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Início da Teoria da Relatividade A teoria da relatividade foi uma revolução para o século XX, pois ela provocou inúmeras transformações em conceitos básicos e também proporcionou que fatos importantes, ainda não explicáveis, pudessem ser entendidos. Essa teoria surgiu com o físico alemão Albert Einstein. Nascido em Ulm, Einstein foi um físico e pesquisador muito conhecido por ter proposto a teoria da relatividade, mas também foi ele que explicou corretamente o efeito fotoelétrico, fato esse que possibilitou o desenvolvimento da bomba atômica, mesmo sem ele saber para quais fins se destinava. A teoria da relatividade é composta de duas outras teorias: Teoria da Relatividade Restrita, que estuda os fenômenos em relação a referenciais inerciais, e a Teoria da Relatividade Geral, que aborda fenômenos do ponto de vista não inercial. Apesar de formar uma só teoria, elas foram propostas em tempos diferentes, mas ambas trouxeram o conhecimento de que os movimentos do Universo não são absolutos, mas, sim, relativos. A teoria da relatividade restrita foi construída por Einstein a partir de dois importantes postulados: 1º Postulado: as leis da Física são as mesmas em todos os sistemas de referência inercial. 2º Postulado: a velocidade da luz no vácuo tem o mesmo valor para qualquer referencial inercial, ou seja, c = 300 000 km/s Invariância da velocidade da luz A velocidade da luz no vácuo, simbolizada pela letra c, é, por definição, igual a 299 792 458 metros por segundo. A velocidade a que as ondas de luz se propagam no vácuo é independente tanto do movimento da fonte de onda quanto do referencial inercial do observador, de modo que a velocidade da luz emitida por uma fonte em alta velocidade é a mesma que a de outra fonte estacionária. No entanto, a frequência da luz (que define a cor) e a energia podem depender do movimento da fonte em relação ao observador, devido ao efeito Doppler relativístico. Todos os observadores que medem a velocidade da luz no vácuo chegam ao mesmo resultado. Essa invariância da velocidade da luz foi postulada por Einstein em 1905, motivado pela teoria de Maxwell do eletromagnetismo e a falta de evidências para suportar a hipótese de um éter luminífero; e desde então tem sido consistentemente confirmada por diversos experimentos. Dentre todas velocidades possíveis, o valor da velocidade da luz em relação qualquer referencial inercial, é o único valor que não permite velocidades relativas. É o que diz o segundo postulado da Relatividade Especial : “A luz tem velocidade invariante igual à c em relação a qualquer sistema de coordenadas inercial.” Velocidade é uma grandeza física vetorial e obedece às regras do cálculo vetorial. A velocidade da luz também é um vetor : possui módulo, direção e sentido. Entretanto, a velocidade da luz, por um motivo físico, não obedece às regras de cálculo vetorial, como uma velocidade comum Graças a correção da Relatividade Especial na Mecânica de Newton, que tornou-se possível a construção de aparelhos como GPS, e a melhor coleta de dados de satélites, dentre outros Inexistência de um sistema de referencia absoluto Teoria da relatividade A teoria da relatividade aborda os fenômenos que ocorrem em deslocamentos de objetos que possuem velocidades próximas ou iguais à da luz. Para entendermos as teorias da relatividade formuladas por Einstein, imaginemos dois sistemas de referência (podemos imaginar dois sistemas de referencia como sendo duas naves espaciais). Consideremos agora esses referenciais (as duas naves espaciais) em movimento relativo. Um determinado fenômeno pode ser investigado através de medidas realizadas pelos observadores localizados em cada um dos referenciais. O resultado das medidas levadas a efeito em referenciais diferentes (em cada uma das naves) permite-nos classificar as grandezas físicas em duas grandes categorias. As grandezas absolutas são aquelas para as quais as medidas levam sempre ao mesmo resultado (ao mesmo valor), independentemente dos referenciais. As grandezas relativas são aquelas, como o nome indica, que dependem do sistema de referencia. O tempo, por exemplo, é absoluto? Isto é, intervalos de tempo dependem do referencial escolhido? Astronautas em naves diferentes registram intervalos de tempo iguais para um mesmo evento? Até o trabalho de Einstein, o tempo era absoluto. Na teoria da relatividade restrita, o objetivo de Einstein era o de descrever os fenômenos analisados a partir de sistemas de referência, que se movem com velocidade constante e em linha reta, um em relação ao outro. O fato de a velocidade destes ser constante, e o movimento retilíneo, fazia com que a sua teoria da relatividade fosse mais restrita. Dez anos depois Einstein elaborou uma teoria mais geral (sua Teoria Geral da Relatividade). > Inexistência de um sistema de referência absoluto Outra consequência