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GEOGRAFIA DA BAHIA PARA CONCURSO

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Livro Eletrônico
Aula 00
Geografia e História da Bahia p/ Prefeitura Porto Seguro-BA (Nível Médio e Técnico) -
Pós-Edital
Professor: Sergio Henrique
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Geografia da Bahia. 
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SUMÁRIO 
00. Bate Papo Inicial. ..................................................................................................... 3 
1. Como Estudar? ........................................................................................................... 4 
1.1. Ler, Ler e Ler. Qual o Limite? “Calo nos olhos” ...................................................................... 4 
1.2. Estratégia ............................................................................................................................... 5 
1.3. Estudar as Provas Anteriores e as Questões da Banca .......................................................... 5 
1.4. Posso pular a teoria e ir direto para os exercícios? ............................................................... 5 
1.5. Identificar as palavras chaves e pontos fundamentais do conteúdo .................................... 6 
1.6. Pensar em movimento e usando o máximo da imaginação. ................................................. 6 
1.7. Tentar Conectar as Informações ............................................................................................ 6 
1.8. Procure disciplinar-se ao máximo e ser persistente. ............................................................. 7 
2. Introdução: O Estado da Bahia ................................................................................... 8 
3. Formação do Estado da Bahia .................................................................................... 9 
4. Aspectos Naturais .................................................................................................... 13 
4.1. Unidades de Relevo .............................................................................................................. 13 
4.1.1. Planícies e tabuleiros litorâneos ...................................................................................................................... 13 
4.1.2. Rebordo do Planalto ........................................................................................................................................ 15 
4.1.3. Planaltos e Serras do Atlântico ........................................................................................................................ 15 
4.2. Clima e Precipitação ............................................................................................................. 16 
4.2.1. Clima quente e úmido sem estação seca: ........................................................................................................ 17 
4.2.2. Clima quente e úmido com estação seca de inverno: ..................................................................................... 17 
4.2.3. Clima semiárido quente: .................................................................................................................................. 17 
4.3. Vegetação ............................................................................................................................ 18 
4.3.1. Floresta Tropical Úmida ................................................................................................................................... 19 
4.3.2. Cerrado ............................................................................................................................................................ 20 
4.3.3. Caatinga ........................................................................................................................................................... 20 
4.3.4. Campo Rupestre .............................................................................................................................................. 22 
4.3.5. Zona Costeira ................................................................................................................................................... 22 
4.4. Unidades de Conservação .................................................................................................... 23 
4.5. Unidades de Conservação na Bahia ..................................................................................... 26 
I – Unidades de Proteção Integral .............................................................................................................................. 27 
II – Unidades de Uso Sustentável ............................................................................................................................... 27 
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Geografia da Bahia. 
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4.6. Hidrografia ........................................................................................................................... 31 
4.6.1. Portos ............................................................................................................................................................... 32 
4.6.2. Geração de energia .......................................................................................................................................... 32 
5. Orientações de Estudos (Checklist) e Pontos a Destacar ........................................... 34 
5.1. Características Gerais .......................................................................................................... 34 
5.2. Formação do Território ........................................................................................................ 34 
5.3. Aspectos Naturais ................................................................................................................ 35 
5.3.1. Relevo .............................................................................................................................................................. 35 
5.3.2. Clima ................................................................................................................................................................ 35 
5.3.3. Vegetação ........................................................................................................................................................ 35 
5.3.4. As unidades de conservação ............................................................................................................................ 36 
5.3.5. Unidades de Conservação na Bahia ................................................................................................................. 36 
5.3.6. Hidrografia ....................................................................................................................................................... 36 
6. Questionário de Revisão .......................................................................................... 38 
Questionário - Somente Perguntas ............................................................................................. 38 
Questionário - Perguntas e Respostas ........................................................................................ 38 
7. Exercícios ................................................................................................................. 41 
8. Considerações Finais. ............................................................................................... 78 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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00. BATE PAPO INICIAL. 
 Olá, querido concurseiro. É com muita alegria que o recebo para explorar os aspectos 
fisiográficos e as noções gerais sobre a vida econômica, social, política e tecnológica do estado 
da Bahia para esta jornada em busca de um excelente resultado no concurso da Prefeitura 
Municipal de Porto Seguro-BA. 
 Meu nome é Sérgio Henrique. Sou professor no Estratégia Concursos na área de ciências 
humanas, atuando também como professor para os exames mais seletos do país em cursos 
presenciais e irei te acompanhar rumo ao sucesso. 
 Está tentando ingressar no serviço público, uma área que atrai por várias razões: Tanto 
pela estabilidade e possibilidades de progressão na carreira quanto pelo viés cidadão de ocupar 
uma vaga de um cargo importante para a sociedade. São várias as motivações pelas quais você 
está tentando. Um salário melhor, estabilidade para cuidar da família... Enfim! São muitas 
coisas. E elas devem te acompanhar a todo o momento em sua preparação. É onde você 
encontrará motivação nas horas mais difíceis, quando até mesmo podemos ter a ideia absurda 
de desistir. A motivação é o combustível necessário para a sua preparação. Motivação associada 
à disciplina de estudos é a chave do sucesso. 
 Motivação, Disciplina e Estratégia. É o tripé do sucesso e estou aqui com a equipe 
Estratégia Concursos para levá-lo ao sucesso e alcançar seus objetivos. Vamos logo, pois não 
temos tempo a perder. Nosso tempo é valioso. Mas fique tranquilo. O nosso conteúdo tem uma 
quantidade razoável de assuntos, mas conseguiremos estudar tudo, bem detalhadamente, 
então pode conter a ansiedade. Tudo vai correr bem e foi devidamente distribuído para que 
você possa alcançar seu almejado sucesso. 
 Leia e releia suas aulas. Faça e refaça seus exercícios. A repetição é a mãe do 
aprendizado. A memorização deve vir da repetição dos exercícios e do acúmulo das leituras. É a 
melhor forma de memorizar o conteúdo. Aos poucos e através da repetição. Caso você já 
domine o conteúdo teórico pode concentrar-se na resolução de exercícios. Para avaliações que 
demandam resultado a prática de questões é imprescindível e se tiver que priorizar alguma 
atividade, que seja a resolução e o estudo dos exercícios, mas lembre-se: o ideal é um ciclo 
completo: Leitura da teoria e prática dos exercícios. 
 Então vamos ao trabalho. É um convite aos estudos. Venha comigo! 
 
 
 
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1. COMO ESTUDAR? 
Darei aqui algumas dicas que servem para que você reflita sobre como pode melhorar 
seu desempenho. É importante lembrar, que estudar não é uma receita de bolo e cada um 
encontrará a forma mais adequada para sua aprendizagem. Estas dicas ajudam a todos, e 
servem para outras disciplinas, então vale a pena conhecê-las e praticá-las. Se encontrar 
dificuldades, não se preocupe: Estudar dá muito trabalho. Quanto mais estudar, mais fácil o 
processo. Se estiver começando agora a uma rotina mais pesada, persista, pois aos poucos 
perceberá o seu desenvolvimento. Costumo dizer que poucas pessoas (quase ninguém) gostam 
de estudar, mas todos gostam de aprender e conhecer. Aristóteles dizia que a educação tem 
raízes amargas, mas seus frutos são doces. 
 
