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Pré-prova de jornal Leptospira spp. em cavalos no sul do Brasil: soroprevalência, fatores de risco de infecção e influência na reprodução Aleksandro S. Da Silva, Antonise M. Jaguezeski, Isadora Fabris Laber, Ana Eucares von Laer, Luciane T. Lovato, Marcio O. da Silva, Anderson B. de Moura PII: DOI: Referência: S0147-9571 (20) 30141-7 https://doi.org/10.1016/j.cimid.2020.101552 CIMID 101552 Para aparecer em: Imunologia Comparada, Microbiologia e Doenças Infecciosas Data de recebimento: Data de revisão: Data de aceitação: 13 de abril de 2020 9 de setembro de 2020 10 de setembro de 2020 Cite este artigo como: {doi: https://doi.org/ Este é um arquivo PDF de um artigo que passou por melhorias após a aceitação, como a adição de uma página de rosto e metadados e formatação para legibilidade, mas ainda não é a versão definitiva do registro. Esta versão passará por edição, composição e revisão adicionais antes de ser publicada em sua forma final, mas estamos fornecendo esta versão para dar visibilidade antecipada do artigo. Observe que, durante o processo de produção, podem ser descobertos erros que podem afetar o conteúdo, e todas as isenções de responsabilidade legais que se aplicam à revista pertencem. © 2020 publicado pela Elsevier. https://doi.org/10.1016/j.cimid.2020.101552 https://doi.org/ Leptospira spp. em cavalos no sul do Brasil: soroprevalência, fatores de risco de infecção, e influência na reprodução Aleksandro S. Da Silva 1,2 *, Antonise M. Jaguezeski 2, Isadora Fabris Laber 3, Ana Eucares von Laer 3, Luciane T. Lovato 3, Marcio O. da Silva 4, Anderson B. de Moura 4 1 Departamento de Zootecnia, Universidade do Estado de Santa Catarina, Chapecó, SC, Brasil. 2 Programa de Pós-Graduação em Bioquímica Toxicológica da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil. 3 Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil. 4 Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC, Brasil. * Autor Correspondente: Aleksandro S. Da Silva: aleksandro_ss@yahoo.com.br 1 P r é - p r o v a d e j o r n a l mailto:aleksandro_ss@yahoo.com.br Destaques • A soroprevalência no sul do Brasil foi de 45,9%. • Anticorpos para 12 serovares de Leptospira spp. (9 sorogrupos) foram encontrados no região de estudo. • Desordens reprodutivas por Leptospira spp. não foi observado em cavalos. • Observou-se maior percentual de positivos entre os animais com mais de 10 anos. • Sorogrupo Icterohaemorragiae foi mais prevalente. 2 P r é - p r o v a d e j o r n a l RESUMO A leptospirose em cavalos está frequentemente associada a distúrbios reprodutivos. No sul estados do Brasil, os cavalos são usados para diversos trabalhos e práticas culturais; no entanto, vigilância sorológica para Leptospira é raro. Portanto, o objetivo deste estudo foi para determinar a seroprevalência de Leptospira spp. em cavalos no sul do Brasil, também quanto à identificação dos fatores de risco para infecção e seus impactos na reprodução. Nos apresentamos testes de aglutinação microscópica para 12 sorovares que correspondem a 9 sorogrupos (Sejroe, Icterohaemorrhagiae, Australis, Pyrogenes, Pomona, Canicola, Grippotyphosa, Tarassovi e Ballum) em 595 amostras de 60 rebanhos. Um breve histórico foi obtido para analisar o risco fatores para distúrbios reprodutivos. Um total de 45,9% dos cavalos testados eram soropositivos, dos quais os sorogrupos mais frequentes foram Icterohaemorrhagiae (Icterohaemorrhagiae e serovares Copenhageni) e Ballum (sorovar Ballum). Infecções simples foram encontradas em 45,4% dos animais soropositivos, enquanto infecções mistas ocorreram em 54,6% dos equinos. Houve correlação entre soropositividade e idade e sexo, ou seja, soropositividade foi mais frequente em animais com mais de 6 anos e em fêmeas. Não houve correlação entre soropositividade e distúrbios reprodutivos. Concluímos que há um alto seroprevalência de Leptospira spp. no sul do Brasil com predominância de Sorogrupo Icterohaemorrhagiae, principalmente em animais mais velhos. Localização, raças, contato com cães ou outros animais domésticos não são fatores de risco, enquanto o sexo é um fator de risco. Os distúrbios reprodutivos não são causados pela leptospirose na região de estudo. Palavras-chave: Fatores de risco, Leptospirose, Distúrbios reprodutivos, Serovares, Espiroquetas. 