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/
jusbrasil.com.br
19 de Janeiro de 2021
Política Nacional do Meio Ambiente e a eficácia de seus
instrumentos
Melce Miranda Rodrigues*
Resumo: O objetivo do presente artigo é fazer uma análise geral da
Política Nacional do Meio Ambiente e seus instrumentos de comando e
controle que objetivam o equilíbrio ecológico, e se esses instrumentos
são suficientes para conter a degradação ambiental.
Palavras-chave: Equilíbrio ecológico. Instrumentos. Política
nacional.
Sumário: 1 Introdução. 2 Política Nacional do Meio Ambiente. 2.1.
Princípios e objetivos. 2.2 Criação do Sistema Nacional do Meio
Ambiente (SISNAMA). 3 Instrumentos da Política Nacional do Meio
Ambiente. 3.1 Padrões de qualidade ambiental. 3.2 Zoneamento
ambiental. 3.3 Avaliação de Impacto Ambiental (A.I.A.). 3.4 Estudo de
Impacto Ambiental (E.I.A.) e Relatório de Impacto Ambiental
(R.I.M.A.). 3.5 Licenciamento ambiental. 3.6 Auditoria ambiental. 4
Eficácia dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente.
1 INTRODUÇÃO
O Meio Ambiente é direito fundamental de acordo com o preconizado
pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso LXXII. O
legislador concebeu distinguir o Meio Ambiente como bem de uso
comum e essencial à sadia qualidade de vida das presentes e futuras
gerações.
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727596/inciso-lxxii-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
/
Desta forma, para que o direito fundamental, de relevância
caracterizada por sua indisponibilidade, em razão da Constituição,
tornou-se necessário que sua defesa e preservação sejam de
responsabilidade, quanto a implementação, do Poder Público.
A existência da Política Nacional do Meio Ambiente, ressalte-se, é
anterior à Constituição Federal de 1988. O acolhimento desta política
já existente, fez com que todos os seus preceitos fossem elevados a
nível Constitucional, tornando o elenco de assunto relacionados ao
Meio Ambiente de competência material da Administração Pública em
todos os seus níveis.
O presente estudo visa analisar esta política e sua eficácia.
2 POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (PNMA)
A PNMA vem disciplinada pela Lei n.º 6.938,[1] de 31 de agosto de
1981 e foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988. É a
referência mais importante na proteção ambiental. Ela dá efetividade
ao artigo Constitucional 225. O Direito que está preceituado neste
artigo é referente ao meio ambiente equilibrado simultaneamente ao
dever de responsabilidade, quando uma atividade gerar dano
ambiental. Portanto, esse dispositivo Constitucional, regulador do
meio ambiente, determina o não uso indiscriminado de determinado
bem, quando sua utilização colocar em risco o equilíbrio ambiental.
A ação governamental objetiva a manutenção do equilíbrio ecológico,
sendo certo que o meio ambiente é um patrimônio público de uso
coletivo e deve ser necessariamente protegido. Por isso é que a
preservação, a recuperação e a revitalização do meio ambiente há de
constituir uma preocupação do Poder Público e, consequentemente, do
Direito, porque ele forma a ambiência na qual se move, desenvolve,
atua e expande a vida humana.[2]
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104090/lei-da-pol%C3%ADtica-nacional-do-meio-ambiente-lei-6938-81
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn1
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn2
/
O objetivo da PNMA é de regulamentar as várias atividades que
envolvam o meio ambiente, para que haja preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental, tornando favorável a vida,
assegurando à população condições propícias para seu
desenvolvimento social e econômico, esses objetivos para serem
atingidos, devem ser orientados por princípios, fundamentais na busca
da proteção ambiental, conforme descrito a seguir.
2.1 Princípios e objetivos
Dentre as regulações contidas na Lei n.º 6.938/81, em seu artigo 2º
estão descritos os princípios orientadores na busca do cumprimento de
seus objetivos, elencados em seus incisos que são os seguintes:
“Art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental
propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os
seguintes princípios:
I – ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico,
considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser
necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso
coletivo;
II – racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III – planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV – proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas
representativas;
V – controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente
poluidoras;
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104090/lei-da-pol%C3%ADtica-nacional-do-meio-ambiente-lei-6938-81
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11334894/artigo-2-da-lei-n-6938-de-31-de-agosto-de-1981
/
VI – incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para
o uso nacional e a proteção dos recursos ambientais;
VII – recuperação de áreas degradadas;
VIII – proteção de áreas ameaçadas de degradação;
IX – educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a
educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação
ativa na defesa do meio ambiente”.[3]
Já haviam sido estabelecidos princípios globais nas conferências de
Estocolmo 1972 e na ECO 1992, porém, na Política Nacional do Meio
Ambiente, são declarados princípios específicos e concernentes à
realidade brasileira.[4]
Para ampliar as regulações e a harmonização do alcance dos objetivos
da PNMA, o artigo 4º da Lei n.º 6.938/81, determina que a Política
Nacional do Meio Ambiente visará:
“I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa
à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios;
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental
e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais
orientadas para o uso racional de recursos ambientais;
V - a difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e
informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de
preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn3
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn4
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11334311/artigo-4-da-lei-n-6938-de-31-de-agosto-de-1981
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104090/lei-da-pol%C3%ADtica-nacional-do-meio-ambiente-lei-6938-81
/
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas
à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo
para a manutenção do equilíbrio ecológicopropício à vida;
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de
recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da
contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins
econômicos”. [5]
Tendo em vista esses princípios e objetivos, para adequação aos
processos globais, foi necessária a criação de diversos órgãos
relacionados ao Meio Ambiente e edição de legislação a respeito.
Dentre os órgãos criados é fundamental mencionar o Sistema Nacional
do Meio Ambiente (SISNAMA).
