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Aula 05 30922065-licitacoes-e-contratos

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DIREITO ADMINISTRATIVO 
LICITAÇÕES E CONTRATOS
Livro Eletrônico
LISIANE BRITO
Professora de Direito Administrativo, especia-
lista em preparação para concursos públicos. 
Pós-graduada em Políticas Públicas e Gestão 
Governamental pela UNIP. Advogada inscrita na 
OAB/MG desde 1997. Graduada em direito pela 
Faculdade de Direito da PUC/MG. Larga expe-
riência como docente, tendo ministrado aulas 
de Direito Administrativo nos principais cursos 
preparatórios do país. Já participou de bancas 
examinadoras e elaboração de questões para 
processos seletivos. Atua como advogada e 
consultora de empresas na área de Licitações 
e Contratos. 
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 DIREITO ADMINISTRATIVO
Licitações e Contratos
Prof.ª Lisiane Brito 
Introdução ................................................................................................5
Finalidade da Licitação ................................................................................6
Conceito de Licitação ..................................................................................7
Art. 6º: Glossário dos Termos Utilizados pela Lei n. 8.666/1993 ........................7
Princípios da Licitação .................................................................................9
Obrigatoriedade de Licitação ......................................................................16
O Regime Jurídico de Licitações e Contratações para as Empresas Públicas e 
Sociedades de Economia Mista: ..................................................................18
A Lei n. 13.303/2016 ................................................................................19
Licitações e Contratos das Empresas Estatais. ..............................................21
Dispensa de Licitação ................................................................................23
Características da Dispensa ........................................................................24
Licitação Dispensada (art. 17) ....................................................................26
Licitação Dispensável ................................................................................29
Caso Mais Comum de Licitação Dispensável: Baixo Valor do Contrato. ............31
Decreto n. 9.412/2018- Os Novos Limites para as Modalidades Convite, 
Tomada de Preços e Concorrência ...............................................................32
Inexibilidade de Licitação (Art. 25) .............................................................37
Modalidades de Licitação (art. 22) ..............................................................39
Concorrência (Art. 22, § 1º) .......................................................................39
Procedimento Geral Adotado nas Licitações ..................................................52
Anulação e Revogação da Licitação .............................................................59
Possibilidade de Revogação ........................................................................59
Obrigatoriedade de Anulação ......................................................................59
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Lei n. 10.520/2002: o Pregão .....................................................................59
Introdução ..............................................................................................59
Conceito de Pregão ...................................................................................63
Exercícios ................................................................................................83
Gabarito ..................................................................................................91
Gabarito Comentado .................................................................................92
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Licitações e Contratos
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Introdução
A Administração, diferentemente dos particulares, sujeita-se ao regime jurídi-
co administrativo, que impõe o dever de obediência aos princípios constitucionais, 
dentre os quais podemos destacar isonomia, impessoalidade, moralidade e indis-
ponibilidade do interesse público. Desse regime jurídico administrativo resulta a 
obrigatoriedade de realização de procedimento licitatório prévio às contratações 
públicas, pelo menos em regra.
Podemos dizer que o princípio da impessoalidade é o principal fundamento da 
licitação.
O poder público não tem ampla liberdade de escolha dos seus fornecedores, 
a exemplo do que ocorre com as empresas privadas.
A licitação, então, é um procedimento público, destinado a promover a seleção 
imparcial da melhor proposta, assegurando a todos que queiram disputar um 
contrato administrativo as mesmas oportunidades. Então, a regra é que deverá ser 
realizada uma licitação, para posteriormente ser celebrado um contrato administra-
tivo. Por isso, a licitação não é uma atividade fim da Administração Pública, e sim, 
uma atividade meio.
Por isso, a regra é:
Antes de contratar, a Administração Pública deverá realizar uma licitação.
As hipóteses de contratação direta são exceções, expressamente mencionadas 
na Lei.
O artigo 89, da Lei n. 8.666/1993, prevê como crime a não realização de licita-
ção, sem que haja fundamento para a contratação direta.
Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de 
observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:
Pena – detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.
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Finalidade da Licitação
As finalidades da licitação são estabelecidas no art. 3º, da Lei n. 8.666/1993:
• Proteção ao princípio constitucional da Isonomia
• Obtenção do contrato mais vantajoso
• Resguardo dos direitos dos licitantes
• Promoção do desenvolvimento nacional sustentável.
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional 
da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a 
promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada 
em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao 
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos
Partindo-se do fato de que existem várias empresas interessadas em contratar 
com a Administração, o procedimento licitatório é um meio de ser feita uma seleção 
imparcial da proposta mais vantajosa para a Administração.Mas, atenção, pois a busca do atingimento desse fim não autoriza a violação de 
garantias individuais, nem tratamento diferenciado a fornecedor determinado, 
em detrimento dos demais.
A Lei n. 8.666/1993 deixa claro que uma das finalidades da licitação é assegurar 
o princípio constitucional da isonomia.
Alterações recentes no artigo 3º dessa Lei incluíram a terceira finalidade da 
licitação: Promoção do desenvolvimento nacional sustentável.
Com isso, o legislador atribuiu ao Estado o papel de fomentador do desenvol-
vimento sustentável, já que o poder de compra do governo poderá ser utilizado 
para a reformulação dos padrões de consumo, o que terá como consequência a 
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redução de consumo de recursos não renováveis, preservação de recursos 
naturais e redução de custos de produção.
Conceito de Licitação
Licitação é o procedimento administrativo pelo qual a Administração seleciona 
a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse, assegurando a obser-
vância do princípio constitucional da isonomia e contribuindo para a promoção do 
desenvolvimento nacional sustentável.