3 P r é - p r o v a d e j o r n a l 1. Introdução A leptospirose é uma doença bacteriana zoonótica causada por espiroquetas gram-negativas do gênero Leptospira. Afeta animais e humanos, especialmente em áreas tropicais [1] onde as condições de temperatura e umidade são ideais para o organismo. Eles podem viver por duas semanas no solo e quatro semanas na água [2]. Quando há contato com o epiderme ou membranas mucosas de hospedeiros vulneráveis, a espiroqueta penetra e se espalha de forma hematogênica para órgãos-alvo, onde pode sobreviver por vários meses [3]. O a doença em animais se expressa de várias maneiras, dependendo da espécie infectada [4]. Em cavalos, distúrbios reprodutivos (mortes neonatais, absorção embrionária e abortos) são frequentes, causando prejuízos econômicos [5,6]. Algumas raças desenvolvem doença renal [7], disfunção hepática [8] e uveíte equina recorrente [9,10]. No Brasil, a leptospirose é endêmica em animais de fazenda, sendo relatada em porcos [11], ovinos [12] caprinos [13] e bovinos [14], com soroprevalências de 20% a 50%. Os estudos de soroprevalência em cavalos são críticos porque esses animais são portadores de valor Econômico. Há um uso substancial de cavalos nos estados do sul do Brasil, seja como tratores de animais, ou em rodeios e passeios. A manutenção destes animais em semi áreas urbanas e coabitação com outros animais domésticos suscetíveis podem aumentar o risco de infecção por Leptospira spp. e se tornar um risco zoonótico para contatos [15]. Dada a importância dos cavalos nos estados do sul, bem como a alta seroprevalência de Leptospira spp. em outras espécies, formulamos a hipótese de que haveria alta soropositividade em cavalos também. Portanto, o objetivo deste estudo foi determinar a seroprevalência de Leptospira spp. em cavalos no sul do Brasil, bem como identificar os fatores de risco para infecção e consequências na reprodução. 4 P r é - p r o v a d e j o r n a l 2. Material e métodos 2.1. Amostras Amostras congeladas de soro de cavalo (-20 ºC) foram obtidas a partir de 20 cidades de um planalto montanhoso, regiões litorâneas e uma pequena parte do oeste catarinense [16], Brasil (Fig. 1). De acordo com o IBGE em 2012, quando as amostras foram coletadas, o cavalo O rebanho catarinense é de 122.565 animais, sendo 32.450 residentes no mesorregião serrana e 32.645 no litoral (mesorregiões Vale do Itajaí e Florianópolis), representando 53,11% da população equina do estado. Nós provamos 585 cavalos selecionados aleatoriamente, resultando em uma prevalência esperada de 35%, erro de 5,0%, e um nível de confiança de 99%. O número de animais coletados (independentemente do sexo) por fazenda foi previamente definida, levando em consideração o número de cavalos a serem coletados por município e também o número de fazendas por município. As 595 amostras analisadas eram de 60 fazendas, 259 de machos e 336 de mulheres. Os animais viviam em áreas rurais e urbanas e pertenciam a qualquer militar policiais, condutores de carroças ou membros de rebanhos. Os animais foram classificados em cinco idades grupos: quatro tinham ≤ 6 meses de idade, 11 tinham 6-12 meses de idade, 197 tinham 1-5 anos de idade, 227 tinham de 6 a 10 anos e 176 tinham> 10 anos. O processamento da amostra foi realizado no Laboratório de Diagnóstico de Leptospirose, localizado no Departamento de Microbiologia e Parasitologia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM),Santa Maria, RS, Brasil. 