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Doutrina da inteligência I - Aula 6 - Setores de Inteligência Analise

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Doutrina da inteligência I
Aula 6: Setores de Inteligência – Analise 
Setores de Inteligência 
Uma agência de Inteligência possui alguns setores, dentre os quais, cabe-nos destacar dois muito importantes.
Análise e Operações
O setor de análise é o responsável pela coleta de informações, enquanto que o setor de operações será responsável pela busca de informações.
Setor de analise
É na análise que concentram todos os dados e que os transforma em conhecimentos. Ela é a grande responsável pelo Ciclo de Produção de Conhecimento, pois participa do planejamento, que inicia a reunião de dados, que processa e que providencia a correta utilização do conhecimento produzido.
Aos agentes lotados neste setor dá-se o nome de analistas. Os analistas de inteligência são responsáveis principalmente pela reunião de dados, a qual realizam através da coleta. Dentro da análise pode haver a divisão, em carteiras, que serão responsáveis por determinados assuntos. Na inteligência de segurança pública, por exemplo, pode haver carteira de tráfico de armas, carteira de tráfico de drogas etc. A divisão dá-se em respeito ao princípio da compartimentação.
Com os progressos tecnológicos, as ferramentas de análise avançaram muito, permitindo o acesso a uma quantidade infinitamente superior de informações, mas exigindo uma depuração muito mais rigorosa.
Nos dias de hoje, temos bibliotecas e arquivos digitalizados e disponíveis online, o que permite que o analista realize sua atividade remotamente. Quando há necessidade de obtenção de dados, cujo acesso não é livre, haverá emprego do elemento de operações.
É claro que não somente na internet será realizada a pesquisa pelos dados necessários, havendo outras fontes de coleta. Fontes de coleta são os locais em que os dados estão arquivados e podem ser obtidos.
Classificação da seguinte forma: 
Neste diapasão, não temos como deixar de citar a Inteligência de Fontes Abertas (Open Source Inteligence — OSINT), que ganhou força a partir de 2005, após o atentado de 11 de setembro de 2001; havia uma gama de informações disponíveis em fontes abertas (internet), que caso tivessem sido reunidas, favoreceriam a prevenção.
Em 2014, os EUA instituíram o ciberespaço como ambiente de defesa, juntamente com o ar, o mar, a terra etc.
Inteligência de Fontes Abertas é um modelo que visa encontrar, selecionar e adquirir informações de fontes públicas e analisá-las para que junto com outras fontes, possam reproduzir um conhecimento. Na comunidade de inteligência, o termo aberto refere-se a fontes disponíveis publicamente. Isto é, não está relacionada com software de código aberto ou a inteligência pública. A utilização das fontes abertas possui baixo custo e as informações disponíveis são extremamente dinâmicas.
Analise criminal
É um conjunto de processos sistemáticos que objetiva identificar padrões do crime e correlações de tendências da violência e da criminalidade a fim de assessorar o planejamento para a distribuição das políticas de segurança pública principalmente, mas não exclusivamente, já que pode ser utilizada no âmbito privado.
Exemplo: que o setor de inteligência de uma multinacional sugere a alteração de rotas de transportes de mercadoria, pois através da análise criminal, identificou que o caminho percorrido atualmente pela empresa favorece o risco de roubo de carga.
Ecologia Social do Crime
Trata da concentração de crimes em determinadas comunidades com características específicas. Surgiu com a Escola de Chicago em 1920. Existem 3 níveis de análise criminal.
Análise de Cenários
Também é um conjunto de processos sistemáticos que visa identificar padrões e tendências. Busca, através da identificação das causas deste cenário, delimitar os fatores que contribuíram para a construção do padrão encontrado e relacionam-nas às tendências, visando antecipar um possível cenário futuro, propondo soluções.
Veja que a análise de cenários possui larga aplicação na área empresarial, sendo assim definida para esta finalidade:
“A análise de cenários é um conceito difundido por estudos e consultorias que passou a ser amplamente utilizado como ferramenta de gestão, apesar de ter sua origem na teoria militar. Ela permite que estratégias sejam estabelecidas considerando-se um contexto futuro. Neste caso, fatores que podem impulsionar o negócio são identificados, esperando-se obter um avanço perante um cenário competitivo. ”
É a Análise de Cenários que irá fundamentar as estratégias da empresa, por isso é de extrema importância na concepção do Planejamento Estratégico. Sua principal função é analisar o contexto (interno e externo) no qual a empresa está inserida. Em seguida, identificam-se os fatores futuros que são passíveis de ocorrer, possibilitando-se visão mais clara do cenário atual e permitindo a tomada de decisão mais fundamentada e precisa. É importante destacar que sua principal função não é tentar prever o futuro, mas identificar fatores que podem se tornar reais a longo prazo.
Uma das ferramentas mais importantes para a análise de cenários é a mineração de dados.