1.1. LER, LER E LER. QUAL O LIMITE? “CALO NOS OLHOS” 
A essa altura do campeonato já deve ter estudado tanto que já deve sentir seus calos. A 
prova está próxima, mas a dica vale para a construção de seus hábitos de concurseiro. Todo 
estudante deve buscar desenvolver seus hábitos de leitura. Isso mesmo, hábito. A leitura é uma 
habilidade que se desenvolve com o treino. Nossa! Então é possível desenvolver a leitura? Claro 
que sim. A prática diária leva ao domínio. A leitura é uma habilidade, mas também uma 
competência, ou seja, pode ser trabalhada e desenvolvida. Competência é mais que 
conhecimento: Podemos traduzi-la como um saber que te permite a tomada de decisões e está 
ligada a capacidade de julgar e de avaliar. Por que nos inspirarmos na teoria da educação? Para 
sabermos que de acordo com os estudos acadêmicos específicos e as histórias de superação que 
conhecemos, é importante te lembrar que você é capaz, e terá melhores resultados seguindo o 
lema do Estratégia Concursos “O segredo do sucesso é a constância no objetivo”, pois a cada dia 
você subirá um degrau no caminho da aprovação e da realização dos seus sonhos. A leitura 
também pode ser de textos escritos e não escritos, então ler imagens e gráficos é essencial. 
Pode ser que você nunca se torne um grande leitor por prazer, mas deve dominar ao menos a 
leitura objetiva. Refiro-me a ler conteúdos para captar as ideias centrais, mas daí voltamos ao 
início, pois esta habilidade só se desenvolve com leitura. Podemos começar com uma pequena 
meta diária de 30 minutos e aos poucos aumentamos. Cada um deve adequar a sua 
disponibilidade ao tempo que possui e está acostumado a estudar, então se já estuda uma hora, 
aumente aos poucos até chegar a duas, assim por diante. Não demora tanto tempo assim para 
engatar a primeira marcha e é essencial para todas as disciplinas. Então organize sua rotina de 
modo a aproveitar da melhor forma possível cada raro momento disponível. 
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1.2. ESTRATÉGIA 
Não são raras as questões que você consegue resolver com a leitura atenta do enunciado 
e das alternativas. Quando é um tema que o seu domínio é falho, podemos excluir as 
alternativas erradas encontrando erros teóricos, anacronismos, incongruências com a pergunta. 
Podemos acertar a questão ou ao menos aumentar muito suas chances de sucesso. Como sua 
preparação envolve muita dedicação e estudos isso exigirá muito de seu corpo e então fique de 
olho na sua saúde. Os gregos antigos tinham o ideal do “men sana in copore sano”, ou seja, 
mente sã em um corpo são. Tem que pensar na sua saúde e seu sono para poder encarar numa 
boa o exame e conseguir se manter concentrado e ativo por horas seguidas. Outro elemento 
que não podemos esquecer é: cuidado com o orgulho do concurseiro. O que quero dizer com 
isso? Alguns assuntos são difíceis e são cobrados em questões fáceis e rápidas, e outros 
assuntos muito simples são abordados de modo complicado e vão exigir um longo tempo. O que 
fazer? Pule! Se gastou seus minutos e não saiu do lugar, abandone a questão. É comum querer 
resolver até chegar na resposta um conteúdo que você estudou muito, mas caiu uma questão 
demorada. O que fazer? Pule! Se gastou seus 3 minutos e não saiu do lugar, abandone a 
questão. Cuidado para não deixar em branco. Marque logo e passe adiante. Voltar depois para 
marcar outra é a pior saída. Ponto é ponto, adiante você pode encontrar várias questões fáceis e 
empacou em uma. 
 
1.3. ESTUDAR AS PROVAS ANTERIORES E AS QUESTÕES DA BANCA 
É importante conhecer o exame que vai encarar e é o que faremos logo após nossas dicas 
de estudo. Para afeiçoar-se com a prova é importante estudar as edições anteriores e fazer 
muitos exercícios. Disciplina, disciplina, disciplina. Como já dizia Renato Russo: Disciplina é 
liberdade. 
 
1.4. POSSO PULAR A TEORIA E IR DIRETO PARA OS EXERCÍCIOS? 
Se tiver algum domínio da matéria sim, mas é muito importante ler toda a teoria. Em 
geral os candidatos aprovados em concursos conseguiram desenvolver o hábito de leitura. As 
videoaulas são muitoimportantes, mas não substituem a leitura e resolução de exercícios. O 
ideal é PDF + Videoaulas + Exercícios. Mas eu sei que seu tempo é escasso, então eu sugiro que 
priorize sempre a leitura do PDF e resolução de exercícios, de todo o tipo e claro da banca. 
Aqueles assuntos que tiver maior dificuldade assistam as suas videoaulas, mas se já possui 
algum conhecimento, ou se deixou para começar estudar geografia em cima da hora, vá direto 
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aos exercícios, pois são a melhor forma de conseguir assimilar grande quantidade de conteúdo 
em pouco tempo. 
 
1.5. IDENTIFICAR AS PALAVRAS CHAVES E PONTOS FUNDAMENTAIS DO CONTEÚDO 
Imaginar que você está explicando para uma criança é muito bom. Ela vai precisar de 
muitos detalhes, mas o essencial não são nomes e números. Eles devem estar lá, mas não são o 
principal, pois o são os raciocínios e conceitos. 
 
1.6. PENSAR EM MOVIMENTO E USANDO O MÁXIMO DA IMAGINAÇÃO. 
Como se um filme estivesse passando. Quanto mais dinamismo você usar melhor. Cores 
são essenciais para usar todas as habilidades de aprendizagem do seu cérebro. Assuntos mais 
complicados, por exemplo, você deve fazer uma anotação toda colorida, com desenhos e 
esquemas, mas fique de olho, pois aqueles que são feitos por você tem uma grande eficácia e é 
melhor que sejam feitos à mão, pois isso vai ajudar muito na memorização do conteúdo. Isso 
ajuda sua criatividade como um todo aproveite para se imaginar tomando posse, trabalhando 
no seu cargo, pois geralmente dá muita motivação para buscar forças na hora do cansaço. 
 
 
Anotar com esquemas, desenhos ou fazer músicas são métodos muito mais eficientes do 
que longas anotações no caderno. Muitos concursos ainda se mantêm tradicionais na forma de 
elaborar suas questões e exigem bastantes detalhes. 
 
1.7. TENTAR CONECTAR AS INFORMAÇÕES 
Em geral já farei isso e é tranquilo, pois não se tratam de conexões muito complexas, mas 
do tipo associar que somos um dos mais importantes produtores agrícolas mundiais e ligar isso 
com o passado agroexportador, os principais produtos que cultivamos, associar o cultivo ao 
lugar, clima e os impactos no meio ambiente. 
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1.8. PROCURE DISCIPLINAR-SE AO MÁXIMO E SER PERSISTENTE. 
Tenha uma boa alimentação, uma boa noite de sono e mantenha seus hábitos saudáveis, 
pois são importantes para o seu desempenho, e tenha um horário de estudos. A persistência 
nos objetivos é a chave do sucesso. Mas cuidado e não mude radicalmente seus hábitos dias 
antes da prova, pois há pessoas que resolvem de repente entrar na academia e radicalizar na 
mudança alimentar, mas a essa altura, sem mudanças bruscas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. INTRODUÇÃO: O ESTADO DA BAHIA 
 O Estado da Bahia está localizado na região Nordeste (Mapa abaixo), sendo o maior 
estado da Região, onde ocupa uma área de 564.722,611 km² (IBGE, 2018) e se abre para o 
oceano Atlântico numa extensão de 932 km. Limita-se a nordeste por Sergipe e Alagoas, ao 
norte por Pernambuco e Piauí, a oeste por Goiás e Tocantins e ao sul por Minas Gerais e Espírito 
Santo. Tem população estimada para 2019 (IBGE) em 14.873.064 habitantes, com densidade 
demográfica de 24,82 hab./km², distribuídos num total de 417 municípios que o estado possui. 
O gentílico é baiano, e a sua capital é a cidade de Salvador, localizada no litoral. 
 
 Para melhor compreender o estado, está aula será dividida em 4 eixos centrais na 
discussão dos principais aspectos geográficos da Bahia, sendo eles: Formação do Estado, 
Aspectos Naturais, Aspectos Humanos e por fim, Aspectos Ecnômicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. FORMAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA 
 O Estado da Bahia foi o território onde aportaram os primeiros portugueses no Brasil, em 
1500. Seu povoamento teve início no ano de 1534, sob forte influência dos jesuítas. A cidade de 
Salvador foi fundada em 1549 como a primeira capital do Brasil, pelo Governador-Geral Tomé 
de Souza. Contudo, os primeiros registros da região de Salvador foram feitos pela expedição de 
1501, enviada por Dom Manuel para explorar a então chamada ilha de Santa Cruz. Américo 
Vespúcio, que participava da expedição, foi o primeiro a falar da baía a que chamaram "de 
Todos os Santos", por ter chegado em 1º de novembro, dia de Todos os Santos. O nome "Bahia" 
iria estender-se ao território que se constituiu com as terras das capitanias doadas a Francisco 
Pereira Coutinho, Pero de Campos Tourinho, Jorge de Figueiredo Correia, Dom Antônio de 
Ataíde e Dom Álvaro da Costa. O Mapa abaixo mostra como o Brasil foi dividido em grandes 
lotes chamados Capitanias Hereditárias e a localização da Capitania da Bahia de Todos os 
Santos. 
 