2.2 Criação do Sistema Nacional do Meio Ambiente
(SISNAMA)
Conforme mencionado anteriormente, por meio da edição da Lei n.º
6.938/81, da Política Nacional do Meio Ambiente - PNMA, foi criado o
Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). O objetivo deste
órgão é o estabelecimento de padrões que possibilitem o
desenvolvimento sustentável, utilizando-se de mecanismos e
instrumentos que possam conferir maior proteção ao meio ambiente.
O SISNAMA é constituído por órgãos e entidades da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios e por Fundações instituídas pelo Poder
Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental.
Estes órgãos estão elencados na Lei da Política Nacional do Meio
Ambiente, em seu artigo 6º e incisos.
A atuação desse conselho se fará por uma articulação coordenada dos
órgãos e entidades, colhendo informações dos setores interessados,
incluindo-se a opinião pública, para a formulação de uma posição
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn5
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104090/lei-da-pol%C3%ADtica-nacional-do-meio-ambiente-lei-6938-81
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104090/lei-da-pol%C3%ADtica-nacional-do-meio-ambiente-lei-6938-81
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11334024/artigo-6-da-lei-n-6938-de-julho-de-2010
/
comum ou de maioria. O destino fim dos órgãos é de cumprir o
princípio maior presente da Constituição Federal e nas normas
infraconstitucionais, nas diversas esferas da Federação.[6]
O SISNAMA, é formado por um conjunto de instituições de diversos
níveis do Poder Público, que estão incumbidos da proteção ao meio
ambiente, constituem a grande estrutura institucional da gestão
ambiental.
Por meio dessas instituições e dos institutos administrados pelo Poder
Público, procuram compatibilizar as ações humanas com exigências de
ordem física, biológica, social e outras, de modo que a qualidade de
vida dos cidadãos seja apropriada.
Desta forma, procura estabelecer níveis de qualidade de elementos que
atendam às determinadas funções, com propósito de serem
recepcionados pela sociedade.
Assim, a Política Nacional do Meio Ambiente instituiu o SISNAMA e
delimitou seus fins e mecanismos de aplicação, objetivando estabelecer
padrões que tornem possível o desenvolvimento sustentável por
intermédio de instrumentos que possam dar ao meio ambiente a maior
proteção possível.
Para que estes objetivos sejam alcançados, foi necessária a criação de
instrumentos que visem o seu cumprimento, frisando que não podem
ser confundidos com aqueles instrumentos materiais contidos na
Constituição Federal (artigo 225), mas devem compatibilizar-se com os
instrumentos processuais, legislativos ou administrativos.[7]
3 Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente e
resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente
Os Instrumentos da PNMA, estão elencados no artigo 9º da Lei n.º
6.938/81. São mecanismos utilizados pela Administração Pública para
que os objetivos da política nacional sejam alcançados. Foram
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn6
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn7
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11332280/artigo-9-da-lei-n-6938-de-31-de-agosto-de-1981
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104090/lei-da-pol%C3%ADtica-nacional-do-meio-ambiente-lei-6938-81
/
estabelecidos por meio de Resoluções do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA).
Dos Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente
mencionados no artigo 9º da Lei n.º 6.938/81 e definidos nas
Resoluções do CONAMA, é importante discorrer com mais detalhes
sobre os Padrões de Qualidade, o Zoneamento Ambiental, a Avaliação
de Impacto Ambiental, Estudo e Relatório de Impacto Ambiental, o
Licenciamento Ambiental e a Auditoria Ambiental, em que se pese não
estar prevista na Política Nacional, é instrumento de aferição
financeira em relação ao controle ambiental.
3.1 Padrões de qualidade ambiental
Entre os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, estão os
Padrões de Qualidade Ambiental (artigo 9º, I), que envolve a gestão
dos componentes do meio ambiente, que são a qualidade do ar, das
águas e dos padrões de ruído.
A Resolução do CONAMA n.º 5 de 1989[8], criou o Programa Nacional
de Controle de Qualidade do Ar (PRONAR), que estabelece os limites
de poluentes no ar atmosférico, para proteção à saúde. A Resolução n.º
3[9] de 1990 define poluente como qualquer forma de matéria ou
energia com intensidade e em quantidade de concentração que possam
afetar a saúde.
Em relação às águas, a Resolução n.º 357 de 2005[10], classifica as
águas em: doce, salgada e salina. Esta classificação tem por objetivo
dar destinação ao uso da água fixando os critérios de uso, que são
estabelecidos pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Quanto à
qualidade dos ruídos, a Resolução n.º 1 de 1990 do CONAMA, deu
validade à NBR n.º 10.152 da ABNT, que avalia a intensidade dos
ruídos em áreas habitadas, onde deverá ser obedecido o interesse à
saúde e ao sossego público.[11]
3.2 Zoneamento ambiental
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11332280/artigo-9-da-lei-n-6938-de-31-de-agosto-de-1981
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104090/lei-da-pol%C3%ADtica-nacional-do-meio-ambiente-lei-6938-81
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn8
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn9
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn10
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn11
/
A intervenção estatal no domínio econômico procura organizar a
relação espaço-produção, regulando recursos, interferindo nas
atividades, incentivando condutas, para possibilitar o uso ordenado do
território. O zoneamento ambiental (artigo 9º, II), é fonte vigorosa do
Poder Estatal.
Assim o define José Afonso da Silva: “O zoneamento é instrumento
jurídico de ordenação do uso e ocupação do solo. Em um primeiro
sentido o zoneamento consiste na repartição do território municipal à
vista da destinação da terra e do uso do solo, definindo, no primeiro
caso, a qualificação do solo em urbano, de expansão urbana,
urbanizável e rural; e no segundo dividindo o território do Município
em zonas de uso. Foi sempre considerado, nesta segunda acepção,
como um dos principais instrumentos do planejamento urbanístico
municipal, configurando um Plano Urbanístico Especial. Foi neste
último sentido, mais tipicamente de Zoneamento Urbano, que o
definimos, de outra feita, como um procedimento urbanístico
destinado a fixar os usos adequados para as diversas áreas do solo
municipal.”[12]
O zoneamento ambiental, também é previsto no Estatuto das
Cidades[13], Lei n.º 10.257 de 10 de julho de 2001, artigo 4º, inciso III,
alínea c, com a finalidade de contribuir com a sustentabilidade dos
municípios, desde que seja utilizado com eficácia, buscando a
ordenação do uso do solo, evitandoseu uso inadequado e impedindo a
poluição e degradação das áreas de relevância para o Meio Ambiente.
