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SNE Tipos de neurônios: Sensoriais, Interneurônios e Motoneurônios Neurotransmissores: Ach, ANC´s (neurotransmissores não colinérgicos e não adrenérgicos) • O TGI possui um sistema nervoso próprio: o SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO É a 3ª divisão do SNA • Localização: parede do TGI • Início: Esôfago • Fim: Ânus • Seus neurônios são intrínsecos ao tubo digestório • Possui cerca de 100 milhões de neurônios, quase igual ao número existente em toda a medula espinhal • Controla essencialmente os movimentos e as secreções gastrointestinais; • O SNE é composto por plexos (grupos de gânglios e suas fibras, todas originadas na parede do tubo digestório), sendo eles: • Plexo submucoso (de Meissner) • Plexo mioentérico (de Auerbach) • Os neurônios dos dois plexos estão conectados por fibras interganglionares Plexo interno submucoso ou de Meissner – Função secretora intestinal • Localização: camada submucosa • Função: controlar as secreções e o fluxo sanguíneo no TGI • Inerva as células do epitélio mucoso, bem como o músculo liso da camada muscular da mucosa • Controla as secreções locais e a absorção • Responsável pelo pregueamento da mucosa • Vários neurotransmissores são secretados nas terminações dos neurônios entéricos Plexo externo mioentérico ou de Auerbach – Função motora intestinal • Localização: camada muscular externa - entre as camadas • circular e longitudinal • Função: controlar os movimentos peristálticos do TGI Ao ser estimulado produz: • Aumento do tônus da parede • Maior intensidade das contrações rítmicas • Aumento da frequência das contrações • Maior velocidade das ondas peristálticas • Algumas fibras são inibitórias: do esfíncter pilórico e da válvula ileocecal; • O SNE pode funcionar por si só • Além disso, também recebe conexões de fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas que podem ativar ou inibir ainda mais as funções gastrintestinais Fibras nervosas sensoriais aferentes • São estimuladas por irritação da mucosa, distensão excessiva do intestino e presença de substâncias químicas. • O estímulo pode ir para o próprio sistema entérico, para a medula espinhal ou, até mesmo, tronco cerebral • Podem causar excitação ou inibição QUIMIORRECEPTORES • Sensíveis a: pH, aminoácidos, gordura, etc. MECANORRECEPTORES • Terminações localizadas nas camadas mucosa e muscular. • Sensíveis ao: estiramento Alça Curta • Descreve o circuito de informação sensorial que está confinado à parede do TGI, isto é, informações sensoriais percebidas pelos neurônios sensitivos são enviadas, via interneurônios, aos neurônios motores existentes em ambos os plexos; Alça longa • Descreve o circuito da informação aferente, através de fibras sensoriais parassimpáticas e/ou simpáticas, ao SNC, desencadeando respostas que envolvem o SNA • Neurônios motores: estimulam ou inibem a contração muscular; EXEMPLO DE REFLEXOS INTRÍNSECOS DO SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO ENVOLVENDO OS 3 TIPOS BÁSICOS DE NEURÔNIOS • É a manifestação de dois principais reflexos dentro do SNE que são estimulados pela presença do alimento no lúmen. • A distensão mecânica e a irritação da mucosa podem estimular neurônios entéricos aferentes. • Esses neurônios sensoriais fazem sinapse com vários interneurônios colinérgicos que provocam dois efeitos distintos: 1. Um grupo de interneurônios ativa neurônios motores excitatórios, localizados imediatamente atrás do bolo alimentar, que estimulam a contração da musculatura lisa atrás do bolo e da camada muscular longitudinal. • Principais neurotransmissores e neuromoduladores dos motoneurônios excitatórios: Ach, Substância P 2. Outro grupo de interneurônios ativa neurônios motores inibitórios inibem a contração da musculatura circular lisa imediatamente à frente do bolo. • Principais neurotransmissores e neuromoduladores dos motoneurônios inibitórios: VIP (peptídeo inibidor vasoativo), NO. Relevância desses conhecimentos • Patologias podem ter, 1a ou 2a, a população de determinados tipos de neurônios alterada. Neurotransmissores conhecidos • Acetilcolina: excitante • Norepinefrina: quase sempre inibe • Dopamina • Adenosina-trifosfato • Serotonina • Óxido nítrico. O controle gastrointestinal é feito por três tipos de reflexos: 1. Reflexos que ocorrem totalmente no SNE: Controlam