 
 Por muitos anos, o país foi deixado de lado pelos portugueses, sendo efetivo a ocupação 
apenas em 1534, o que Portugal tentou fazer através da implantação do sistema de capitanias, 
não durando por muito tempo. Para substituir o sistema de ocupação e efetivação do território, 
deliberou Dom João III instalar um governo-geral, com sede na Bahia, que, embora situada a 
distâncias desiguais dos extremos da costa ocupada pelos portugueses, oferecia boas condições 
para apoiar as outras capitanias. 
 Para cumprir essa política, foi nomeado Tomé de Sousa, que deveria edificar uma 
fortaleza e promover a ocupação e povoação grande e forte num lugar conveniente. Nesse 
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contexto, a Bahia é a primeira das capitanias hereditárias a se transformar em capitania real. Em 
1549, o primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, construiu a cidade de São Salvador, 
na Baía de Todos os Santos, para ser a capital da colônia. Além de sede política e administrativa, 
funcionou como polo de desenvolvimento econômico de toda a região, com as culturas do 
açúcar, tabaco e algodão no século XVIII e tráfico de escravos até meados do século XIX. O 
tráfico de escravos africanos teve na Bahia um de seus principais polos receptores no Brasil. 
Com a colonização, a capitania da Bahia incorporou os territórios das capitanias de Ilhéus, 
Itamaracá e Porto Seguro. 
 Outros estímulos de ocupação do território da Bahia, além dos sertões, como a criação de 
gado e as levadas de boiadas, com um intenso comércio com a capitania de São Vicente, atual 
São Paulo. Além de guerras de ocupação contra os nativos indígenas (amaipiras, acroás, paiaias), 
concluindo posses de algumas regiões como ade Matuim e Passé. Outro elemento de ocupação 
foi as missões religiosas dos padres da Companhia de Jesus e dos freis da ordem de São 
Francisco e do Monte Carmelo, contribuindo para a efetivação do processo conhecido como 
“civilizador”. Outro estímulo, porém pouco citado pela história é o povoamento após o 
descobrimento do ouro na serra de Jacobina. 
 É importante observar que, no século XVIII, a Bahia possuía uma divisão de quatro 
comarcas, com duas localizadas no sertão, possuindo as duas, já naquele período 77.000 
habitantes. Ficaram caracterizadas quatro zonas de produção: 
1) O Recôncavo: a cana-de-açúcar 
2) Jaguaripe e Camamu: a farinha de mandioca 
3) Tabuleiros ou areais: fumo e mandioca 
4) O sertão: o gado. 
 
 A principal característica da economia foi estar voltada para o mercado externo, com as 
terras da Bahia fornecendo matérias-primas e artigos da lavoura tropical, que interessavam à 
Europa. Implantada com o traço forte da economia mercantil, a economia de exportação teve 
como seu principal fator marcante o trabalho escravo. Contudo, outros produtos também eram 
destinados para a economia mercantil: pau-brasil e outras madeiras (num primeiro momento), 
açúcar, algodão, fumo, ouro, couro cru, cachaça e farinha. O mapa abaixo (Estado da Bahia – 
Formação do Território) evidencia a evolução ao longo dos séculos o uso da terra no estado. 
Observa-se o papel que a criação de gado teve na ocupação de grande parte do território 
(oeste-norte) do estado. 
 Dentro do processo de formação da Bahia, dois eventos marcaram a história do estado. O 
primeiro deles ocorreu em 1798, conhecido como Conjuração Baiana ou também chamada 
como Revolta dos Alfaiates, de inspiração nas ideias da Revolução Francesa e da Inconfidência 
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Mineira. Teve a participação de escravos, negros libertos e pequenos artesãos da Bahia, 
evidenciando o caráter popular do movimento. Contudo, o movimento contou com a 
participação de outras pessoas: letrados, padres, pequenos comerciantes e alguns soldados. 
Dentre as causas do levante, duas foram essenciais que desencadearam o processo: a forte 
insatisfação com o domínio de Portugal sobre o Brasil, pedindo a independência e a carência de 
alguns alimentos, bem como a alta dos preços nos alimentos básicos. As principais 
reivindicações foram: defendiam a emancipação política do Brasil, ou seja, o fim do pacto 
colonial com Portugal (independência do Brasil) com a implantação da República (República 
Baianense); liberdade comercial no mercado interno e também no comércio exterior; liberdade 
e igualdade entre as pessoas, sendo assim, amplamente favoráveis à abolição dos privilégios 
sociais e da escravidão; e por fim reivindicavam aumento de salários para os soldados. O 
governo baiano organizou as forças militares para acabar com o movimento, antes que a revolta 
ocorresse. Vários revoltosos foram presos. Muitos foram expulsos do Brasil, porém quatro 
foram executados na Praça da Piedade em Salvador. 
 Outro evento histórico marcante na história da 
Bahia foi a Guerra de Canudos, em 1897, logo após a 
proclamação do Brasil República. Liderada por um líder 
religioso, apelidado de Antônio Conselheiro, a Guerra de 
Canudos foi uma revolta de uma comunidade autônoma 
contra a exploração e a miséria, que durou quatro anos. A 
região onde foi estabelecido o vilarejo de Canudos, no 
interior da Bahia, era marcada por latifúndios 
improdutivos, secas cíclicas e desemprego crônico. Diante 
da extrema miséria, milhares de sertanejos começaram a migrar para os arredores da Fazenda 
Canudos, que ficava às margens do rio Vaza-Barris. Na prática, a guerra consistiu em quatro 
expedições militares, que mobilizaram 12 mil soldados de 17 estados brasileiros. Nas três 
primeiras, os sertanejos resistiram e chegaram a matar o comandante das tropas federais em 
combate. Na última, porém, em 1897, o exército republicano incendiou Canudos e matou 
grande parte da população e degolou prisioneiros — a quem havia prometido anistia —, 
inclusive mulheres e crianças. O episódio gerou o famoso livro "Os Sertões", do escritor 
brasileiro Euclides da Cunha; "A Guerra do Fim do Mundo", do escritor peruano Mario Vargas 
Llosa; e, recentemente, o filme épico "Canudos", do cineasta Sérgio Resende. (Revista Galileu 05 
de ago. 2019) 
 
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4. ASPECTOS NATURAIS 
 Com a maior costa litorânea do Brasil, o estado da Bahia tem 932 km de extensão, 
representando 12,4% do total nacional, marcado por uma grande variedade paisagística. De 
uma maneira geral, o relevo de seu território caracteriza-se também por grande diversidade, 
que inclui a existência de dunas, planícies e manguezais no litoral; um planalto localizado na 
parte sudeste; uma região de clima e vegetação semiáridos e a depressão do vale do rio São 
Francisco, que corta o Estado. O ponto mais elevado de seu território é a serra do Barbado, com 
2.033 metros de altitude. O clima predominante é tropical, com temperaturas médias anuais 
que oscilam entre 19,2° C e 26,6° C. As temperaturas mais baixas, que chegam a 6,1° C, ocorrem 
no município de Caetité, enquanto a mais alta, 41° C, é normalmente registrada no município de 
Remanso. A média de precipitação anual varia de 363 mm, nas porções norte e nordeste do 
Estado, a 2.000 mm registrada na planície costeira do município de Ilhéus. O Estado da Bahia 
possui extensão de 1.065 km coberta por cursos d’água. O principal rio do complexo 
hidrográfico do Estado da Bahia é o São Francisco, cuja bacia ocupa área de 304.421,4 km². A 
bacia do São Francisco se estende até o extremo norte do Estado, beneficiando, em seu curso, 
alguns centros econômicos e parte da sua região semiárida. Outras bacias também importantes 
pertencem aos rios Itapicuru, Paraguaçu, Contas, Pardo e Jequitinhonha. Dito as características 
de maneira geral, vamos compreender as especificações do estado, de maneira a compreender 
o quadro natural da Bahia. 
 
4.1. UNIDADES DE RELEVO 
 De acordo com Alcoforado (2003), aproximadamente 70% do território do Estado da 
Bahia se encontra entre 300 e 900m e 23% abaixo de 300m de altitude. Podemos sistematizar o 
quadro morfológico da Bahia em três unidades: a baixada litorânea, o rebordo do planalto e o 
planalto. (ALCOFORADO, 2003): 
1) Planícies e tabuleiros litorâneos (baixada litorânea); 
2) Rebordo do planalto; 
3) Planaltos e serras do atlântico. 
 
