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Prof. Washington Luis AULA 1 DIREITO CIVIL – DEFINIÇÃO INICIAL Direito vem do latim directum, que significa em linha reta, aquilo ou aquele que segue uma regra. Civil origina da palavra latina civilis relativa a cidadão. Então, o direito civil é o direito do cidadão. É matéria abrangente e disciplina direitos e deveres das nossas relações, sejam com pessoas ou coisas. A importância do direito civil O direito civil é matéria abrangente e disciplina direitos e deveres das nossas relações, sejam com pessoas ou coisas. As relações familiares também estão inclusas. Cuida do nascimento até a morte do indivíduo No cotidiano, quando alguém, em uma conversa, diz: “tenho um imóvel” ou “sou divorciado”, está fazendo uso de uma faculdade prevista no código civil. No primeiro exemplo, faz relação à propriedade e no outro ao estado civil. DIREITO CIVIL – DEFINIÇÃO INICIAL Pablo Gagliano e Rodolfo Filho conceituam direito civil como o ramo do Direito que disciplina todas as relações jurídicas da pessoa, seja umas com as outras (físicas e jurídicas), envolvendo relações familiares e obrigacionais, seja com as coisas (propriedade e posse). O direito civil tem como finalidade regular a vida em sociedade, dando um norte do que se pode ou não fazer para que a ordem social seja mantida. É considerado a principal matéria do direito privado. CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO E SUAS REFERÊNCIAS Antes de 2002 quando foi aprovado , o código era baseado no de 1916 com referências francesas, mas que tinha como ênfase o “ter” e não o “ser” . Um tipo de código mais individualista. Distanciando-se dele, nosso atual código de 2002, que foi influenciado pelo alemão, tenta se afastar desse conceito e apresenta três princípios básicos: eticidade, socialidade e operabilidade. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO Os princípios gerais de direito ocupam um lugar privilegiado na ordem legal positiva e representam a base de qualquer construção legal em diferentes atividades jurídicas. A essência dos princípios legais reside na sua generalidade. O que são os princípios gerais do direito? Os princípios gerais do direito são orientações macro ou guia teórico norteador da política e da prática jurídica. São compostos de subjetividade e de conteúdo valorativo de característica genérica. Segundo Manoel Gonçalves, os princípios gerais do direito vão em direção a uma situação jurídica específica. São eles: •Princípio do Devido Processo Legal; •Princípio do Direito de Ação; •Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa; e •Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. ( Direito Fundamental Art 1º da CF) https://www.aurum.com.br/blog/principio-da-dignidade-da-pessoa-humana/ PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DIREITO CIVIL Princípio da eticidade A eticidade traz os valores éticos para os valores jurídicos, aproximando a importância das leis morais para a convivência em sociedade. Significa dizer que os negócios jurídicos devem ser tratados com honestidade e lealdade, sem intenção de enganar ( TER ÉTICA E BONS COSTUMES) E podemos ver isso em vários artigos do CC. Tais como: 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.” 1638. “Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que: (…) III – praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;” PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DIREITO CIVIL Georg Wilhelm F. “A liberdade, o jurídico e a moral não podem existir por si e devem ter a ética como sustentação e fundamento.” (HEGEL, 1820) Dignidade da pessoa humana CF/88 PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DIREITO CIVIL Princípio da socialidade Este princípio visa afastar o caráter individual do antigo código civil de 1916, trazendo a ideia da função social, prevalecendo os interesses coletivos aos individuais. Assim, num conflito entre direitos coletivos e individuais, os coletivos terão peso maior por possuir maior abrangência, com resguardo dos direitos fundamentais da pessoa humana. https://www.aurum.com.br/blog/direitos-fundamentais/ PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DIREITO CIVIL Princípio da operabilidade Por fim, o princípio da operabilidade buscou simplicidade dos institutos jurídicos e maior efetividade das decisões, viabilizando o cumprimento e inserindo algumas normas chamadas “abertas”, que possibilita uma ampla interpretação, sem restrição da Lei. OU SEJA RESOLVER DE FORMA RÁPIDA, PELO MODO CONCRETO. Com esses princípios em mente, nosso código de 2002 e não pode ser confundido com os PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO. DIVISÃO DO CÓDIGO CIVIL • Das pessoas Trata da personalidade e seus direitos, da capacidade, ausência e sucessão. Trata também das pessoas jurídicas, associações, fundações e domicílio. Disponível nos artigos de 1º a 78. • Dos bens Trata dos bens móveis, imóveis, fungíveis e consumíveis, singulares e coletivos. Trata também de bens reciprocamente considerados e bens públicos. Disponível nos artigos de 79 a 103. Dos fatos jurídicos Trata dos negócios jurídicos e seus efeitos e defeitos. Trata também do erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão, fraude contra credores, invalidade dos negócios, atos lícitos e ilícitos, prescrição e decadência e da prova. Disponível nos artigos de 104 a 232. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art79 https://www.aurum.com.br/blog/prescricao-e-decadencia/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art104 DIVISÃO DO CÓDIGO CIVIL Parte especial do Código Civil de 2002 Direito das obrigações O direito das obrigações trata de relações entre devedor e credor, modalidades das obrigações, adimplemento e extinção da obrigação. Trata também do inadimplemento e seus efeitos, dos contratos e suas espécies, do mandato, do seguro, do jogo e da aposta, da fiança, da promessa de compra e venda, dos títulos de crédito, da responsabilidade civil e das preferências dos direitos creditórios. Disponível nos artigos de 233 a 965. Direito de empresa Trata do empresário, dos tipos de empresa, das sociedades, do estabelecimento, do nome empresarial, dos prepostos, gerentes, contabilistas e outros auxiliares, da escrituração e disposições gerais. Disponível nos artigos de 966 a 1.195 Direito das coisas Trata da posse e seus efeitos, dos direitos reais, da propriedade, do direito de construir, do condomínio e seus tipos. Trata também da superfície, da servidão, do usufruto, do uso, da habitação, do direito do promitente comprador, penhor, hipoteca e anticrese. Disponível nos artigos de 1.196 a 1.510. https://www.aurum.com.br/blog/direito-das-obrigacoes/ https://www.aurum.com.br/blog/responsabilidade-civil/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art233 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art966 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1196 DIVISÃO DO CÓDIGO CIVIL Parte especial do Código Civil de 2002 Direito de família Trata do casamento e sua dissolução, relações de parentesco, do direito patrimonial, da pensão alimentícia e daexecução de alimentos. Além desses, do bem de família, da união estável, da tutela, curatela e dos interditos. Disponível nos artigos de 1.511 a 1.783. Direito de sucessão Trata das sucessões, ordem de vocação hereditária, testamentos, legados, substituições e do inventário e partilha. Disponível nos artigos de 1.784 a 2.027. https://www.aurum.com.br/blog/pensao-alimenticia/ https://www.aurum.com.br/blog/execucao-de-alimentos/ https://www.aurum.com.br/blog/curatela/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1511 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1784 DIVISÃO DO CÓDIGO CIVIL Parte especial do Código Civil de 2002 Direito de família Trata do casamento e sua dissolução, relações de parentesco, do direito patrimonial, da pensão alimentícia e daexecução de alimentos. Além desses, do bem de família, da união estável, da tutela, curatela e dos interditos.Disponível nos artigos de 1.511 a 1.783. Direito de sucessão Trata das sucessões, ordem de vocação hereditária, testamentos, legados, substituições e do inventário e partilha. Disponível nos