é a rejeição da noção de um único sistema absoluto de referência (o éter). Antes acreditava-se que o universo era imerso em uma substância conhecida como éter (identificável como o espaço absoluto) em relação à qual podiam ser medidas velocidades. Este éter seria o referencial privilegiado para descrever toda a Física. Seria também o meio material no qual as ondas eletromagnéticas (luz) se propagavam e teria propriedades incríveis, como uma grande elasticidade, estar disseminado por todo o espaço e simultaneamente ter as propriedades de um meio sólido de modo a poder suportar vibrações transversais (caso da luz), além de poder penetrar todos corpos. Os resultados de várias experiências, que culminaram na famosa experiência de Michelson-Morley, sugeriram: * ou a Terra estava sempre estacionária em relação ao éter * ou a noção de um sistema de referência absoluto era errônea e devia ser rejeitada. Nessa experiência, não se tendo detectado o imaginoso éter lumifero e por não se detectar também o próprio movimento da terra, concluiu-se que a luz deveria ser desvinculada da fonte. Einstein na sua teoria da relatividade partiu do pressuposto que todos os corpos celestes possuem um movimento e qualquer movimento deveria ser relativo ao outro uma vez o não conhecimento de um conceito universal usável como referencia ao "estado estacionário". Quando estamos enunciando a lei da inércia, ou seja, a Primeira Lei de Newton, temos que indicar ao que ou a quem está sendo referido o movimento do corpo livre em movimento. Temos a possibilidade de admitir que o movimento do corpo é relativo a um observador (ele próprio), a uma outra partícula ou a um sistema livre. Para o sistema livre, o móvel não sofre interação com o restante do universo. Esse observador é dito um observador inercial e o sistema de referência que ele utiliza recebe o nome de ``sistema inercial de referência´´. Podemos encontrar diferentes observadores inerciais em um movimento uniforme relativo. Dessa forma, um corpo livre que se encontra em repouso em relação a um observador inercial pode ser considerado em movimento, possuindo uma velocidade constante em relação a outros observadores inerciais. Na Relatividade Restrita continua, no entanto, a existir um conjunto de referenciais privilegiados, os referenciais inerciais, em relação aos quais todos os fenômenos físicos devem ter a mesma descrição (princípio de covariância). Com o advento da Relatividade Geral, esta distinção entre referenciais inerciais e outros referenciais desaparece e a teoria passa a ser escrita da mesma forma em todos os referenciais, sejam eles inerciais ou não, ou mesmo não cartesianos. Relação entre massa e energia A relação entre a energia e a massa resulta da lei da conservação da energia e do fato de a massa do corpo depender da velocidade do movimento. A energia relativística foi descoberta por Einstein, em 1905. Essa teoria mostra que massa e energia são grandezas equivalentes, sendo que qualquer massa possui energia associada a ela e vice-versa. Matematicamente, essa relação é definida pela famosa equação de Einstein: E = m.c2 Sendo: E – energia de uma partícula; m – massa da partícula; c –velocidade da luz no vácuo. A equação acima é a mais conhecida da Física e teve enormes consequências, dentre as quais podemos destacar a energia nuclear. Embora essa energia esteja vinculada a uma velocidade (c), ela também fornece a energia de repouso E0 de um corpo em um referencial em virtude de sua massa de repouso m0. E0 = m0.c2 Porém, se o corpo estiver em movimento, com uma velocidade v, devemos levar em consideração que ele passa a ter também uma energia cinética Ec e sua massa relativística sofre dilatação, aumentando uma quantidade Δm = m – m0. A massa relativística é dada pela equação: Sendo a energia cinética dada pela expressão: EC = Δm . c2 EC = ( m – m0) . c2 Porem se o corpo estiver em movimento com a velocidade v, devemos levar em consideração que ele passa a ter também uma energia cinética Ec e sua massa relativística sofre dilatação, aumentando uma quantidade Δm= m-m0. A massa relativista é dada pela equação: Sendo a energia cinética dada pela expressão: Ec= Δm.c2 Ec=(m-m0) . c2 Confirmação experimental da teoria de relatividade restrita Experiência de Michelson-Morley – deriva do éter. Experiência de Hamar – obstrução do fluxo de éter. Experiência de Trouton-Noble - momento de torção num capacitor. Experiência de Kennedy-Thorndike – contracção do tempo. Experiência de Sagnac - variação de velocidade em sistema de espelhos rotativo. Experiência de Kaufman - deflexão de feixe de elétrons em concordância perfeita com a previsão de Lorentz-Einstein. Experiência de Rossi-Hall - medida da mudança da meia-vida característica de uma partícula no referencial do laboratório em função da velocidade. Experiência de Ives-Stilwell - mediu o desvio Doppler de luz emitida por raios canais do hidrogênio em sentidos opostos. Provas da teoria no nosso cotidiano 1- Magnetismo Sim, magnetismo só é possível graças à Relatividade e é um dos fenômenos mais fáceis de provar que Einstein estava certo há um século. Mas como podemos observar isso em nossos ímãs de geladeira? Se considerarmos que o tempo é relativo, duas pessoas próximas à velocidade da luz veriam dois fenômenos diferentes ao observar o magnetismo: uma veria um campo magnético e outra um campo elétrico. Ambos estão correlacionados, e não há um único ponto de referência. É relativo. 