4.1.1. Planícies e tabuleiros litorâneos 
 Constitui a baixada litorânea o conjunto de terras situadas abaixo de 200m de altitude. 
Erguem-se aí, dominando as praias e os areais da fímbria litorânea, terrenos de feição tabular, 
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os chamados tabuleirosareníticos. Um único recorte no litoral baiano, determina o surgimento 
do Recôncavo baiano, cuja superfície apresenta solo variado, sendo muito pouco fértil em 
algumas áreas, enquanto em outras a fertilidade é favorecida pela presença do solo massapê, 
formado por terras de origem argilosa. 
 Os tabuleiros costeiros (ou litorâneos) constituem uma cobertura sedimentar terrígena 
continental de idade pliocênica, depositada por sistemas fluviais entrelaçados e associados a 
leques aluviais. Estes são de grande ocorrência ao longo do litoral brasileiro (Grupo Barreiras). 
No Estado da Bahia, o Grupo Barreiras pode ser encontrado ao longo de toda a faixa costeira, 
com as ocorrências mais importantes nas regiões extremo sul e nordeste. Estas áreas são palco 
de marcante ocupação antrópica como atividades agropastoris e expansão do turismo. Estas 
atividades são potencialmente causadoras de desequilíbrio do meio ambiente, através de 
interferências no meio físico. Os sedimentos do Barreiras são também fonte importante de 
materiais de construção e de cerâmica, além de constituírem, em alguns locais, aquíferos 
importantes, responsáveis pelo abastecimento de água de algumas cidades e vilarejos 
 Nas planícies no sul e no extremo-sul do estado, encontra-se as falésias, as localizadas em 
cidades como Porto Seguro, Prado e Mucuri. Um litoral de falésias é indicativo de movimentos 
positivos do relevo. Falésia (também chamado de arriba ou costa alta) é um acidente geográfico 
constituído por uma encosta íngreme ou vertical. Geralmente estes termos referem-se a 
formações litorâneas, mas também podem ser consideradas aquelas encontradas em 
montanhas, falhas e margens de rios. São escarpas que terminam ao nível do mar e encontram-
se permanentemente sob a ação erosiva do mar. As ondas desgastam constantemente a costa, 
o que por vezes pode provocar desmoronamentos ou instabilidade da parede rochosa. Com as 
mudanças climáticas, o nível do mar pode descer, deixando entre a falésia e o mar um espaço 
plano. Passa-se a chamar, então, uma arriba fóssil. As falésias são geralmente constituídas de 
camadas sedimentares ou vulcano-sedimentares, acompanhando a linha costeira (Grupo 
Barreiras). 
 
 
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4.1.2. Rebordo do Planalto 
 O rebordo do planalto situa-se a oeste dos morros e colinas, formando uma faixa de 
terrenos muito acidentados, por meio da qual se limita da baixada ao planalto. Ao norte de 
Salvador, o rebordo do planalto desaparece, pois a transição entre planalto e baixada se faz 
suavemente, conforme verifica-se no mapa abaixo. 
 
4.1.3. Planaltos e Serras do Atlântico 
 Os planaltos ocupam quase todo o estado, apresentando uma série de patamares, por 
onde cruzam rios vindos da serra do Espinhaço, que nasce no centro de Minas Gerais indo até o 
norte do estado, e da própria Chapada Diamantina, de formato tabular, marcando seus limites a 
norte e a leste. O planalto semiárido, localizado no sertão brasileiro, caracterizado por baixas 
altitudes. A divisão do planalto esta nos seguintes compartimentos: planalto sul-baiano, 
Espinhaço, depressão são franciscana, planalto ocidental e pediplano. 
 Planalto sul-baiano: formado em rochas cristalinas antigas, situa-se no sudeste do 
Estado. Sua superfície, com 800 a 900m de altitude média, apresenta-se suavemente 
ondulada, com amplos vales de fundo chato. 
 Espinhaço: consiste em uma faixa de terrenos elevados, com média de 1.300m e 1.850m 
no pico das Almas, seu ponto mais alto, com orientação no estado de norte-sul pelo 
centro. Sua superfície apresenta alinhamentos montanhosos (cristas quartzíferas) 
elevações tabulares ou cuestas. Essas últimas predominam na porção oriental e 
setentrional, formando um amplo conjunto de formas suaves denominado Chapada 
Diamantina (ALCOFORADO, 2003; ROSS, 1999). 
 Depressão são franciscana: estende-se a oeste do Espinhaço, com orientação formando 
uma faixa no sentido norte-sul. Constituído por terras de baixa altitude (400m em média) 
e relativamente planas que caem para o rio São Francisco. No fundo da depressão fica a 
planície aluvial do São Francisco, periodicamente inundada por suas cheias. 
 Planalto ocidental: constituído de rochas sedimentares, ergue-se a oeste da depressão 
são franciscana, com uma altura aproximada de 850m. Seu topo regular imprime-lhe 
feição tabular e o caráter de extenso chapadão, a que se aplica o nome genérico de 
Espigão Mestre (ALCOFORADO, 2003). 
 Pediplano e Inselbergs: compreende toda a porção 
nordeste do planalto baiano. Desenvolvem-se amplas 
superfícies que se inclinam suavemente para o litoral, 
a leste, e para a calha do São Francisco, ao norte, com 
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altitudes entre 200 e 500m. Esses terrenos são constituídos por paisagens típicas de clima 
semiárido, observado em todo o sertão da região Nordeste: grandes planuras nas quais 
despontam, aqui e ali, picos e maciços isolados (inselbergs) (ALCOFORADO, 2003). 
 
https://www.sei.ba.gov.br/site/geoambientais/cartogramas/pdf/carto_relevo.pdf 
 
4.2. CLIMA E PRECIPITAÇÃO 
 De acordo com o sistema de Köppen, são identificados na Bahia basicamente em três 
tipos climáticos agrupados que se observam na Bahia: o clima quente e úmido sem estação seca 
(Af), o clima quente e úmido com estação seca de inverno (Aw) e o clima semiárido quente 
(BSh). Resumidamente, observa-se a configuração: 
 
 
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Contudo, o clima possui outras ramificações. Assim, temos a configuração no estado: 
 
4.2.1. Clima quente e úmido sem estação seca: 
 Domina ao longo do litoral, com temperaturas médias anuais de cerca de 23ºC e totais 
pluviométricos superiores a 1.500mm. 
 
4.2.2. Clima quente e úmido com estação seca de inverno: 
 Caracteriza todo o interior, com exceção da parte setentrional e do vale do São Francisco. 
Apresenta temperaturas médias anuais que variam entre 18° C nas áreas mais elevadas e 22°C 
nas áreas mais baixas, e totais pluviométricos equivalentes a 1.000mm. 
 
4.2.3. Clima semiárido quente: 
 É encontrado no norte do estado e no vale do São Francisco. As temperaturas médias 
anuais superam 24° C e mesmo 26° C, com pluviosidade inferior a 700 mm. 
 A de se destacar a importância do clima para a ocupação e desenvolvimento da região. O 
clima seco predominante na maior parte do interior do Estado da Bahia, na região semiárida e a 
baixa precipitação pluviométrica é um dos fatores que justificam o menor nível de 
desenvolvimento das demais regiões do estado, a exemplo do litoral baiano. As condições 
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adversas da natureza, bem como as barreiras representada pelo clima adverso e pela escassez 
de chuvas na região semiárida aliados ao processo de desenvolvimento econômicoe social da 
região poderiam ser superadas com a adoção de políticas públicas voltadas para combater de 
maneira efetiva com relação à problemática da seca (ALCOFORADO, 2003). 
 
4.3. VEGETAÇÃO 
 A formação vegetal é constituída a partir de uma associação dos diferentes elementos 
que configuram sua distribuição espacial: solo, clima, relevo, entre outros. Nesse panorama, a 
vegetação é a forma de agrupamento das espécies vegetais em consonância com o ambiente, 
incluindo a participação da ação do homem na sucessão de seus modos de produção 
(MARTINELLI, 2010). 
 Segundo Martinelli (2010) podemos destacar, no contexto abordado três tipos de 
vegetação dentro do Estado da Bahia, observadas em: as áreas de Floresta Tropical Úmida 
(18%), as áreas de Cerrado (16%) e as áreas de Caatinga, predominante no território baiano, 
representando 64% do território, além da Zona Costeira, com seus ecossistemas que se repetem 
ao longo de todo o litoral – como praias, restingas, lagunas e manguezais. Encontra-se também 
vegetação de campos, porém em menor quantidade, representando apenas 2% do território do 
estado. 
 
