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unidade 04 contabilidade avançada

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Contabilidade Avançada
Custos de Empréstimos, Evento 
Subsequente
Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD
Desenvolvimento do material: Ernando Fagundes
1ª Edição
Copyright © 2021, Unigranrio
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por 
qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, 
por escrito, da Unigranrio.
Núcleo de Educação a Distância 
www.unigranrio.com.br
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 
25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ
Reitor
Arody Cordeiro Herdy
Pró-Reitoria de Programas de Pós-Graduação
Nara Pires
Pró-Reitoria de Programas de Graduação
Lívia Maria Figueiredo Lacerda
Pró-Reitoria Administrativa e Comunitária
Carlos de Oliveira Varella
Núcleo de Educação a Distância (NEAD)
Márcia Loch
Sumário
Custos de Empréstimos, Evento Subsequente
Para Início de Conversa... ............................................................................... 4
Objetivos ......................................................................................................... 4
1. Custos de Empréstimos .............................................................................. 5
1.1 Reconhecimento .................................................................................... 5
1.2 Início da Capitalização ........................................................................ 7
1.3 Suspensão da Capitalização .............................................................. 8
1.4 Cessação da Capitalização ................................................................. 8
1.5 Divulgação ............................................................................................... 8
2. Evento Subsequente .................................................................................... 8
2.1 Reconhecimento e Mensuração ....................................................... 11
2.2 Divulgação ............................................................................................... 12
Referências ........................................................................................................ 14
Contabilidade Avançada 3
Para Início de Conversa...
Veremos agora os custos de empréstimos e eventos subsequentes. 
Trata-se de dois assuntos muito importantes tratados por dois 
pronunciamentos contábeis específicos. 
Vamos descobrir que o CPC 20 (2011) apresenta o tratamento contábil 
adequado aos custos de empréstimos, que correspondem aos juros e a 
outros custos que a entidade incorre em conexão com o empréstimo 
de recursos. É fundamental que as empresas possam diferenciar os 
custos que serão capitalizados ao custo do ativo e os custos que serão 
contabilizados como despesas no período em que incorrem. 
Já os eventos subsequentes são tratados pelo CPC 24 (2009), o qual 
esclarece que esses eventos podem ser favoráveis ou desfavoráveis 
às empresas, mas que precisam ser tratados de acordo com esse 
pronunciamento contábil. Vamos estudar os tipos de eventos, a fim de 
diferenciá-los e divulgá-los adequadamente.
Afinal, é importante que as empresas se atentem aos tratamentos 
adequados tanto aos custos de empréstimos quanto aos eventos 
subsequentes, de forma que suas demonstrações contábeis possam 
evidenciar a realidade da empresa aos seus investidores e a outras 
partes interessadas.
Objetivos
 ▪ Identificar os custos de empréstimos.
 ▪ Reconhecer os eventos subsequentes.
 ▪ Analisar os períodos de capitalização.
Contabilidade Avançada 4
1. Custos de Empréstimos
Os custos de empréstimos correspondem aos juros e também a 
outros custos incorridos pela empresa que estejam relacionados com 
empréstimos de recursos. 
1.1 Reconhecimento
Os custos de empréstimos podem ser atribuíveis diretamente à aquisição 
ou à construção de um ativo qualificável (ativo que demanda um período 
de tempo substancial para ficar pronto para uso ou venda pretendida). 
Figura 1: Os custos de empréstimos. Fonte: Dreamstime.
Nesses casos, o valor dos custos deverá ser capitalizado ao ativo, já os 
demais custos que não forem atribuíveis aos ativos qualificáveis deverão 
ser reconhecidos como despesa no período em que forem incorridos.
Para que se possa capitalizar os juros como parte do custo de um 
ativo qualificável é fundamental que esse ativo qualificável resulte em 
benefícios econômicos futuros. Também é necessário que esses custos 
possam ser mensurados com confiabilidade (CPC 20, 2011).