No artigo 30 da Constituição Federal de 1988, consta que, cabe ao
Município promover o adequado ordenamento territorial exercendo a
tarefa quanto ao uso e ocupação do solo. Desta forma, há ainda, outro
instrumento para sua utilização que é o Plano Diretor (artigo 182,
parágrafos 1º e 2º da C.F.), que consiste em lei municipal de diretrizes
de ocupação da cidade, onde deve constar segundo suas características
físicas e vocações, as regras básicas que determinem o que é permitido
e o que não é em cada parte de seu território. É processo de discussão
entre a sociedade e a Prefeitura, devendo ser aprovado pela Câmara
dos Vereadores e sancionado pelo prefeito.
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn12
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn13
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1031135/estatuto-da-cidade-lei-10257-01
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11147681/artigo-4-da-lei-n-10257-de-10-de-julho-de-2001
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11147578/inciso-iii-do-artigo-4-da-lei-n-10257-de-10-de-julho-de-2001
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11147465/alinea-c-do-inciso-iii-do-artigo-4-da-lei-n-10257-de-10-de-julho-de-2001
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11147556/alinea-a-do-inciso-iii-do-artigo-4-da-lei-n-10257-de-10-de-julho-de-2001
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10637721/artigo-30-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10657746/artigo-182-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10657705/par%C3%A1grafo-1-artigo-182-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10657675/par%C3%A1grafo-2-artigo-182-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
/
Verifica-se que há modalidades de zoneamento, o urbano, que consiste
no conjunto de normas legais que configuram o direito de propriedade
e o direito de construir, conformando os princípios da função social,
mediante imposições gerais à faculdade de uso e de edificações.[14]
A espécie zoneamento industrial é aquela em que as zonas destinadas à
instalação de indústrias cujos resíduos sólidos, líquidos e gasosos;
ruídos, vibrações, emanações e radiações possam causar perigo à saúde
humana, mesmo que amenizados por emprego de controle e
tratamento de efluentes.[15] Esta regulamentação encontra-se na Lei
n.º 6.803/80 de 02 de julho de 1980[16].
Ainda, previsto dentre os instrumentos da Política Nacional do Meio
Ambiente, artigo 9º, II, está o zoneamento ecológico-econômico,
regulamentado pelo Decreto n.º 4.297 de 10 de julho de 2002[17], que
estatui em seu artigo 2º: “instrumento de organização do território a
ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e
atividades públicas e privadas, estabelece medidas e padrões de
proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental, dos
recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade,
garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições
de vida da população”.[18]. A finalidade precípua deste instrumento é a
de assegurar a qualidade ambiental dos recursos hídricos e do solo e da
conservação da biodiversidade, vinculando as decisões dos agentes
públicos e privados que de qualquer forma utilizem esses recursos.
Desta forma a elaboração e execução do zoneamento ecológico-
econômico (ZEE), se tiverem por objetivo bioma de patrimônio
nacional que não deva ser fragmentado, deve ser de competência do
Poder Público federal.[19]
3.3 Avaliação de impactos ambientais (A.I.A.)
Como instrumento da PNMA, o AIA tem caráter preventivo para
assegurar que um determinado projeto possível de causar danos
ambientais seja analisado, levando-se em consideração as
probabilidades de causar impactos ao meio ambiente e que o potencial
dano seja levado em consideração para o processo de aprovação de
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn14
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn15
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128314/lei-6803-80
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn16
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/99889/decreto-4297-02
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn17
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11059318/artigo-2-do-decreto-n-4297-de-10-de-julho-de-2002
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn18
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn19
/
licença ambiental. Os procedimentos devem garantir a adoção de
medidas de proteção em caso de aprovação para implantação do
empreendimento.
A Resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) n.º
001/86, define impacto ambiental: “Qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades
humanas que, direta ou indiretamente, afetem: (I) a saúde, a segurança
e o bem-estar da população; (II) as atividades sociais e econômicas;
(III) a biota; (IV) as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
(V) a qualidade dos recursos ambientais.” [20]
Muitos projetos são propostos para ambientes com diversidades que
compõem vários significados para pessoas e realidades as mais
diversas. Neste sentido é necessário que haja uma avaliação prévia das
condições deste ambiente, principalmente para determinar quais os
impactos ambientais que o empreendimento irá causar. Cada área
possui suas características próprias, sendo necessário verificar as
condições do ambiente natural, ainda avaliar o ambiente social em sua
estrutura material constituída pelo homem e pelos sistemas sociais em
seu redor.
Para haver desenvolvimento socioeconômico e qualidade de vida é
necessário avaliar, planejar e ainda, obrigar-se à manutenção do
ambiente que será utilizado por determinado empreendimento.
Avaliação de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental
previstos no artigo 9º, inciso III, estão definidos na Resolução
CONAMA n.º 237, artigo 1º, inciso III:
“Art. 1º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes
definições: [...]
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn20
/
III. Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos
aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação
e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como
subsídio para a análise de licença requerida, tais como: relatório
ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental
preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de
recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.[...]
Art. 3º A licença ambiental para empreendimentos e atividades
consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa
degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto
ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente
(EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de
audiências públicas, quando couber, de acordo com a
regulamentação”.[21]
Esta avaliação tem por escopo verificar preliminarmente por meio de
estudo técnico, a probabilidade de existência de algum risco
potencialmente degradante ao Meio Ambiente, o que poderá impedir
ou estabelecer novas regrasao empreendimento que se pretende
viabilizar.