artigos de 1.784 a 2.027. https://www.aurum.com.br/blog/pensao-alimenticia/ https://www.aurum.com.br/blog/execucao-de-alimentos/ https://www.aurum.com.br/blog/curatela/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1511 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1784 CONCLUSÃO RESUMO DOS PRINCIPAIS PONTOS INICIAIS DEFINIÇÃO : O Direito Civil é a matéria abrangente e disciplina direitos e deveres das nossas relações, sejam com pessoas ou coisas O Direito Civil atualmente de 2002 esta baseado no alemão onde o que prevalece são princípios básicos de : • ETICIDADE : Agir com ética e moral ser probo. • OPERALIDADE : Dar mais fluidez e agilidade / simplicidade na tomada de decisões e cumprimentos. • SOCIALIDADE : Interesse coletivo sobre o particular. O código civil é dividido em 2 livros ( Parte Geral e Especial) - Das Pessoas / Dos Bens / Fatos Jurídicos ( Parte Geral ) - Obrigações / Direito da Empresa / Direito das Coisas / Família / Sucessão ( Especial) Prof. Washington Luis AULA 3 DETALHANDO OS ARTIGOS DO CÓDIGO CIVIL PESSOA E PERSONALIDADE Antes de mais nada precisamos saber a diferença entre pessoa e personalidade no âmbito civil. Quem são os sujeitos de relações jurídicas: - Pessoa Natural - Pessoa Jurídica Considerando que o Artigo 1º trata apenas de pessoa natural vamos focar nisso nesta aula. DETALHANDO OS ARTIGOS DO CÓDIGO CIVIL PESSOA NATURAL É todo ser humano sem distinção de sexo, cor, raça, idade, nacionalidade , saúde etc. Então podemos concluir que pessoa é todo ser humano desde um recém-nascido; Criança; Adolescente ; Idoso; Absolutamente Incapaz ; Relativamente Incapaz ou seja: - TODO SER HUMANO NASCIDO COM VIDA! DETALHANDO OS ARTIGOS DO CÓDIGO CIVIL PESSOA NATURAL Artigo 1º: Toda pessoa é capaz de adquirir direitos e deveres na ordem civil. Portanto questão simples: Pessoa: é todo ser humano nascido com vida e com a capacidade de adquirir direitos e deveres. Agora que estudamos o que é pessoa vamos falar de Personalidade. DETALHANDO OS ARTIGOS DO CÓDIGO CIVIL PERSONALIDADE Artigo 1º do CC Como a personalidade é um conceito jurídico, poderíamos conferir apenas aos homens o direito de adquirir personalidade ou seja de ter direitos e deveres. Mas não é o que acontece no Brasil, aqui TODA PESSOA PODE ADQUIRIR DIREITOS E DEVERES Portanto Personalidade é a faculdade de adquirir direitos e deveres na esfera civil. DETALHANDO OS ARTIGOS DO CÓDIGO CIVIL PERSONALIDADE Artigo 1º do CC Art. 1 o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. No artigo 1º não se fala nos direitos e deveres que uma pessoa poderá exercer e sim na possibilidade de adquiri-los Agora, se uma pessoa precisa de um assistente ou representante para poder exercer seus direitos, ai estaremos falando de CAPACIDADE CIVIL que iremos abordar nas próximas aulas. DETALHANDO OS ARTIGOS DO CÓDIGO CIVIL PERSONALIDADE Artigo 1º do CC Art. 1 o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Portanto que fique bem claro: Toda pessoa independente de raça, sexo, idade, cor, é capaz de adquirir direitos e deveres na esfera civil. TODA PESSOA! E COMO FICA O FETO NO VENTRE DA MÃE? DETALHANDO OS ARTIGOS DO CÓDIGO CIVIL JURISPRUDÊNCIA STF Jurisprudência do STJ vem reconhecendo nascituros como sujeitos de direito. Embora o artigo 2º do Código Civil diga que "a personalidade civil começa do nascimento com vida", a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça tem reconhecido direitos aos ainda não nascidos DETALHANDO OS ARTIGOS DO CÓDIGO CIVIL EXEMPLO João recém-nascido herdou do seu avó, um imóvel, como o direito brasileiro diz que TODA PESSOA pode adquirir direitos e deveres ele terá que pagar pelas custas deste imóvel como IPTU, benfeitorias ou quaisquer outras dívida /Impostos. Agora a forma como João irá exercer os direitos sobre o imóvel ai é outro assunto, envolve a Capacidade. O que importa é que João tem o direito de Adquirir direitos na esfera civil ( PERSONALIDADE) e a forma como ele irá exercer estes direito é a ( CAPACIDADE ) DETALHANDO OS ARTIGOS DO CÓDIGO CIVIL CONCLUSÃO Art. 1 o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. PESSOA: Todo ser humano nascido com vida sem distinção de cor, raça, sexo, idade, saúde etc. PERSONALIDADE: É o direito que toda PESSOA tem de adquirir direitos e deveres na esfera civil CAPACIDADE: É a forma como esta PESSOA dotada de PERSONALIDADE irá exercer os seus direitos e deveres na esfera Civil. Prof. Washington Luis AULA 4 Art. 1 – TODA PESSOA É CAPAZ DE DIREITOS E DEVERES NA ESFÉRA CIVIL. CAPAZ = CAPACIDADE DE DIREITO Toda pessoa é capaz de adquirir direitos e deveres na ordem civil. Uma criança herda um imóvel, a partir deste momento ela adquire direitos ( herdou o imóvel) e contrai obrigações respectivamente. DIREITO = De Propriedade DEVER = Obrigação de pagar IPTU O art 1º do Código Civil diz que toda pessoa é capaz de direitos e deveres mas não diz que toda pessoa é capaz de exercer esse direito. Portanto o que o Art 1º diz é que toda pessoa possui a CAPACIDADE DE DIREITO e não a CAPACIDADE DE EXERCÍCIO OU DE FATO. Capacidade de Direito = Todos tem ao nascer! Portanto nós temos automaticamente a Personalidade Jurídica e também a Capacidade de Direito MAS NÃO TEMOS A DE EXERCÍCIO OU DE GOZO EM RESUMO TEMOS: CAPACIDADE DE DIREITO + CAPACIDADE DE FATO = CAPACIDADE PLENA Em Regra geral é que a pessoa humana adquire a capacidade de fato quando: • ao completar 18 (dezoito) anos; • pela concessão dos pais (emancipação); • pelo casamento; • pelo exercício de emprego público efetivo; • pela colação em curso de ensino superior; • pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. DIREITOS DO NASCITURO AULA 5 DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO Art. 2 o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Como já vimos : PESSOA: PESSOA É O SER-HUMANO SUJEITO DE DIREITOS. Somente a pessoa pode contrair direitos e deveras na ordem civil. DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO Art. 2 o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Com base nisso temos : QUANDO SOMOS CONSIDERADOS PESSOAS? Na concepção ou Nascimento? * Pessoa: Ser-Humano nascido com vida * Nascituro: O Ser já concebido ainda no ventre * Natimorto : Ser expelido sem vida no ventre materno * Personalidade: Aptidão da pessoa tem de contrair direitos e deveres DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO Art. 2 o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Com base nisso temos : Portanto o artigo 2º diz que adquirimos personalidade civil com o nascimento com vida mas desde a concepção já contraímos direitos. DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO Mas ai vem a pergunta: Se somente com o nascimento com vida adquirimos direitos e deveres como fica o nascituro e natimorto? Nascituro não tem direitos? Natimorto não adquiriu personalidade? Quando inicia a personalidade? DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO TEORIA NATALISTA E CONCEPCIONISTA TEORIA NATALISTA: Somente com nascimento com vida, que o ser-humano adquire direitos e deveres na esfera civil. Mas põe a salvo alguns direitos desde a concepção exceto patrimoniais e heranças. TEORIA CONCEPCIONISTA: Já no ventre materno o ser-humano já contrai direitos e deveres. DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO TEORIA NATALISTA E CONCEPCIONISTADIREITO CIVIL DESCOMPLICADO TEORIA NATALISTA E CONCEPCIONISTA DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO TEORIA NATALISTA E CONCEPCIONISTA Portanto, como diz o artigo 2º somente com nascimento com vida é que se obtém direitos e deveres na esfera civil. Enquanto esta no ventre não obtem estes direitos. DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO TEORIA NATALISTA E CONCEPCIONISTA DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO TEORIA NATALISTA E CONCEPCIONISTA Apesar do artigo 2º dizer que somente com vida que se obtem os direitos e deveres na ordem civil. O próprio artigo diz que : “ A lei põe a salvo desde a concepção os direitos no nascituro” DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO TEORIA NATALISTA E CONCEPCIONISTA Mas estes direitos se restringem apenas a alguns pontos: Vida , integridade física e saúde. Mas os direitos