Buscar

Micoses Subcutâneas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Micro 19:30 l 19/05/2020 
Micoses subcutâneas 
As micoses subcutâneas são encontradas na pele e tecidos subcutâneos e são causadas por agentes saprofíticos 
presentes no solo, vegetais e animais de vida livre. É uma doença ocupacional, em que o paciente possui 
traumatismo e ocorre a inoculação do fungo neste local (colonização do local). 
ESPOROTRICOSE – Sporothrix schenckii. Pode surgir a partir de espinhos de plantas. O agente causador é um fungo 
dimórfico e a doença é considerada uma infecção granulomatosa crônica – endêmico no Brasil. A forma clínica e 
patologia dependem do local da penetração e resposta do hospedeiro. Incubação de sete a 30 dias (pode variar até 
seis meses). 
 Esporotricose cutânea (lesões localizadas fixas): Lesões únicas (dificulta o diagnóstico) que podem ser 
pápulas que postulam e ulceram, abcessos, placas achatadas, eritemoescamosas, entre outras; 
 Esporotricose linfocutânea: Compromete pele, tecido subcutâneo e gânglios linfáticos regionais; 
 Esporotricose invasiva: Resultantes de disseminação hematogênica a partir de lesões, em que não há 
origem determinada (inoculação, inalação ou ingestão). 
 Diagnóstico: é realizado um exame direto de pus (retirado do local de lesão), em que os fungos se apresentam 
como leveduras esféricas ou ovóides ou com forma de charuto – micromorfologia: margaridas. 
 Tratamento: Iodeto de potássio (oral) em doses crescentes, Anfotericina B, itraconazol, cetoconazol têm sido 
utilizados (dependem da forma clínica da doença). 
DOENÇA DE JORGE LOBO – Lacazia loboi. Também é uma doença crônica e granulomatosa, com lesões queloidais, 
nodulares, ulceradas e verrucosas na pele, com pontos negros nas lesões, demonstrando os locais de eliminação do 
fungo. Em corte histológico são observadas lélulas leveduriformes globosas, membrana de duplo contorno, 
refringente. Arranjo catenulado (cadeias de três a oito ou mais células). O fungo não cresce em meios sintéticos. 
Ocorre, com maior incidência, nas Américas do Sul e Central, desde a Bolívia ao México, mas predominando na 
região Amazônica. O agente causador não invade mucosas, é dimórfico e presente no ambiente, que apresenta 
melanina em sua parede celular. 
CROMOBLASTOMICOSE – Fonsecaea pedrosoi. Desenvolvimento lento de nódulos verrucosos nos locais de 
inoculação e as lesões progridem, podendo ou não ulcerar, e passam a apresentar aspecto de couve-flor. 
 Diagnóstico: exame direto de pus ou crostas das escamas. Em microscópio vê-se células esféricas de cor cobre em 
vários estágios de divisão: corpos muriformes ou corpos fumagóides (ou Corpúsculos de Medlar). As hifas septadas 
demáceas são características, mas não permitem identificar a espécie. 
FEO-HIFOMICOSE SUBCUTÂNEA – família Dematiaceae (fungos geofílicos demáceos). Gêneros: Fonsecaea, 
Phialophora, Cladosporium e Exophiala e Wangiella spp. Característica por lesão cística, em geral única, 
assintomática e bem encapsulada. 
 Diagnóstico: no microscópio há identificação de hifas escuras, septadas. A cultura é importante para diferenciar 
as espécies e o meio de cultura deve ser sem ciclo-heximida. Os aspectos micromorfológicos de cada espécie são: 
 
 
Nos slides da Vivi: Phialophora verrucosa, Rhinocladiella aquaspersa e Cladosporium sp com crescimento de Fonsecae conjuntamente. 
*Rever essa parte no vídeo da aula pq ficou confuso. 
 Tratamento: Itraconazol em esquema prolongado; lesões localizadas – infiltrações locais de Anfotericina B ou 
remoção cirúrgica. 
RINOSPORIDIOSE – Rinosporidium seeberii. De evolução lenta e granulomatosa, e que se transmite de homem- 
homem, nem animais-homem-animais. O agente causador é provável habitante natural de águas estagnadas, poços 
e açudes sendo os banhos de imersão possíveis vias de transmissão da doença. Poeira com esporos em suspensão 
também são vias de transmissão. Os órgãos que apresentam lesões clínicas podem ser, de acordo com a inoculação: 
Laringe, faringe, úvula, palato mole, traquéia, ouvido, brônquios, uretra, vagina, reto, pele e ossos. 
A manifestação clínica se dá por nódulos vegetantes localizados principalmente nas mucosas nasal e conjutival. 
Lesões nasais se instalam dando a impressão ao paciente da presença de um corpo estranho na região acometida 
com ou sem prurido e de secreção mucóide ou serosa unilateral. A infecção progride por continuidade. 
 Diagnóstico: exame direto e histopatológico – no último é notada reação inflamatória com linfócitos, plasmócitos, 
neutrófilos e rica neoformação vascular. Para evidenciar os esporângios- Coloração como: Grocott-Gomori, HE e PAS. 
Na cultura celular (MO com KOH 10-40%) observam-se formas arredondadas, parede espessa, 10 a 100 mm de 
diâmetro (jovens) e 100 a 300 mm (maduras) – esporângios com esporangiosporos. 
EUMICETOMA ou MICETOMA EUMICÓTICO – 23 espécies diferentes de fungos envolvidas. Significa amplo espectro 
de manifestações da pele e tecidos mais profundos da derme e subcutâneos. Os fungos no tecido formam um 
emaranhado de hifas e clamidósporos, e a infecção é crônica e fibrosante de longa evolução, além disso, o paciente 
não relata dor. Por ser de longa duração pode haver comprometimento ósseo. 
Na manifestação clínica são observados grãos de tamanhos e morfologia variados de coloração branca, branco-
amarelada ou negra, com produção de pus ( grãos com pus devem ser retirados). 
 Diagnóstico: no exame do material é necessário identificar o agente infeccioso, para que o tratamento seja 
direcionado corretamente. O exame é confirmado pela presença de grãos no material purulento das lesões, que 
podem sugerir qual a espécie de fungo envolvido.

Continue navegando