denomina de “mobilidade do consumo”. Surge assim, o consumo 
para além das necessidades de sobrevivência, o que alguns autores entendem compor a “sociedade 
do consumo”. A presente pesquisa tem por objetivo principal apresentar a mobilidade dos 
consumidores que se dirigem para a área comercial central de Paranavaí, PR, e assim também 
conhecer o perfil socioeconômico desta população. Deste modo, se verificou que mais de 63% dos 
consumidores eram do sexo masculino. Cerca de 45% das pessoas estavam na faixa etária dos 18 
aos 30 anos e eram predominantemente de Paranavaí (85,7%). O estudo também revelou a área de 
influência do comércio central de Paranavaí sobre os municípios mais próximos como: Santo Antônio, 
Cidade Gaúcha, Paraíso, Tamboara, Amaporã e São Tomé. Apesar de Paranavaí ser uma cidade 
polo, a mobilidade do consumo também se orienta para cidades como, Maringá e Salto del Guairá 
(Paraguai). Assim, o centro comercial de Paranavaí, no plano da vida cotidiana dos consumidores 
entrevistados, constitui produto direto da (re)produção do capital, que revela suas mobilidades ao 
consumo e o mundo da mercadoria que invade e coloniza a vida cotidiana, mediando as relaçõessociais. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Comércio; Mobilidade do consumo; Paranavaí. 
 
25 
 
 
 
Introdução 
O presente trabalho aborda as relações de consumo na cidade de Paranavaí, PR e de outras 
cidades circunvizinhas, estabelecendo relação com a mobilidade do consumo da população 
paranavaiense. 
Com a realização da pesquisa ficou evidente que os moradores de Paranavaí estão inseridos 
na grande teia que abrange as tendências do mercado global. Desta maneira, a finalidade deste 
estudo será apresentar o viés econômico do local para o global fazendo relação entre ambas as 
escalas, evidenciando que o processo de globalização possibilitou este exacerbado comércio 
existente. 
Para a elaboração da pesquisa optou-se por uma metodologia que utilizou de revisões 
bibliográficas referentes ao assunto e aplicação de 49 questionários. Os dados obtidos tiveram 
análise estatística e a síntese gráfica tabular executada com o programa Sphink Plus Léxica (versão 
francesa). Com os dados então coletados foi possível traçar um perfil e identificar a mobilidade dos 
entrevistados para o consumo. 
 
Desenvolvimento 
O município de Paranavaí está localizado no Noroeste do Estado do Paraná e possui 81.590 
habitantes (IBGE, 2010), em que a maior parte da população reside na área urbana. 
Almejando compreender a realidade do consumo em Paranavaí, se fez necessário a 
aplicação de questionários, numa perspectiva quanti-qualitativa, que pudessem identificar o perfil 
dos consumidores. 
Uma possível mobilidade dos consumidores está relacionada há alguns fatores, um exemplo 
é o seu padrão de consumo o que, por conseguinte, é concernente a sua renda, ou seja, quanto 
maior sua renda mais elevado será o seu padrão de consumo. O nível de instrução/qualificação é 
outro fator preponderante visto que na hora da aquisição do produto, influencia na construção de 
valores e gostos. 
 