Art. 6º: Glossário dos Termos Utilizados pela Lei n. 
8.666/1993
A Lei n. 8.666/1993 traz, no seu art. 6º, um verdadeiro glossário, que informa 
o significado de alguns termos empregados no texto legal.
Utilize-o, sempre que necessário, para facilitar a compreensão e o estudo da lei.
Obra: toda a construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, reali-
zada por execução direta ou indireta.
Serviço: toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse 
para a Administração, como demolição, conserto, instalação, montagem, operação, 
conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, pu-
blicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais.
Compra: toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez 
ou parceladamente.
Alienação: toda transferência de domínio de bens a terceiros.
Obras, Serviços e Compras de Grande Vulto: aquelas cujo valor estimado 
seja superior a vinte e cinco vezes o valor estabelecido para concorrência.
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Seguro-garantia: o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações 
assumidas por empresas em licitações e contratos.
Execução direta: a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, 
pelos próprios meios.
Execução indireta: a que o órgão ou entidade contrata com terceiros, sob 
qualquer dos regimes abaixo:
Empreitada por preço global: quando o que a Administração contrata é a 
execução de uma obra ou serviço, por um preço certo e total.
Empreitada por preço unitário: quando o que a Administração contrata é a 
execução de uma obra ou serviço, por um preço certo de unidades determinadas.
Tarefa: quando a administração contrata mão de obra para pequenos trabalhos, 
com ou sem o fornecimento de material, por preço certo.
Empreitada integral: quando a Administração Pública contrata um empreen-
dimento na sua integralidade, compreendendo todas as etapas de obras, serviços 
e instalações necessárias. A contratada tem inteira responsabilidade até a entrega, 
atendidos os requisitos técnicos e legais para utilização em condições de segurança 
estrutural e operacional, com as características de acordo com a contratação.
Projeto básico: é o conjunto de elementos necessários para caracterizar a 
obra, possibilitando a avaliação dos custos, definição dos métodos e tempo de exe-
cução.
Projeto executivo: o conjunto de elementos necessários e suficientes à exe-
cução completa da obra, de acordo com as normas da ABNT.
Administração Pública: a administração direta e indireta da União, dos Es-
tados, D.F. e municípios, abrangendo inclusive as entidades de direito privado sob 
controle do poder público e as fundações mantidas ou criadas por ele.
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Administração: é espécie do gênero administração pública. É o órgão ou enti-
dade através do qual a Administração pública atua diretamente.
Imprensa oficial: o diário oficial para a União, e o que for definido nas leis dos 
Estados, DF e municípios.
Contratado: a pessoa física ou jurídica que assina contrato com a administra-
ção.
Comissão: é a comissão, permanente ou especial, criada pela Administração, 
com a função de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos 
relativos à licitação e ao cadastramento dos licitantes.
Princípios da Licitação
O art. 3º, da Lei n. 8.666/1993, traz, explícitos, alguns dos princípios que de-
vem informar a licitação. Além desses, a lei traz outros, implícitos. São princípios 
explícitos:
• Legalidade
• Impessoalidade
• Moralidade
• Igualdade
• Publicidade
• Probidade administrativa
• Vinculação ao instrumento convocatório
• Julgamento objetivo
• Procedimento formal
• Adjudicação compulsória
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Legalidade
Impõe vinculação à lei, em todos os procedimentos ou fases da licitação.
O art. 4º da Lei n. 8.666/1993, estabelece que os participantes da licitação pos-
suem direito subjetivo à observância do procedimento estabelecido pela lei.
Se esse princípio não for obedecido, o procedimento licitatório inteiro poderá ser 
impugnado. A lei permite que qualquer cidadão acompanhe a licitação, desde que 
não atrapalhe a realização dos trabalhos.
Impessoalidade
Está intimamente ligada aos princípios da igualdade e do julgamento obje-
tivo.
Todos os licitantes terão os mesmos direitos e obrigações. A administração de-
verá decidir a licitação com o emprego de critérios objetivos, sem considerar con-
dições pessoais do licitante.
Moralidade
O administrador deve manter conceitos éticos e morais.
Igualdade
Temos aqui a aplicabilidade dos artigos 37, XXI CF e art. 3 º, § 1º, I e II da 
Lei n. 8.666/1993.
O princípio da impessoalidade, o emprego, pela Administração Pública, de con-
dições que impliquem preferência em favor de determinado licitante, em prejuízo 
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dos demais. Observe que há uma intima relação entre este princípio e o da impes-
soalidade.
Se a licitação propiciar as mesmas condições a todos os licitantes, respeitando 
suas diferenças, estará agindo com impessoalidade.
A Lei de Licitações proíbe aos agentes públicos:
estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previden-
ciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangerias, inclusive no que se 
refere à moeda, modalidade e local de pagamento, mesmo quando envolvidos financia-
mentos de agências internacionais.
Há exceções.
A Lei n. 13.146, de 2015, promoveu importantes alterações no artigo 3º da Lei n. 
8.666/1993, incluindo vários incisos e parágrafos.
Atualmente, é permitido ao administrador dar preferência a bens e serviços 
produzidos e prestados no país, em relação aos similares estrangeiros, a fim de 
contribuir para o desenvolvimento nacional sustentável.
Veja:
Art. 3º
(...)
§ 1º É vedado aos agentes públicos:
I – admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições 
que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos 
casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão 
da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância 
impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto 
nos §§ 5º a 12 deste artigo e no art. 3º da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991;
II – estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, pre-
videnciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no 
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que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos 
financiamentos de agências internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte 
e no art. 3º da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991.