Para um custo de empréstimo ser atribuído ao custo do ativo qualificável 
é necessário observar se aquele custo existe apenas devido ao fato de um 
ativo estar sendo adquirido, construído ou produzido. Ou seja, se o custo 
com empréstimos incorrer mesmo que a empresa não esteja adquirindo, 
construindo ou produzindo um ativo, então trata-se de despesa.
Da mesma forma que os custos de empréstimos incorridos por conta de 
aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável devem ser 
capitalizados no custo do ativo, possíveis receitas financeiras decorrentes 
desses ativos devem ser deduzidas dos custos dos empréstimos 
incorridos.
Contabilidade Avançada 5
Figura 2: Possíveis receitas financeiras. Fonte: Dreamstime.
É possível que o valor contábil do ativo qualificável (que corresponde ao 
custo total do ativo, incluindo os custos dos empréstimos relacionados 
ao ativo) seja maior do que o valor recuperável. Nesse caso, o valor 
contábil deverá ser reduzido ao valor recuperável, de acordo com o CPC 
01. A perda deverá ser reconhecida no resultado.
Caso a empresa obtenha recursos emprestados sem destinação 
específica e posteriormente utilize esses recursos ou parte deles na 
obtenção de um ativo qualificável, ela deve determinar o montante dos 
custos dos empréstimos elegíveis à capitalização, aplicando uma taxa 
de capitalização aos gastos com o ativo.
“Essa taxa de capitalização deve ser a média ponderada dos custos 
dos empréstimos aplicáveis a todos os empréstimos da entidade que 
estiveram vigentes durante o período” (NBC, 2018, n.p).
O exemplo a seguir apresenta o tratamento adequado aos custos de 
empréstimos, de acordo com o CPC 20.
EXEMPLO 1: 
Vamos considerar uma empresa que não atua no ramo de construção 
civil. Em janeiro de 20x1, ela inicia a construção de um edifício que será 
a nova sede, orçado em R$ 5.000.000,00. Essa empresa já tem disponível 
para a construção desse edifício 60% do valor, precisando captar, por 
meio de empréstimos, os 40% restantes.
Nesse mesmo período, a empresa conseguiu captar R$ 3.000.000,00 
em empréstimos, sendo que R$ 2.000.000,00 irão ser utilizados na 
construção do edifício e o restante não possui destinação específica. 
Dessa forma, apenas os juros referentes aos R$ 2.000.000,00 que serão 
utilizados na construção do edifício (ativo qualificável) deverão ser 
capitalizados ao valor desse ativo (edifício). Os juros do restante do valor 
do empréstimo deverão ser lançados como despesa no período em que 
forem incorridos. 
Contabilidade Avançada 6
Assim, teremos os lançamentos de juros mensais a seguir:
1. custo dos juros referentes aos R$ 2.000.000,00 tomados emprestados 
e destinados à construção do edifício;
D: ATIVO IMOBILIZADO – Edifícios (Montante de juros pagos no mês)
C: ATIVO CIRCULANTE – Bancos (Montante de juros pagos no mês)
2. custo dos juros referentes ao R$ 1.000.000,00 tomados emprestados e 
sem destinação específica;
D: RESULTADO – Despesa com juros (Montante de juros pagos no mês)
C: ATIVO CIRCULANTE – Bancos (Montante de juros pagos no mês)
1.2 Início da Capitalização
Para iniciar a capitalização dos custos de empréstimos como parte do 
custo de um ativo qualificável é preciso atender a alguns critérios: é 
necessário que a empresa esteja incorrendo em gastos com esse ativo 
qualificável ao mesmo tempo que incorre com custo de empréstimos 
relacionados a esse ativo. Também é necessário que a empresa tenha 
iniciado atividades necessárias ao preparo desse ativopara seu uso ou 
venda. 
“Gastos com o ativo qualificável incluem somente aqueles gastos que 
resultam em pagamento em caixa, transferências de outros ativos ou 
assunção de passivos onerosos”. (CPC 20, 2011, p. 4)
Cabe destacar que as atividades necessárias para o preparo de um ativo 
para uso ou venda vão além da construção física. Por exemplo, trabalho 
técnico e administrativo como atividades associadas à obtenção de 
permissões para o início da construção física do ativo também são 
gastos relacionados ao ativo.