26 
 
Com a aplicação dos questionários observou que os trabalhadores consumidores do 
munícipio de Paranavaí, apresentam uma baixa renda estando geralmente relacionada à mão de 
obra pouco qualificada. Estes consumidores são pertencentes às classes menos favorecidas 
economicamente, onde predominam rendas familiares de dois a cinco salários mínimos. 
Constatou-se que Paranavaí também é um atrativo de consumo para as populações de 
algumas cidades circunvizinhas, em que se deslocam para o município em busca de produtos e 
preços mais baratos, Cidades como Paraíso do Norte, São Tomé, Tamboara, Santo Antônio e 
Cidade Gaúcha. O perfil apontou para consumidores que procuram em cidades como Maringá e 
Paraguai como opção de mobilidade de consumo, os entrevistados consideram o custo viável isso 
porque os mesmos adquirem mais do que apenas o produto, mas sim todo o trajeto percorrido para 
a sua aquisição. 
Considerações Finais 
Com a realização da pesquisa observamos que nos dias atuais o consumo ultrapassou o 
caráter de necessidade e passou a ser uma forma de estar inserida nos parâmetros da sociedade. 
Fazendo que os indivíduos que não possuam determinados produtos venham a ser excluídos ou 
não aceitos em determinado círculo social. O consumo se tornou um campo muito complexo, onde 
o “ter” está relacionado com um conjunto de significação em que o consumidor se estabelece. 
Os grandes veículos de comunicação são sem dúvidas alguma os propulsores do 
consumismo exacerbado que a atual sociedade se encontra. A internet influência o consumo, 
diariamente de uma absurda variedade de produtos, em que todos já possuem um prazo de validade 
estabelecido. As tendências globais mudam todos os dias, impulsionando os consumidores a 
acompanharem e adquirirem produtos sem nem mesmo precisarem. Este trabalho evidenciou que 
a tendência em escala global está presente nos hábitos de consumo dos lugares, como em 
Paranavaí. 
Assim, os resultados obtidos demonstram que o comércio central de Paranavaí é pouco 
dinâmico havendo dificuldades de consumo devido ao baixo poder de compra da população. Se 
verificou que ocasionalmente, e em pequeno número, os paranavaienses se deslocam 
principalmente para Maringá e Paraguai em busca de produtos variados e menores preços. No 
entanto, é importante ressaltar que Paranavaí é lugar atrativo de consumo para as populações de 
algumas cidades próximas como Tamboara, Cidade Gaúcha, Paraíso do Norte, São Tomé, Santo 
Antônio e Cidade Gaúcha, entre outras. A mobilidade de consumidores foi algo visivelmente 
 
27 
 
observado neste estudo; com os questionários identificamos que a população da cidade de 
Paranavaí se desloca para outras cidades como Maringá e Paraguai. Os entrevistados encaram os 
custos deste deslocamento como um fator viável, isso porque o trajeto/passeio também é levado 
em consideração pelos consumidores. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008. 
 
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Maringá (PR- Brasil) e de Leiria (Portugal): a resistência dos trabalhadores e consumidores do 
setor no contexto do capitalismo global. Tese apresentada à Universidade Estadual de Maringá 
para a obtenção do grau de Doutor em Geografia, 2015. 
 
CORRÊA, R. L. Introdução à geografia cultural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. 
 
CARLOS, A. F. A. O lugar no/ do mundo. São Paulo: FFLCH, 2007. 
 
GHIZZO, M. R. A mobilidade do consumo na cidade de Maringá: ensaio de uma noção. 2006. 
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Graduação em Geografia da Universidade Estadual de Maringá como requisito parcial para a 
obtenção do título de doutor em Geografia. 
 
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). IBGE – cidades. Disponível em: 
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https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/paranavai/panorama
 
28 
 
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LEFEBVRE, H. O direito à cidade. Trad: Rubens Eduardo Frias. São Paulo: Centauro, 2001. 
 
LIPOVETSKY, G. A Felicidade Paradoxal. Ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo. São 
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imaginário. In Comunicação, Mídia e Consumo / Escola Superior de Propaganda e Marketing. Ano 
10. v. 10. n. 29 (Set./Dez., 2013). São Paulo: ESPM, 2013. 
 
ORTIGOZA, S. A. G. Paisagens do consumo: São Paulo, Lisboa, Dubai e Seul. São Paulo: 
Cultura Acadêmica, 2010. Disponível em: <file:///C:/Users/USER/Downloads/Paisagens-do-
Consumo%20(1).pdf>. Acesso em: 20 out. 2018. 
 
ROCHA, Everardo. Representações do consumo: estudos sobre a narrativa publicitária. 1. ed. 
Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio/ Mauad, 2006. 
 
ROCHA, M. M. A espacialidade da mobilidade humana: um olhar para o norte central 
paranaense. Tese (doutorado em geografia humana). Programa de Pós-Graduação em Geografia 
Humana. Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. 
 