3.4 Estudo de impacto ambiental (EIA) e relatório de impacto
ambiental (RIMA)
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) foi instituído dentro da Política
Nacional do Meio Ambiente, por meio da Resolução CONAMA, n.º
001/86 de 23 de janeiro de 1986.[22] É documento técnico, onde são
avaliadas as consequências para o ambiente decorrentes de um
determinado projeto. Nele encontram-se identificados e avaliados de
forma imparcial e técnica os impactos que um determinado projeto
poderá causar no ambiente, assim como apresentar medidas para
minimizar os possíveis impactos.
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn21
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn22
/
Destaca Luís Paulo Sirvinskas: “O estudo prévio de impacto ambiental
(EPIA) é um dos instrumentos da política nacional do meio ambiente,
tão importante quanto o zoneamento para a proteção do ambiente. É
um instrumento administrativo preventivo. Por tal razão é que foi
elevado a nível constitucional (art. 225, § 1º, IV, da CF). Incumbe, pois,
ao Poder Público ‘exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou
atividade potencialmente causadora de significativa degradação do
meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade’. Assim, o procedimento de licenciamento ambiental
deverá ser precedido do estudo prévio de impacto ambiental (EPIA) e
do seu respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA). Exigir-se-á o
EPIA quando a atividade for potencialmente causadora de significativa
degradação ambiental. Entende-se por significativa degradação
ambiental toda modificação ou alteração substancial e negativa do
meio ambiente, causando prejuízo extenso à flora, à fauna, às águas, ao
ar e à saúde humana.”[23]
O objetivo de se estudar os impactos é o de avaliar as consequências
das ações, para prevenir danos que o ambiente poderia sofrer devido à
execução dos projetos. Está previsto no artigo 225, § 1º, inciso IV da
Constituição Federal.
Deve atender ao que exige a Lei da Política Nacional do Meio
Ambiente, que estão elencados no artigo 5º da Resolução CONAMA n.º
001/86:
“Artigo 5º - O estudo de impacto ambiental, além de atender a
legislação, em especial os princípios e objetivos expressos da Lei de
Política Nacional do Meio Ambiente, obedecerá as seguintes diretrizes
gerais:
I – Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de
projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto;
II – Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais
gerados nas fases de implantação e operação da atividade;
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645661/artigo-225-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645627/par%C3%A1grafo-1-artigo-225-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645479/inciso-iv-do-par%C3%A1grafo-1-do-artigo-225-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn23
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645661/artigo-225-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645627/par%C3%A1grafo-1-artigo-225-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645479/inciso-iv-do-par%C3%A1grafo-1-do-artigo-225-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104090/lei-da-pol%C3%ADtica-nacional-do-meio-ambiente-lei-6938-81
/
III – Definir os limites da área geográfica a ser direta ou
indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de influência
do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na
qual se localiza;
IV – Considerar os planos e programas governamentais, propostos e
em implantação na área de influência do projeto, e sua
compatibilidade.”[24]
Havendo qualquer interesse peculiar local, o Poder Público poderá
complementar com as questões pertinentes. O estudo exige ainda,
visão multidisciplinar, com a finalidade de avaliar todos os aspectos
que envolvam a ação.
Como modalidade de avaliação ambiental o EIA é considerado um dos
mais notáveis instrumentos de desenvolvimento econômico-social,
com a preservação da qualidade ambiental.
Trata-se de um procedimento complexo que deve se tornar público e
envolve vários entes, entre eles, o órgão público ambiental, o
empreendedor que pretende exercer a atividade ou obra, a equipe
técnica multidisciplinar e os interessados, que são as entidades
ambientalistas, eventuais vítimas, enfim, qualquer cidadão.
Todas essas exigências para o EIA, são de suma importância e devem
fazer parte do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), para que não
sejam levantadas possíveis nulidades.
O RIMA deverá ser divulgado, apresentando as conclusões para que
sejam discutidas junto à população em audiência pública (artigo 16 da
Resolução CONAMA 237/97), que permite o esclarecimento de dúvidas
e a apresentação de opiniões da sociedade, principalmente as pessoas
do lugar afetado pelo empreendimento.
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn24
/
A partir desse momento, o órgão ambiental fará sua manifestação a
respeito da atividade e de suas implicações, positivas ou não, e logo a
seguir tomará a decisão da emissão ou não da licença ambiental.
É necessário ressaltar que esse instrumento tem como princípios o da
prevenção e da precaução, não tendo por finalidade impedir o
desenvolvimento de atividades econômicas e sociais, mas adequar o
crescimento à preservação ambiental. Assim, é relevante sua
importância, pois requer atuação conjunta do Poder Público, da
sociedade e da comunidade científica, com a finalidade de se
harmonizarem em um objetivo comum, o de impulsionar o
desenvolvimento social e econômico à preservação do meio ambiente.
[25]
É necessário dizer que o deferimento da licença ambiental, será
possível mesmo que o EIA seja desfavorável. Fica caracterizada, com
esta possibilidade, a discricionariedade da administração pública para
conceder ou não a licença ambiental. Neste caso, havendo algum dano
ao meio ambiente, e, no entanto, se a atividade contribui para o
desenvolvimento socioeconômico, é possível que o Poder Público
autorize a atividade, desde que fundamente sua decisão.[26]
Paulo Affonso Leme Machado preleciona: “Acresce notar que o órgão
público, e, por via de regresso, os servidores públicos, responderão
objetivamente pelos danos que a decisão administrativa vier a causar,
mesmo que baseada no estudo de impacto ambiental (a equipe
multidisciplinar, como já se apontou, responderá sob a modalidade
subjetiva ou culposa). A Constituição Federal foi explícita no sentido de
que as pessoas jurídicas de Direito público e as de Direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes nessa qualidade causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa” (art. 38, §
6º).”[27]
E ainda, Celso Antônio Pacheco Fiorillo: “Por outro lado, se o
EIA/RIMA mostra-se desfavorável, totalmente ou em parte, caberá à
Administração, segundo critérios de conveniência e oportunidade,
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn25
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn26
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn27/
avaliar a concessão ou não da licença ambiental, porquanto, como já foi
realçado, o desenvolvimento sustentável é princípio norteador da
preservação do meio ambiente e do desenvolvimento da ordem
econômica. Essa possibilidade retrata uma discricionariedade sui
generis. Evidentemente, a concessão da licença deverá ser
fundamentada, atacando cada um dos pontos que se mostraram
impactantes ao meio ambiente, sob pena de ferir o preceito contido no
art. 37 da Constituição Federal.”[28]
A Administração Pública ao conceder uma licença ambiental, mesmo
diante de pontos desfavoráveis apontados pelo EIA, não poderá deixar
de considerar os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência que a norteiam e, ainda, a responsabilidade
objetiva pelos danos que sua decisão vier a causar.