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https://www.sei.ba.gov.br/images/inf_geoambientais/cartogramas/pdf/carto_vegetacao.pdf 
 
4.3.1. Floresta Tropical Úmida 
 Ecossistema com formação vegetal de porte elevado e grande diversidade de espécies, 
com dossel superior atingindo 40m de altura, folhas largas, sempre verdes; podendo apresentar 
diversos estágios sucessionais e vários estratos, com a presença de serrapilheira, cipós, epífitas 
e trepadeiras. A maior parte das espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção é 
originária da Mata Atlântica. As florestas ocorrem na área litorânea e ocupam uma faixa de terra 
cuja largura varia entre 100km (no Recôncavo) e 250km (no vale do rio Pardo). No lado oriental 
apresentam-se como matas perenes, no centro como semidecíduas e no lado ocidental como 
decíduas agrestes. Essas áreas sofreram bastante com a devastação nos últimos anos, devido à 
grande extração de madeira feita na região dominada por essa vegetação no Estado da Bahia, 
mas atualmente um processo de reflorestamento está sendo colocado em prática, para 
aumentar novamente a quantidade de árvores, a longo prazo. Contudo, no sul do estado é 
observado o reflorestamento de algumas áreas com vegetação imprópria para tal processo, com 
plantações de eucaliptos. 
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4.3.2. Cerrado 
 A principal área de ocorrência de cerrados é o planalto ocidental do Estado. Outras 
manchas, pequenas, surgem em meio às áreas de caatinga. A vegetação do Cerrado se encontra 
em uma região do Estado da Bahia onde o clima que predomina é o tropical e apresenta duas 
estações bem definidas: uma chuvosa, entre outubro e abril, e outra seca, entre maio e 
setembro. 
 Caracteriza-se, de um modo geral, por árvores de pequeno porte, isoladas ou agrupadas, 
sobre tapete de gramíneas, serpenteada às vezes por florestas de galeria. Estimativas apontam 
mais de 6.000 espécies de árvores e 800 espécies de aves, além de grande diversidade de peixes 
e outras formas de vida. O solo é antigo e profundo, ácido e de baixa fertilidade, e tem altos 
níveis de ferro e alumínio. As principais ameaças à biodiversidade do Cerrado estão relacionadas 
com a monocultura intensiva de grãos, a pecuária extensiva de baixa tecnologia e a utilização 
indiscriminada de agrotóxicos e fertilizantes, que será abordado mais adiante. 
 
4.3.3. Caatinga 
 A área da Caatinga é de 844.453 Km² (IBGE, 2010) e a totalidade de seus limites encontra-
se dentro do território brasileiro, ou seja, seu patrimônio biológico não é encontrado em 
nenhuma outra região do mundo. Abrange 8 estados do Nordeste: Piauí, Ceará, Rio Grande do 
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e também a faixa norte de Minas Gerais. 
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 Estende-se por mais da metade da Bahia. É um complexo de formação vegetal no qual 
dominam tipos de vegetação constituídos de arvoretas e arbustos decíduos (que caem) durante 
a seca, frequentemente armados de espinhos, e de cactáceas, bromeliáceas e ervas, estas quase 
todas anuais. As ervas só vegetam no curso da época chuvosa, do mesmo modo que as 
gramíneas. O aspecto agressivo da vegetação contrasta com o colorido diversificado das flores 
emergentes no período das chuvas, cujo índice pluviométrico varia entre 300 mm e 800 mm 
anualmente. É costumeira a divisão da caatinga em duas faixas de vegetação, que também são 
dois tipos distintos de paisagem, com base nos graus de umidade: 
 Agreste: possuidor de maior umidade, por estar próximo ao mar, e solo mais 
profundo, com vegetação mais alta e densa; 
 Sertão: mais seco, com solo raso e/ou pedregoso, e vegetação mais baixa e pobre, 
ocupando enormes extensões para o interior. 
 Atualmente estão registradas em torno 5.331 espécies de flora na caatinga, destas no 
mínimo 1.547 são endêmicas segundo o projeto Avaliação e Ações Prioritárias para a 
Conservação da Biodiversidade da Caatinga, do MMA, em 2000. Destaca-se a fauna de 
vertebrados da caatinga, com 148 espécies de mamíferos registrados, em relação aos répteis e 
anfíbios, 154 espécies foram registradas, e 185 tipos de peixes. 
 
 
Por que a Caatinga e única? 
No mundo, existem outras regiões semiáridas, como por exemplo, no Chile, na Ásia e na 
África, que compartilham características semelhantes do clima semiárido e de regime 
irregular de chuvas. Porém, quando os cientistas compararam as espécies daqui com as 
dessas regiões, verificaram que as nossas espécies não apenas eram diferentes e 
exclusivas, como também apresentavam uma diversidade bem maior. Mas então, o que 
fez a Caatinga ser única? Foram justamente os eventos relacionados a variações no 
clima (entre muito quente e muito frio) que ocorreram aqui há milhares de anos que 
fizeram com que a vida se estabelecesse nessa região de uma forma diferente e 
peculiar. 
As variedades das rochas fizeram com que diferentes solos fossem formados na 
Caatinga (com diferentes minerais, profundidades, texturas e com maior ou menor 
capacidade de reter água). O clima da região, com longos períodos secos, permitiu que 
apenas as plantas com adaptações para suportar a deficiência de água prosperassem. O 
contato com diferentes formações vizinhas como o cerrado e as florestas amazônica e 
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atlântica, contribuiu para a formação desse cenário de condições tão específicas, onde 
puderam surgir espécies endêmicas. 
Fonte: www.acaatinga.org.br/ 
 
4.3.4. Campo Rupestre 
 Vegetação típica de ambientes montanos e altomontanos, em altitudes superiores a 
900m. Os campos rupestres possuem estrutura arbustiva e/ou herbácea, geralmente nos cumeslitólicos das serras (ex: Pico das Almas, Serra das Éguas, Morro do Chapéu, Serra de Jacobina e 
Chapada Diamantina). Caracteriza-se por uma ruptura na sequência natural das espécies 
circunvizinhas, sendo comum a presença de plantas esquarosas, além de árvores e arbustos 
tortuosos. 
 
4.3.5. Zona Costeira 
 Delimitada por uma estreita faixa litorânea na Bahia, possui uma grande diversidade de 
paisagens, como dunas, ilhas, recifes, costas rochosas, baías, estuários, brejos, falésias, praias, 
restingas, lagunas e manguezais – que apresentam diferentes espécies animais e vegetais, 
devido, basicamente, às diferenças climáticas e geológicas. Dessas principais formações, 
destacam-se as restingas e os manguezais: 
 
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 Restingas: Vegetação que recebe influência marinha, 
presente ao longo de todo o litoral brasileiro, também 
considerada por depender mais da natureza do solo do 
que do clima. Trata-se de uma comunidade edáfica 
(relativo ao solo). Ocorre em mosaico e encontra-se em 
praias, cordões arenosos, dunas e depressões, 
apresentando, de acordo com o estágio sucessional, 
estrato herbáceo, arbustivo e arbóreo, este último mais 
interiorizado. 
 Manguezais: Vegetação com influência flúvio-marinha (mares e rios), típica de solos 
limosos de regiões estuárias e dispersão descontínua ao longo da costa brasileira. Neste 
ambiente halófito (qualquer vegetal que se desenvolve à beira-mar) desenvolve-se uma 
flora especializada, ora dominada por gramíneas e amarilidáceas, que lhe confere uma 
fisionomia herbácea, ora dominada por espécies arbóreas. De acordo com a dominância 
de cada gênero, o manguezal pode ser classificado em: vermelho, branco e siriúba, os 
dois primeiros colonizando os locais mais baixos e o terceiro as áreas mais altas e 
afastadas das influências das marés. Quando o mangue penetra em locais arenosos, 
denomina-se mangue seco. 
 
http://www.zonacosteira.bio.ufba.br/Manguezais.html 
 
4.4. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
 Antes de entendermos qual é a configuração ambiental do estado da Bahia, precisamos 
entender de que maneira se organiza as Unidades de Conservação e de como são orientadas 
dentro da política ambiental brasileira. 
 Unidade de Conservação (UC) é a denominação dada pelo Sistema Nacional de Unidades 
de Conservação da Natureza (SNUC) (Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000) às áreas naturais 
passíveis de proteção por suas características especiais. São: 
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“Espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com 
características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de 
conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam 
garantias adequadas de proteção da lei”. 
(art. 1º, I). 
 