(...)
5º – Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para:
I – produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas 
brasileiras; e
II – bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimen-
to de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado 
da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação
§ 6º A margem de preferência de que trata o § 5º será estabelecida com base em es-
tudos revistos periodicamente, em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em 
consideração:
I – geração de emprego e renda;
II – efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais;
III – desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País;
IV – custo adicional dos produtos e serviços; e
V – em suas revisões, análise retrospectiva de resultados.
§ 7º Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvi-
mento e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido margem de 
preferência adicional àquela prevista no § 5º.
§ 8º As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de 
serviços, a que se referem os §§ 5º e 7º, serão definidas pelo Poder Executivo federal, 
não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) 
sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros
§ 9º As disposições contidas nos §§ 5º e 7º deste artigo não se aplicam aos bens e aos 
serviços cuja capacidade de produção ou prestação no País seja inferior:
I – à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou
II – ao quantitativo fixado com fundamento no § 7º do art. 23 desta Lei, quando for 
o caso.
§ 10. A margem de preferência a que se refere o § 5º poderá ser estendida, total ou 
parcialmente, aos bens e serviços originários dos Estados Partes do Mercado Comum do 
Sul - Mercosul.
(...)
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As licitações precisam ser amplamente divulgadas a fim de atrair grande núme-
ro de licitantes e, consequentemente, ter mais efetividade na seleção da proposta 
mais vantajosa.
Além deste aspecto, é importante lembrar que, sendo pública a licitação, qual-
quer cidadão pode acompanhar seu procedimento e participar do controle.
Lei n. 8.666/1993
Art. 3º
(...)
§ 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos seus atos, salvo o conteúdo das pro-
postas, até sua abertura
Probidade administrativa
Temos aqui um mandamento constitucional. A improbidade já ganhou contornos 
bem definidos no direito positivo brasileiro, já que o art. 37, § 4º da Constituição 
da República, prevê as sanções para os agentes públicos que cometerem atos de 
improbidade.
CF/1988
Art. 37
(...)
§ 4º: os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políti-
cos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, 
na forma e graduação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível
A probidade, como princípio explícito na Lei de Licitações, tem o sentido de 
honestidade, boa-fé e moralidade, que devem ser observados pelos agentes 
públicos.
Vinculação ao Instrumento Convocatório (Art. 41 da Lei n. 8.666/1993)
Esse princípio se dirige tanto à administração quanto aos licitantes.
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Garante que as regras traçadas para o procedimento sejam fielmente observa-
das. Se a regra não for respeitada, o procedimento será ilícito, sujeitando-se ao 
controle administrativo e judicial.
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual 
se acha estritamente vinculada.
§ 1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregulari-
dade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes 
da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração 
julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade 
prevista no § 1º do art. 113.
§ 2º Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a adminis-
tração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos 
envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas 
em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou irre-
gularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito 
de recurso.
§ 3º A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de participar do 
processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente.
§ 4º A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases 
subsequentes.
Princípio do Julgamento Objetivo
Esse princípio tornavinculada a escolha das propostas, na medida em que impõe 
aos julgadores o dever de observância dos critérios pré-fixados pela administração.
Exemplo: se o critério previsto foi menor preço, não poderá ser escolhida propos-
ta de melhor técnica.
O art. 45 trata desse princípio, estabelecendo inclusive regras para o julgamen-
to e definindo os tipos de licitação no §1º.
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação 
ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, 
os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores 
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exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e 
pelos órgãos de controle.
Não podemos confundir as expressões “tipos de licitação” e “modalidades de lici-
tação”.
Vejamos o § 1º do Artigo 45, para gravarmos esse conceito:
§ 1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade 
concurso
I – a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a 
Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de 
acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;
II – a de melhor técnica;
III – a de técnica e preço.
IV – a de maior lance ou oferta-nos casos de alienação de bens ou concessão de direito 
real de uso.
Princípio da Adjudicação Compulsória
Esse princípio, implícito no art. 50 da Lei n. 8.666/1993, determina que o lici-
tante que apresentar a proposta mais vantajosa será o vencedor da licitação, 
o que lhe confere o direito à preferência, se for feita a posterior contratação.
Isso se deve ao fato de que, enquanto o prazo de adjudicação for válido, não 
será possível a Administração contratar outro licitante, que não seja o primeiro co-
locado na licitação.
Também é vedada a abertura de nova licitação, enquanto for válido o prazo de 
adjudicação, para o mesmo contrato.
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Se a licitação chegar ao final, entrega do objeto da licitação (a adjudicação) so-
mente poderá ser feita ao vencedor.
Mas, lembre-se que o vencedor terá direito apenas à adjudicação, que é a 
atribuição do objeto da licitação, e não ao contrato imediato.
Se, por outro lado, a administração optar pela revogação da licitação, não ha-
verá direito à adjudicação
Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de 
classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob 
pena de nulidade.
Princípio do Procedimento Formal
O art. 4º da Lei n. 8.666/1993, assegura a todos os que participem de Licita-
ções o direito público subjetivo à observância do pertinente procedimento previsto 
na Lei.
Art. 4º Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou entidades a 
que se refere o art. 1º têm direito público subjetivo à fiel observância do pertinente 
procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu de-
senvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos 
trabalhos.
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato administra-
tivo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública.
Obrigatoriedade de Licitação
Trata-se de uma exigência constitucional, prevista no Art. 37, XXI. É obriga-
tória a licitação para obras, serviços, compras e alienações.
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XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e 
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igual-
dade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações 
de pagamento, mantidas as condições
A Constituição Federal também, no seu art. 175, a realização de licitação para a 
entrega de Concessões e Permissões de Serviços Públicos.