3.4 Licenciamento ambiental
O Licenciamento Ambiental já havia sido previsto na Lei n.º 6.938/81,
em seu artigo 9º, inciso IV, como um dos Instrumentos da Política
Nacional do Meio Ambiente. A Resolução CONAMA 237/97, definiu
que o órgão do SISNAMA é que verificará quando da necessidade das
licenças ambientais específicas de acordo com a natureza,
características e peculiaridades das atividades ou empreendimentos a
serem realizados, que tenham potencial para interferir no meio
ambiente.
A própria Resolução n.º 237/97, tráz em seu texto a definição de
Licenciamento Ambiental:
“Art. 1º - Para efeitos desta Resolução são adotadas as seguintes
definições:
I – Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual
ao órgão ambiental compete licença e localização, instalação,
ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadora
de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/2186546/artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn28
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104090/lei-da-pol%C3%ADtica-nacional-do-meio-ambiente-lei-6938-81
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11332280/artigo-9-da-lei-n-6938-de-31-de-agosto-de-1981
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11332576/inciso-iv-do-artigo-9-da-lei-n-6938-de-31-de-agosto-de-1981
/
poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma possam causar
degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulares
e as normas técnicas aplicáveis ao caso”.[29]
O texto Constitucional brasileiro outorga o exercício livre de atividades
econômicas, logo o Poder Público deverá intervir quando embasado
por lei que determine essa intervenção, pois, a atividade econômica
não poderá ser simplesmente cerceada. Quando se entrelaçam,
desenvolvimento econômico e meio ambiente deve haver a
intervenção, tendo em vista todo o estudo e a constatação de que o
meio ambiente não é um bem inesgotável, é passível de ser exaurido.
Esta verdade absoluta é vislumbrada por quase todo o mundo.
O Licenciamento Ambiental é ato complexo que envolve vários agentes
e deve ser precedido do EIA/RIMA, que constatará a significância do
impacto que será causado pelo empreendimento.
Na Resolução CONAMA, constam os tipos de Licenças Ambientais, que
são: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de
Operação (LO).
Estabelece ainda, que os estudos necessários ao processo de
licenciamento, deverão ser realizados por profissionais habilitados. As
despesas que envolvam os procedimentos ficarão a cargo do
empreendedor.
Estabelece também no artigo 5º, as diretrizes gerais necessárias, que
na interpretação de Sirvinskas, são: “a) contemplar todas as
alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-as
com a hipótese de não execução do projeto; b) identificar e avaliar
sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de
implantação e operação da atividade; c) definir os limites da área
geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos,
denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn29
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
/
casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza; e d) considerar os planos
e programas governamentais propostos e em implantação na área de
influência do projeto e sua compatibilidade.”[30]
Toda a atividade que possa gerar algum dano ao meio ambiente, terá
como requisito o licenciamento ambiental. Essas atividades estão
elencadas nos anexos da Resolução CONAMA n.º 237/97.
Resumidamente são elas: indústrias de qualquer porte; depósitos;
atividades de parcelamento do solo; criação animal; irrigação;
lavanderias, atividades que envolvam resíduos; cemitérios; obras civis;
serviços de utilidade como o tratamento de água e esgoto; usinas
termelétricas; hidrelétricas; energia eólica; portos; terminais;
complexos de lazer; pista de corrida; recondicionamento de
pneumáticos; forno de carvão; comércio de agrotóxicos; de produtos de
origem mineral, vegetal ou químicos; postos de combustíveis e
lavagem; restaurantes; lanchonetes; laboratórios; hospitais e clínicas.
A ausência de licença caracteriza crime previsto na Lei n.º 9605/98,
[31] que dispõe sobre as sanções penais e administrativas para as
condutas lesivas ao Meio Ambiente.
Apesar do rol que trás a Resolução CONAMA, n.º 237/97, há atividades
que não estão sujeitas ao Licenciamento Ambiental. Podemos citar
José Carlos Barbieri: “Nem toda a atividade ou empreendimento estão
sujeitos ao licenciamento ambiental. A Resolução CONAMA 237/97
apresenta uma relação de atividades ou empreendimentos sujeitos ao
licenciamento ambiental, mas trata-se de uma lista não exaustiva, pois
cabe ao órgão ambiental competente definir os critérios de
exigibilidade, o detalhamento e a complementação dessa relação,
considerando as especialidades, os riscos ambientais, o porte e outras
características do empreendimento ou atividade.” [32]
A competência para a concessão das licenças ambientais é dos órgãos
que compõem o SISNAMA, descritos no artigo 6º, da Lei n.º 6.938/81.