2.2. Inquérito epidemiológico 5 P r é - p r o v a d e j o r n a l Havia duas regiões de origem das amostras: regiões costeiras e ocidentais, caracterizado por clima subtropical úmido com predominância de verões quentes (Cfa); e a região montanhosa, caracterizada por um clima oceânico (Cfb) com verões amenos [17]. Seis variáveis foram coletadas para avaliação: localização (montanha / oeste ou costa), raça (Mestiço, Quarter Horse, Creole, Árabe, PSI Mitt, Percheron, Paint Horse, Wide Sleeve, Pony, Appaloosa, Mule), sexo (masculino e feminino), idade (<6 meses, 1-11 meses, 1-5 anos, 6–10 anos,> 10 anos), contato com outros animais (cães ou ruminantes). A levantamento epidemiológico foi realizado para obter uma avaliação detalhada de cada produção sistema e protocolo de manejo animal para identificar os fatores de risco e possíveis associações entre manejo reprodutivo da leptospirose em equinos. Os seguintes foram considerados distúrbios reprodutivos: aborto, natimorto, retorno ao cio, mumificação, ou nenhum problema relatado. 2.3. Sorologia para leptospira Amostras de soro foram testadas para Leptospira anticorpos usando o microscópico teste de aglutinação (MAT), usando antígenos vivos cultivados em meio líquido (Ellinghausen- Meio McCullough-Johnson-Harris) livre de contaminação ou autoaglutinação de acordo com o protocolo recomendado pela Organização Mundial de Saúde Animal [18]. Os antígenos usados na reação de aglutinação microscópica incluíram uma coleção de 11 L. interrogans serovares: Wolffi e Hardjo (serogrupo Sejroe), Icterohaemorrhagiae e Copenhageni (sorogrupo Icterohaemorrhagiae), Australis e Bratislava (Australis sorogrupo), Pyrogenes (sorogrupo Pyrogen), Pomona (sorogrupo Pomona), Canicola (Sorogrupo Canicola), Grippotyphosa (sorogrupo Grippotyphosa) e Tarassovi 6 P r é - p r o v a d e j o r n a l (Sorogrupo Tarassovi); além de um L. borgpetersennii serovar, Ballum (Ballum sorogrupo). No total, 12 sorovares e 9 sorogrupos foram avaliados. A triagem foi realizada em diluições de 1: 100 para todos os sorovares. Qualquer amostra mostrando A aglutinação ≥50% foi considerada positiva e foi posteriormente diluída para 1: 200, 1: 400 e 1: 800. Diluições foram realizadas para todos os sorovares positivos na triagem. O título era considerada a última diluição apresentando aglutinação ≥50%. 2.4. análise estatística Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente (exato de Fischer e qui-quadrado testes) para avaliar a correlação entre os resultados da sorologia (positivos e negativos) e as variáveis foram analisadas. A correlação entre variáveis epidemiológicas e títulos para leptospirose (negativo, <1: 100 ou> 1: 100) e o tipo de infecção (única ou mista) foi também avaliado. Animais classificados como títulos positivos (1: 100) para dois ou mais Leptospira spp. sorogrupos foram classificados como mistos. 3. Resultados 3.1. Sorologia Entre as 595 amostras de soro avaliadas, 273 (45,9%) foram positivas para anti- Leptospira anticorpos (Figura 1). Entre os positivos, o número de amostras com títulos 1: 100 foram 159/273 (58,2%), e com pelo menos um sorovar com título> 1: 100 havia 114/273 (41,8%). O número de cavalos com infecções simples e mistas foi 124/273 (45,4%) e 149/273 (54,6%), respectivamente. A infecção mista de leptospira foi detalhada em 7 P r é - p r o v a d e j o r n a l Material complementar 1; bem como o número de animais soropositivos para estes infecções. Para todos os 12 sorovares testados (9 sorogrupos) havia cavalos soropositivos. O o maior número de positivos foram encontrados para L. interrogans Icterohaemorrhagiae, Copenhageni, e para L. borgpetersennii, Ballum (Fig. 2A). Para todos os serovares, título baixo (1: 100) predominou (exceto para L. interrogans Grippotyphosa); títulos altos eram incomum entre animais infectados (Fig. 2B). Um resultado que chamou a atenção do pesquisadores foi que os animais tiveram titulação para um ou outro sorovar do mesmo sorogrupo, conforme detalhado no material suplementar 1. 