 As UC dividem-se em dois grupos: 
 Unidades de Proteção Integral: a proteção da natureza é o principal objetivo dessas 
unidades, por isso as regras e normas são mais restritivas. Nesse grupo é permitido 
apenas o uso indireto dos recursos naturais; ou seja, aquele que não envolve consumo, 
coleta ou dano aos recursos naturais. As categorias de proteção integral são: estação 
ecológica, reserva biológica, parque, monumento natural e refúgio de vida silvestre. 
Exemplos de atividades de uso indireto dos recursos naturais são: recreação em contato 
com a natureza, turismo ecológico, pesquisa científica, educação e interpretação 
ambiental, entre outras. 
 Unidades de Uso Sustentável: são áreas que visam conciliar a conservação da natureza 
com o uso sustentável dos recursos naturais. Nesse grupo, atividades que envolvem 
coleta e uso dos recursos naturais são permitidas, mas desde que praticadas de uma 
forma que a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos 
esteja assegurada. 
As categorias de uso sustentável são: área de relevante interesse ecológico, floresta 
nacional, reserva de fauna, reserva de desenvolvimento sustentável, reserva extrativista, 
área de proteção ambiental (APA) e reserva particular do patrimônio natural (RPPN) 
Fonte: Unidades de Conservação. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em <https://www.mma.gov.br/areas-protegidas/unidades-de-
conservacao/o-que-sao.html>. Acesso em 08 de out. 2019. 
 
Grupo Categoria SNUC Objetivo 
P
ro
te
çã
o
 In
te
gr
al
 
Estação 
Ecológica 
De posse e domínio público, servem à preservação da 
natureza e à realização de pesquisas científicas. A 
visitação pública é proibida, exceto com objetivo 
educacional. Pesquisas científicas dependem de 
autorização prévia do órgão responsável. 
Reserva Biológica Visam a preservação integral da biota e demais 
atributos naturais existentes em seus limites, sem 
interferência humana direta ou modificações 
ambientais, excetuando-se as medidas de 
recuperação de seus ecossistemas alterados e as 
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ações de manejo necessárias para recuperar e 
preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica 
e os processos ecológicos. 
Parque Nacional Tem como objetivo básico a preservação de 
ecossistemas naturais de grande relevância ecológica 
e beleza cênica, possibilitando a realização de 
pesquisas científicas e o desenvolvimento de 
atividades de educação e interpretação ambiental, de 
recreação em contato com a natureza e de turismo 
ecológico. 
Monumento 
Natural 
Objetivam a preservação de sítios naturais raros, 
singulares ou de grande beleza cênica. 
Refúgio de vida 
silvestre 
Sua finalidade é a proteção de ambientes naturais que 
asseguram condições para a existência ou reprodução 
de espécies ou comunidades da flora local e da fauna 
residente ou migratória. 
U
so
 S
u
st
en
tá
ve
l 
Área de 
Relevante 
Interesse 
Ecológico 
Geralmente de pequena extensão, são áreas com 
pouca ou nenhuma ocupação humana, exibindo 
características naturais extraordinárias ou que 
abrigam exemplares raros da biota regional, tendo 
como objetivo manter os ecossistemas naturais de 
importância regional ou local e regular o uso 
admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo 
com os objetivos de conservação da natureza. 
Reserva 
Particular do 
Patrimônio 
Natural 
De posse privada, gravada com perpetuidade, 
objetivando conservar a diversidade biológica. 
Área de Proteção 
Ambiental 
São áreas geralmente extensas, com um certo grau de 
ocupação humana, dotadas de atributos abióticos, 
bióticos, estéticos ou culturais especialmente 
importantes para a qualidade de vida e o bem-estar 
das populações humanas, e tem como objetivos 
básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o 
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processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade 
do uso dos recursos naturais.Floresta Nacional É uma área com cobertura florestal de espécies 
predominantemente nativas e tem como objetivo 
básico o uso múltiplo sustentável dos recursos 
florestais e a pesquisa científica, com ênfase em 
métodos para exploração sustentável de florestas 
nativas. 
Reserva de 
Desenvolvimento 
Sustentável 
São áreas naturais que abrigam populações 
tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas 
sustentáveis de exploração dos recursos naturais, 
desenvolvidos ao longo de gerações, adaptados às 
condições ecológicas locais, que desempenham um 
papel fundamental na proteção da natureza e na 
manutenção da diversidade biológica. 
Reserva de 
Fauna 
É uma área natural com populações animais de 
espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes 
ou migratórias, adequadas para estudos técnico-
científicos sobre o manejo econômico sustentável de 
recursos faunísticos. 
Reserva 
Extrativista 
Utilizadas por populações locais, cuja subsistência 
baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na 
agricultura de subsistência e na criação de animais de 
pequeno porte, áreas dessa categoria tem como 
objetivos básicos proteger os meios de vida e a 
cultura dessas populações, e assegurar o uso 
sustentável dos recursos naturais da unidade. 
Fonte: Ministério do Meio Ambiente, MMA. 
https://www.mma.gov.br/areas-protegidas/unidades-de-conservacao/categorias.html 
 
4.5. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA BAHIA 
 A Bahia tem hoje apenas 1,64% de seu território estadual conservada com proteção total, 
o que está muito abaixo da média do país. Tal estrutura de conservação do Estado relaciona 
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cerca de 7% da sua área como protegida. O Inema – Instituto do Meio Ambiente e Recursos 
Hídricos, foi criado através da lei nº 12.212 de 4 de maio de 2011, promovendo a integração do 
sistema de meio ambiente e recursos hídricos do Estado da Bahia. O Inema tem por finalidade 
executar as ações e programas relacionados à Política Estadual de Meio Ambiente e de Proteção 
à Biodiversidade, a Política Estadual de Recursos Hídricos e a Política Estadual sobre Mudança 
do Clima. De acordo com o site, as Unidades de conservação do estado são: 
I – Unidades de Proteção Integral 
 Estações Ecológicas: 4 - Estadual de Wenceslau Guimarães; Ilha do Medo; Raso da 
Catarina; Serra Geral do Tocantins; Rio Preto. 
 Reservas Biológicas: 2 - Uma e Maracás. 
 Parques: 34 - o Nacional da Chapada Diamantina; o Nacional Marinho de Abrolhos; o 
Nacional Grande Sertão Veredas; Nacional e Histórico do Monte Pascoal; o Nacional do 
Descobrimento; o Nacional do Pau Brasil; o Estadual Morro do Chapéu; o Fl. e Res. Ecol. 
Garcia D'Ávila; o Estadual da Serra do Conduru; o Estadual das Sete Passagens; o Flor. e 
Res. Ecol. da Ilha de Itaparica; o Mun. Marinho do Recife de Fora; o Histórico 
Metropolitano de Pirajá; o Mun. das Lagoas e Dunas do Abaeté; o Estadual de Canudos; 
Municipal Serra do Periperi; o Estadual Ilha dos Frades; o Municipal das Dunas de 
Abrantes; o Metropolitano de Ipitanga I; o Metropolitano de Pituaçu; o Municipal São 
Bartolomeu; o Cidade Joventino Silva; o Zoobotânico Getúlio Vargas; o Histórico Castro 
Alves; o Municipal de Mucugê, o Estadual da Serra dos Montes Altos; o Municipal Natural 
da Serra das Almas; o Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba; o Parque Municipal da 
Boa Esperança; o Marinho de Coroa Alta; o Ambiental do Vale Encantado; o Nacional de 
Boa Nova; o Nacional Serra das Lontras e o Nacional Alto do Cariri. 
 Monumento Natural: 2 - Cachoeira do Ferro Doido e o Canions do Subaé 
 Refúgio de Vida Silvestre: 6 - Veredas do Oeste Baiana; Uma; Rio dos Frades; Boa Nova; 
Serra dos Montes Alto e o Amargosa. 
 
II – Unidades de Uso Sustentável 
 Área de Proteção Ambiental (APA): 44 - Dunas e Veredas do Baixo Médio S. Francisco; 
Bacia do Rio de Janeiro; Litoral Norte; Marimbus-Iraquara; Baía de Camamu; Pratigi; Baía 
de Todos os Santos; Lagoa Itaparica; Serra Branca/Raso da Catarina; Joanes-Ipitanga; 
Serra do Barbado; Ilhas de Tinharé e Boipeba; Ponta da Baleia/Abrolhos; 
Caraíva/Trancoso; Lago de Pedra do Cavalo; Santo Antônio; Península de Maraú; Costa de 
Itacaré/Serra Grande; Gruta dos Brejões/Veredas do Romão Gramacho; Lagoa Encantada 
e do Rio Almada; Candengo; Vale das Cascatas; Lapão; Coroa Vermelha; Costa Dourada; 
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Mangue Seco; Serra das Candeias; Guaibim; Lagoas e Dunas do Abaeté; Rio Capivara; 
Bacia do Cobre/São Bartolomeu; Lagoas de Guarajuba; Lagoa da CCC; Cachoeira da 
Pancada Grande; Recife das Pinaúnas; Itapebi; Plataforma Continental do Litoral Norte; 
Caminhos Ecológicos da Boa Esperança; Rio Preto; Lago de Sobradinho; São Desidério; 
Serra do Ouro; Municipal Planície Costeira do Guaibim e Pedra do Oratório. 
 Áreas de Relevante Interesse Ecológico: 2 - Serra do Orobó e Nascente do Rio de Contas. 
 Floresta Nacional: 1 - Contendas do Sincorá. 
 Reserva Extrativista: 4 - Marinha do Corumbau; Marinha da Baía do Iguape; Canavieiras e 
Cassurubá. 
 