VILLAÇA, F. Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Studio Nobel: FAPESP: Lincoln 
Institute, 2001. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
EIXO TEMÁTICO: Educação 
 
A IMPORTÂNCIA DA AULA DE CAMPO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE 
PROFESSORES DE GEOGRAFIA 
Fabiano de Jesus Giacomini1 
Sandra Regina Pizzolato Ferreira2 
 
1Aluno do Curso de Geografia-UNESPAR, Campus Paranavaí.E-mail:FabianoJesusGiacomini@hotmail.com 
2Professora Doutora do Curso de Geografia-UNESPAR,Campus Paranavaí, E-mail: spizzolatof@gmail.com 
 
RESUMO: O presente resumo discute questões voltadas a importância da aula de campo no 
ensino-aprendizagem de Geografia, com o intuito de nos mostrar como essas atividades fora das 
salas de aulas contribuem para um possível agregamento de conhecimento aos discentes, afim de 
nos fazer observar como essa metodologia instiga os alunos que estão em processo de formação 
a buscarem novos meios de observações, anotações e análises, com o objetivo de iniciar-se in loco, 
uma nova forma de se pensar o espaço. Uma didática que, rompe com a ideia de linearidade dos 
currículos, inovando-se as formas de trabalhar os conteúdos e estimulando a reflexão, a crítica e 
ampliando o aprendizado. Em virtude disso, busca-se compreender como a formação de um 
professor se consolida através das aulas de campo durante sua formação. 
 
PALAVRAS CHAVES: Aula de Campo; Geografia; Formação Docente 
 
Introdução 
A questão da formação docente está amplamente estudada tanto por educadores que 
trabalham com a Didática na formação de professores como pelos que trabalham com Geografia e 
pode ser analisada sob vários olhares. Considerando as inúmeras transformações sofridas pelos 
futuros professores. 
A Geografia é um campo aberto para observações e análises, porque o homem vive um 
tempo e um espaço onde surgem fatos e/ou situações que implicam determinadas explicações. 
Segundo Cabral (2007, p. 3), o papel da geografia na construção de uma “análise espacial 
renovada” parte do conhecimento acerca do significado das categorias espaciais, resultando em 
uma “conjugação particular de processos materiais e de processos de significação”. 
A aula de campo é uma técnica teórico-metodológica de ensino-aprendizagem de 
fundamental importância na formação de professores. Estudar o espaço na ótica da Ciência 
Geográfica, implica em esforço para abarcar a relação sociedade-natureza numa visão de 
totalidade, que configura diferentes paisagens. Dessa forma, este resumo, busca fomentar o debate 
mailto:FabianoJesusGiacomini@hotmail.com
mailto:spizzolatof@gmail.com
 
30 
 
de como a técnica de campo pode consolidar a formação de um professor de Geografia, buscando 
compreender e analisar o quanto agrega e instiga o aprimoramento, o desenvolvimento e 
conhecimento nos acadêmicos, visto que, são ambas as formas de relacionar as teorias abordadas 
na graduação com as práticas de campo. Portanto, veremos que tais concepções devem sempre 
estar voltadas para os principais conceitos e dimensões da Geografia. 
 
Desenvolvimento 
 A priori, partimos de uma pergunta problematizadora, com intuito de nos fazer refletir: “Como 
formar um bom professor de Geografia? O acadêmico de geografia, ao longo de sua formação, 
participa de viagens de estudo, realiza visitas técnicas e saídas a campo para observar e coletar 
dados, conhecer realidades em escalas diferentes. Contudo, apesar de numerosas oportunidades 
elas parecem ser insuficientes para a futura prática docente. Kaercher (2002, p4) diz [...]Parece que 
falta, em muitos professores, a palavra e, sobretudo, o sentido do fazer e do transformar o espaço. 
E o quanto essa transformação e construção do espaço nos constitui, nos forma e nos transforma.” 
 O período de construções de conhecimentos de fato é na Universidades, tendo em vista as 
diversas formas de ensino-aprendizagem, as técnicas didáticas de cada professor adequadas ao 
conteúdo programático de suas disciplinas. No entanto, uma técnica didática que se faz muito 
presente na formação de um professor de Geografia em grande parte das matérias dessa 
Graduação, ‘é a aula de campo’. 
A Aula de Campo é uma ferramenta didática que contribui na superação desse 
desafio, pois além de aproximar a teoria da realidade, vincula a leitura e a 
observação, situações e ações que, associadas à problematização e à 
contextualização encaminhadas pelo docente, ampliam a construção do 
conhecimento pelo aluno. Essas possibilidades permitem ao discente experimentar 
e desenvolver outras inteligências que nem sempre são contempladas e 
incentivadas na sala de aula. Neste sentido, optou-se em incluir a atividade de 
campo como ferramenta didático-pedagógica no processo de ensino de Geografia 
com o intuito de facilitar e melhorar a aprendizagem, utilizando o incentivo de outras 
inteligências. (ZORATTO, 2014, p.2) 
Esta ferramenta surge como importante instrumento formação dos professores de 
Geografia, e constitui-se em um meio para desenvolver uma percepção apreciativa sobre o território, 
num contexto menos formal que o da sala de aula, e para construir alternativas de trabalho que 
sejam relevantes à prática pedagógica (ANTONELLO, et al. 2005, p.2; MATHEUS, 2016). Segundo 
Monteiro (2015, p.2), a metodologia de campo permite uma análise das transformações 
socioespaciais e possibilitam ao aluno diante daquela área ou paisagem, exercitar a atitude de 
observar, investigar, examinar e comprovar, estabelecendo-se um elo entre o conhecimento teórico 
e o empírico; tanto nas peculiaridades no quadro físico, quanto no humano. 
 