3.2. Fatores de risco e impactos na reprodução Entre todos os positivos, 61,9% eram mulheres (P <0,05) (ou seja, mulheres predominaram no estudo); e apenas entre o sexo feminino, 50,3% eram soropositivos. Mulheres eram o grupo com as maiores proporções de títulos 1: 100 (27,7% vs 25,5% homens) e ≥ 1: 200 (22,6% vs 14,7% dos homens). Nas mulheres, houve um menor número de infecções simples do que em homens (19,6% vs 22,4%) e um maior número de infecções mistas (30,7% vs 17,8%) (Tabela 1). Foram observadas as maiores porcentagens de animais positivos entre as faixas etárias. em animais entre 6–10 anos (50,5%) e> 10 anos (54,3%). Entre todos os positivos, a maioria (39,6%) tinha entre 6–10 anos (P> 0,05). Entre a faixa etária de 6 a 10 anos, predominaram os animais positivos, sejam por simples (23,2%) ou mistos (29,4%) infecções (Tabela 1). Entre os animais soropositivos, 84,2% (230/273) não apresentaram sinais clínicos, enquanto 15,8% (43/273) apresentavam algum distúrbio reprodutivo (todas mulheres) (Tabela 1). 8 P r é - p r o v a d e j o r n a l No entanto, a análise estatística não revelou relação entre a soropositividade para leptospirose e distúrbios reprodutivos (P> 0,05). Finalmente, para os outros fatores de risco (localização, raças, contato com cães ou outros animais domésticos), sem correlações significativas foram encontrados (P> 0,05) (Tabela 2). 4. Discussão Soroprevalência de anti- Leptospira spp. foi de 45,9% em nosso estudo; ou seja, quase metade dos animais avaliados teve contato com o patógeno e desenvolveu sistema imunológico resposta (anticorpos) durante suas vidas. As fazendas que fizeram parte deste estudo mantiveram animais para trabalho ou eventos (rodeios), então os fazendeiros usam apenas vacinas quando obrigatórias, em da mesma forma que os testes de diagnóstico só eram realizados regularmente para doenças de constante vigilância de acordo com recomendações do Ministério da Agricultura do Brasil e Pecuária. Portanto, sugerimos não vacinar para leptospirose. O Icterohaemorrhagiae sorogrupo estava predominante; ser a Sorovar Icterohaemorrhagiae (23,11%), seguido por Copenhageni (14,6%). Estes resultados estão de acordo com outros levantamentos sorológicos em equinos no Brasil [19,20,21]. Nestes relatórios, os sorovares freqüentemente não estão relacionados ao aborto em cavalos [19]. Em cavalos, reprodutivo distúrbios foram associados a sorovares Pomona e sorogrupo Grippotyphosa [6,22] ambos são possivelmente menos adaptados à espécie. A presença ou ausência de os sinais clínicos estão relacionados a fatores específicos da espécie e do hospedeiro, assim como o infeccioso dose e sorovar [19]. Entre os serovares encontrados neste estudo, a Bratislava tem os cavalos como um espécie de reservatório para este sorovar, enquanto os sorovares Icterohaemorrhagiae e Copenhageni (predominante em nosso estudo) estão associados a Rattus spp., e o sorovar Ballum é 9 P r é - p r o v a d e j o r n a l associado a ratos ( Mus musculus) [ 1]. Nossos fatores de risco não abordaram a presença de roedores, por serem animais noturnos que não permitiriam relatórios confiáveis sobre a participação do agricultor em nosso levantamento epidemiológico; no entanto, esses intermediários devem ser considerados, pois os roedores são comuns em todo o Brasil. Em nosso estudo, baixos títulos de anticorpos em cavalos predominou (1: 100); no entanto, de acordo com a Organização Mundial para Saúde Animal, esses cavalos são considerados positivos e isso merece vigilância do rebanho [23]. Também observamos que a exposição