patrimoniais são excluídos tais como : Herança, Posse, Direito de propriedade , receber seguros e danos morais. DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO TEORIA NATALISTA E CONCEPCIONISTA EXEMPLO: Joana esta grávida de “Pedro” , ele por estar ainda no ventre dela é considerado NASCITURO portanto não teria direitos na esfera civil. Os únicos que ele possui são: - Saúde ( pré-natal) - a Vida - A integridade etc. DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO TEORIA NATALISTA E CONCEPCIONISTA EXEMPLO: PEDRO nascendo com vida terá direito e deveres na ordem civil como direitos patrimoniais, extrapatrimoniais, receber um nome, herança, seguro, danos morais etc. Mas lembre-se do assunto CAPACIDADE! DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO TEORIA DA PERSONALIDADE CONDICIONADA Se PEDRO ainda estiver no ventre, ele terá direitos para ser adquiridos mas que ficarão em estado se SUSPENSÃO como um TERMO SUSPENSIVO até a sua EFICÁCIA que no caso é o nascimento. DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO TEORIA CONCEPCIONISTA NA JURISPRUDENCIA Alguns julgados representam a adoção da Teoria Concepcionista. Como exemplo, há um caso em que o STJ reconheceu a presença de danos morais ao nascituro pela afirmação feita pelo humorista Rafinha Bastos em relação à cantora Wanessa Camargo, então, grávida, e o seu filho, que ainda estava na condição de nascituro. Outro Exemplo é o DPVAT em caso de acidente! DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO TEORIA CONCEPCIONISTA EXEMPLO Joana carrega no ventre seu filho “ PEDRO” que no caso é um NASCITURO mas mesmo assim ele já detem direitos na esfera civil tais como : Alimentos, Pré-Natal, Saúde, Vida, Integridade, Danos morais ( rafinha bastos) seguro de vida. DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO TEORIA CONCEPCIONISTA EXEMPLO Caso “PEDRO” sair do ventre sem vida NATIMORTO como ele já tinha adquirido personalidade jurídica todos os seus direitos estão resguardados: Nome, Sepultura, Direito a imagem . NÃO TERÁ DIREITOS PATRIMONIAIS. DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO TEORIA CONCEPCIONISTA CONCLUSÃO DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO TEORIA CONCEPCIONISTA CONCLUSÃO DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO CONCLUSÃO DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO CONCLUSÃO DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO CONCLUSÃO FIM MANIFESTAÇÃO DA VONTADE NA CAPACIDADE PLENA AULA 6 NESTA AULA IREMOS ABORDAR: • CAPACIDADE PLENA • INCAPACIDADE RELATIVA • INCAPACIDADE ABSOLUTA MANIFESTAÇÃO DA VONTADE Quando a pessoa pode realizar contratos e negócios jurídicos de acordo com sua vontade e dentro da normal legal. MANIFESTAÇÃO DA VONTADE EXEMPLO: Se eu for comprar uma casa, posso escolher o bairro, o valor a forma que irei pagar. Ou seja diante a lei civil eu tenho todos os poderes para exercer minha capacidade jurídica. MANIFESTAÇÃO DA VONTADE CAPACIDADE PLENA = CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO + CAPACIDADE DE EXERCÍCIO OU DE FATO. ( MEMORIZE) Sendo que: CAPACIDADE DE DIREITO: Todos nascem com ela conforme o artigo 1º do CC. CAPACIDADE DE EXERCÍCIO: Quando a pessoa pode exercer sozinha sem representantes ou assistentes seus direitos. MANIFESTAÇÃO DA VONTADE INCAPACIDADE ABSOLUTA : A pessoa possui sua capacidade de direito e Não possui a capacidade de exercício. Sendo que para exercer seus direitos e deveres na esfera civil, precisará de um REPRESENTANTE. INCAPACIDADE ABSOLUTA REPRESENTANTE CAPACIDADE DE GOZO LIMITADA ABSOLUTAMENTE INCAPAZES ARTIGO 3º DA CC MANIFESTAÇÃO DA VONTADE INCAPACIDADE RELATIVA: A pessoa possui sua capacidade de direito e de Fato ou Gozo limitada. Sendo que para exercer seus direitos e deveres na esfera civil, precisará de um ASSISTENTE. INCAPACIDADE RELATIVA ASSISTENTE CAPACIDADE DE GOZO LIMITADA RELATIVAMENTE INCAPAZES ARTIGO 4º DA CC MANIFESTAÇÃO DA VONTADE REPRESENTANTES LEGAIS: A luz do artigo 115 do CC temos basicamente o seguinte: çã MANIFESTAÇÃO DA VONTADE REPRESENTANTES LEGAIS: Com base nisso temos 2 tipos de