31 
 
Fundamentada em linhas metodológicas, constitui-se de três etapas: das teorias pré-
estabelecidas em sala de aula, à chegada ao campo e o pós-campo. A primeira etapa, constitui-se 
de trabalho em sala de aula, abordando a teoria, como preparação ao campo; a segunda, 
desenvolvida no campo, na qual são estabelecidas as descrições dos fatos geográficos e a terceira 
etapa, o pós campo, os acadêmicos buscam correlacionar teoria e prática, elucidando de forma 
mais precisa o proposto em campo e elaborando relatório específico dos conteúdos trabalhados. 
Dada, a etapa da aula de campo, voltamos o foco a sua importância onde com ela o 
acadêmico de Geografia consegue enxergar o espaço com um novo olhar, uma nova visão, a visão 
científica, trazer tudo o que foi visto, observado e analisado para o seu cotidiano, visando entender 
os principais conceitos da geografia como: território, região, lugar e paisagem (SANTOS, p.17-25, 
1988.), seguidamente das dimensões da Geografia onde esses conceitos se encaixam, sendo, as 
dimensões culturais, políticas, econômicas e socioambientais. (PARANÁ, 2008, p 69.) 
 Portanto, é notória a importância da aula de campo, o saber inicial, relacionando as práticas 
de ensino às práticas de campo, em que, ambas as etapas ajudam na construção e 
aperfeiçoamento dos conhecimentos e subsidiam as bases educacionais didáticas e metodológicas 
dos futuros professores. Voltando a pergunta de onde partimos: “Como formar um bom professor 
de Geografia?” Não existe uma técnica específica, o conhecimento se faz no dia-a-dia, com as 
vivências e experiências adquiridas em sala de aula e além dela, com o intuito de que, a aula de 
campo deve estar presente no processo de ensino-aprendizagem para formação dos professores 
de Geografia. 
 
Conclusão 
Enfim, no ensino de geografia, percebe-se que a aula de campo em si dentro dos limites 
citados, são de extrema importância, pois o laboratório da geografia é o campo. Grande potencial 
no ensino-aprendizagem, pois trata da prática, da experiência e do real analisado. Soma-se como 
resultado o agregamento de conhecimento sobre o espaço geográfico dos acadêmicos, as 
perspectivas norteadas estão abertas a novas pesquisas e novos focos, tanto na formação de 
professores como de alunos na Educação Básica, tanto na área física ou humana da disciplina de 
Geografia. 
 
Referências 
ANTONELLOI, T.; MOURA, J.D.P.; TORRES, E.C. Uma proposta para a formação de professores de 
geografia: trabalho de campo integrado. Rio Claro: GEOGRAFIA. v.30, n. 3, p. 471-490, set./dez. 2005. 
 
32 
 
Disponível em http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ageteo/article/view/645/544. Acesso 
em 09 de nov. 2019. 
 
CABRAL, L.O. Revisitando as noções de espaço, lugar, paisagem e território, sob uma perspectiva 
geográfica. Revista de CiênciasHumanas. Florianópolis: EDUFSC. v.41, n.1 e 2, p. 141-155, 2007 
Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/viewFile/15626/14158. Acesso em 09 de 
nov. 2019. 
 
