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Economia Política e Planejamento Econômico 01

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Economia Política e Planejamento Econômico 
Autores: SECCHI, 2011 
 
Trajetória do planejamento orçamentário no Brasil 
Orçamento é um planejamento das receitas e despesas que uma organização 
espera ter durante um determinado período. O primeiro marco legal, na história 
do Brasil, a instituir normas de planejamento orçamentário foi um ato da 
República em 1936 com o Decreto nº 1058, considerado o primeiro plano público 
nacional brasileiro. 
Foi durante o Estado Novo (1937 a 1945) que o poder público começou a intervir 
na econômica por meio de planos político-econômico, o primeiro plano foi Plano 
Especial de Obras Públicas e Aparelhamento da Defesa Nacional em 1939. 
Esse plano possui como objetivo criar e desenvolver empresas públicas no setor 
siderúrgico, metalúrgico e petroquímico, em 1943 esse plano foi substituído pelo 
Plano de Obras e Equipamentos. Os dois planos possuíam a intenção de 
racionalizar os investimentos públicos no país. 
Em 1946, durante o governo Dutra, o plano orçamentário ganhou uma seção na 
constituição federal que estabelecia a normatização do modelo orçamentário 
nacional. Foi apresentado então, naquele momento, o Plano Salte com objetivo 
de investimentos na saúde, alimentação, transporte e energia, todos eles 
reservados do orçamento do governo. Esse plano pode ser considerado como a 
primeira experiencia republicana de planejamento público do país, pois 
participou dele o poder executivo e o poder legislativo. No final, houve uma 
estimação errônea dos valores e acarretou a má gestão político-econômico. 
No governo posterior de Juscelino Kubistschek, o plano instituído chamava 
Programa de Metas e possui o objetivo de capitar capital privado por meio de 
investimentos nacionais proveniente de tributos federais. Ele visava o 
desenvolvimento de setores da indústria e energia. Esse programa proporcionou 
o desenvolvimento econômico, mas ainda com muitos erros. 
O Plano Trienal no governo de João Goulart, 1961 a 1964, nunca chegou a ser 
definitivamente implementado. Seu objetivo estava principalmente na 
distribuição de renda no país. 
 1964 a 1985 durante o governo militar, o primeiro plano a ser instituído foi o 
Plano de Ação Econômico do Governo por Castello Branco que conseguiu 
diminuir a inflação. Após esse, houve os Planos de Desenvolvimento Nacional 
que levaram ao país a ter crescimento econômico, mas não um desenvolvimento 
econômico. 
Após a ditadura, durante o processo de redemocratização, o planejamento 
público nacional mirava na estabilização monetária por meio da criação dos 
planos Cruzado, Bresser, Verão e Maílson. 
Em 1987 houve a criação do Sistema Integrado de Administração Financeira do 
Governo Federal (SIAFI), ele contribuía para a transparência dos processos 
orçamentários no país. 
Em 1988 na Constituição Federal vigente, foi adicionado que a Lei Orçamentária 
deve conter 3 tipos de orçamentos – orçamentos fiscais da união, orçamento de 
investimentos das empresas públicas e o orçamento da seguridade social 
nacional. Foi instituída também uma tríade composta pelo Plano Plurianual 
(PPA), pela Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) e pela Lei Orçamentária Anual 
(LOA). Agora, o orçamento público será institucionalizado somente sob a forma 
de lei, ficando definida a natureza jurídica do orçamento público brasileiro. Ele 
deve ser aprovado pelo Poder Legislativo. Quando deliberado a Constituição 
Federal de 1988, ela contou com grande participação civil. 
Atualmente o Planejamento Orçamentário Público do Brasil é firmado em cima 
de 3 engrenagens, o PPA, a LDO e a LOA, e trouxe inovações no método de 
planificação orçamentária. Esse planejamento exige do gestor público a 
capacidade de planejar ações estatais dentro de um equilíbrio de curto e longo 
prazo, médio prazo. O PPA diz respeito a estratégias, metas e objetivos para 
política e programas públicos. O LDO dispõe a respeito de orientações para 
elaboração e execução do orçamento anual com base nas metas existente no 
PPA e instrumento de política fiscal pela estipulação das metas fiscais. Após 
formular o PPA e depois o LDO, vem a vez do LOA. Esse estabelece os volumes 
esperado de receitas e despesas para os 3 orçamentos existentes. Ele é feito 
anualmente com base nas projeções do PIB e da inflação. No primeiro ano do 
exercício governamental o LDO é lançado primeiro que o PPA e isso cria um 
disfuncionalidade na gestão pública. 
Há alguns desafios adicionais na implementação do planejamento público, como 
a limitação dos gastos públicos aos mesmos lavores do ano anterior, 
independente do crescimento as despesas públicas ficarão limitada ao 
crescimento inflacionário. Em 2019 passou a ser obrigatório a execução das 
políticas públicas inscritas na LOA aprovado pelo Congresso Nacional. Há um 
engessamento do orçamento público em razão do cumprimento das despesas 
primária, redução do aumento dos gastos públicos e do aumento do controle 
social dos processos de planejamento e orçamento públicos. Uma 
institucionalização que pode levar a maturidade do controle social é a Lei da 
Transparência Fiscal, em que a administração pública mante as informações 
orçamentárias disponíveis na internet. 
Uma tendencia internacional é a participação social direta no processo de 
formação do planejamento público, dando a sociedade uma maneira de segurar 
a legitimar as alocações orçamentárias. Uma outra maneira seria com o 
orçamento participativo, invenção brasileira que da participação direta dos 
cidadãos nos processos de tomadas de decisões alocativa. Porém esse último 
acontece mais em nível municipal. 
Ciclo Orçamentário Anterior a CF/ 88 
Ficava a cargo do presidente da república o envio da proposta a Câmara dos 
Deputados. 
• O Poder Executivo deve elaborar o projeto de lei; 
• O Poder Legislativo faz a aprovação e podem coparticipar da elaboração; 
• O Tribunal de Contas fica como órgão fiscalizador; 
 