representantes: REPRESENTANTE LEGAL : Aquele definido pela Lei por ordem judicial temos: Pais, Curadores, Tutores, representante de empresa penhorada, inventariante ou síndico de falência. MANIFESTAÇÃO DA VONTADE REPRESENTANTES LEGAIS: REPRESENTAÇÃO CONVENCIONAL / CONSENSUAL: Aquele outorgado por ambas as artes no negócio jurídico, estabelecendo poderes gerais ou específicos. * MANDADO * PROCURAÇÃO Representantes = Capacidade de Fato MANIFESTAÇÃO DA VONTADE ASSISTENTES LEGAIS: ç ã á ó çã á é . Assistentes dos filhos = pais = capacidade plena MANIFESTAÇÃO DA VONTADE EM RESUMO: - çã í ã ã ã MANIFESTAÇÃO DA VONTADE EM RESUMO: - í ó çã MANIFESTAÇÃO DA VONTADE EM RESUMO: - Assim sendo, os menores, que ainda não detêm a capacidade civil plena, precisam de representação ou assistência, conforme seja absoluta ou relativamente incapaz para os atos da vida civil. FIM DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO AULA 7 INCAPACIDADE ABSOLUTA Nova Redação do Art. 3º do Código Civil INCAPACIDADE ABSOLUTA ã Ã Art. 3 oSão absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. INCAPACIDADE ABSOLUTA Exemplo: João com 10 anos herdou um imóvel, ele tem direito sobre ele de propriedade mas não pode exercer. Neste caso o representante irá fazê-lo. Assim como arcar com as obrigações. IPTU etc. PAIS: Representam os filhos artigo 1634 da CC TUTORES: Representam os menores que não possuem pais ou que perderam o poder familiar artigo 1728 do CC INCAPACIDADE ABSOLUTA Art. 3 oSão absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. Redação dada pela lei 13.146. Estatuto da pessoa com deficiência. INCAPACIDADE ABSOLUTA REDAÇÃO ANTIGA TÍNHAMOS: “São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I – os menores de dezesseis anos; II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade”. Também foi alterado o caput do comando, passando a estabelecer que “são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 anos”. INCAPACIDADE ABSOLUTA Agora temos apenas : Art. 3 o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. INCAPACIDADE ABSOLUTA Em resumo é importante frisar: Não existe mais, no sistema privado brasileiro, pessoa absolutamente incapaz que seja maior de idade. Todas as pessoas com deficiência, das quais tratava o comando anterior, passam a ser, em regra, plenamente capazes para o Direito Civil, http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035419/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035419/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 INCAPACIDADE ABSOLUTA Exemplo prático disso é o que diz a Lei 13.146/2015, onde o deficiente poderá: a) casar-se e constituir união estável; b) exercer direitos sexuais e reprodutivos; c) exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar; d) conservar sua fertilidade, sendo vedada aesterilização compulsória; e) exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e f) exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/49550023/artigo-6-da-lei-n-13146-de-06-de-julho-de-2015 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/205855325/lei-13146-15 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/205855325/lei-13146-15 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/205855325/lei-13146-15 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/205855325/lei-13146-15 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/205855325/lei-13146-15 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/205855325/lei-13146-15 VAMOS CONCLUIR O ARTIGO 3º TRATA DOS ABSOLUTAMENTE INCAPAZES: Art. 3 o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. Portanto quem possui incapacidade absoluta não podem exercer seus atos e precisam de representantes que podem ser pais, tutores ou curadores. Em suma também, hoje não há o que se falar em ABSOLUTAMENTE INCAPAZES MAIORES QUE 16 ANOS. TODOS SÃO MENORES e não podem sofrer INTERDIÇÕES como ocorria na antiga redação. FIM DIREITO CIVIL DESCOMPLICADO INCAPACIDADE RELATIVA AULA 8 INCAPACIDADE RELATIVA Art. 4 o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
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