 Vale ressaltar que dentro das unidades de Conservação existem alguns conflitos 
importantes de se mencionar. A Caatinga é a maior e mais diversificada floresta seca das 
Américas, mas também abriga mais de 70% da capacidade instalada e da expansão planejada da 
energia eólica no Brasil. Ambas as potencialidades, se não geridas corretamente, correm o risco 
de se tornarem conflitantes, pois uma grande proporção de parques eólicos em operação ou 
planejados estão ou serão instalados em áreas classificadas como de prioridade muito alta ou 
extremamente alta para a conservação da biodiversidade. 
 
Vista aérea do parque eólico de Novo Horizonte, na Bahia. 
 
 Outro ponto importante recente e de discussão nacional foi o caso das queimadas nas 
regiões da Amazônia. Contudo, a região de Cerrado na Bahia registrou 16 focos de queimadas 
distribuídos em três unidades de conservação estaduais e federais. A informação integra uma 
listagem do Programa de Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). 
Segundo o relatório, a Área de Proteção Ambiental (APA) Rio Preto, localizada nos municípios de 
Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia e Mansidão, possui 10 focos de queimadas. Já a APA 
Lago de Sobradinho, nos municípios de Casa Nova, Remanso, Pilão Arcado, Sento Sé e 
Sobradinho, tem 1 foco de queimada registrado. Ambas as áreas são estaduais. O levantamento 
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ainda aponta a parte localizada na Bahia do Parque Nacional de Itatiaia, unidade de conservação 
federal, como uma área que possui 5 focos de queimadas. Por meio de nota divulgado para a 
imprensa, a assessoria de comunicação do Instituto Do Meio Ambiente E Recursos Hídricos 
(Inema) afirmou que 
“o programa Bahia sem Fogo, é coordenado pela Sema [Secretaria do Meio Ambiente] e 
INEMA, que já vem fazendo ações de fiscalização e monitoramento desde 2007, em todo o 
estado da Bahia”. 
 
 O órgão também afirmou que se trata de focos de calor e não incêndios florestais. 
 O relatório revelou que os focos ativos de queimadasregistrados na Bahia sofreram um 
aumento de 61% no ano de 2019, em relação ao mesmo período do ano de 2018, entre os 
meses de janeiro e agosto. O dado foi levantado com base em números públicos do Programa 
de Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ainda segundo o relatório, 
foram localizados, até o dia 23 de agosto de 2019 (data da divulgação do documento) 2.254 
focos ativos de queimadas no estado, contra 1.393 focos ativos em 2018.Em 2019, o mês que 
registrou o maior número de focos foi março, com 475 ativos. 
 E por fim, uma grande problemática nas Unidades de Conservação são as manchas de 
petróleo encontradas em praias na região do Nordeste. Desde o início de setembro de 2019 já 
atingiram 132 localidades em 61 municípios dos 9 estados da região. De acordo com o Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), a mesma substância está poluindo a costa brasileira. 
Trata-se de petróleo cru, e não de um produto derivado do óleo. Ainda não se sabe ao certo a 
origem da substância. A suspeita é que ele tenha vindo de navios que passavam pela costa 
brasileira. Em nota, a Petrobras afirma que o material não é produzido pela companhia. "A 
análise realizada em amostras atestou, por meio da observação de moléculas específicas, que a 
família de compostos orgânicos do material encontrado não é compatível com a dos óleos 
produzidos e comercializados pela companhia. 
 
https://www.ibama.gov.br/notas/2047-manchas-de-oleo-no-litoral-do-nordeste 
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4.6. HIDROGRAFIA 
 Atualmente, as regiões hidrográficas da Bahia recebem a denominação oficial de “regiões 
de planejamento e gestão das águas” (RPGA). A divisão hidrográfica do estado foi definida pelo 
Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CONERH). Diferentemente das bacias hidrográficas, 
que podem ultrapassar os limites político-territoriais, as regiões hidrográficas, como são 
estabelecidas por legislação, estão restritas ao espaço territorial baiano. Ainda assim, há as 
regiões de gestão exclusiva da Bahia e outras de gestão compartilhadas com outras entidades 
governamentais. As RPGA, levando em consideração a divisão nacional, estão localizadas na 
região hidrográfica do Atlântico Leste ou do São Francisco. Em 2009, com a resolução nº 43 do 
Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CONERH), é publicada uma nova divisão hidrográfica da 
Bahia, aumentando de 17 para 26 RPGAs da Bahia. A mudança foi baseada no documento 
“Proposta de revisão da regionalização para a gestão de recursos hídricos no Estado da Bahia”, 
uma proposição do INGÁ feita em dezembro de 2008, tomando por referência as leis: estadual 
nº 10.432/06 e federal nº 9.433/97. Mais tarde, a resolução nº 88 de 26 de novembro de 2012 
do CONERH alterou a configuração das regiões: diminuiu uma RPGA, ao incluir as sub-raciais dos 
riachos da Serra Dourada e Brejo Velho, que formavam sozinhas uma RPGA, na RPGA XXIII. 
 
 O Estado da Bahia possui extensão de 1.065 km coberta por cursos d’água. Os rios da 
Bahia pertencem a dois grupos: o primeiro é integrado pelo São Francisco e seus afluentes, 
sendo o principal rio do complexo hidrográfico do estado, cuja bacia ocupa área de 304.421,4 
km². Entre esses últimos destacam-se os afluentes da margem esquerda, que nascem no 
planalto ocidental (Carinhanha, Correntes, Grande e seu afluente, o Preto). O segundo grupo 
compreende os rios que correm diretamente para o Atlântico (Mucuri, Jequitinhonha, Pardo, 
Contas, Paraguaçu, Itapicuru e Vaza Barris). Os dois grupos incluem, na região semiárida, rios de 
regime intermitente. A bacia do São Francisco se estende até o extremo norte do Estado, 
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beneficiando, em seu curso, alguns centros econômicos e parte da sua região semiárida. Outras 
bacias também importantes pertencem aos rios Itapicuru, Paraguaçu, Contas, Pardo e 
Jequitinhonha. 
 
4.6.1. Portos 
 Existem três importantes portos marítimos no Estado da Bahia, por onde são escoadas as 
mercadorias produzidas localmente, especialmente petroquímicos. O Porto de Salvador, situado 
na baía de Todos os Santos, tem capacidade para 2.400.000 toneladas/ano de carga. O Porto de 
Aratu, também localizado na baía de Todos os Santos, no município de Candeias, tem 
capacidade para 1.522.000 toneladas/ano de carga líquida; 1.434.000 toneladas/ano de carga 
sólida; e 430.000 toneladas/ano de produtos gaseificados. O Porto de Ilhéus, ao sul do Estado, 
tem ampla área especializada no carregamento de combustíveis líquidos. 
 
4.6.2. Geração de energia 
 O estado apresenta grande relevância no cenário nacional em geração de energia, sendo 
88% de geração de energia elétrica no estado tem origem em fontes renováveis. 
 Hidrelétrica: O Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso é um conjunto de usinas, 
localizado na cidade de Paulo Afonso, formado pelas usinas de Paulo Afonso I, II, III, IV e 
Apolônio Sales (Moxotó), que produz 4.279,6 megawatts de energia, gerada a partir da 
força das águas da Cachoeira de Paulo Afonso, um desnível natural de 80 metros do Rio 
São Francisco. Sendo assim, o Complexo de usinas de Paulo Afonso tem a terceira maior 
capacidade instalada dentre as usinas do Brasil, perdendo apenas para Belo Monte 
(11.233 MW) e Tucuruí (8.000 MW), já que Itaipu com 14.000 MW é binacional 
(Brasil/Paraguai). 
 
