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Antibióticos: Definição, Classificação e Toxidade

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aannttiibbiióóttiiccooss 
Definição 
Os antibióticos são substâncias produzidas por 
microorganismos vivos ou através de processos 
semi-sintéticos, os quais inibem o crescimento de 
outros microorganismos, e podem 
eventualmente, destruí-los. 
Classificação 
Quanto a origem: 
→ De origem natural - Provenientes de liquens, 
algas, animais, plantas (+ 3000 substâncias com 
atividade antibiótica); 
→ 123 são produzidos por fermentação; 
→ + 50 são produzidos como compostos semi-
sintéticos; 
→ 3 são completamente sintéticos (Isoniazida, 
trimetropim, Amicacina). 
Quanto a estrutura química 
→ Sulfonamidas e drogas relacionadas: 
sulfametaxazol, dopsona (DDS, sulfona); 
→ Quinolonas: norfloxacino, ciproflaxacino. 
→ Antibióticos β-lactâmicos: Classe que 
abrange grande parte dos antibióticos - 
penicilinas, cefalosporinas, carbapenemas, 
monobactâmicos; 
→ Tetracilinas: o único com aplicação 
terapêutica é a doxiciclina; 
→ Derivados do nitrobenzeno: cloranfenicol; 
→ Aminoglicosídeos: gentamicina, neomicina; 
→ Macrolídeos: eritromicina, roxitromicina, 
azitromicina; 
→ Polipeptídicos: poliximina B, bacitracina; 
→ Glicopeptídicos:vancomicina, teicoplanina; 
→ Poliênicos: anfotericina B, nistatina. 
Espectro de ação 
→ Espectro estreito: Atuam somente nas 
bactérias gram-positivas. Ex: penicilina G, 
estreptomicina, eritromicina. 
→ Espectro amplo: Além das gram-positivas, 
atuam nas bactérias gram-negativas. Ex: 
tetracilinas, cloranfenicol. 
Ação sobre o microorganismo e 
tempo 
→ Bacteriostática: Possuem ação lenta, inibem 
o crescimento e a reprodução bacteriana, sendo 
as mesmas destruídas pelo sistema de defesa. 
Não podem ser usados em pacientes 
imunocomprometidos. Ex: sulfonamidas, 
tetraciclinas, cloranfenicol, eritromicina. 
→ Bactericida: Possuem ação rápida, 
comprometem alguma função vital da bactéria 
levando a morte da mesma. Devido á sua ação 
anticrobiana mais agressiva e efetiva, são em 
geral, de escolha no paciente gravemente 
enfermo e imunocomprometido. 
 
Mecanismo de ação dos 
antimicrobianos 
→ Inibição da síntese da parede celular: eles 
atuam na fase de crescimento bacteriano, ou 
sseja, se a bactéria já tem sua parede celular 
formada o antibiotico não serve. 
→ Inibição da síntese de proteínas: atuam 
sobre as transcrições em determinadas regiões 
ribossômicas. 
→ Alteração da membrana: promovem 
seletividade de fluxo e favorecem a entrada de 
cargas que atraem mais água e causam lise, 
resultando a alteração no transporte celular. 
Apesar das gram-negativas serem menos 
espessas, elas têm uma membrana mais 
organizada quanto aos seus nives e, por isso, é 
dificil a atuação dos antibioticos e estes precisam 
ser de amplo espectro. 
→ Alteração da via metabólica: alteração da via 
de manutenção da vida da bactéria. Estas são as 
alterações classificadas quanto ao mecanismo. 
 
 
Toxidade dos antibióticos 
Pode haver irritação local associada a via de 
administração. Ex: irritação gástrica (oral), dor e 
formação de abcessos. 
Toxidade Sistêmica 
Dependendo da condição do paciente, deve ser 
avaliada pelo índice de toxidade (IT). Caso o IT seja 
muito baixo, seu uso é restringido. 
→ Fármacos com alto IT: penicilina, algumas 
cefalosporinas, eritromicina. As penincilinas é o 
fármaco mais prescrito, depois cefalosporinas e 
eritromicina. Isso porque tem baixo IT, já que tem 
toxidade especifica quanto a concentração e 
duração do uso. 
→ Fármacos com baixo IT: - A tetraciclina pode 
causar lesão hepática e renal. 
- A aminoglicosídeo pode causar ototoxidade e 
nefroxidade. 
- Cloranfenicol pode promover depressão de 
medula óssea. 
→ Fármacos com muito baixo IT: - Poliximina B 
pode causar toxidade renal e neurológica. 
- Vancomicina perda de audição e lesão renal. 
- Anfotericina B toxidade renal, medular e 
neurológica. 
Dependentes da função renal 
É necessária integridade do sistema 
excretor/renal para eliminação da forma 
correta desses fármacos e conseqüente 
redução da toxidade. Mesmo na insuficiência real 
leve. Para isso é necessária baixas doses do 
fármaco. 
→ Na insuficiência renal leve: AMG, vancomicina, 
cefalosporinas. 
→ Na insuficiência renal moderada-grave: 
carbenicilina, fluorquinolonas, clotrimoxazol. 
→ Fármacos a evitar: cefalotina, cefaloridina, 
ácido nalidíxico, nitrofurantoína, tetraciclinas 
(exceto doxiciclina). 
Dependentes da função hepática 
→ Necessidade de baixas doses na IH: 
Cloranfenicol, metrodiazol, clindamicina, 
rifampicina. 
→ Fármacos a evitar: Estolato de eritromicina, 
tetraciclinas, pefloxacina, ácido nalidixico. 
Durante a gravidez 
→ Durante a gestação nenhum fármaco deve 
ser usado, mas devemos evitar tetraciclinas 
(feto e gestante). 
 - Risco para o feto: surdez (AMG), tetraciclinas 
(deposição em ossos e dentes). 
- Risco para a gestante: tetraciclinas (necrose 
gordurosa do fígado, pancreatite e lesão renal); 
→ São considerados fármacos seguros desde 
que não haja resposta alérgica, a peninciclina (as 
mais seguras), eritromicina e cefalsprinas. 
Dependente de fatores genéticos 
→ Anemia hemolítica em pacientes deficientes 
de G-6-PD: sulfonamidas, cloranfenicol, 
fluorquinolonas. 
 