Mas, nesse caso, os procedimentos licitatórios serão regidos por leis específicas.
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de 
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos
O âmbito de atuação da Lei de licitações e, consequentemente, a obrigatorie-
dade da realização do procedimento, alcança os Órgãos da Administração Direta, 
os Fundos especiais, as pessoas descentralizadas e demais entidades controladas 
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Lei n. 8.666/1993
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos 
pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações 
no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração 
direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públi-
cas, as sociedades de economia mista* e demais entidades controladas direta ou 
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, 
permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, 
serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nes-
ta Lei.
*após a edição da Lei n. 13.303, de 2016, as empresas públicas e sociedades de 
economia mista passaram a ser regidas por essa norma, deixando de ser aplicado 
a elas o regramento previsto na Lei n. 8.666/1993.
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Obs.:� Entidades privadas:
 � Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, Organi-
zações Sociais, fundações de apoio e outras entidades do cha-
mado terceiro Setor, subordinam-se à Lei de Licitações apenas 
quando seus contratos envolvam recursos ou bens repas-
sados pela União. Isso também se aplica aos Consórcios Públi-
cos.
O Regime Jurídico de Licitações e Contratações para as 
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista:
As Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista, em princípio, devem se 
submeter ao regime de licitações, mas o que irá definir os parâmetros e a extensão 
desse regramento é o tipo de atividade desempenhada pela estatal.
O regramento específico das licitações paraessas entidades, dotadas de perso-
nalidade jurídica de direito privado, está no art. 173, § 1º, III, CF/1988:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de ati-
vidade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da 
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º. A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de eco-
nomia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou 
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os 
princípios da administração pública;
(...)
Então, as empresas estatais se submetem à regra do Art. 173, § 1º, III, da 
CF/1988.
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Estão subordinadas aos princípios da isonomia, probidade e boa-fé, mas não es-
tão submetidas a todas as regras do regime de licitação das autarquias, fundações 
e Administração Direta.
O TCU já firmou entendimento de que não é obrigatória a realização de licitação, 
por empresas públicas e Sociedades de Economia mista, em alguns casos, como 
por exemplo:
Contratações de atividades-fim.
A licitação é obrigatória apenas para as atividades-meio, como a construção de um 
edifício, serviços de limpeza e vigilância.
A Emenda Constitucional n. 19/1998, que alterou o § 1º do art. 173 da CF/1988, 
trazendo a permissão de que lei própria viesse a tratar especificamente da licitação 
das empresas públicas e sociedades de economia mista. Com a publicação da Lei n. 
13.303/2016, denominada “lei das Estatais”, ficou derrogada a Lei n. 8.666/1993, 
no que diz respeito às regras para licitação de empresas públicas e sociedades de 
economia mista.
A Lei n. 13.303/2016
Em 30 de Junho de 2016, foi publicada a “Lei das Estatais” – Lei n. 13. 303/2016, 
uma norma legal de suma importância para o Direito Administrativo brasileiro.
Após longo período de omissão legislativa, finalmente foi positivada a norma 
que traça o estatuto jurídico das empresas públicas, sociedades de econo-
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mia mista e suas subsidiárias, aplicável a todos os entes federativos: União, 
estados, Distrito Federal e Municípios.
A Lei n. 13.303/2016 trouxe a regulamentação do Art.173 da Constituição 
Federal.
A Lei das Estatais, que estabelece o regime jurídico das empresas públicas e 
das sociedades de economia mista, traz diversas referentes à transparência e go-
vernança, publicidade das práticas de gestão de riscos, divulgação de códigos de 
conduta e instrumentos de fiscalização pelo Estado e pela sociedade. Também são 
abordados temas como a constituição e funcionamento dos Conselhos e os requisi-
tos a serem atendidos para nomeação de dirigentes.
Mas, sem dúvida, um dos grandes temas tratados pela Lei n. 13.303 são as 
regras específicas para as licitações e contratos, no âmbito das empresas 
públicas e sociedades de economia mista.
Após uma vacatio legis de 24 meses, a Lei n. 13.303 entrou em vigor em junho 
de 2018.
Trata-se de uma lei nacional, ou seja, aplicável a todos os entes federativos: 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
As regras traçadas por essa Lei aplicam-se a todas as empresas públicas e so-
ciedades de economia mista, de todos os entes federativos.
As regras específicas sobre licitações e contratos se impõem inclusive à em-
presa pública dependente, que explore atividade econômica, mesmo que 
essa atividade econômica seja realizada sob o regime de monopólio da União, ou 
seja, de prestação de serviços públicos (Ex.: Serpro).
À nossa aula interessam, sobretudo, as regras relativas a licitações e contratos 
realizados das empresas estatais.
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Esses temas estão previstos nos arts. 28 a 84, da Lei n. 13.303/2016:
Licitações e Contratos das Empresas Estatais.
A Lei n. 13.303/2016, como já vimos, se aplica a sociedades de economia mista 
e empresas públicas, independentemente da natureza da atividade desem-
penhada (prestadora de serviço ou exploradora de atividade econômica).
Com a promulgação da nova Lei das Estatais, deixou de ser aplicada a essas en-
tidades a Lei n. 8.666/1993, salvo nos casos expressamente previstos na própria 
Lei n. 13.303/2016 (normas penais e parte dos critérios de desempate).
No que se refere ao pregão, cujas regras gerais são traçadas pela Lei n. 
10.520/2002, esse deverá ser adotado preferencialmente pelas empresas públi-
cas e sociedades de economia mista, quando essas estiverem diante da necessida-
de de firmar contratos para aquisição de bens e serviços comuns.