KAERCHER, N. A. O gato comeu a geografia crítica? Alguns obstáculos a superar no ensino-
aprendizagem de geografia. São Paulo: Contexto, 2002. 
 
MONTEIRO, A. O.; SANTOS, R. P. S. dos A importância da aula de campo na formação dos professores 
de geografia. IN II CONEDU-Congresso Nacional de Educação. Campina Grande, Paraíba Disponível em: 
http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV045_MD4_SA4_ID6320_090920
15113737.pdf. Acesso em: 09 de nov. 2019. 
 
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação básica Geografia. Secretaria de Estado da Educação 
Paraná, Paraná, 2008. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/ 
File/diretrizes/dce_geo.pdf. Acesso em:15 de nov. de 2019 
 
SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado: Fundamentos teóricos e metodológicos da Geografia. 
São Paulo: Hucitec, 1998. p.17-25. 
 
ZORATTO, F. M. M. Aula de campo como instrumento didático-pedagógico para o ensino de geografia. 
2014. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_ 
pde/2014/2014_unioeste_geo_artigo_fabiana_martins_martin.pdf. Acesso em: 09 nov. 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
EIXO TEMÁTICO: Meio ambiente 
 
A RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO CONTEXTO DAS MICRO E 
PEQUENAS EMPRESAS BRASILEIRAS 
 
Francilene Bernardo Cordeiro¹ 
Yuri Alexander dos Santos Rôas² 
 
¹ Graduanda do curso de Administração e graduada em Serviço Social pela Universidade Estadual do Paraná; Pós-graduanda em 
Políticas e Gestão de Serviço Social, bem como, do curso de Gestão Hospitalar pela UNIASSELVI; Técnica em Química em Instituição 
Estadual de ensino. E-mail:fran_lenebernardo@hotmail.com; 
² Mestrando em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Maringá. E-mail: yurialex_sr@hotmail.com 
 
RESUMO 
A responsabilidade socioambiental se constitui em ações e relações que as empresas instituem em 
prol do desenvolvimento sustentável. No entanto, estudos apontam que sua significância e 
relevância são desconhecidas por parte dos empreendedores das micro e pequenas empresas 
brasileiras. Diante disso, o objetivo principal dessa pesquisa é compreender a importância das 
ações de responsabilidade socioambiental desenvolvidas pelas micro e pequenas empresas do 
Brasil. Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica envolvendo a análise de livros e artigos 
científicos sobre a temática que nos mostraram que as ações de responsabilidade socioambiental 
desenvolvidas pelas micro e pequenas empresas do Brasil são relevantes para a minimização das 
desigualdades sociais, do pauperismo, elevação da escolaridade, melhoria da qualidade de vidas, 
bem como, de oportunidades. 
PALAVRAS-CHAVE: Responsabilidade Socioambiental; Micro e Pequenas Empresas; 
Filantropia. 
 
Introdução 
A responsabilidade socioambiental pode ser compreendida como o estabelecimento de 
desenvolvimento de ações e relações que visam, sobretudo, o “desenvolvimento sustentável da 
sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a 
diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais” (INSTITUTO, 2012, p. 1). Contudo, 
a maioria dos empreendedores das micro e pequenas empresas no Brasil – que representam 99% 
das organizações brasileiras – a executam pontualmente e a caracteriza como filantropia (SEBRAE, 
2018). Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo principal compreender a importância das 
 
34 
 
ações de responsabilidade socioambiental desenvolvidas pelas micro e pequenas empresas do 
Brasil. 
 