de longo prazo predomina, porque os títulos altos (1: 800) foram cru. Não podemos descartar a possibilidade de reações cruzadas em nosso estudo, porque o serovares Icterohaemorrhagiae e Copenhagenisão do mesmo sorogrupo (Icterohaemorrhagiae), enquanto Australis e Bratislava pertencem ao sorogrupo Australis [1]; no entanto, se as reações cruzadas ocorreram, elas não tiveram efeito sobre a porcentagem real de animais soropositivos observados aqui, de modo que o sorogrupo Icterohaemorrhagiae seja o predominante. Em estudos recentes, pesquisadores afirmaram que MAT é um metodologia de diagnóstico de sorogrupos; e não serovares; no entanto, nosso estudo com cavalos o soro questiona essa afirmação; uma vez que, para confirmar nosso diagnóstico, essas amostras foram testadas duas ou três vezes, em momentos diferentes; sempre com o mesmo resultado. Apesar da ausência de informações confiáveis sobre a imunização, pode ser admitiu que os animais soropositivos são naturalmente infectados, pois a vacinação no estado é raro, como já mencionado. Reforçando nossa hipótese de que soropositivos indivíduos foram desafiados por cepas de campo é o fato de que encontramos 12 serovares neste estudo, enquanto as vacinas comerciais comuns normalmente têm seis cepas. Em um anterior estudo de nosso grupo de pesquisa avaliando a eficácia da vacina com Leptospira spp. em bovinos, não houve resposta de anticorpos até 4 meses após a imunização [24]. Em um estudo avaliando vacinação em cavalos, houve presença de anticorpos sete dias após vacinação, com títulos decrescendo aos 90 dias, além de respostas altamente variáveis 10 P r é - p r o v a d e j o r n a l entre os sorogrupos presentes na vacina [25]. É importante notar que, na parte técnica informações de vacinas comerciais, recomenda-se o uso da vacina após o desmame, reforço em 30 dias e, em seguida, semestral ou anualmente daí em diante, de modo que a falha da vacina deixa a maioria dos animais em risco de infecção nos campos. Suepaul et al. [26] relatou o inefetividade de vacinas comerciais desenvolvidas a partir de sorovares locais. Chiareli e cols. em um estudo com gado relatou a ineficácia de uma vacina comercial, e o eficácia e duração prolongada da imunidade no uso de vacinas autógenas, que pode ser uma alternativa aos rebanhos equinos [27]. Assim, conclui-se que o vacinas comerciais disponíveis não são capazes de produzir um efeito duradouro e eficaz resposta contra a leptospirose, e a defesa celular pode ter um papel mais importante do que imunidade humoral na infecção. Em nosso estudo, maior soroprevalência foi encontrada em fêmeas equinas, resultado semelhante ao de outro estudo [28]. A identificação do DNA sorovar de Bratislava em equinos sêmen [29] e fluido vaginal feminino [30] sugerem transmissão venérea de leptospirose. Essas informações devem gerar um alerta epidemiológico, pois garanhões positivos para a espiroqueta pode ser parceira ou doadora de sêmen para um grande número de mulheres, facilmente disseminação da infecção por leptospira. Descobrimos que a idade é um fator de risco para infecção, com animais mais velhos sendo mais propensos à exposição a várias cepas de Leptospira spp., conforme relatado em outro estudo em cavalos [31]. No entanto, outros estudos identificaram a idade como um fator de risco para infecção [20,32]. Nós acreditam que fatores individuais podem estar relacionados ao nosso achado, porque a durabilidade de os anticorpos circulantes diminuem ao longo dos meses [25]. A maioria das mulheres soropositivas não tinha problemas reprodutivos, sugerindo que os distúrbios reprodutivos não foram associados à infecção por Leptospira spp. De acordo com a literatura, as manifestações clínicas dos distúrbios reprodutivos tendem a ser 11 P r é - p r o v a d e j o r n a l associado a altos títulos (infecções agudas) e com