Assim, no momento atual, as estatais não mais utilizam as modalidades 
de licitação previstas na Lei n. 8.666/1993 (convite, concorrência, toma-
da de preços, concurso e leilão), e sim, os procedimentos previstos na Lei 
n. 13.303/2016 e, no caso de aquisição de bens e serviços comuns, elas devem 
adotar preferencialmente o pregão.
Há alguns aspectos importantes, estabelecidos pela Lei n. 13303.
São eles:
• Regras específicas para dispensa e inexigibilidade de licitação: licitação dis-
pensada (art. 28, §3º), licitação dispensável (art. 29) e licitação inexigí-
vel (art. 30);
• Princípios (art. 31);
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• Orçamento deve ser sigiloso, em regra, podendo ser divulgado mediante 
justificativa, ou quando o julgamento for por maior desconto (art. 34);
• Prazos para divulgação do edital conforme o critério de julgamento em-
pregado (art. 39);
• Inversão das fases de julgamento e habilitação (art. 51);
• Modos de disputa aberto, com possibilidade de apresentação de lances, 
ou fechado, sem lances (art. 52);
• Critérios de julgamento: menor preço, maior desconto, melhor combina-
ção de técnica e preço, melhor técnica, melhor conteúdo artístico, maior ofer-
ta de preço, maior retorno econômico e melhor destinação de bens alienados 
(art. 54);
• Negociação com o primeiro colocado para obtenção de condições mais 
vantajosas, podendo ser extensível aos demais licitantes quando o preço 
do primeiro colocado, mesmo após a negociação, permanecer acima do orça-
mento estimado (art. 57);
• Fase recursal única, como regra (art. 59);
• Duração dos contratos, como regra, de cinco anos, admitidas determinadas 
exceções (art. 71);
• Alteraçãodos contratos apenas por acordo entre as partes, ou seja, não 
pode haver alteração unilateral pela estatal (art. 72);
• O contratado pode (é facultativo) aceitar alterações dos quantitativos, 
como regra, até 25% para acréscimos ou supressões (art. 81);
• Regimes de contratação integrada ou semi-integrada (art. 42).
Cabe ainda salientar que a Lei n. 13.303, incluiu alguns procedimentos adota-
dos no Regime Diferenciado de Contratações (RDC).
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Outros temas importantes, trazidos pela Lei n. 13.303, se referem ao regime 
societário das estatais e as formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade
É necessário que você fique atento(a) às questões de prova que afirmem que 
as empresas públicas e sociedades de economia mista subordinam-se à Lei n. 
8.666/1993, face à omissão legislativa no sentido de traçar um estatuto jurídico 
próprio para as licitações e contratações dessas entidades. Essa afirmativa, no mo-
mento atual, é ERRADA, diante da Lei n. 13.303/2016!
Feitas essas importantes considerações acerca do regime licitatório das Empre-
sas Públicas e Sociedades de Economia Mista, vamos voltar agora às regras gerais 
das licitações, traçadas pela Lei n. 8.666/1993.
Dispensa de Licitação
A regra geral é a realização de licitação (como vimos, trata-se de exigência 
constitucional). Entretanto, a própria Lei ressalva alguns casos em que a licitação 
não vai ocorrer e a contratação será direta, sem licitação.
A dispensa de licitação ocorre em situações em que, embora exista condição 
de competitividade, mesmo que em tese, é possível a contratação direta devido a 
circunstâncias externas ou mesmo ao próprio objeto do contrato. A lei faculta a não 
realização da licitação por conveniência administrativa e satisfação do interesse 
público.
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Características da Dispensa
O que mais caracteriza a dispensa é que, em todas as hipóteses, seria possível 
a competição, pelo menos em tese.
A licitatória é viável, mas o legislador resolveu não tornar o procedimento obri-
gatório.
Os arts. 17, e 24, da Lei n. 8.666/1993, estabelecem os casos específicos de 
dispensa (trata-se de rol taxativo).
Havendo dispensa de licitação, nas hipóteses legalmente previstas, ainda que 
existam possíveis interessados, a licitação não acontecerá.
A dispensa é ato vinculado, quando se tratar de Licitação dispensada, previs-
ta no art. 17. Diante disso, não há liberdade do administrador de optar por realizar 
uma licitação.
Não é possível um julgamento sobre a conveniência ou oportunidade de reali-
zação da licitação.
Todas as hipóteses de licitação dispensada se referem a alienações de bens, por 
parte da administração.
Por outro lado, na licitação dispensável (hipóteses do art. 24), a dispensa é 
facultativa. Deverá ser analisado caso a caso pelo administrador público e, ainda 
que não esteja obrigado a realizar a licitação, se preferir poderá fazê-lo.
Procedimento da Dispensa
O procedimento de dispensa de licitação deverá incluir, necessariamente, uma 
fase de pesquisa de mercado, na qual serão anexadas ao processo de dispensa, 
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no mínimo, três (3) propostas de empresas ou fornecedores/prestadores de servi-
ços diversos.
Os processos de dispensa e inexigibilidade de licitação devem ser instruídos com 
os seguintes documentos:
• Caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dis-
pensa, quando for o caso.
• Razão da escolha do fornecedor ou executante (sempre).
• Justificativa do preço (sempre).
• Documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão 
alocados.
• Ratificação da dispensa/inexigibilidade pela autoridade superior.
O fornecedor/executante deverá, por sua vez, apresentar os seguintes docu-
mentos:
• Cópia do cartão do CNPJ ou da cédula de identidade, no caso de pessoa física 
ou firma individual
• Prova de regularidades com as fazendas Federal, Estadual e Municipal.