Desenvolvimento 
A responsabilidade socioambiental é um conceito que vem sendo abordado por diversos 
autores em áreas distintas. Mas, de forma geral, ela pode ser entendida como ações que uma 
determinada organização realiza com vista para o desenvolvimento sustentável (INSTITUTO, 
2012), nas quais proporcionam às empresas: redução de carga tributária; “obtenção de certificados 
e selos e preferência nas licitações”; bem como, a criação de uma boa imagem perante seus 
clientes, o que é um fator determinante para a elevação da lucratividade (ESTIGARA, 2009, p.14). 
No entanto, estudos demonstram que a compreensão e a relevância dessas ações não são 
compreendidos pela maior parte dos empreendedores das micro e pequenas empresas do Brasil, 
nos quais, em sua maioria, possuem “a visão de que sua atuação na melhoria de problemas sociais 
e ambientais é pontual, geralmente encarada como filantropia” ou de responsabilidade de apenas 
das grandes empresas (SÁ et al. 2013, p. 7). No entanto, as micro e pequenas empresas tem muito 
a contribuir, visto que elas se constituem em um dos principais agentes econômicos no Brasil por 
representar 99% das 6,4 milhões de empresas brasileiras (SEBRAE, 2018). 
Dessa forma, dada sua representatividade no contexto econômico brasileiro, as ações de 
responsabilidade social desenvolvidas pelas micro e pequenas empresas são relevantes para “a 
redução das desigualdades sociais, da pobreza, o aumento do nível educacional, a promoção de 
melhores condições de vida e de oportunidades” para os sujeitos, não podendo ser executada 
pontualmente ou caracterizada como uma filantropia (SÁ et al. 2013, p. 8), mas sim, como um 
compromisso compartilhado entre organização e sociedade na busca por efetivação da justiça 
social (SILVA, 2010). 
 
Conclusão 
 Por meio do estudo realizado foi possível compreender que, devido a proporção 
representativa das micro e pequenas empresas como um dos principais agentes econômicos 
brasileiro, as ações de responsabilidade socioambiental realizadas por esse tipo de organização 
são importantes para a minimização das desigualdades sociais, do pauperismo, elevação da 
 
35 
 
escolaridade, melhoria da qualidade de vidas, bem como, de oportunidades. Vale destacar que 
Compreende-la de forma incoerente, como o filantropia, implica na não execução frequente, o que 
pode ser um fator predominante para o não alcance de aspectos inerentes a relevância da 
responsabilidade socioambiental. 
 
 Referências 
ESTIGARA, A. Responsabilidade Social e Incentivos Fiscais. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
INSTITUTO Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. O que é RSE. São Paulo: Ethos, 
[2012?]. Disponível em: 
<http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/pt/29/o_que_e_rse/o_que_e_rse.aspx>. Acesso em: 15 nov. 
2019. 
 
SÁ, M. et al. Responsabilidade Socioambiental: Um Desafio Para A Micro E Pequena Empresa. 
Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia: Gestão e Tecnologia para a 
Competitividade. 2013. Disponível em: 
<https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos13/53418641.pdf>. Acesso em: 7 nov. 2019. 
 
SILVA, L. N. Responsabilidade social empresarial: um compromisso entre a empresa e a 
sociedade na promoção da justiça social. 2010. Disponível em: < 
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-77/responsabilidade-social-empresarial-um-
compromisso-entre-a-empresa-e-a-sociedade-na-promocao-da-justica-social/ >. Acesso em: 7 
nov. 2019. 
 
SEBRAE. Pequenos Negócios: Estudo De Mercado. Disponível em: em: 
<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/sp/sebraeaz/pequenos-negocios-em-
numeros,12e8794363447510VgnVCM1000004c00210aRCRD>. Acesso em: 9 nov. 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
Eixo temático – Meio Ambiente 
 
DESCARTE DE LIXO ELETRÔNICO: estudo de caso do bairro Morumbi, 
Paranavaí - PR 
 
Danielle Solovioff¹ 
Fernando Henrique² 
Geovana Baptistelli³ 
Lucimara Kapran4 
Taynara Regina dos Santos5 
 
¹ Aluna do curso de Geografia da Unespar, Campus Paranavaí. E-mail: solovioffdani@gmail.com; ² Aluno do curso de Geografia da 
Unespar, Campus Paranavaí. E-mail: fer.kesya@gmail.com; ³ Aluna do curso de Geografia da Unespar, Campus Paranavaí. E-mail: 
geovanabaptistelli@hotmail.com;4 Aluna do curso de Geografia da Unespar, Campus Paranavaí. E-mail: 
lucimarakapran17@gmail.com; 5 Aluna do curso de Geografia da Unespar, Campus Paranavaí. E-mail: taynararegina098@gmail.com. 
 