sorotipos menos adaptados à espécie [6, 22]. Ressaltamos, no entanto, que outras causas devem ser consideradas no diferencial diagnóstico de distúrbios reprodutivos em éguas, incluindo outras infecções bacterianas, herpesvírus, infecções fúngicas ou parasitárias, gestações gemelares, torção uterina e malformações [33]. Conforme discutido acima, os animais que tiveram contato com Leptospira spp. não deve manifestam a doença, mas podem ser portadores assintomáticos, contaminando o meio ambiente [34], ou eles podem ter se recuperado naturalmente da doença. No entanto, o risco de cavalos aparentemente saudáveis, contribuindo para a disseminação de doenças patogênicas Leptospira spp. no ambiente parece baixo [35], mas deve ser considerado com cautela, porque o contato de humanos com cavalos é frequente, assim como os ambientes onde os animais estão alojado; e este risco aumenta com congregações de pessoas e animais em rodeios e eventos equestres que são realizados com frequência no estado de Santa Catarina, o foco deste pesquisa. A preocupação reforçada em nosso estudo é o nosso achado de alta prevalência de sorovares que são altamente patogênicos para humanos (Icterohaemorrhagiae e Copenhageni) e que são freqüentemente relatados no país [36,37,38]. Apesar do alto percentual de soropositivos para Leptospira spp. verificado em nosso estudo, nossos resultados questionam a necessidade do desenvolvimento de vacinas contra este microrganismo. De acordo com a literatura, prevenção de doenças deve incluir práticas de higiene e controle de pragas em fazendas e para animais domésticos, em além de diagnosticar e evitar o contato com animais soropositivos [25]. Conclusão 12 P r é - p r o v a d e j o r n a l A população de cavalos com anticorpos (titulação ≥1: 100) para Leptospira spp. correspondia a quase 50% do rebanho, principalmente animais soropositivos para os sorovares. que são altamente patogênicos para humanos. Descobrimos que a idade dos animais era um fator de risco para infecção, ou seja, o maior número de animais soropositivos tinha mais de 6 anos; além disso, as mulheres eram infectadas com mais frequência do que os homens; no entanto, localização, raças, contato com cães ou outros animais domésticos e sexo não foram fatores de risco. A falta de relação causal entre distúrbios reprodutivos e leptospirose não aparece para justificar a necessidade de uma vacina contra Leptospira spp. Os diagnósticos diferenciais devem ser consideradas para apurar as reais razões das perdas produtivas. Comite de Ética O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Animais Experimentação (CEUA) de UDESC, protocolo número 1.05 / 09. Contribuições do autor Jaguezeski AM, Lovato LT e Da Silva AS contribuíram com o design e execução da pesquisa, à análise dos resultados. Moura AB ajudou na elaboração do projeto e sua execução e financiamento. Moura AB e da Silva MO participou da execução do experimento e coleta de amostras e dados. Laber IF e von Laer AE fizeram as análises laboratoriais. Todos os autores discutiram os resultados e contribuiu para o manuscrito final. 13 P r é - p r o v a d e j o r n a l Declaração de Concorrência de Interesses Os autores declaram não haver conflito de interesses. Agradecimentos Agradecimentos à CAPES e CNPq pelo apoio financeiro. Referências [1] AR Bharti, JE Nally, JN Ricaldi, MA Matthias, MM Diaz, MA Lovett, JM Vinetz. Leptospirose: uma doença zoonótica de importância global. Lancet Infec. Dis. 3 (12) (2003) 757-771. https://doi.org/10.1016/S1473-3099(03)00830-2 A. Casanovas-Massana, GG Pedra, EA Wunder, PJ Diggle, M. Begon, AI Ko. Quantificação de Leptospira interrogans sobrevivência em microcosmos de solo e água. Appl. Environ. Microbiol. 84 (13) (2018) e00507-18. https://doi.org/10.1128/AEM.00507-18 M. Picardeau. Virulência do agente zoonótico da leptospirose: ainda terra incógnita? 