Figura 3: Capitalização. 
Fonte: Dreamstime.
Contabilidade Avançada 7
Os custos de empréstimos relacionados a tais atividades, mesmo antes 
do início da construção do ativo qualificável, devem ser capitalizados ao 
ativo. No entanto, os custos de empréstimos incorridos, quando não há 
nenhuma atividade de preparação de um ativo para uso ou venda, não 
devem ser capitalizados, mas sim classificados como despesa no período 
em que incorrerem.
1.3 Suspensão da Capitalização
A capitalização dos custos de empréstimos deverá ser suspensa nos 
períodos em que as atividades de desenvolvimento de um ativo 
qualificável estiverem suspensas. 
“A entidade também não deve suspender a capitalização de custos de 
empréstimos quando um atraso temporário é parte necessária do 
processo de concluir o ativo para seu uso ou venda pretendidos. Por 
exemplo, a capitalização deve continuar ao longo do período em que o 
nível elevado das águas atrasar a construção de uma ponte, se tal nível 
elevado das águas for comum durante o período de construção na região 
geográfica envolvida.” (CPC 20, 2011, p.5)
1.4 Cessação da Capitalização
A capitalização dos custos de empréstimos deverá ser cessada quando 
as atividades necessárias para o preparo do ativo qualificável para uso 
ou venda estiverem concluídas. Ou seja, quando o ativo estiver concluído 
e disponível para venda ou uso, mesmo que atividades técnicas ou 
administrativas continuem, elas não devem ser mais capitalizadas.
1.5 Divulgação
Nas demonstrações contábeis, a empresa deve divulgar o total de custos 
de empréstimos que foram capitalizados durante o período referido 
nas demonstrações apresentadas. Também é necessário que a empresa 
divulgue a taxa de capitalização utilizada na determinação do montante 
de custos de empréstimos elegíveis à capitalização.
2. Evento Subsequente
Evento subsequente corresponde ao evento que ocorre entre a data 
final do período a que se referem as demonstrações contábeis e a data 
na qual é autorizada a emissão dessas demonstrações. Esses eventos 
podem ser favoráveis ou desfavoráveis à empresa. 
Contabilidade Avançada 8
Há dois tipos de eventos subsequentes: o primeiro tipo está relacionado 
a condições que já existiam na data final do período referente às 
demonstrações contábeis; o segundo tipo é relativo às condições que 
surgiram após a data final a que se referem as demonstrações contábeis, 
mas antes da autorização da emissão dessas demonstrações.
Figura 4: Evento Subsequente. Fonte: Dreamstime.
É importante destacar que os eventos subsequentes ocorridos antes 
da data final do período a que se referem as demonstrações contábeis 
originam ajustes que deverão ser realizados nas demonstrações 
contábeis. Já os eventos subsequentes que ocorrem após a data final das 
demonstrações contábeis e antes da autorização para emissão dessas 
demonstrações não originam ajustes nas demonstrações contábeis. 
Eventos
subsequentes
Não altera os valores reconhecidos nas demonstrações contábeis 
do período anterior.
Divulga apenas em notas explicativas.
Altera os valores reconhecidos nas demonstrações contábeis 
do período anterior.
Período a que se referem as 
demonstrações contábeis. 
Exemplo: 01/01/20x1 a 
31/12/20x1.
Período após a autorização 
de emissão das 
demonstrações contábeis.
Evidenciam condições que 
surgiram após o período 
contábil a que se referem as 
demonstrações contábeis.
Evidenciam condições que já 
existiam na data final do 
período a que se referem as 
demonstrações contábeis.
Figura 5: Esquema que explica eventos subsequentes. Fonte: Elaborada pelo autor. 
Contabilidade Avançada 9
A data em que é autorizada a emissão das demonstrações de uma 
empresa varia dependendo da estrutura da administração dessa 
empresa, de exigências legais e estatutárias.