Via de regra a competência é do órgão público estadual. O CONAMA
fixa as regras gerais para a concessão. Na Resolução n.º 237/97, artigo
4º, estão essas regras gerais, “compete ao SISNAMA, o licenciamento
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn30
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1036358/lei-de-crimes-ambientais-lei-9605-98
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn31
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn32
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11334024/artigo-6-da-lei-n-6938-de-julho-de-2010
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104090/lei-da-pol%C3%ADtica-nacional-do-meio-ambiente-lei-6938-81
/
ambiental, que se refere o artigo 10 da Lei n.º 6.938/81, de
empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de
âmbito nacional ou regional” e na Resolução n.º 001/86, artigo 2º,
estão dispostas as modalidades e prazos de validade, ainda as hipóteses
de revogação das licenças concedidas, “Dependerá de elaboração de
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA), a ser submetido à aprovação do órgão estadual
competente e do IBAMA, em caráter supletivo, o licenciamento de
atividades modificadoras do meio ambiente”.[33]
Torna-se necessário fazer um adendo por haver em determinados casos
conflitos de competência. Podemos citar, por exemplo, quando o
IBAMA se diz competente para conceder a licença quando está
envolvido potencial risco de degradação ambiental a bem da União e
órgãoestadual contestarem essa manifestação. Nesses casos é
necessário parecer do Ministério do Meio Ambiente ou da Advocacia
Geral da União para dirimir o impasse e determinar qual órgão
concederá a licença.
É certo que ao IBAMA são atribuídas as seguintes práticas: executar a
política florestal estabelecida pelo Ministério do Meio Ambiente;
sugerir medidas legais e técnicas para o aprimoramento da política de
aproveitamento dos recursos florestais; ordenar o aproveitamento dos
recursos florestais; promover, executar, fazer executar e avaliar os
inventários florestais e planos de manejo florestal sustentável de
florestas nativas; promover o aproveitamento sustentável e
transformações de recursos florestais; prestar assistência técnica aos
estados, municípios, entidades civis e organizações não
governamentais, no que diz respeito ao ordenamento dos recursos
florestais; orientar e supervisionar as atividades de manejo dos
recursos florestais, desenvolvidas junto às representações do IBAMA
nos Estados. [34]
3.5 Auditoria ambiental
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11332104/artigo-10-da-lei-n-6938-de-31-de-agosto-de-1981
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104090/lei-da-pol%C3%ADtica-nacional-do-meio-ambiente-lei-6938-81
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn33
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn34
/
Auditoria pode ser definida como um instrumento de verificação de
condição financeira de determinada instituição, desta forma, auditoria
ambiental pode ser vista como avaliação da gestão ambiental, ou seja,
de seu comportamento em relação ao meio ambiente. Ela é uma
consequência da qualidade utilizada pela empresa (pública ou privada),
que busca a certificação de sua gestão. No entanto não está
determinada como instrumento pelo artigo 9º da Lei de Política
Nacional do Meio Ambiente.
Porém, tendo em vista uma gama de instrumentos nacionais que visam
a proteção dos bens ambientais, a auditoria ambiental deve seguir os
direitos e deveres determinados pela legislação pátria, para que sejam
alcançados os fins a que se destinam. O professor Fiorillo faz uma
abordagem completa nesse sentido. “O direito constitucional brasileiro
estabelece que os bens ambientais apontados no art. 225 da Carta
Magna, assim como qualquer outro bem, necessitam observar as regras
estruturais descritas no art. 1º da Constituição Federal, o que significa
compatibilizar a denominada relação jurídica ambiental, atendendo às
necessidades vitais da pessoa humana em nosso país em face de sua
dignidade (art. 1º, III), dentro das normas jurídicas que organizam a
ordem econômica do capitalismo (art. 1º, IV), ou seja, a ordem
econômica – que por óbvio dos bens ambientais particularmente no
âmbito do manejo do meio ambiente natural, visando implementar no
mercado seus produtos e serviços – deve observar no Brasil não só a
defesa do meio ambiente (art. 170, VI), mas também a defesa do
consumidor (art. 170, V) dentro das regras constitucionais em vigor.”
[35]
Hodiernamente pode-se verificar que as auditorias ambientais são
realizadas por diversos motivos, não somente como anteriormente para
assegurar adequação às leis ambientais, evitando punições ou
imposições de indenizações. São hoje recomendadas em caráter regular
e sistemático com a finalidade de auferir o desempenho ambiental das
instituições públicas ou privadas, haja vista a imagem veiculada dos
produtos e serviços fazer frente à população. Ademais, os serviços
públicos deixaram de ter posição diferenciada a partir de Constituição
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645661/artigo-225-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641860/artigo-1-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn35
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
/
de 1988, em decorrência dos princípios da publicidade e da eficiência
(art. 37). Isso se deve ao fato de não só existirem normas de comando e
controle, mas instrumentos econômicos.
As auditorias procuram avaliar o desempenho dos sistemas de gestão,
procuram adequar-se à política ambiental e cumprimento dos objetivos
propostos. Vale frisar, neste ponto, que algumas auditorias são
obrigatórias, quando empresas privadas buscam certificações, como as
de ISO 14.000.
