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30/08/2016 1 Plasmodium Tripanossoma HEMOPARASITAS Plasmodium sp Agente causador da Malária (origem italiana – mal- aria ou mau-ar) Protozoário, unicelular, sem mecanismo de locomoção, Ciclo heteroxênico: Hosp. Definitivo: mosquitos do gênero Anopheles – reprodução sexuada e assexuada (esporogonia) Hosp. Intermediário: homem – reprodução assexuada (esquizogonia) Encontrado no homem: hepatócitos e hemácias; Encontrado no mosquito: intestino e saliva 30/08/2016 2 Plasmodium sp • Plasmodium falciparum agente da febre terçã maligna com quadros clínicos de acessos febris que se repetem com intervalos de 36 a 48 horas. É a responsável pela maioria dos casos fatais. • Plasmodium vivax febre terçã benigna com ciclo febril que retorna a cada 48 horas. • Plasmodium malarie febre quartã, que se caracteriza pela ocorrência de acessos febris a cada 72 horas. • Plasmodium ovale limitado ao continente Africano e responsável pela febre terçã benigna, com ciclo de 48 horas. Formas Evolutivas Esporozoítos Criptozoítas Esquizontes pré-eritrocíticos Merozoítas Trofozoítos Esquizontes eritrocíticos Gametócitos Macrogametócitos Microgametócitos Oocineto Oocisto Infectante Dentro dos Hepatócitos Dentro das Hemácias Intestino do Mosquito H o m e m ( H .I .) Mosquito ( H.D.) 30/08/2016 3 Formas de reprodução do Plasmodium Esquizogonia (divisão múltipla): um núcleo sofre várias mitoses e após isso o citoplasma de divide em várias células – reprodução assexuada, ocorre no hospedeiro intermediário (homem) Formas de reprodução do Plasmodium Fecundação Esporogonia: fusão do gameta feminino com o masculino formando o zigoto. Após várias meioses são liberados esporozoítos. Reprodução sexuada – hospedeiro definitivo (Anopheles) Gametas 30/08/2016 4 Formas Evolutivas Merorozoítos Esporozoítos Trofozoítos Agente Transmissor: Anophelis (moquito prego) Somente a fêmea do mosquito é capaz de transmiti-lo http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.healthscape.co.uk/blog/wp-content/uploads/2009/02/malaria_mosquito.jpg&imgrefurl=http://www.healthscape.co.uk/blog/2009/02/23/sugar-can-save-children-from-malaria/&usg=__e3N4wpYD4-8ZmKsNxqUCPb7YNWY=&h=298&w=450&sz=17&hl=pt-BR&start=13&tbnid=hMXWDXs_IIoIfM:&tbnh=84&tbnw=127&prev=/images?q=malaria&gbv=2&hl=pt-BR&sa=X 30/08/2016 5 Ciclo Evolutivo zigoto estômago Gla salivar merozoíto Plasmodium falciparum Trofozoítas jovens econtrados nos esfregaços sanguíneos Trofozoítas em crescimento econtrados nos capilares das vísceras Esquizontes (g) – inicial / (h)- final (com merozoitos) Microgametócitos (k) – jovem / (l)- maduro (mosquito) Macrogametócitos (i) – jovem / (j)- maduro (mosquito) 30/08/2016 6 P.falciparum: no sangue circulante, apenas os trofozoítos jovens e os gametócitos maduros são identificáveis, as demais formas evolutivas são encontradas nos capilares das vísceras. -trofozoítos jovens (formas em anel) do Plasmodium falciparum citoplasma delicado e com duplos pontos de cromatina, podendo também ocorrer infecção múltipla do eritrócito. 30/08/2016 7 Plasmodium falciparum: encontrado no sangue periférico sob a forma de trofozoíto. gametócito Plasmodium vivax Trofozoítas Indistinguíveis do P. malariae (a) P.vivax deixa cel. infectada descorada e dilatada (c) Emitindo pseudópodes- forma bizzaras (d) Citoplasma aumenta de tamanho e acumula pigmento Esquizontes (e , f) – inicial / (g)- com muitos núcleos (h) – rosácea ou merócito Microgametócito maduro Macrogametócitos (j) – jovem / (l)- maduro (mosquito) Gametócito jovem 30/08/2016 8 (A) Plasmodium vivax A B forma de anel, sua grande mobilidade (por isso nome vivax) faz com que a sua forma se torne irregular e muito variável No esquizonte, o pigmento malárico aumenta à medida que o parasita se desenvolve, produzindo grânulos grosseiros, corados em castanho-amarelado (foto). os referidos grânulos (grânulos de Schüffner), são característicos do Plasmodium vivax. Esquizonte de P. vívax 30/08/2016 9 Esquizonte de Plasmodium falciparum Trofozoíto jovem de Plasmodium falciparum– granulações de Maurer – gota espessa. 