RESUMO - O lixo eletrônico vem crescendo em grande velocidade ocasionando danos à saúde e 
ao meio ambiente devido ser altamente poluente por possuir metais pesados em sua composição, 
entretanto o presente projeto ambiental tem como objetivo a conscientização e a mudança do mal 
habito do descarte de lixos eletrônicos em terrenos e áreas inapropriadas pela população do bairro 
Morumbi, por intermédio de uma feira realizada no Colégio Flauzina Dias Viegas. E.F.M. no qual 
será efetuado campanhas através de cartazes confeccionados pelos discentes do primeiro ano A, 
no qual serão fixados em pontos estratégicos onde encontra-se o descarte de lixos eletrônicos, com 
o intuito de informar sobre a feira e os perigos ocasionados por esse ato. Após o recolhimento 
desses lixos eletrônicos será destinado a uma cooperativa. Acredita-se que esse projeto possa 
trazer contribuições para o processo de formação dos estudantes e conscientizando a população 
sobre as ações de descarte e objetivando o manuseio adequado desses resíduos. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Conscientização; Descarte; Lixo eletrônico. 
 
 
Introdução 
 
Com o avanço da sociedade de consumo, e a grande diversidade e disponibilidade de produtos 
eletrônicos, têm chamado muito a atenção a quantidade de lixo eletrônico gerado nos últimos anos, 
o que passa a ser um grande desafio para os agentes públicos e para a população em geral. Por 
conter uma gama de substâncias químicas presentes no lixo eletrônico eletrônicos, sendo eles 
prejudiciais à saúde, por exemplo a substâncias presentes nos aparelhos celulares, que é o arsênio 
 
37 
 
pode ocasionar agentes cancerígenos e afetar o sistema nervoso e cutâneo através da inalação ou 
toque, dentre outras elementos ainda não citados, sendo assim não há outra alternativa a não ser 
investir na divulgação dessas informações na sociedade escolar pois desta forma os alunos irão ser 
os agentes principais no movimento de conscientização da população do bairro Morumbi (Paranavaí 
– Pr) informando o devido local do descarte de lixo eletrônico. 
A escolha deste local se deve ao registro de frequentes descarte inadequado de lixo eletrônico em 
terrenos baldios, que além de gerar a contaminação do solo e da água, acabe funcionando como 
ambiente propício para toca de escorpiões e proliferação de vetores patológicos como ratos e o 
mosquito Aedes aegypti. 
 
Desenvolvimento 
 
 A partir da proposta de Educação Ambiental, os alunos vão adquirir, conhecer e repassar 
para próximas gerações conscientizando a população ao seu redor primeiramente por intermédio 
de cartazes fixados em locais onde há registro de descarte inadequado, informando sobre a feira 
de recolhimento de lixo eletrônico que será realizada no Colégio Estadual Flauzina Dias Viegas no 
Bairro Morumbi da cidade de Paranavaí - Pr. Todo o lixo eletrônico recolhido na feira a empresas 
especializadas (cooperativas de recicláveis) de Paranavaí e região. 
 
Conclusão 
 
 Espera-se que através desse projeto realizado no Colégio Flauzina Dias Viegas os alunos, 
pais e a população do bairro Morumbi adquiram conhecimento sobre o local apropriado para o 
descarte de lixos eletrônicos e os perigos ocasionados para a saúde e o meio ambiente, 
conscientizando e alertando a sociedade por intermédio de uma ação executada pelos alunos. 
 
 
 Referências 
 
CELINSKI, T.M; CERUTI, D. M. L; JUNIOR, M. J. L; LOPES, M. J. S; VAZ, J. L.K. P. Lixo 
Eletrônico: Educação e Conscientização Ambiental. Resumo expandido. 12° CONEX. 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
EIXO TEMÁTICO: Geografia Física 
 
ANÁLISE LITOLÓGICA E MAPEAMENTO DO MUNICÍPIO DE CRUZEIRO DO 
OESTE - PR 
 
 
Itamar Sateles de Sá¹ 
Bronislau Max Miguel Prestes ² 
Edison Fortes³ 
 
¹ Mestrando em Geografia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). E-mail: itamarsateles@live.com; ² Mestrando em Geografia 
pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). E-mail: bronismmp@gmail.com; ³ Professor Doutor do Programa de Pós Graduação em 
Geografia da Universidade Estadual de Maringá (UEM). E-mail: edison-fortes@hotmail.com 
 