A ABNT por meio da norma ISO 19.011/2002, orienta sobre os
princípios de auditoria, gestão de programas de auditoria, realização de
auditorias de sistema de gestão de qualidade ambiental, ainda,
educação e avaliação de auditores. Esta norma proporciona confiança
no trabalho dos auditores, estabelece independência e abordagem
baseada em evidências. Podem ser de conformidade, para verificação
do cumprimento da legislação; de desempenho ambiental, para
avaliação de geração de poluentes; due diligence, para verificação da
responsabilidade da empresa perante seus acionistas, credores,
fornecedores, etc.; de desperdício e emissões, que avaliam as perdas e
os impactos ambientais e econômicos, visando a melhoria de seus
processos; podem ser pós-acidente, que avaliam as causas e as
responsabilidades; de fornecedor, para selecionar fornecedores que
mantenham projetos conjuntos; e de sistemas de gestão ambiental,
para avaliação dos SGA.[36]
Em alguns Estados as auditorias ambientais são obrigatórias e
utilizadas pelo setor público, como instrumento de ação, controle e
apoio para concessão de licenças ambientais, por meio da contratação
de empresas privadas para sua realização. Os Estados do Rio de
Janeiro (Lei n.º 1.898/91); em Minas Gerais (Lei n .º 15.017/04); no
Espírito Santo (Lei n.º 4.802/93); no Ceará (Lei n.º 12.685/97); em
Santa Catarina (Lei n.º 10.720/98); no Amapá (Lei n.º 485/99); na
Paraíba (Portaria n.º 04/04); no Distrito Federal (Lei n.º 3.458/04),
em São Paulo são obrigatórias em alguns Municípios, onde há portos,
como na cidade de Santos. No Paraná (Lei n.º 13.448/020).[37]
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn36
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/228335/lei-1898-91
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/524737/lei-4802-93
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/364282/lei-485-99
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/653320/lei-3458-04
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/154838/lei-13448-09
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn37
/
Tramita no Congresso Nacional, desde 2003, o projeto de lei n.º
1.254/03, que dispõe sobre as auditorias e a contabilidade dos passivos
e ativos ambientais. O projeto é uma emenda à Política Nacional do
Meio Ambiente, com o objetivo de estipular o conceito de auditoria
ambiental, assim como definir ativos e passivos ambientais e colocar a
auditoria como um dos instrumentos da PNMA. Estabelece ainda a
obrigatoriedade de empresas ou entidades realizarem as auditorias
para avaliar o cumprimento de suas obrigações relativas à gestão
segura, para torná-la compulsória. No entanto, a discussão sobre o
projeto está emperrada, tendo em vista a grande pressão do setor
econômico que não concorda com esta obrigatoriedade, e, ainda, há
muita divergência quanto as opiniões de ser ou não um instrumento
inconstitucional e também por não constar da PNMA.
Apesar das controvérsias, a Resolução CONAMA n.º 265/00,[38]
tornou obrigatória a auditoria para as empresas petrolíferas, devido ao
grande número de acidentes queocorrem no exercícios de suas
atividades.
Importante destacar que a divulgação de informações sobre as
condições ambientais é relevante para as instituições. Isso pode ser
feito por meio dos balanços e demonstrações de resultados. Para que
estas informações sejam acrescidas aos demonstrativos, é necessário
que os gastos com Meio Ambiente sejam incluídos na contabilidade,
reconhecida hoje como contabilidade ambiental, em item próprio,
designado como custo ambiental, que são aqueles relacionados a
cálculos estimados de reposição, recuperação e preservação do
ambiente por atividades lesivas ao meio, as indenizações pagas ou
possíveis a pagar.[39]
Para que a PNMA tenha consistência, é necessário que seus
instrumentos sejam peças práticas e desempenhem seus papéis
específicos. Os instrumentos foram criados, acreditando-se ser o
caminho a trilhar para a consecução da finalidade da política nacional
que é a sustentabilidade ambiental. Resta verificar se esses
instrumentos são deveras eficazes.
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http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn39
/
4 Eficácia dos instrumentos da Política Nacional do Meio
Ambiente
O desenvolvimento econômico demanda satisfação das aspirações
sociais e para atender essas aspirações, o homem interfere no ambiente
ocasionando alterações em suas condições e qualidade.
Percebe-se que o homem interage com a natureza, mas na verdade não
faz parte dela como ser integrado e desta forma não a trata como igual
e nem lhe dá a devida importância, utilizando-se de tudo que ela
proporciona sem que se importe com o fato de que seu esgotamento é
inevitável, pois seus recursos não são infinitos. Assim, a criação e
edição de instrumentos para frear este uso indiscriminado, é
responsabilidade de quem detém o poder e o dever para tanto, ou seja,
o Poder Público.
A eficácia desses instrumentos muitas vezes é questionável, pois não é
simples manter o desenvolvimento econômico e conter o avanço da
degradação ambiental.
É certo que as questões ambientais sofreram transformações nos
últimos anos. A edição de novos instrumentos implica no envolvimento
de vários agentes, contribuindo assim, para o aparecimento de novas
soluções. Um dos principais agentes na transformação dos modelos é a
sociedade, na medida em que pressionam os órgãos públicos e as
empresas, influenciando diretamente nas ações desses entes. Esse novo
olhar quanto à necessidade de preservação ambiental faz com que as
ações se tornem, geralmente, mais efetivas, pois os mais interessados,
as gerações atuais em defesa das gerações futuras, não podem
atualmente, serem consideradas como menos importantes.
Os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente buscam
identificar as atividades econômicas que ameaçam determinado
sistema ambiental com medidas preventivas e coibitivas, traduzindo-se
em normas de comando e controle, visando à regulamentação das
/
atividades de potencial impacto ambiental. Traduzem-se em restrições
de atividades, controle do uso de recursos naturais e especificação de
tecnologias.
Verifica-se que o Brasil tem um conjunto de leis ambientais mais
completas do mundo e que seus instrumentos deveriam bastar para
que o país já tivesse sob controle toda sua política ambiental. Porém,
há barreiras entre o que podemos chamar de setores, ou seja, entre o
Estado e a política de mercado, e o que pode influenciar no aumento
dessas barreiras é a falta de capacitação em todos os níveis, a falta de
recursos financeiros e a falta de políticas públicas eficientes.
De acordo com Cristiane Derani[40], as normas ambientais têm
caráter social e não assistencial, são direitos para o homem e este deve
exercê-los de forma a humanizar-se compromissadamente com a
realidade. A produção das normas traduz o conflito social e neste
contexto, o conflito econômico e a necessidade da preservação
ambiental. Então, o cabedal legislativo, deve suprir o conflito social e
trazer a pacificação.
A construção de medidas inovadoras para os processos produtivos,
deveriam estar mais calcadas no fortalecimento das medidas
preventivas, de acordo com o que preconiza a PNMA em seu artigo 2º,
quando traçou seus objetivos. No entanto, como está, prioriza as
medidas de comando e controle, como já observado, que se
consubstanciam em exigências legais e mecanismos que visam
assegurar o cumprimento, transformando-se em sanções
administrativas e penais.