30/08/2016 10 Trofozoíto maduro de Plasmodium vivax- granulações de Schüffner Gota espessa Plasmodium malariae Trofozoítas (a) jovem (b) e (c) em crescimento (d) Início do acumulo de pigmento malárico (e) e (f) com numerosos grânulos Esquizontes (g) e (h) – com vários núcleos e grânulos (i) – rosácea ou merócito Gametócito jovem Microgametócito Citoplasma claro, cromatina frouxa central Macrogametócito Citoplasma escuro e núcleo denso central 30/08/2016 11 • merozoítos de P.malariae (Febre Quartã) invadem os eritrócitos maduros. • Todas as formas evolutivas podem ser encontradas no sangue periférico, • seus trofozoítos jovens revelam forma em banda (foto A ) • Os esquizontes maduros têm 6 a 12 merozoítos (fotoB) A B trofozoítos de P.malariae formas em banda (band forms) 30/08/2016 12 Malária : Transmissão Inoculação de esporozoítos durante a picada da fêmeas do Anophelis: Transmite após 8 a 16 dias da ingestão do sangue contaminado, O repasto sanguineo do mosquito ocorre novamente a cada 2 a 3 dias; A fêmea pode transmitir por toda a sua vida (30 dias) Outros mecanismos: Transfusão sanguínea, Compartilhamento de seringas, Acidente com material perfurocortante, Transmissão neonatal Malária Período de Incubação Média (dias) P. vivax 10-15 P. falciparum 7-10 P. malariae 30 Inoculação até sintomas 30/08/2016 13 Malária: Sintomas No início da doença: mal-estar, dor de cabeça e no corpo, indisposição e ligeira hipertemia. Alguns dias depois: Acesso malárico Febre intermitente que pode assumir ritmo terçã ou quartã dependendo da espécie de Plasmodium 1º - Calafrios: fica pálido, pele fria, tremedeira, pulso rápido, pode ter nauseas e vômitos. O frio permanece de 15’ a 1h, e passa. 2º - Calor: rosto afogueado, cefaléia, 39 a 40º C, pele quente e seca, delírios - por 2 a 4 horas. 3º - Sudorese: queda da temperatura, pele úmida, abundante transpiração (molha roupa e lençóis), passa a dor de cabeça. Febre ocorre a cada ciclo esquizogônico nas hemácias Diagnóstico laboratorial 30/08/2016 14 Técnica da gota espessa Oficial adotado no Brasil - diagnóstico Técnica da gota estendida Diferenciação das espécies Métodos imunológicos Malária : Diagnóstico Laboratorial Malária : Diagnóstico Laboratorial Pesquisa do parasita no sangue: Técnica da gota espessa Técnica da gota estendida 30/08/2016 15 GOTA ESPESSA Método adotado oficialmente no Brasil para diagnóstico; Desemoglobinização pela solução hipotônica de azul de metileno. Coloração pela solução de Giemsa Secar ao calor suave ou sob ventilação Técnica: Gota Espessa 30/08/2016 16 Técnica da Gota Espessa Vantagens: Por concentrar maior quantidade de sangue numa área relativamente pequena, a gota espessa aumenta a probabilidade de se encontrar parasitos, o que a torna o método de eleição para o diagnóstico de malária; Pode-se avaliar a parasitemia Desvantagens: Requer experiência para a identificação de espécies; Requer processamento parcial ou total relativamente rápido depois de colhida a amostra Técnica da Gota Espessa Gota espessa – resultados positivos exame de 100 campos microscópicos método semi-quantitativo “cruzes” + = 1 parasita/campo(301 - 500p/mm3 ) ++ = 2-20 parasitas/campo +++ = 21-200 parasitas/campo ++++ = mais de 200 parasitas/campo (>100.000p/mm3 ) 30/08/2016 17 Técnica da Gota Espessa Resultados negativos durante 10 minutos é suficiente para se checar aproximadamente 500 campos. conclusão diagnóstica