 
Ciclo Orçamentário Atual (CF/88) 
O Poder Executivo irá elaborar os projetos de lei e executá-los. O Legislativo 
discute, propõe emendas e aprova as propostas orçamentárias e depois julga as 
contas apresentadas. 
• O ciclo orçamentário tem início com a elaboração do PPA pelo Poder 
Executivo, no primeiro ano de governo; 
• O Poder Legislativo irá discutir e votar o projeto de lei do PPA; 
• Com base no PPA o Poder Executivo formula o LDO; 
• O Poder Legislativo vota pelo projeto do LDO; 
• O Poder Executivo formula LOA de acordo com o PPA e a LDO; 
• O Poder Legislativo examina e vota pela LOA; 
• Os orçamentos são executados pela administração pública e seus órgãos 
e ficam ao controle do Poder Legislativo, Tribunal de Contas e sociedade. 
 
Planejamento Estratégico 
 
O Planejamento estratégico urbano representa uma transposição do 
planejamento estratégicos de empresas, é um processo de organização da 
cidade definindo elaboração de estratégias para melhoria de pontos da cidade. 
Ele surgiu como uma crítica ao urbanismo moderno rompendo a ideia dos planos 
urbanos de larga escala. Esse termo sugere uma ruptura com a ideia do 
planejamento modernista que defendia os planos urbanos em larga escala pois 
para o planejamento pós-moderno a cidade de ser melhorada aos poucos e em 
frações. A partir da década de 80, a cidade deixa de ser vista apenas como um 
ambiente de relações e passa a ser considerado como um produto/mercadoria, 
com esse novo conceito o planejamento estratégico tem o objetivo de valorizar 
determinadas áreas da cidade para que ela se torne mais atrativa aos moradores 
e visitantes. 
Hoje a cidade está na fase contemporânea e voltada para o comércio, sendo 
uma cidade-empresa, e com isso os planejamentos são feitos a partir de 
revitalização e intervenções de menor escala. O objetivo deve ser uma proposta 
para o futuro da sociedade, ele leva aspectos físicos, geográficos, econômicos, 
políticos e sociais, deve se temporal e se estender a outros mandatos. O Plano 
Diretor de Desenvolvimento Integrado é um instrumentobásico da política de 
expansão urbana. 
Esse planejamento é uma atividade que exercer grande influência na forma 
como os planejamentos urbanos devem ser feitos agora. Conforme Resolução 
Nº34/2005 do Conselho das Cidades, o Plano Diretor deve conter os objetivos e 
estratégias que devem resolver problemas específicos do planejamento urbano, 
além de algumas características próprias. 
• Incorporação da análise do contexto externo; 
• Competitividade entre cidades; 
• Foco nas deficiências e potencialidade da cidade; 
• Orientação a ação e aos resultados; 
• Participação dos cidadãos que serão atingidos pelas mudanças; 
• Relação entre todos os pontos da cidade e a influência; 
• Ênfase sobre pontos chaves. 
 