• Prova de regularidade com a Seguridade Social.
• Prova de regularidades com o FGTS.
A decisão da autoridade competente será submetida ao superior hierárquico, 
para ratificação e publicação na imprensa oficial, como condição de eficácia do ato 
(art. 26 da Lei n. 8.666/1993).
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e seguintes do 
art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justifica-
das, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8º desta Lei deverão 
ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e pu-
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blicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia 
dos atos.
Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previs-
to neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:
I – caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, 
quando for o caso;
II – razão da escolha do fornecedor ou executante;
III – justificativa do preço.
IV – documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão aloca-
dos.
Todos os casos de dispensa estão taxativamente elencados em dois artigos da Lei 
n. 8.666/1993: art. 17 e art. 24.
Não serão admitidas outras hipóteses, não descritas no texto legal.
Licitação Dispensada (art. 17)
O art. 17, da Lei n. 8.666/1993, traça regras para a alienação de bens de 
propriedade da Administração.
Essas regras incluem:
• justificativa do interesse público daquela alienação;
• avaliação prévia do bem;
• autorização legislativa, no caso de imóveis pertencentes à administração pú-
blica direta, autarquias e fundações públicas;
• realização de licitação antes da alienação (essa é a regra geral).
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Entretanto, o próprio art. 17 abre exceção a essa última regra, dizendo que está 
dispensada a licitação, nas hipótesesde alienações taxativamente mencio-
nadas nos incisos I e II.
Então, para fins de prova de múltipla escolha, vamos pensar em licitação dis-
pensada, se a opção apresentar uma situação em que a administração pública 
está alienando um bem de sua propriedade.
Afora as hipóteses taxativamente arroladas no art. 17, no caso de alienações de 
bens da administração, a regra geral é que deverá haver o procedimento licitatório 
prévio.
Licitação dispensada se configura em ato vinculado. Significa que a própria lei já 
dispensou a licitação.
Diante disso, o administrador não pode optar por realizar o procedimento licitatório 
naquelas hipóteses.
Seção VI
Das Alienações
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de 
interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às 
seguintes normas:
I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da admi-
nistração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as 
entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade 
de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:
a) dação em pagamento;
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b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração 
pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i;
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 
desta Lei;
d) investidura;
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de 
governo;
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação 
ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetiva-
mente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de 
interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 
de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração 
Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição;
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação 
ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 
250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas 
de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da 
administração pública
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas 
rurais da União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de que trata o § 1º do 
art. 6º da Lei n. 11.952, de 25 de junho de 2009, para fins de regularização fundiária, 
atendidos os requisitos legais; e
II – quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos 
seguintes casos:
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação 
de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra 
forma de alienação;
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pú-
blica;
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação espe-
cífica;
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Adminis-
tração Pública, em virtude de suas finalidades;
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administra-
ção Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.
§ 1º Os imóveis doados com base na alínea “b” do inciso I deste artigo, cessadas as 
razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doa-
dora, vedada a sua alienação pelo beneficiário.
§ 2º A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real 
de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar- se:
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I – a pessoa natural que, nos termos de lei, regulamento ou ato normativo do órgão 
competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e 
pacífica e exploração direta sobre área rural, observado o limite de que trata o § 1º do 
art. 6º da Lei no 11.952, de 25 de junho de 2009;
II – vedação de concessões para hipóteses de exploração não contempladas na lei agrá-
ria, nas leis de destinação de terras públicas, ou nas normas legais ou administrativas 
de zoneamento ecológico-econômico; e
III – previsão de rescisão automática da concessão, dispensada notificação, em caso de 
declaração de utilidade, ou necessidade pública ou interesse social.
§ 2º-B. A hipótese do inciso II do § 2º deste artigo:
I – só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a vedação, impedimento ou 
inconveniente a sua exploração mediante atividades agropecuárias;
II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde que não exceda mil e 
quinhentos hectares, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite;
III – pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista na alí-
nea g do inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo.
IV – (VETADO)
§ 3º Entende-se por investidura, para os fins desta lei:
I – a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resul-
tante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço 
nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinquenta por 
cento) do valor constante da alínea “a” do inciso II do art. 23 desta lei;
II – a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, 
de imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hi-
drelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades 
e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão
§ 4º A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão, obrigatoria-
mente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de 
nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interesse público devidamente 
justificado;
5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o imóvel em 
garantia de financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão garantidas 
por hipoteca em segundo grau em favor do doador.
§ 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não 
superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea “b” desta Lei, a Administração 
poderá permitir o leilão
§ 7º (VETADO).
Licitação Dispensável
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Licitações e Contratos
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O art. 24da Lei n. 8.666/1993, estabeleceu um vasto rol (taxativo) de situações 
em que é facultado à Administração dispensar a licitação.
Diferentemente do que ocorre na licitação dispensada, onde a dispensa é vin-
culada, na licitação dispensável o legislador apenas apresenta a possibilidade, ca-
bendo ao administrador, após analisar a situação concreta, definir se vai ou não ser 
realizado o procedimento licitatório.
O que caracteriza a licitação dispensável é que, em todos os casos, seria 
viável uma competição, mas devido a circunstâncias especiais, que podem ser 
extrínsecas à contratação (exemplo: uma calamidade) ou intrínsecas (exemplo: o 
baixo valor do contrato), não será realizado o procedimento licitatório.
Para que você compreenda melhor, vamos criar uma situação hipotética:
“Uma prefeitura pretende construir uma ponte que atravesse um rio da locali-
dade.