http://www.pauloafonso.ba.gov.br/turismo/internas/atrativos/?id=29 
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 Solar: A Bahia tem 25% dos parques solares do Brasil e é líder nacional em geração de 
energia solar no país, segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica 
(Aneel) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE). Os excelentes 
níveis de radiação solar são um dos responsáveis pelo destaque da Bahia na geração de 
energia. Dos 25 parques solares do estado, 24 já estão em operação, com capacidade de 
636 MWh. O Rio São Francisco, protagonista na geração de energia hidrelétrica no norte 
da Bahia, também vem servindo de cenário para a geração de energia solar. No lago da 
usina de Sobradinho estão instaladas mais de 3.700 placas fotovoltaicas. As placas 
ocupam uma área de 11 mil metros quadrados e geram 6 mil MWh, o suficiente para 
abastecer cerca de 2 mil casas populares. 
O maior parque solar do Brasil fica na cidade de Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia. O 
local tem mais de 500 mil painéis fotovoltaicos que geram energia suficiente para atender 
o consumo de 166 mil casas por um ano. Em Barreiras, outra usina está em construção e 
vai produzir 95 MWh. 
 Eólica: A eólica também é fonte de produção de energia com relevância no Estado. De 
acordo com os dados do Banco de Informação de geração (BIG), disponibilizado pela 
Aneel, a Bahia tem a segunda maior capacidadeinstalada do país, com um total de 3.475 
MW. São 168 parques eólicos distribuídos em 24 municípios do estado (30% da 
capacidade nacional). Essa capacidade pode fornecer energia elétrica para cerca de 8 
milhões de residências. A Bahia fica atrás apenas do Rio Grande do Norte, que possui 
3.722,4 MW de capacidade. Nos últimos quatro anos, o número de empreendimentos 
eólicos triplicou no território baiano. Entre janeiro de 2015 e novembro de 2018, 102 
parques entraram em operação e adicionaram 2.634 MW de potência à capacidade 
instalada do estado. Nesse período, aproximadamente R$ 9,9 bilhões foram investidos. 
As maiores concentrações dos parques de geração eólica da Bahia ficam nas cidades de 
Irecê, Sobradinho, Casa Nova e Sento Sé, no norte do estado. A energia do vento está 
causando uma revolução produtiva no semiárido baiano, até então, lembrado apenas 
pela caatinga. 
 
 Heliotérmicas: Algumas pesquisas indicam o grande potencial de implementação de 
usinas heliotérmicas. O Nordeste é a região que possui o maior potencial e área 
disponível para instalação de usinas heliotérmicas. Entre os estados, o de maior destaque 
é a Bahia. 
 
 
 
 
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5. ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR 
 
5.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS 
 Localizado na região Nordeste, sendo o maior estado da Região 
 Área de 564.722,611 km² (IBGE, 2018) 
 Limita-se a nordeste por Sergipe e Alagoas, ao norte por Pernambuco e Piauí, a oeste por 
Goiás e Tocantins e ao sul por Minas Gerais e Espírito Santo 
 População estimada para 2019 (IBGE) em 14.873.064 habitantes 
 Densidade demográfica de 24,82 hab./km² 
 417 Municípios que o estado possui. 
 O gentílico é baiano 
 Capital é a cidade de Salvador, localizada no litoral, fundada em 1549. 
5.2. FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO 
 Salvador foi a primeira capital do Brasil 
 Baía a que chamaram "de Todos os Santos", por ter chegado em 1º de novembro, dia de 
Todos os Santos. 
 Bahia é a primeira das capitanias hereditárias a se transformar em capitania real 
 O tráfico de escravos africanos teve na Bahia um de seus principais pólos receptores no 
Brasil 
 Criação de Gado: estimulo para a interiorização e ocupação do território 
 Outro elemento de ocupação foi as missões religiosas dos padres da Companhia de Jesus e 
dos freis da ordem de São Francisco e do Monte Carmelo 
 No século XVIII a Bahia possuia uma divisão de quatro comarcas, com duas localizadas no 
sertão. Quatro zonas de produção: 1) o Recôncavo: a cana-de-açúcar; 2) Jaguaripe e 
Camamu: a farinha de mandioca; 3) tabuleiros ou areais: fumo e mandioca e 4) o sertão: o 
gado. 
 A economia de exportação teve como seu principal fator marcante o trabalho escravo 
 Outros produtos: pau-brasil e outras madeiras (num primeiro momento), açúcar, algodão, 
fumo, ouro, couro cru, cachaça e farinha 
 Dois eventos marcaram a história do estado: Conjuração Baiana ou também conhecida 
como Revolta dos Alfaiates e a Guerra de Canudos 
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5.3. ASPECTOS NATURAIS 
 Tem 932 km de extensão de costa litorânea, representando 12,4% do total nacional 
 De uma maneira geral, o relevo de seu território caracteriza-se também por grande 
diversidade, que inclui a existência de dunas, planícies e manguezais no litoral; um planalto 
localizado na parte sudeste; uma região de clima e vegetação semiáridos e a depressão do 
vale do rio São Francisco, que corta o Estado. 
 O ponto mais elevado de seu território é a serra do Barbado, com 2.033 metros de 
altitude. 
 O clima predominante é tropical, com temperaturas médias anuais que oscilam entre 19,2° 
C e 26,6° C 
 A média de precipitação anual varia de 363 mm, nas porções norte e nordeste do Estado, a 
2.000 mm registrada na planície costeira do município de Ilhéus. 
 O Estado da Bahia possui extensão de 1.065 km coberta por cursos d’água. 
 O principal rio do complexo hidrográfico do Estado da Bahia é o São Francisco, cuja bacia 
ocupa área de 304.421,4 km². 
 A bacia do São Francisco se estende até o extremo norte do Estado, beneficiando, em seu 
curso, alguns centros econômicos e parte da sua região semiárida. 
 Outras bacias também importantes pertencem aos rios Itapicuru, Paraguaçu, Contas, 
Pardo e Jequitinhonha. 
5.3.1. Relevo 
1) Planícies e tabuleiros litorâneos (baixada litorânea); 
2) Rebordo do planalto; 
3) Planaltos e serras do atlântico. 
 A divisão do planalto esta nos seguintes compatimentos: planalto sul-baiano, Espinhaço, 
depressão sãofranciscana, planalto ocidental e pediplano 
5.3.2. Clima 
 Três tipos climáticos: 
1) O clima quente e úmido sem estação seca (Af); 
2) O clima quente e úmido com estação seca de inverno (Aw); 
3) O clima semiárido quente (BSh). 
5.3.3. Vegetação 
1) As áreas de Floresta Tropical Úmida (18%) 
2) As áreas de Cerrado (16%) 
3) As áreas de Caatinga (64%) 
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4) Campos (2%) 
5) Além da Zona Costeira, com seus ecossistemas que se repetem ao longo de todo o litoral 
– como praias, restingas, lagunas e manguezais. 
5.3.4. As unidades de conservação 
 Divida em dois grupos: unidades de proteção integral e unidades de uso sustentável 
 As categorias de proteção integral são: estação ecológica, reserva biológica, parque, 
monumento natural e refúgio de vida silvestre. 
 As categorias de uso sustentável são: área de relevante interesse ecológico, floresta 
nacional, reserva de fauna, reserva de desenvolvimento sustentável, reserva extrativista, 
área de proteção ambiental (APA) e reserva particular do patrimônio natural (RPPN). 
5.3.5. Unidades de Conservação na Bahia 
 Tem hoje apenas 1,64% de seu território estadual conservada com proteção total 
 Tal estrutura de conservação do Estado relaciona cerca de 7% da sua área como protegida 
 O Inema – Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, foi criado através da lei nº 
12.212 de 4 de maio de 2011, promovendo a integração do sistema de meio ambiente e 
recursos hídricos do Estado da Bahia. 
 Unidades de Proteção Integral: 42 unidades mapeadas no estado 
 Unidades de Uso Sustentável: 51 
 Conflitos em unidades de conservação: 
1) Construção dos parques eólicos em áreas de Caatinga 
2) As constantes queimadas (muitos focos registrados em 2019) 
3) As recentes manchas de petróleo bruto aparecendo nas praias do litoral do Nordeste 
5.3.6. Hidrografia 
 As regiões hidrográficas da Bahia recebem a denominação oficial de “regiões de 
planejamento e gestão das águas” (RPGA) 
 Os rios da Bahia pertencem a dois grupos: 
1) O primeiro é integrado pelo São Francisco e seus afluentes, sendo o principal rio do 
complexo hidrográfico do estado, cuja bacia ocupa área de 304.421,4 km². Entre esses 
últimos destacam-se os afluentes da margem esquerda, que nascem no planalto 
ocidental (Carinhanha, Correntes, Grande e seu afluente, o Preto). 
2) O segundo grupo compreende os rios que correm diretamente para o Atlântico (Mucuri, 
Jequitinhonha, Pardo Contas, Paraguaçu, Itapicuru e Vaza Barris). 
Portos 
 Três importantes portos marítimos no Estado

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