Mineração de dados: Seleção e organização de informações facilitando a compreensão da realidade através de processo de raciocínio crítico. Processo de descoberta de informações acionáveis em grandes conjuntos de dados. Usa análise matemática para derivar padrões e tendências que existem nos dados.
Alguns princípios são aplicados para a identificação dos padrões.
O princípio de Pareto afirma que, para muitos fenômenos, 80% das consequências advêm de 20% das causas. Especialmente 80% das ocorrências criminosas tendem a se concentrar em 20% do território.
Análise de Riscos é um conjunto de procedimentos que identificam, quantificam, analisam e qualificam ameaças, vulnerabilidades e impactos aos ativos da Segurança Pública, elaborado com a finalidade de apontar alternativas para mitigar e controlar os riscos.
É mapear detalhadamente as ameaças e vulnerabilidades do seu empreendimento, das suas instalações, do seu negócio. É um estudo técnico aprimorado das ameaças futuras. Verificação dos pontos críticos que possam vir a comprometer a execução de um determinado projeto. Ela precede o planejamento de segurança. Avalia-se tanto o ambiente externo quanto o interno.
Analisa-se a consequência X exposição X probabilidade = gravidade
Esta fórmula é oriunda da metodologia William T. Fine
1 – Remoto
2 – Baixo
3 – Médio
4 – Alto
5 – Muito Alto
Tipos de Riscos
1 – Humanos
2 – Mecânicos
3 – Físicos
4 – Biológico
5 – Químicos
6 – Acidentes
7 – Desastres Naturais
8 – Ergonômicos
Para análise do risco, é importante que se faça o levantamento de dados ou estudo de contexto, que envolve o conhecimento do alvo, motivo da análise, local, prédio, instalações, eventos e outras coisa.
Diagnostico é o resultado da análise dos contextos internos e externos e que se deve ser expresso formalmente, considerando-se as informações obtidas, através dos processos de avaliação: Brainstorming, checklist, estabelecimento dos contextos. 
Um dos principais métodos utilizados na análise de riscos é chamado de ARENA e foi desenvolvido pela ABIN. Significa Análise de Riscos com Ênfase na Ameaça.
Segundo a ABIN: “A Metodologia de Análise de Riscos com Ênfase na Ameaça (Arena) foi desenvolvida pela ABIN de modo convergente com a norma ISO 31000/2009. A Arena define o conceito de risco como a incerteza sobre os acontecimentos que podem comprometer a operação de uma infraestrutura crítica ou a realização de grandes eventos. ”
No âmbito da metodologia, o “risco” corresponde a potencial consequência negativa — denominada “impacto” — ocasionado pela exploração de uma vulnerabilidade por determinado agente ou fenômeno identificado como “fonte de ameaça”.
As “fontes de ameaça” consistem em entidades, grupos de pessoas, fenômeno da natureza ou agente biológico que apresentam potencial de provocar situações de ameaça ao objeto da avaliação de risco.
Infraestruturas Críticas (IEC) são instalações, serviços, bens e sistemas que, se forem interrompidos ou destruídos, total ou parcialmente,provocarão sério impacto social, econômico, político, internacional ou à segurança do Estado e da sociedade.
ARENA visa proteger as IIIEECC contra ameaças internacionais (organizações criminosas; grupos de protesto; funcionários insatisfeitos; grupos antagônicos), ameaças não intencionais (falhas humanas; falhas de equipamentos ou sistemas) e ameaças da natureza (fenômenos da natureza e antrópicos).
Para proteger as IIEECC deve-se dificultar o acesso não autorizado (físico e lógico), melhorar a capacidade de percepção de ameaças e garantir a resiliência das estruturas (continuidade).
A metodologia ARENA aborda os seguintes segmentos: proteção física (perímetro, proteção em profundidade), proteção de sistemas de automação (ISA 99, NIST SP 800-82) e gestão de pessoas (seleção, ética, comportamento).
Outro método de análise de risco é o diagrama de causa e efeito, ou espinha de peixe.
HAZOP é uma ferramenta que serve para identificar os perigos e os problemas de operabilidade de uma instalação ou processo. Sua metodologia é qualitativa, baseada em questionamentos sistemáticos através do uso de palavras-guia.
FMEA — Análise de Modos de Falhas e Efeitos. É uma ferramenta para a prevenção de problemas. É o diário de um projeto, processo ou serviço.
Análise de árvore de eventos é um método lógico-indutivo para identificar um risco.
Método BOW TIE é a metodologia utilizada na identificação de riscos e seus efeitos. É uma forma simples de analisar, avaliar e tratar riscos complexos, utilizando uma maneira fácil de visualizá-los e gerenciá-los. Só vale a pena para riscos detectados e não para riscos remotos, pois é muito trabalhoso o método.
Matriz de CARVER é a forma de análise em que o analista se coloca no lugar do agressor para testar as falhas. Analisa-se a criticidade, acessibilidade, recuperabilidade, vulnerabilidade, efeitos, reconhecimento.
Método de MOSLER é indicado para avaliação de risco de instalações físicas.
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