Para a eficácia da legislação ambiental, por meio da utilização dos
instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, é necessária
mais do que só a normatização de vias de comando e controle, são
imprescindíveis outras políticas públicas, como conscientização de
políticas educacionais com investimentos nos aspectos voltados para a
sustentabilidade, à mudança de hábitos de consumo e estilo de vida.
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500#_edn40
/
A intervenção estatal sob a égide de instrumentos repressivos ainda é
necessária, porém, essas medidas são reativas e não preventivas e estas
são cautelares dos danos potencialmente irreversíveis que
demonstrarão resultados positivos.
Trata-se da construção de um processo na nascente, um processo
educacional que conduza ao saber ambiental, que se funde nos valores
éticos e de familiaridade que leve ao conhecimento futuro de
convivência pacífica entre a preservação ambiental e o mercado de
consumo. A construção dessa cultura ecológica se faz por meio de
políticas públicas. No artigo 2º da Lei da Política Nacional do Meio
Ambiente, inciso X, está determinada a implantação de educação
ambiental em todos os níveis, inclusive o da comunidade. No entanto,
passados quase três décadas, os passos ainda são tímidos.
Ademais, a implantação de instrumentos econômicos podem introduzir
mudanças no comportamento dos agentes da cadeia produtiva
causadores de algum tipo de degradação ambiental. Esses
instrumentos englobam questões que envolvem taxas, tarifas e
subsídios.
O modelo ideal, então, será aquele que reuna os instrumentos de
comando e controle, que influenciam diretamente nos atos do poluidor,
limitando suas ações, instrumentos econômicos que afetam o custo-
benefício dos agentes e a conscientização de todos em relação ao
desenvolvimento sustentável, que ocorrerá quando forem estabelecidas
políticas de educação ambiental em todos os níveis. No Brasil utiliza-se
os dois tipos de instrumentos, mas a ênfase é dada aos instrumentos
repressivos, pois, a própria rigidez do sistema de normas e a própria
competência dos órgãos propiciam dificuldades para efetividade
política.
Princípio fundamental de direito, base para a vida harmônica em
sociedade, é aquele, em que o responsável que causar dano a terceiro,
deverá arcar com o ônus proporcional ao prejuízo. Independente de
qual setor, público ou privado, advenha o prejuízo, haverá
responsabilidade de reparar ou ressarcir o dano causado.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11334894/artigo-2-da-lei-n-6938-de-31-de-agosto-de-1981
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104090/lei-da-pol%C3%ADtica-nacional-do-meio-ambiente-lei-6938-81
/
5 CONCLUSÃO
A Constituição Federal acolheu a Lei n.º 6.938/81 (PNMA), elevando
seus preceitos. Isso significa aplicar relevância à resolução dos
problemas ambientais enfrentados no Brasil.
Em que se pese serem os instrumentos da Política Nacional do Meio
Ambiente, teoricamente eficientes, tendo em vista ser a legislação
ambiental brasileira uma das melhores do mundo, nota-se que não são
eficientes para que se alcance desenvolvimento sustentável.
Conclui-se, que não bastam as normas punitivas através da intervenção
do Estado, mais que são necessárias políticas públicas aliadas a essa
intervenção, mais incisivas para a construção de uma consciência
ecológica que aliada aos instrumentos,possa contribuir de tal forma
que o Meio Ambiente seja preservado na presente geração, visando as
futuras.
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SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental. 6. ed. rev.
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Notas:
[1] BRASIL, 1981.
[2] SILVA, 1995, p.2.
[3] BRASIL, 1981.
[4] SIRVINSKAS, 2008, p. 27.
[5] BRASIL, 1981.
[6] SIRVINSKAS, 2008, p. 175.
[7] SIRVINSKAS, 2008, p. 175.
https://blogdemartini.blogspot.com/2009/01/auditoria-ambiental-nos-estados.html%3e
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/
[8] BRASIL, CONAMA, 1986.
[9] BRASIL, CONAMA, 1990.
[10] BRASIL, CONAMA, 2005.
[11] SIRVINSKAS, 2008, p. 139.
[12] SILVA, 2002, p. 267.
[13] BRASIL, 2001.
[14] SILVA, 2002, p. 143.
[15] FIORILLO, 2009, p. 383.
[16] Brasil, 1981.
[17] BRASIL, 2002.
[18] BRASIL, 2002
[19] SIRVINSKAS, 2008, p. 146.
[20] BRASIL, CONAMA, 1986.
[21] BRASIL, CONAMA, 1997.
[22] BRASIL, 1986.
[23] SIRVINSKAS, 2008, p. 148.
[24] BRASIL, CONAMA, 1986.
[25] SIRVINSKAS, 2008, p. 152.
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/
[26] FIORILLO, 2009, p. 144.
[27] MACHADO, 1996, p. 181.
[28] FIORILLO, 2009, p. 74.
[29] BRASIL, CONAMA, 1997.
[30] SIRVINSKAS, 2008, p. 153.
[31] BRASIL, 1998
[32] BARBIERI, 2007, p. 293.
[33] BRASIL, CONAMA, 1986.
[34] BRASIL, CONAMA, 1986.
[35] FIORILLO, 2009, p. 412.
[36] BARBIERI, 2007, p. 227.
[37] MARTINI, 2009.
[38] BRASIL, CONAMA, 2000.
[39] PEREIRA, 2007.
[40] DERANI, 2001, p. 79.
Informações Sobre o Autor
Melce Miranda Rodrigues
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/
*Advogada - Universidade de Marília - UNIMAR Mestre pela
Universidade de Marília - UNIMAR, Área de Concentração:
Empreendimentos Econômicos, Desenvolvimento e Mudança
Fonte: http://www.ambito-jurídico.com.br/site/index.php?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500
Disponível em: https://carollinasalle.jusbrasil.com.br/artigos/112287074/politica-nacional-do-
meio-ambiente-e-a-eficacia-de-seus-instrumentos
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7500

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