pelo encontro de um único parasito na preparação deve ser feita com cautela; Conclusão do diagnóstico - somente após o encontro de dois ou três parasitos, bem como repetir o exame em diferentes horários, para aumentar sua sensibilidade 30/08/2016 18 Testes com Ac monoclonais Imunocromatografia Testes imunocromatográficos - testes rápidos para detecção de componentes antigênicos de plasmódio representam novos métodos de diagnóstico rápido de malária. Ac monoclonais contra Ags específicos do parasito: Realizados em fitas de nitrocelulose, Apresentam sensibilidade superior a 95% quando comparado à gota espessa. Testes com Ac monoclonais Imunocromatografia Testes rápidos de detecção de antígenos: (imunocromatográficos): ParaSight-F (PfHRP2), ICT Malaria (PfHRP2), ICT Malaria Pf/Pv (pLDH), OpitMAL (pLDH),Malar-Check Pf Testes para detecção de anticorpos: Imunofluorescência indireta ELISA 30/08/2016 19 Testes com Ac monoclonais Imunocromatografia ParaSight F (Becton & Dickinson) PfHRP2 (Proteína 2 rica em histidina) Fase sólida: anticorpo monoclonal anti- PfHRP2 ou PfHRP2 (controle +) Conjugado: anticorpo policlonal anti-PfHRP2 marcado com rodamina 30/08/2016 20 ICT Malaria P.f. (ICT Diagnostics) Anticorpo marcado com ouro coloidal OptiMAL® Rapid Malaria Test Detecta isoformas da enzima lactato desidrogenase (pLDH) • Uma isoforma é específica para P. falciparum e a outra ocorre nas 4 espécies de plasmódios humanos 30/08/2016 21 Malária : Tratamento Amino-4-quinolonas (Cloroquina, Aralen) Age sobre as formas sanguíneas (exceto gametócitos de P. falciparum) Amino-8-quinolinas (Plasmoquina, Primaquina) Age sobre os esquizontes hepáticos e sobre os gametócitos. Pirimidina (pirimetamina) Age sobre formas hepáticas e sanguíneas Sulfonamida (Fanasulf) P. falciparum resistente à cloroquina Antibióticos (cloridrato de teraciclina) curam infecções por P. falciparum se administrados por 7 ou + dias consecutivos Malária : Profilaxia uso de mosquiteiros, telas em janelas e portas é eficaz na proteção durante o sono, quando ocorre a grande maioria das infecções, uso de repelentes, em áreas endêmicas usar roupas que cubram a pele, pernas, os braços ou o pescoço os vasos sanguíneos são mais acessíveis, o mosquito não pica o rosto ou as mãos, onde os vasos sanguíneos são menos acessíveis; evitar a aproximação às áreas de risco após o entardecer, Combate ao vetor, medidas de saneamento básico; 30/08/2016 22 Trypanossoma 30/08/2016 23 Doença da chagas Definição Doença parasitária aguda ou crônica, restrita às Américas, causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi; Agente etiológico: Trypanosoma cruzi Parasita de ciclo heteroxeno Vetor : Barbeiro – Triatoma infestans Importância: – Doença crônica debilitante – Causadora de morte súbita – Endemia com cerca de oito milhões de indivíduos infectados no Brasil Diferentes formas evolutivas, refletindo uma adaptação aos distintos habitat. Tripomastigotas: estágio infectante do parasita. fusiforme e alongado cinetoplasto situado posteriormente ao núcleo e numa posição terminal ou subterminal do corpo celular Flagelo próximo ao cinetoplasto( membrana ondulante) Corrente sanguínea do vertebrado e nas posições mais distais do tubo digestivo do vetor Epimastigota: forma de reprodução do parasita no vetor. Alongado Flagelo se origina à frente e proximamente ao núcleo e emerge na extremidade anterior do parasito Amastigota: multiplicação intracelular no hospedeiro vertebrado Forma esférica e ovalada Sem mobilidade e sem flagelo MORFOLOGIA - FORMAS EVOLUTIVAS 30/08/2016 24 30/08/2016 25 Tripomastigota de Trypanosoma cruzi. Seta preta - cinetoplasto; vermelha - núcleo; azul - membrana ondulante; verde - flagelo 30/08/2016 26 DOENÇA DE CHAGAS MORFOLOGIA Hospedeiro vertebrado