Algumas empresas precisam submeter suas demonstrações para 
aprovação de seus acionistas. Vamos considerar o seguinte exemplo:
EXEMPLO 1: O exercício contábil de uma empresa encerrou em 
31/12/20x1. Vamos considerar também que em 16/02/20x2 a entidade 
conclui a minuta de suas demonstrações contábeis. A diretoria examinou 
essas demonstrações em 06/03/20x2, quando autorizou a emissão, e em 
07/03/20x2 a empresa anuncia ao mercado seu resultado. Apenas no 
dia 15/03/20x2 as demonstrações contábeis são disponibilizadas por 
completo. A reunião anual dos acionistas ocorre dia 16/04/20x2, data em 
que as demonstrações contábeis são aprovadas.
No Exemplo 1, a data que deve ser considerada como a data em que 
são autorizadas as demonstrações contábeis é a data de 06/03/20x2, ou 
seja, a data em que a diretoria autorizou a emissão das demonstrações 
contábeis. Assim, os eventos subsequentes serão os que surgirem após 
31/12/20x1 e antes de 06/03/20x2. Cabe ressaltar que esses eventos 
podem se referir a condições anteriores a 31/12/20x1, que originam 
ajustes, ou podem se referir a condições após 31/12/20x1, que não 
originam ajustes.
Há casos em que é exigido à administração da empresa a submissão 
das demonstrações contábeis para a aprovação do conselho fiscal e/ou 
comitê de auditoria. Vamos considerar o seguinte exemplo:
EXEMPLO 2: O exercício contábil de uma empresa encerrou em 
31/12/20x1. Vamos considerar também que em 16/02/20x2 a entidade 
conclui a minuta de suas demonstrações contábeis. A diretoria examinou 
essas demonstrações em 06/03/20x2, quando autoriza a emissão 
das demonstrações contábeis para o seu conselho, que as aprova 
em 14/03/20x1. No dia 20/03/20x2 as demonstrações contábeis são 
disponibilizadas ao mercado. A reunião anual dos acionistas ocorre dia 
16/04/20x2, data em que as demonstrações contábeis são aprovadas.
No Exemplo 2, a data que deve ser considerada como a data em que 
são autorizadas as demonstrações contábeis também é a data de 
06/03/20x2, ou seja, a data em que a diretoria autorizou a emissão das 
demonstrações contábeis para apresentação ao comitê e/ou conselho de 
auditoria. Assim, os eventos subsequentes serão os que surgirem após 
31/12/20x1 e antes de 06/03/20x2. Cabe ressaltar que esses eventos 
podem se referir a condições anteriores a 31/12/20x1, que originam 
ajustes, ou podem se referir a condições após 31/12/20x1, que não 
originam ajustes.
Contabilidade Avançada 10
“Eventos subsequentes ao período contábil a que se referem as 
demonstrações contábeis incluem todos os eventos ocorridos até a data 
em que é concedida a autorização para a emissão das demonstrações 
contábeis, mesmo que esses acontecimentos ocorram após o anúncio 
público de lucros ou de outra informação financeira selecionada.” (CPC 
24, 2009, p. 3)
2.1 Reconhecimento e Mensuração
Em se tratando de eventos subsequentes relacionados a condições 
anteriores à data final do período a que se referem as demonstrações 
contábeis, ou seja, os eventos subsequentes que originam ajustes, a 
empresa deve ajustar os valores reconhecidos em duas demonstrações 
contábeis para que elas evidenciem, de fato, as condições que já existiam 
na data final do período contábil a que se referem as demonstrações 
contábeis. Alguns exemplos desses eventos subsequentes que originam 
ajustes:
EXEMPLO 3: Vamos considerar que uma empresa encerrou o período 
contábil em 31/12/20x1. No dia 15/01/20x2, antes da autorização da 
emissão de suas demonstrações contábeis, a empresa toma conhecimento 
de que um ativo imobilizado que tem seu valor contábil de R$ 
5.700.000,00, na verdade, tinha como valor recuperável, em 31/12/20x1, 
um montantede R$ 4.000.000,00. Sabendo que o valor recuperável de 
um ativo não deve exceder seu valor contábil, a empresa deverá realizar 
um ajuste no valor do ativo:
D – RESULTADO – Perda por desvalorização de ativo R$ 1.700.000,00.