a secreção, o peristaltismo, contrações e a inibição local 2. Reflexos que se originam na parede do intestino, vão para os gânglios simpáticos pré-vertebrais, depois retornam ao TGI: Gastrocólico, Enterogástrico, Colón- ileal 3. Reflexos que se originam no intestino, vão para a medula espinhal ou para o tronco cerebral, depois retornam ao TGI: Controlam, através do nervo vago a motilidade e a secreção gástrica, reflexos de dor que inibem o TGI, reflexos de defecação. • Envolvem resposta coordenada de uma região da parede do intestino após a ativação em outras partes do TGI. Reflexo Gastroentérico: • Distensão do estômago aumenta a excitabilidade (motora e secretora) do intestino delgado. Reflexo Gastroileal • Distensão do estômago intensifica a atividade do íleo terminal e abre o esfíncter ileocecal; Reflexo gastro-duodeno-cólico • Participação da inervação extrínseca e também hormonal (gastrina). • Distensão do estômago ou duodeno inicia "movimentos de massa" do cólon. Reflexo íleo-gástrico • Distensão de um segmento ileal inibe a motilidade gástrica. Reflexo intestino-intestinal • Cessação da motilidade intestinal após distensão excessiva (íleo adinâmico), ou manipulação brusca (cirurgia) ou peritonite (irritação severa) Doença de Crohn • Doença inflamatória intestinal, DII; • Aumento do nº de neurônios VIPérgicos na submucosa • Aumento do número de neurônios mioentéricos VIP, NOS e PACAP nas regiões afetadas Retocolite ulcerativa • Doença inflamatória intestinal, DII; • Aumento do número de neurônios mioentéricos Subst. P nas regiões inflamadas e não inflamadas; Síndrome do Intestino Irritável Severa • Degeneração neuronial e aumento de linfócitos intraganglionares; Acalasia • Diminuição de neurônios inibitórios, incluindo NOS, VIP e PACAP no corpo do esôfago e no esfíncter esofágico inferior; Doença diverticular (cólon) • Diminuição da atividade de chat em fibras de neurônios motores dos músculos. Constipação com trânsito lento • Aumento da NOS mioentéricos, VIP e PACAP neurônios (...); Hirschsprung (aganglionose) • Perda de neurônios entéricos (cólon distal e reto); Estenose hipertrófica do piloro • Diminuição da NOS mioentéricos, VIP, CGRP e nervos SP; Diabetes • Diminuição da NOS, VIP, fibras PACAP e aumento de fibras de SP no jejuno; Chagas e Parkinson • Número de neurônios diminuiu no reto e no intestino delgado • Diminuição da dopamina nos neurônios mioentéricos • SNA Parassimpático e Simpático Inervação Parassimpática • Sua estimulação, feita pela secreção de Ach, produz aumento geral da atividade de todo o SN entérico • Composta por: nervo vago e nervos pélvicos Pode ter origem: • Craniana: Transmitidas do tronco encefálico pelos nervos vagos. É extensa para o esôfago, estômago e pâncreas, e menos para intestinos • Sacra: Transmitidas da medula espinhal para os nervos pélvicos até a metade distal do intestino grosso. Estas fibras funcionam especialmente nos reflexos de defecação. • Seus neurônios pós-ganglionares estão nos plexos mioentérico e submucoso; • Função no TGI: Aumento da atividade geral no SN entérico (Ach) • Anatomia: Neurônios pré-ganglionares • Origem: SNC (tronco encefálico ou medula sacra) • Término: gânglios autonômicos (distantes do SNC e próximos ou na parede do órgão) • Tamanho: longos Neurônios pós ganglionares • Origem: gânglios autonômicos • Término: parede do órgão • Tamanho: curtos IMPORTANTE: Os gânglios autônomos parassimpáticosrelacionados ao sistema digestório estão localizados na parede do TGI Composição (Relacionada ao SN entérico) Nervo vago • Origem: Tronco encefálico • Inerva: Esôfago, Estômago, Vesícula biliar, Pâncreas, primeira parte do intestino, Parte proximal do cólon. Nervos pélvicos: • Origem: Medula espinhal; • Inerva: Parte distal do cólon, região anorretal Inervação Simpática • Suas terminações secretam Nor., que produz sobretudo inibição da atividade do SNE, bloqueando o trânsito GI quando fortemente estimulada. • OBS.: A inibição tem exceção na camada muscular da mucosa que é excitada pelo SNA simpático • Origem: Medula espinhal torácica e lombar (intermedio-horn) laterais Suas fibras se originam na medula espinhal entre T-5 e L-2 e se espalham por todas as partes do intestino, terminando em conexões com o SN entérico • Os gânglios autônomos simpáticos estão próximo aos SNC e distantes dos órgãos efetores; • Funções: Mudanças no tônus vasomotor, juntamente com uma inibição global da secreção e motilidade no TGI. Existem diferentes tipos de fibras pós- ganglionares simpáticas com diferentes funções. • Função no TGI: Diminuição da atividade geral no SN entérico. • Anatomia: Neurônios pré-ganglionares • Origem: SNC (medula torácica e lombar) • Término: gânglios pré vertebrais ou paravertebrais (próximos ao SNC e distantes paredes do órgão) • Tamanho: curtos Neurônios pós ganglionares • Origem: gânglios pré-vertebrais • Término: parede do órgão • Tamanho: longo IMPORTANTE: Fibras pré-ganglionares param nos gânglios pré-vertebrais, de onde as fibras pós- ganglionares iniciam em direção à parede do intestino. Composição (relacionada ao SN entérico) • Fibras nervosas originadas nos neurônios pré vertebrais • Origem: • Gânglios celíacos, cujas fibras inervam: Esôfago, Estômago, parte inicial no intestino delgado. • Gânglio mesentérico superior, cujas fibras inervam: parte medial e final do intestino delgado, parte inicial do intestino grosso. • Gânglio mesentérico inferior, cujas fibras inervam: parte distal do cólon, região anorretal. • -Fibras nervosas originadas nos neurônios para vertebrais • Raras (levando em conta apenas o sistema gastrointestinal) Controle nervoso simpático dos reflexos nervosos secretores do SNE: • Em analogia com o controle simpático do transporte de fluidos e eletrólitos, as fibras simpáticas (SF) exercem seu controle em um sítio ganglionar. • Na figura, o SF inibe a atividade motora induzida pelas fibras parassimpáticas (FP) • SF também pode inibir os reflexos motores excitatórios intrínsecos. • A ação inibitória de um neurônio é indicada por um círculo preenchido no final do neurônio. Sinais aferentes • Originam-se a partir do TGI • As terminações nervosas dos neurônios aferentes - localizadas abaixo do epitélio mucoso na lâmina própria, no músculo e no gânglio entérico - recebem os estímulos sensoriais e o transmitem • Alguns neurônios aferentes (IPANs e neurônios intestinofugais) têm corpos celulares na parede do intestino e os corpos celulares de outros estão em gânglios extrínsecos. Sinais endócrinos • O epitélio da mucosa contem céls. enteroendócrinas liberadoras de hormônios - os quais transportam mensagens endócrinas. • Esses hormônios entram na circulação, e podem atuar em locais remotos. file:///C:/Documents%20and%20Settings/UFAM/Configurações%20locais/mcgill_sna.swf • Eles também agem localmente, em terminações nervosas, no epitélio e em células do sistema imunitário. Sinais do Sistema Imune de Mucosa do TGI • No lúmen antígenos são apresentados a linfócitos. A partir dessa apresentação os linfócitos são ativados e transmitem mensagens imunológicas. • Células imunes e células de defesa dos tecidos (mastócitos e macrófagos), também libertam substâncias que atuam localmente, no interior da parede do intestino. Regulação da liberação da gastrina • Vias de estimulação (4); Vias inibitórias(3) • Observação sobre a via de estimulação (4): A ACh, liberada das fibras vagais excitatórias ou dos neurônios motores excitatórios, pode atuar diretamente nas "células D", mas seu efeito sobre esta célula é inibitório. Assim, o efeito geral da via 4 é: inibição de uma célula inibidora - isto é, ativação da liberação da "célula G". • 5-HT como o mediador do aumento da secreção induzido pela toxina colérica; Controle Hormonal da Motilidade Gastrointestinal • Feito por hormônios que agem sobre as células musculares lisas em segmentos específicos do tubo gastrointestinal, sobre os esfíncteres gastrointestinais, ou sobre a musculatura da vesícula biliar. • Estômago: gastrina, somatostatina, grelina; • Duodeno e jejuno: Secretina, Colecistocinina (CCK), Motilina, Peptídeo Inibitório Gástrico (GIP), Somatostatina, Insulina • Íleo ou Cólon: Somatostatina, Enteroglucagon, Peptídeo YY, Neurotensina, Somatostatina, GLP1. • Pâncreas: Insulina, Glucagon, Somatostatina, Polipeptídio Pancreático. Estômago Gastrina • Secretada pelas células G do antro estomacal • Estimulo para liberação: Peptídeos, aminoácidos e distensão gástrica. • Ações fisiológicas: Atua nas células enterocromafins e nas células parietais, estimulando a secreção de ácido gástrico • Meia vida: 3min; Grelina “Hormônio da fome” • Estimulo para liberação: restrição calórica • Ações fisiológicas: • Atua sobre o SNC (núcleo arqueado