RESUMO 
Cruzeiro do Oeste é um município localizado no noroeste do Paraná que ganhou notoriedade após 
serem descobertos inúmeros fósseis de dinossauros e pterossauros em seu território. O objetivo 
deste resumo é apresentar um mapa litológico desenvolvido para Cruzeiro do Oeste, além de 
discutir acerca da litologia local. O mapa foi desenvolvido por meio dos softwares QGIS e Inkscape 
utilizando-se dados disponibilizados pelo Serviço Geológico Brasileiro (CPRM). Sendo assim, foi 
possível concluir que a formação litológica predominante no município é a Formação Rio Paraná 
(Grupo Caiuá), cobrindo 89% da área total. 
PALAVRAS-CHAVE: Cruzeiro do Oeste/PR; Mapeamento Litológico, Análise Litológica. 
 
 
Introdução 
O município de Cruzeiro do Oeste, localizado no Noroeste do Paraná, ganhou grande 
notoriedade após a descoberta de fósseis de animais pré-históricos, como pterossauros e 
dinossauros, que viveram na região no paleodeserto Caiuá, no Período Cretáceo. Entre as 
principais descobertas no Sítio Paleontológico de Cruzeiro do Oeste está o pterossauro Caiuajara 
dobruskii (MANZIG et al., 2014). Esse foi o primeiro caso da descoberta de pterossauros no interior 
do continente e no sul do Brasil, como afirma LIMA (2019), além de ser a ocorrência mais meridional 
 
39 
 
de pterossauros da família Tapejaride, registrada anteriormente apenas na Espanha, Marrocos e 
China. 
Outra grande descoberta no município foram os fósseis do primeiro dinossauro do Paraná, 
batizado posteriormente de Vespersaurus paranaensis (LANGER et al, 2019). Atualmente, esse 
espécime é o principal atrativo do Museu Paleontológico de Cruzeiro do Oeste, inaugurado em julho 
de 2019. 
A descoberta dessa grande quantidade de fósseis no município está relacionada à litologia 
da região. Sendo assim, este resumo tem por objetivo abordar a litologia regional, delimitando a 
área desta análise ao território do município de Cruzeiro do Oeste. Ainda, será apresentado um 
mapa representando a litologia do município. 
 
Desenvolvimento 
O mapa litológico de Cruzeiro do Oeste foi desenvolvido através de dados shapefile obtidos 
no site do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). O mapa foi elaborado no software QGIS 2.18 e 
finalizado no software INKSCAPE. O produto final está representado na Figura 1. A área de cada 
formação litológica foi calculada por meio da ferramenta “Geometria” do QGIS 2.18. 
 
40 
 
 
Figura 2: Litologia de Cruzeiro do Oeste 
Elaboração: SÁ, I.S. (2019) 
 
Resultados Preliminares 
 A litologia de Cruzeiro do Oeste é composta principalmente pelos arenitos das 
formações Goio Erê e Rio Paraná, ambos pertencentes ao Grupo Caiuá. Além dos arenitos do 
Grupo Caiuá, estão presentes no município os basaltos da formação Serra Geral (Grupo São 
Bento), em menor quantidade. 
As formações do Grupo Caiuá são arenitos datados do Cretáceo Superior, pertencentes à 
Bacia Sedimentar Bauru, além disso, ambas teve como ambiente de sedimentação o paleodeserto 
Caiuá. A formação Rio Paraná é predominante no território do município, abrangendo uma área de 
aproximadamente 701,5 km² (89% da área total). É nessa formação que o sítio paleontológico está 
localizado. Ainda, correspondia à área mais árida e central do paleodeserto (FERNANDES, 1992). 
 A formação Goio Êre cobre aproximadamente 38,5 km², correspondendo a quase 4,8% do 
território do município. Correspondia às áreas mais periféricas do paleodeserto Caiuá, levando 
alguns autores a crer que havia maior probabilidade de vida que a formação Rio Paraná. Devido 
 
41 
 
isso, alguns autores erroneamente associavam o sítio paleontológico à formação Goio Êre (LIMA, 
2019).

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