2 – GPS Os aparelhos de GPS já são bem populares hoje em dia e estão presentes em grande parte dos smartphones. Mas você sabia que os efeitos da Relatividade devem ser levados em conta para seu funcionamento? Nossa localização no GPS é calculada com o tempo de resposta entre os satélites que orbitam a Terra e nossos aparelhos. O problema é que estes satélites estão a uma altura de 20 mil quilômetros acima da Terra e sofrem efeitos muito menores de gravidade em relação às estações terrestres e aparelhos de localização. Some isso à velocidade de movimento de 10.000 km/h dos satélites em órbita e teremos como resultado cerca de sete microssegundos de diferença em relação a nós. Pode parecer pouco, mas essa variação de tempo implicaria em uma diferença de 10 quilômetros na localização de seu GPS diariamente. Por isso, todos os aparelhos no espaço contam com cronômetros precisos que se adaptam ao tempo na Terra. 3 – Energia atômica Outra comprovação da Teoria da Relatividade está presente em mais da metade de nossos dias. O brilho e energia do Sol existem graças aos efeitos da relatividade, assim como qualquer usina nuclear na Terra. A teoria de Einstein é provada na prática pela fissão nuclear, em que grandes quantidades de energia podem ser obtidas por pequenas quantidades de massa, como um átomo que se divide em duas partículas de massas diferentes. Essas mesmas reações estão presentes na superfície solar e são responsáveis pela energia que utilizamos. 4 – O funcionamento da velha TV de tubo As TVs antigas funcionavam com uma tecnologia comumente chamada de CRT, do inglês cathode ray tube, ou “tubo de raio catódicos”. Basicamente, elétrons são disparados em alta velocidade – cerca de 30% da velocidade da luz – na parte de trás da tela, tornando cada pixel individualmente visível. Se os efeitos da relatividade não fossem levados em conta, os elétrons teriam uma margem de erro suficiente para não projetar os pixels nas posições corretas, e os fabricantes tiveram que levar em conta esses efeitos para inventarem a TV. 5 – O ouro ser dourado Se os efeitos da relatividade não existissem, o ouro provavelmente seria mais azulado. Mas por quê? O ouro é um átomo pesado, e isso significa que os elétrons de camadas mais internas se movem muito mais rápido que o normal. O aumento de velocidade em uma distância menor – a distância para orbitar o núcleo diminui em camadas mais próximas – culmina no aumento do momento, e consequentemente na ampliação de energia e massa deste elétron se levarmos em conta a fórmula de Einstein. A energia destes elétrons se torna próxima à dos elétrons nas camadas exteriores, resultando em absorção e reflexão de ondas de luz maiores, que aos nossos olhos correspondem às cores amarelo, laranja e vermelho. Sem os efeitos da relatividade, as ondas seriam curtas – que produzem cores azuladas e violetas. 6 – Mercúrio ser líquido Podemos encontrar o mercúrio no estado líquido na natureza pelo mesmo motivo do ouro ter sua coloração única. Acontece que, assim como no caso anterior, este metal é um átomo pesado e seus elétrons sofrem a mesma aceleração próxima ao núcleo. O aumento de massa e energia dos elétrons torna o ligamento entre seus próprios átomos fraco. Esta ligação fraca entre o próprio elemento químico do mercúrio é o que o torna líquido. Experimento: descrição Teoria da relatividade especial Foi descoberto que no Eletromagnetismo a luz é uma onda e a luz se propaga em um meio - no caso da luz, esse meio hipotético era conhecido como éter, e ele permearia todo o espaço. O primeiro a tentar medir de que modo a velocidade do éter influenciaria na velocidade da luz foi Fizeau, por volta de 1870. Fizeau já havia medido a velocidade da luz com grande precisão, usando um aparato engenhoso. Esse experimento consistia em mandar um raio de luz em um espelho muito distante. Contendo um roda do lado oposto do espelho que girava muito rapidamente, então dependendo da velocidade que ela girasse o raio de luz conseguia passar e conseguia voltar. E se ela girasse um pouco mais rápido ele não conseguia voltar, então com isso ele conseguiu saber, com essa distância, com bastante precisão a velocidade da luz. Que na época seria de 298.000 km/ s. E hoje sabemos que essa velocidade é de 299.792 km/ s.
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