Tripomastigotas Extracelulares, no sangue circulante Amastigotas Intracelulares, nas células do sistema fagocítico mononuclear e células musculares Hospedeiro invertebrado Epimastigotas: intestino Tripomastigotas: reto 30/08/2016 27 Tripomastigota amastigota epimastigota Aguda - Sintomática - Sinais de entrada Sinal de Romaña 30/08/2016 28 Fase crônica (sintomas em 30% dos casos, 70% sem sintomas) Infecção crônica com baixas parasitemias Aumento do coração, dilatação dos ventrículos, e/ou miosite no esôfago, côlon ou intestino delgado - destruição dos gânglios é compensado por aumento da massa muscular levando a megaesôfago, megacôlon (sintomas: inabilidade física, disfagia, constipação, morte) Pacientes em muitos casos estão incapacitados de exercer atividades profissionais DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Fase aguda Critérios parasitológicos: Presença de parasitas circulantes demonstráveis no exame direto do sangue periférico; Critérios sorológicos: Presença de AC anti trypanossoma IgM no soro. Fase crônica Critérios parasitológicos Pouco valor diagnóstico devido a parasitemia Critérios sorológicos Presença de AC IgG detectados com 2 metodos distintos 30/08/2016 29 DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO MÉTODOS DIRETOS Pesquisa do parasito Fase aguda Reativação da doença MÉTODOS INDIRETOS Pesquisa de anticorpos Fase crônica Diagnóstico laboratorial de fase aguda Exame direto a fresco, gota espessa e esfregaço Método de escolha e mais sensível nesta fase Xenodiagnóstico hemocultura Diagnóstico molecular - PCR 30/08/2016 30 Diagnóstico laboratorial de fase aguda Exame direto a fresco,gota espessa Diagnóstico laboratorial de fase aguda XENODIAGNÓSTICO paciente é intencionalmente picado por barbeiros não contaminados quatro semanas depois, seu intestino é examinado em busca de parasitas; http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=xenodiagnostico&source=images&cd=&cad=rja&docid=0BqHErp03kEyPM&tbnid=X414GjG_66b8jM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.facmed.unam.mx/deptos/microbiologia/parasitologia/trypanosomosis.html&ei=HvAlUsrqBZH89gTTtoH4BQ&bvm=bv.51495398,d.cWc&psig=AFQjCNFwnUUFSC6uFymRgMOr5b9ZYNBnTQ&ust=1378304405932564 30/08/2016 31 Diagnóstico laboratorial de fase aguda Diagnóstico laboratorial de fase crônica Testes mais comuns HAI – segundo teste de triagem IFI – utilizado individual (não doadores) ELISA - triagem sorológica (doadores de sg) Utilizar pelo menos um teste de elevada sensibilidade (ELISA ou IFI) Antigamente teste de Machado Guerreiro – hoje em desuso 30/08/2016 32 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL SOROLÓGICO www.cnpgc.embrapa.br www.bvsms.saude.gov.br www.pasteur.fr DOENÇA DE CHAGAS //upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a5/Triatoma_infestans.jpg 30/08/2016 33 MODO DE TRANSMISSÃO Via vetorial: picada do barbeiro – geralmente á noite, penetração através da picada ou ao coçar o local (tripomastigota) Via transfusional Via congênita Atravessa placenta - tripomastigota Via acidental Acidente com material perfuro cortante Ingestão de alimentos contendo barbeiro DOENÇA DE CHAGAS PREVENÇÃO / PROFILAXIA Ainda não há vacina para a prevenção da doença. combate ao vetor, o barbeiro. através da melhoria das moradias rurais a fim de impedir que lhe sirvam de abrigo.(pois este inseto vive nas frestas dascasas de pau-a- pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos e sob pedras 30/08/2016 34 Tratamento FASE INICIAL AGUDA nifurtimox, alopurinol Benzonidazol “Rochagan”(curam completamente ou diminuem a probabilidade de cronicidade em mais de 80% dos casos. FASE CRÔNICA – incurável (danos irreversíveis ao coração e SNC)
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