C – ATIVO IMOBILIZADO – Perda acumulada por desvalorização de ativo 
R$ 1.700.000,00.
Outro exemplo de eventos subsequentes 
que originam ajustes são decisões 
judiciais de fatos ocorridos no 
período anterior que demandem 
ajustes em provisões existentes, 
falência de cliente que implique 
em perda no valor recebível, 
determinação de custos de ativo 
após o período contábil, mas que 
tenham sido comprados no período 
a que se referem as demonstrações 
contábeis.
Figura 6: Casos que originam ajustes 
são decisões judiciais de fatos 
ocorridos no período anterior. Fonte: 
Dreamstime.
Contabilidade Avançada 11
Já em relação aos eventos subsequentes 
que são indicadores de condições 
que surgiram após o período 
contábil a que se referem as 
demonstrações, ou seja, aqueles 
que não originam ajustes, a 
empresa não deverá realizar 
ajuste em valores reconhecidos 
das demonstrações contábeis. 
EXEMPLO 4: Vamos considerar que uma 
empresa encerrou o período contábil em 
31/12/20x1. No dia 15/01/20x2, antes da 
autorização da emissão de suas demonstrações 
contábeis, ela adquiriu uma patente de um medicamento 
(ativo intangível) pelo valor de R$ 20.000.000,00. Ocorre que, passadas 
duas semanas, por mudança na legislação vigente, essa patente 
desvalorizou um montante de R$ 5.000.000,00, passando a ter um 
valor recuperável de R$ 15.000.000,00. Tudo isso ocorreu antes da 
autorização da emissão de suas demonstrações contábeis. Como trata-
se de um evento subsequente à data final do período a que se referem 
as demonstrações contábeis, a empresa não deverá ajustar os valores 
reconhecidos nas demonstrações do período, mas deverá divulgar em 
notas explicativas.
“A entidade não deve elaborar suas demonstrações contábeis com 
base no pressuposto de continuidade se sua administração determinar, 
após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, 
que pretende liquidar a entidade ou deixar de operar ou que não tem 
alternativa realista senão fazê-lo.” (CPC 24, 2009, p. 5)
2.2 Divulgação
É necessário que a empresa divulgue a data em que foi concedida a 
autorização para emissão das demonstrações contábeis e quem forneceu 
tal autorização.
Os eventos subsequentes que originam ajustes deverão refleti-los já nos 
valores reconhecidos das demonstrações contábeis do período, de forma 
que as demonstrações contábeis que serão divulgadas ao mercado após 
autorização da diretoria, conselho e/ou comitê já estarão ajustadas.
Nos casos de eventos subsequentes que não originam ajustes, pois 
são indicadores de condições que surgiram após o período contábil a 
que se referem as demonstrações, a empresa deve divulgar em notas 
explicativas a natureza do evento e a estimativa de seu efeito financeiro 
ou uma declaração de que tal estimativa não pode ser feita.
Contabilidade Avançada 12
Figura 7: Divulgação de ajustes aplicados. Fonte: Dreamstime.
Alguns exemplos de casos de eventos subsequentes que não originam 
ajustes, mas que precisam ser divulgados são combinações de negócios 
após a data final do período contábil, anúncio de plano para descontinuar 
operação após a data final do período contábil, compras importantes de 
ativo após a data final do período contábil, classificação de ativo como 
mantido para venda após a data final do período contábil, desastres 
naturais ocorridos após a data final do período contábil, entre outros.
Chegamos ao final desse estudo. Nessa unidade, estudamos os custos 
de empréstimos e os eventos subsequentes. Esperamos que você tenha 
compreendido os conceitos e os tratamentos adequados a esses dois 
eventos contábeis. 