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S erologia + % 1 40,2 P Titer UMA % 1 25,5 Título B % 1 14,7 P No fection UMA % 1 22,4 No fection B % 1 17,8 P Variável Categoria M n 25 9 33 6 % 45 5 56 5 n 104 % 2 38,1 n 66 % 2 24,2 n 38 % 2 14,1 n 58 % 2 21,2 n 46 % 2 16,8 0,00148 7 Sexo 0,01737 0,01959 F 169 50,3 61,9 93 27,7 34,2 76 22,6 27,5 66 19,6 24,2 103 30,7 37,8 0–6 mi 7–11 milhões 1–5 Y 04 11 19 3 21 4 17 3 0,7 1.8 32 4 36 0 29 1 01 02 68 03 18,2 35,2 0,3 0,7 24,9 0 0 35 - - - - 18,1 - - - - 12,8 01 02 33 25,0 18,2 17,1 0,3 0,7 12,1 00 00 31 - - - - 16,1 - - - - 11,4 01 02 37 25,0 18,2 19,2 0,3 0,7 13,6 0,000570 7 0,00182 9 0,00346 2 Grupo de idade 6–10 Y 108 50,5 39,6 63 29,4 23,2 45 21,0 16,5 45 21,0 16,5 63 29,4 23,1 > 10 Y 94 54,3 34,5 61 35,3 22,3 33 19,1 12,1 48 27,7 17,6 46 26,6 16,8 Aborto Natimorto Mummificatio n Voltar ao calor 21 01 3,5 0,2 10 01 47,6 100,0 3,7 0,3 08 01 38,1 100,0 2,8 0,3 02 00 9,5 - - 0,7 - - 04 01 19,0 100,0 1,5 0,3 06 00 28,6 - - 2,2 - - 00 - - 00 - - - - 00 - - - - 00 - - - - 00 - - - - 00 - - - - 39 52 3 09 01 6,6 87 8 1,5 0,2 27 69,2 9,9 10 25,6 3,9 17 43,6 6,6 11 28,2 4,1 16 41,0 5,9 Reprodutivo e distúrbios 0,03626 0,00121 0,05942 Nenhum Ab + Ret. Endometrite 230 03 01 44,0 33,3 100,0 84,2 1,1 0,4 137 03 0 26,2 33,3 - - 50,0 1,1 - - 93 00 01 17,8 - - 100,0 34,0 - - 0,3 107 01 00 20,5 11,1 - - 39,2 0,3 - - 123 02 01 23,5 22,2 100,0 45,2 0,7 0,3 Ab + Still + Ret. 01 0,2 01 100,0 0,4 0 - - - - 01 100,0 0,3 00 - - - - 01 100,0 0,3 59 5 Total 100 273 - - - 100 * - - # * 273 - - # 100 * - - # * 273 - - * 273 Nota: M, masculino; F, feminino; Y, anos, M, meses; Ab, aborto; Ainda assim, natimorto; Ret, volte ao fogo. P = Nível de significância do teste do qui-quadrado. % 1 = Relação entre animais positivos dentro de uma categoria e o número total de animais nessa categoria% 2 = Relação entre animais positivos dentro de uma categoria e animais positivos totais Título A e Título B (número de animais com título 1: 100 e número de positivos com pelo menos um sorovar ≥1: 200, respectivamente) Infecção A e Infecção B (número de animais com infecção simples e mista, respectivamente). 21 P r é - p r o v a d e j o r n a l Mesa 2. Infecção soropositiva para Leptospira spp. em equinos do sul do Brasil e sua associação com variáveis epidemiológicas e distúrbios reprodutivos na análise de Fisher e Qui-quadrado (P). Variáveis epidemiológicas testadas Teste de Fisher (P) 0,8053 0,5134 0,9267 Chi-suare (P) 0,8397 0,504 0,9122 Sorologia (positiva ou negativa) Título (negativa, ≤100 ou> 100) Infecção (negativa, simples ou mista) Local Sorologia (positiva ou negativa) Título (negativa, ≤100 ou> 100) Infecção (negativa, simples ou mista) NR NR NR 0,2403 0,1983 0,1498 Raça Sorologia (positiva ou negativa) Título (negativa, ≤100 ou> 100) Infecção (negativa, simples ou mista) 0,01608 0,01898 0,001345 0,01737 0,01959 0,001487 Sexo Sorologia (positiva ou negativa) Título (negativa, ≤100 ou> 100) Infecção (negativa, simples ou mista) 0,00037 NR NR 0,0005707 0,001829 0,003462 Idade Sorologia (positiva ou negativa) Título (negativa, ≤100 ou> 100) Infecção (negativa, simples ou mista) 1.0 0,4955 1.0 0,9951 0,4828 0,9751 Contato do cão Sorologia (positiva ou negativa) Título (negativa, ≤100 ou> 100) Infecção (negativa, simples ou mista) 0,08152 0,2061 0,2132 0,09489 0,2047 0,2103 Contato de cão e ruminante Sorologia (positiva ou negativa) Título (negativa, ≤100 ou> 100) Infecção (negativa, simples ou mista) 0,0791 0,1907 0,1938 0,09127 0,1887 0,1926 Contato com ruminantes Sorologia (positiva ou negativa) Título (negativa, ≤100 ou> 100) Infecção (negativa, simples ou mista) 0,0136 NR 0,03311 0,03626 0,00121 0,05942 Animais com reprodutor sintomatologia 22 P r é - p r o v a d e j o r n a l
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