Foi elaborado um projeto básico, foi orçado o valor estimado da obra e, por fim, 
publicado o instrumento convocatório da licitação.
Transcorrido o prazo mínimo de publicidade do instrumento convocatório, ne-
nhuma proposta foi apresentada. 
Prorrogou-se o prazo de publicidade do edital e a situação se manteve.
Nada de propostas.
A consultoria do órgão emitiu um parecer pela contratação direta, alegando 
que, devido ao fato de não terem sido apresentadas propostas pelo contrato, po-
deria ser feita a contratação direta, após a realização de cotação de preços, entre 
as empresas da região.
O parecer foi acolhido pela autoridade responsável e deu-se publicidade à dis-
pensa, nos termos do artigo 26, da Lei n. 8.666/1993.
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Foi feita a contratação direta com a Construtora XYZ, que apresentou um preço 
mais vantajoso”.
Ficou claro?
Naquela situação específica, na ausência de interessados, teve-se uma situação 
de “licitação deserta”, o que não significa que seria absolutamente inviável a 
competição. 
Poderiam, inclusive, surgir interessados, algum tempo depois, para o mesmo 
contrato, nas mesmas condições.
Mas, diante do julgamento do agente público competente para a dispensa da 
licitação, talvez não fosse oportuno adiar o início da obra.
Essa é a característica da dispensa de licitação.
Em todos os casos de licitação dispensável é possível se identificar a viabilidade 
(ainda que em tese) de uma competição pelo contrato.
Entretanto, diante da situação, e em face de situações que interferem na rea-
lização da licitação, o administrador julga mais oportuno ou conveniente a contra-
tação direta.
Caso Mais Comum de Licitação Dispensável: Baixo Valor do 
Contrato. 
O art. 24, incisos I e II, estabelece limites de valor estimado do contrato, 
para fins de dispensa de licitação, que são os seguintes:
• Para Obras e serviços de engenharia: Até 10% (dez por cento) do limite 
para licitação modalidade convite
• Para aquisição de bens e serviços que não sejam de engenharia: Até 
10% (dez por cento) do valor limite para licitação modalidade convite,
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Decreto n. 9.412/2018- Os Novos Limites para as Modali-
dades Convite, Tomada de Preços e Concorrência
Em 18 de junho de 2018, foi assinado o Decreto n. 9.412/2018, que alterou 
os limites previstos no art. 23, da Lei n. 8.666/1993.
É importante salientar que o texto legal não foi alterado, mas deverão ser con-
siderados os limites previstos no Decreto.
Veja:
Art. 1º Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput do art. 23 da Lei n. 8.666, 
de 21 de junho de 1993, ficam atualizados nos seguintes termos:
I – para obras e serviços de engenharia:
a) na modalidade convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais);
b) na modalidade tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos 
mil reais); e
c) na modalidade concorrência - acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezen-
tos mil reais); e
II – para compras e serviços não incluídos no inciso I:
a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais);
b) na modalidade tomada de preços - até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocen-
tos e trinta mil reais); e
c) na modalidade concorrência - acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocen-
tos e trinta mil reais).
Com isso, os limites para a dispensa de licitação, previstos nos incisos I e II do 
art. 24, da Lei n. 8.666/1993, também foram ampliados:
Novos limites para a Dispensa de Licitação, pelo baixo valor do contrato:
• Obras e Serviços de Engenharia: até 10% dos limites máximos da modalidade 
convite: R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais);
• Compras e outros Serviços: até 10% dos limites máximos da modalidade 
convite: até R$ 17.600,00 (dezessete mil e seiscentos reais)
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Atenção ao § 1º do art. 24, que estabelece que os limites para a licitação dis-
pensável podem dobrar, passando para 20% dos limites máximos do Convite, 
no caso de compras, obras e serviços contratados por:
• Consórcios Públicos
• Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública,
• Autarquias e Fundações Públicas qualificadas, na forma da lei, como 
Agências Executivas. (§ 1º do art. 24 da Lei n. 8.666/1993)
Art. 24.
(...)
§ 1º Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte 
por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, socie-
dade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na 
forma da lei, como Agências Executivas.
Além do baixo valor da contratação, a Lei n. 8.666/1993, apresenta um rol 
extenso de hipóteses de dispensa de licitação, que incluem calamidade, guerra, 
emergência, licitação deserta (ausência de licitantes interessados), licitação frus-
trada ou fracassada, locação de imóveis etc.
É praticamente impossível decorar todos os casos (devo confessar que nem eu 
decorei todos) e nenhuma banca exigiria isso.
Mas, é necessário que, ao fim do nosso curso, você seja capaz de identificar a 
diferença entre a dispensa e a inexigibilidade e, dentro da dispensa, as caracterís-
ticas da licitação dispensada e as características da licitação dispensável.
Art. 24. É dispensável a licitação:
I – para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite pre-
visto na alínea “a”, do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas 
de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no 
mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; (Redação dada 
pela Lei n. 9.648, de 1998)
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II – para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto 
na alínea “a”, do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta 
Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de 
maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; (Redação dada pela Lei n. 9.648, 
de 1998)
III – nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência 
de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança 
de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e so-
mente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa 
e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo 
de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da 
emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
V – quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não 
puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as 
condições preestabelecidas;
VI – quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou 
normalizar o abastecimento;
VII – quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superio-
res aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos 
órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 des-
ta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, 
por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços; (Vide § 3º 
do art. 48)
VIII – para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produ-
zidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública 
e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, 
desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; (Redação 
dada pela Lei n. 8.883, de 1994)
IX – quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos ca-
sos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa 
Nacional; (Regulamento)
X – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades pre-
cípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a 
sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo ava-
liação prévia; (Redação dada pela Lei n. 8.883, de 1994)
XI – na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em consequ-
ência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação 
anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive 
quanto ao preço, devidamente corrigido;
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XII – nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo 
necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas dire-
tamente com base no preço do dia; (Redação dada pela Lei n. 8.883, de 1994)
XIII – na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente 
da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à 
recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação 
ético-profissional e não tenha fins lucrativos; (Redação dada pela Lei n. 8.883, de 1994)
XIV – para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional especí-
fico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifes-
tamente vantajosas para o Poder Público; (Redação dada pela Lei n. 8.883, de 1994)
XV – para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de auten-
ticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou 
entidade.