Ação dos antibióticos 
Dependentes de fatores locais: 
→ Presença de pus e secreções: contém 
fagócitos, resíduos celulares e proteínas - 
podem se ligar ao fármaco ou criar condições 
desfavoráveis para a sua ação. 
→ Presença de hematomas: ligação de 
fármacos á hemoglobina (penicilinas, 
cefalosporinas e tetraciclinas). 
→ Baixa do pH no local da infecção: baixa da 
atividade dos aminoglicosídeos e macrolídeos. 
→ Abcessos: comprometimento da penetração 
na área - necessidade de drenagem do abcesso. 
→ Presença de material necrótico e corpos 
estranhos. 
 
Escolha do antibiótico 
Depende de: 
→ Espectro de atividade; 
→ Tipos de atividade; 
→ Sensibilidade do microorganismo; 
→ Toxicidade relativa; 
→ Perfil farmacocinético; 
→ Vias de administração; 
→ Evidências de eficácia clinica; 
→ Custo. 
 
Uso combinado de antibióticos 
O fato do antibiótico ser bactericida ou 
bacteriostático pode tornar favorável ou 
desfavorável sua associação. A combinação é 
feita para sinergismo de ação. 
Observação: Sinergismo é a soma do efeito e 
não o aumento da potência do fármaco. 
→ Associações favoráveis para o sinergismo: 
- Bactericida + bactericida: β-lactâmicos com 
aminoglicosídeos. 
- Bacteriostático + bacteriostático: quando 
associados tem ação bactericida. Ex: sulfonamida 
com trimetoprima (ambos bacteristáticos). As 
sulfonamidas vão agir em uma determinada 
enzima e o trimetropima em outra enzima de 
outra etapa. Quando sozinhos esses antibióticos 
tem efeito bacteriostático, quando associadas 
tem efeito bactericida. 
→ Associações não favoráveis: 
- Bacteriostático + bactericida: não é 
recomendado, inúmeros antimicrobianos atuam 
somente quando os microorganismos estão se 
multiplicando. Dessa forma, o bacteriostático 
pode impedir a ação do alvo do bactericida e 
ação do bactericida fica desperdiçada. 
Outra preocupação por associações não 
recomendadas é o risco da pressão de seleção e 
desenvolvimento de resistência aos 
antimicrobianos por administrar uma associação 
desnecessária. 
Uso profilático de antibióticos 
Prevenção de infecção em situações de alto 
risco: 
→ Extração dentária, tonsilectomia, endoscopia 
com lesão mucosa abrigando bactérias - 
bacteremia (penicilina/cefalosporina. 
→ Cateterismo ou instrumentação do TU 
(cotrimoxazol ou cefalosporina) 
→ Para evitar recidivas de ITUS em pacientes 
com anormalidades (cotrimoxazol ou 
nitrofuratoína a longo prazo). 
Prevenção de infecção em situações de alto 
risco: 
→ Pacientes imunocomprometidos 
(penicilina/cefalosporina + 
aminoglicosídeo/fluorquinolona) 
→ Profilaxia cirúrgica (cefazolina, vancomicina) 
→ Feridas contaminadas. 
Penicilinas 
→ É uma subclasse de antibióticos, que são 
bactericidas e interferem na síntese da parede 
celular bacteriana.→ São denominados antibióticos betalactâmicos, 
pois possui uma estrutura química chamada anel 
betalactâmico. 
→ São usadas para tratar infecções causadas 
por bactérias gram-positivas e também algumas 
bactérias gram-negativas. 
→ Atuam inibindo a síntese da parede celular 
bacteriana, interferindo na transpeptidação, 
tanto nas bactérias gram-positivas quanto de 
gram-negativas. 
→ Atua através das PBP, que são proteínas 
presentes na membrana plasmática da 
bactérias, ligando-se a elas e imepedindo 
estabelecimento de ligações transpeptidásicas 
durante a síntese de peptideoglicano. 
Classificação das penicilinas 
→ Grupo 1: Penicilinas sensíveis á penicilinase. 
- Benzilpenicilina ou penicilina G 
- Fenoximetilpenicilina ou penicilina V 
- Carbenicilina 
→ Grupo 2: Penicilinas que resistem a 
penicilinase. 
- Meticilina 
- Nafcilina 
- Oxacilina 
- Dicloxacilina 
- Cloxacilina 
→ Grupo 3: Penicilinas de espectro aumentado 
(Aminopenicilinas). 
- Amoxilina 
-Ampicilina 
→ Grupo 4: Penicilinas antipseudomas 
(Carboxipenicilinas). 
- Ticarcilina 
- Carbenicilina 
→ Grupo 5: Penicilinas de 4º geração 
(Ureidopenicilinas). 
- Azlocilina 
- Mezlocilina 
- Piperacilina 
Problemas com as primeiras penicilinas 
→ São sensíveis ao ácido; 
→ Não são ativas em bactérias gram negativas; 
→ As bactérias resistentes têm b-lactamases.

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