do hipotálamo) • Estimula a secreção de GH e a ingestão de alimento • Níveis reduzidos em obesos • Meia vida: ?; Duodeno e Jejuno Secretina • Estímulo para liberação: acidez duodenal (baixo pH do quimo ao entrar no intestino) • Ações fisiológicas: • Ligeiro efeito inibidor sobre a motilidade da maior parte do TGI; • Estimula a secreção pancreática e do fígado a produzir de HCO-3 para neutralizar o pH do quimo que entra no intestino, tornando o pH apropriado para a atividade digestiva das enzimas pancreáticas. • Meia Vida: 3 min; Colecistocinina • Estímulo para liberação: lipídios, ácidos graxos, monoglicerídeos e aminoácidos no intestino delgado • Ações fisiológicas: • Atua na vesícula biliar, pâncreas e estômago: • - Estimula a contração da vesícula • - Estimula a secreção de enzimas pancreáticas • - Inibe o esvaziamento gástrico e a secreção ácidas • Diminui a motilidade do estômago, resultando na liberação mais lenta dos conteúdos gástricos para o intestino. • Meia vida: 5 min; Peptídeo Insulinotrópico Glicose-Dependente ou Peptídeo Inibidor Gástrico (GIP) • Estímulo para liberação: glicose, ácidos graxos e aminoácidos no intestino delgado • Ações fisiológicas: • Age nas células beta do pâncreas, estimulando a liberação de insulina • Inibe o esvaziamento gástrico e a secreção ácida • Meia Vida: 21 min; Motilina • Estímulo para liberação: pH do conteúdo duodenal superior a 4,5 • Funções fisiológicas: • Atua sobre os músculos lisos gastrointestinais, estimulando o complexo motor migratório • Aumenta a força das contrações gástricas e o tônus do esfíncter pilórico. • Estimula a ação misturadora do estomago. • A secreção de motilina também pode estimular a secreção de pepsina.; Pâncreas Insulina • Estímulo para liberação: presença de carboidratos e aminoácidos na dieta. • Atravessa a BHE através de transportadores ou através dos órgãos circunventriculares. • Ação fisiológica: reduz a ingestão de alimento • Níveis circulante de insulina são proporcionais ao tamanho do tecido adiposo e serve como medida da reserva energética do organismo; Glucagon • Produzido nas células alfa das ilhotas de Langerhans do pâncreas e também em células espalhadas pelo TGI. • Estímulo para a liberação: queda dos níveis de glicose (jejum) • Função fisiológica: • Manutenção dos níveis de glicose no sangue • Liga-se aos receptores do glucagon nos hepatócitos, estimulando o fígado a liberar glicose(glicogenólise). Assim que essas reservas acabam, o glucagon e faz com que o fígado sintetize glicose adicional através da gliconeogênese. • Essa glicose é então lançada na corrente sanguínea. • Esses dois mecanismos levam à liberação de glicose pelo fígado, prevenindo o desenvolvimento de uma hipoglicemia; Polipeptídio Pancreático (PP) • Estimulação: ocorre após a ingestão de uma refeição rica em proteínas, e por hipoglicemia • Efeitos: • Age sobre o trato gastrointestinal, onde estimula a motilidade, o esvaziamento e a secreção do suco gástrico e potência a secreção pancreática induzida pela secretina. • Inibe a somatostatina. Íleo e Cólon Peptídeo semelhante ao glucagon (GLP-1) • Estimulação: liberado pela presença de nutrientes, hormônios, refeição mista com carboidratos ou gorduras e sinais neurais do TGI • Efeitos: • Estimula a liberação de insulina • Inibe a liberação de glucagon pancreático e a função gástrica • Reduz o esvaziamento gástrico e a ingestão de alimento; Exendina – veneno do monstro de gila • Ações análogas ao GLP1; • -Reduz glicemia de jejum; • -Reduz esvaziamento gástrico; • -Reduz ingestão de alimentos. • Uso: tratamento de obesidade e diabetes.; Estômago, Pâncreas e Intestino Somatostatina • Produzida por: células D das ilhotas pancreáticas (de Langerhans), células D antrais do estômago e pelo duodeno • Ações fisiológicas: Inibe a secreção pancreática Controle inibitório da secreção ácida e diminuição do esvaziamento gástrico Inibe secreção enzimática e alcalina exócrina de CCK, VIP, GIP, secretina e gastrina Reduz o fluxo sanguíneo Redução da secreção de HCl Inibe absorção de carboidratos e aminoácidos por fornecer sensação de saciedade Inibe a secreção de insulina e glucagon (inibe o efeito prolongado hipo e hiperglicemiante) • Objetivo: ↑ o tempo de disponibilidade do alimento, evitando que ele seja rapidamente absorvido pelos tecidos
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