XVI – para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da 
administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de 
informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que 
integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico; (Incluído pela Lei n. 
8.883, de 1994)
XVII – para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, 
necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, jun-
to ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for 
indispensável para a vigência da garantia; (Incluído pela Lei n. 8.883, de 1994)
XVIII – nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, em-
barcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada 
eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas se-
des, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguida-
de dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações 
e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea “a” do inciso II do art. 23 
desta Lei: (Incluído pela Lei n. 8.883, de 1994)
XIX – para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de 
materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a 
padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e 
terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto; (Incluído pela Lei n. 
8.883, de 1994)
XX – na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos 
e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a 
prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado 
seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei n. 8.883, de 1994)
XXI – para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, 
limitada, no caso de obras e serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor 
de que trata a alínea “b” do inciso I do caput do art. 23; (Incluído pela Lei n. 13.243, 
de 2016)
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XXII – na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural 
com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação 
específica; (Incluído pela Lei n. 9.648, de 1998)
XXIII – na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista 
com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação 
ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado 
no mercado. (Incluído pela Lei n. 9.648, de 1998)
XXIV – para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações 
sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades con-
templadas no contrato de gestão. (Incluído pela Lei n. 9.648, de 1998)
XXV – na contratação realizadapor Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou por 
agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito 
de uso ou de exploração de criação protegida. (Incluído pela Lei n. 10.973, de 2004)
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade 
de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada 
nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de coope-
ração. (Incluído pela Lei n. 11.107, de 2005)
XXVII – na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos 
urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, 
efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas 
de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais reciclá-
veis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de 
saúde pública. (Redação dada pela Lei n. 11.445, de 2007). (Vigência)
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que 
envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, median-
te parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. 
(Incluído pela Lei n. 11.484, de 2007).
XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes 
militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exte-
rior, necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou execu-
tante e ratificadas pelo Comandante da Força. (Incluído pela Lei n. 11.783, de 2008).
XXX – na contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou sem 
fins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no 
âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura 
Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei federal. (Incluído pela Lei n. 12.188, de 
2.010) Vigência
XXXI – nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 
da Lei n. 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contra-
tação dela constantes. (Incluído pela Lei n. 12.349, de 2010)
XXXII – na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos es-
tratégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei n. 8.080, de 19 de 
setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive 
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por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção tecnológica. 
(Incluído pela Lei n. 12.715, de 2012)
XXXIII – na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a implementa-
ção de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano 
e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa renda atingidas pela 
seca ou falta regular de água. (Incluído pela Lei n. 12.873, de 2013)
XXXIV – para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumos 
estratégicos para a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou 
estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da administração pública direta, 
sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimen-
to institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na gestão ad-
ministrativa e financeira necessária à execução desses projetos, ou em parcerias que 
envolvam transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de 
Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII deste artigo, e que tenha sido criada para esse 
fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja 
compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
XXXV – para a construção, a ampliação, a reforma e o aprimoramento de estabeleci-
mentos penais, desde que configurada situação de grave e iminente risco à segurança 
pública. (Incluído pela Lei n. 13.500, de 2017)
§ 1º Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte 
por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, socie-
dade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na 
forma da lei, como Agências Executivas. (Incluído pela Lei n. 12.715, de 2012)
§ 2º O limite temporal de criação do órgão ou entidade que integre a administração 
pública estabelecido no inciso VIII do caput deste artigo não se aplica aos órgãos ou 
entidades que produzem produtos estratégicos para o SUS, no âmbito da Lei n. 8.080, 
de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS. 
(Incluído pela Lei n. 12.715, de 2012)
§ 3º A hipótese de dispensa prevista no inciso XXI do caput, quando aplicada a obras e 
serviços de engenharia, seguirá procedimentos especiais instituídos em regulamentação 
específica. (Incluído pela Lei n. 13.243, de 2016)
§ 4º Não se aplica a vedação prevista no inciso I do caput do art. 9º à hipótese prevista 
no inciso XXI do caput. (Incluído pela Lei n. 13.243, de 2016)
Inexibilidade de Licitação (Art. 25) 
Ocorre quando há absoluta inviabilidade de competição, seja pela natureza 
do objeto, seja por circunstâncias atinentes ou sujeito a ser contratado. O artigo 25 
traz um rol exemplificativo de 3 hipóteses:
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Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser forneci-
dos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência 
de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado for-
necido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a 
obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas 
entidades equivalentes;
II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natu-
reza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexi-
gibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou atra-
vés de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela 
opinião pública.
§ 1º Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no 
campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiên-
cias, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos 
relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indis-
cutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
§ 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado 
superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o 
fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de 
outras sanções legais cabíveis.
As hipóteses legais de licitação inexigível são:
• Materiais e equipamentos que só possam ser fornecidos

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