Ressaltamos que é fundamental diferenciar os custos de empréstimos 
que devem ser capitalizados no custo do ativo qualificável dos custos 
de empréstimos que serão contabilizados como despesa no período em 
que ocorrem.
Também destacamos que compreender e se atentar aos eventos 
subsequentes é fundamental. O papel das demonstrações contábeis 
é apresentar a realidade das empresas. Logo, podemos concluir que 
eventos subsequentes não devem ser desconsiderados. Assim, eventos 
subsequentes evidenciados como ocorridos anteriormente à data de 
fechamento do exercício devem ter seus ajustes realizados e os demais 
devem ser evidenciados de acordo com as orientações do CPC 24.
Contabilidade Avançada 13
Referências
CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Técnico 
CPC 20: Custos de Empréstimos. CPC. 2011. Disponível em: http://static.
cpc.aatb.com.br/Documentos/281_CPC_20_R1_rev%2014.pdf. Acesso em: 
08 dez. 2020.
CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Técnico 
CPC 24: Evento Subsequente. CPC. 2009. Disponível em: http://static.cpc.
aatb.com.br/Documentos/300_CPC_24%20_rev%2012.pdf. Acesso em: 11 
dez. 2020.
NBC. Norma Brasileira de Contabilidade. Norma Brasileira de 
Contabilidade, NBC TSP 14, de 18 de outubro de 2018. Aprova a 
NBC TSP 14 – Custos de Empréstimos. 2018. Disponível em: https://
www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/
id/47983374/do1-2018-10-31-norma-brasileira-de-contabilidade-nbc-
tsp-14-de-18-de-outubro-de-2018-47983247#:~:text=A%20taxa%20
de%20capitaliza%C3%A7%C3%A3o%20deve,se%20obter%20o%20
ativo%20qualific%C3%A1vel.&text=Somente%20os%20custos%20
de%20empr%C3%A9stimos%20assumidos%20pela%20entidade%20
podem%20ser%20capitalizados. Acesso em: 6 jan. 2021.
 
Contabilidade Avançada 14
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/281_CPC_20_R1_rev%2014.pdf
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/281_CPC_20_R1_rev%2014.pdf
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/300_CPC_24%20_rev%2012.pdf
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/300_CPC_24%20_rev%2012.pdf
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/47983374/do1-2018-10-31-norma-brasileira-de-contabilidade-nbc-tsp-14-de-18-de-outubro-de-2018-47983247#:~:text=A%20taxa%20de%20capitaliza%C3%A7%C3%A3o%20deve,se%20obter%20o%20ativo%20qualific%C3%A1vel.&text=Somente%20os%20custos%20de%20empr%C3%A9stimos%20assumidos%20pela%20entidade%20podem%20ser%20capitalizados.
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/47983374/do1-2018-10-31-norma-brasileira-de-contabilidade-nbc-tsp-14-de-18-de-outubro-de-2018-47983247#:~:text=A%20taxa%20de%20capitaliza%C3%A7%C3%A3o%20deve,se%20obter%20o%20ativo%20qualific%C3%A1vel.&text=Somente%20os%20custos%20de%20empr%C3%A9stimos%20assumidos%20pela%20entidade%20podem%20ser%20capitalizados.
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/47983374/do1-2018-10-31-norma-brasileira-de-contabilidade-nbc-tsp-14-de-18-de-outubro-de-2018-47983247#:~:text=A%20taxa%20de%20capitaliza%C3%A7%C3%A3o%20deve,se%20obter%20o%20ativo%20qualific%C3%A1vel.&text=Somente%20os%20custos%20de%20empr%C3%A9stimos%20assumidos%20pela%20entidade%20podem%20ser%20capitalizados.
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	Custos de Empréstimos, Evento Subsequente
	Para Início de Conversa...
	Objetivos
	1. Custos de Empréstimos
	1.1 Reconhecimento
	1.2 Início da Capitalização
	1.3 Suspensão da Capitalização
	1.4 Cessação da Capitalização
	1.5 Divulgação
	2. Evento Subsequente
	2.1 Reconhecimento e Mensuração
	2.2 Divulgação
	Referências

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