Etapas do planejamento estratégico 
• Iniciar o processo de definição das necessidades do planejamento e 
análise dos stakeholders; 
• Identificar os requisitos legais que o município deve seguir; 
• Avalias os ambientes da cidade, quais oportunidades e riscos existentes; 
• Identificar as questões importantes para o município; 
• Formular estratégias para as questões listadas; 
• Revisão e aprovação do plano pelos órgãos responsáveis; 
• Definir a visão de futuro; 
• Elaborar cada processo da implementação do plano; 
• Avaliação dos resultados alcançados; 
 
Barcelona 
1º plano – destacar a cidade como pertencente a um cenário turístico econômico 
da Europa, consolidar a metrópole europeia 
2º pano – base nos conceitos de globalização, crescimento e expansão da 
cidade a longo prazo, valorização da cultura, abertura de mercado para 
investimentos, reformulação de centros urbanos, revitalização de áreas sem 
grande uso; 
3º plano – Destaca a cidade como produtora de riqueza e bem-estar social; 
4º plano – garantir a acessibilidade, qualidade de vida, mobilidade urbana, 
renovando setores das atividades econômicas, desenvolvimento econômico, 
 
Políticas Públicas: Conceitos, esquemas de análise e casos práticos 
 
As políticas públicas não possuem uma definição correta, a aplicação dela é 
diferente em vários países tendo apenas de igual as conotações sociais e 
econômicas. Assim, é política tudo aqui que trata de bens e serviços da 
sociedade, planejamento e diretrizes produzidas pelo governo. Elas devem 
atender aos interesses da sociedade. 
Principais divergências na definição da política pública no primeiro Nó Conceitual 
é em relação a quem elabora, deve ser só o governo? Abordagem estatista ou 
estadocêntrica se refere ao monopólio das estatais. Na Abordagem Multicêntrica 
esta as organizações privadas, indivíduos, organizações não governamentais, 
redes políticas e atores estatais. 
Segundo Nó Conceitual, políticas públicas é tudo aquilo que os governos 
escolhem ou não fazer. 
Terceiro Nó Conceitual, as políticas públicas são apenas diretrizes 
estruturantes? Ou também as de nível intermediária e operacionais? 
As análises de políticas públicas procuram responder: quem ganha o que, por 
que e que diferença faz. Sendo assim, é preciso diferencias as políticas públicas 
de estados e políticas públicas de governo. 
Estado – São executadas ao longo prazo e amparadas em legislações realizadas 
independente do governo em curso. 
Governo – depende dos interesses políticos, sociais e econômicos que 
permeiam o governo. São executadas em curto prazo, podendo no governo 
seguinte serem substituídas ou finalizadas. 
Do ponto de vista teórico-conceitual, a política pública é um campo 
multidisciplinar, multidimensional e multiforme. Por isso, uma teoria nesse meio 
busca sintetizar ideias da sociologia, ciência política, economia, antropologia, 
administração e outros. Ou seja, sugere mesclar os interesses comuns de várias 
áreas de estudo. 
No final, a política pública é o campo do conhecimento que busca colocar o 
governo em ação e analisar essa ação e quando necessário propor mudanças 
no rumo ou curso dessas ações. Serão medidas formuladas pelo Estado a fim 
de garantir o bem-estar da população e os direitos fundamentais, e muitas vezes 
são definidas em conjunto com os três poderes do Estado: executivo, o 
legislativo e o judiciário. 
• Poder Executivo e/ou Poder Legislativo propõem as políticas públicas; 
• Poder Judiciário faz os controles legais e confirma se as políticas públicas 
cumpriram os seus objetivos; 
• Enquanto o Poder Executivo cuida o planejamento e da aplicação da 
política, o Poder Legislativo é responsável por criar as leis que vão reger 
a legalidade e a execução das políticas públicas. 
• Após formuladas e planejadas, são desdobradas em planos, programas 
ou projetos e entram em operacionalização. 
• As Políticas Públicas serão submetidas aos controles estatais ou sociais. 
 
Período Colonial – A Coroa Portuguesa era responsável pelo dinamismo 
econômico do território brasileiro, ao submeter a colônia aos ciclos e interesses 
da metrópole europeia. 
República 1889 – Início da construção do Estado e das políticas públicas 
brasileiras. 
Revolução de 1930 – Estado brasileiro é estabelecido e forjado instituições e 
infraestruturas. Economia e Políticas Públicas passam a andar juntas. O Estado 
passa a ser um grande interventor da economia, ora ele possui funções sociais 
e ora produtivas. Entre os anos de 1920 e 1930 várias políticas públicas foram 
utilizadas para intervir na produção de café, com o objetivo de fomentar e 
implementar as mais diferentes indústrias nascentes. 
1990 – Atuação do Estado frente a economia muda no mundo todo. O novo 
Estado Neoliberal rompe com as vertentes keynesianas/cepalina e passa a 
implementar políticas públicas relacionistas, com pouco interferência no 
mercado ou setor privado. As políticas ficam restritas a alguns campos sociais. 
Atualmente com a agenda brasileira se alinha ao Conselho de Washington, nele 
o acirramento da competitividade comercial ganha força e entende o Estado 
como um obstáculo ao desenvolvimento dos mercados. Na nova lógica, o 
mercado deveria ser o protagonista da sociedade concreta, e as políticas 
públicas apenas acessórios na cadeia de valorização do capital. Daí a forte 
pressão do mercado pelo fim aos monopólios estatais.

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