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Nutrição funcional - hábitos alimentares, agravos à saúde, ferramentas utilizadas na nutrição funcional (sistema ATMS e teias de interconexões metabólicas)

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Nutrição funcional 
Componentes alimentares X doenças 
 
Componentes Risco à saúde Onde estão? 
Gorduras 
hidrogenadas 
Doenças 
cardiovasculares, 
sobrepeso e 
obesidade 
Biscoitos 
recheados, 
chocolates, 
sorvetes, 
margarinas, molhos 
e temperos 
prontos, 
salgadinhos 
industrializados, 
fast-food 
Nitratos e nitritos Cânceres Bacon, presunto, 
salame, linguiças 
defumadas, 
salsichas 
Corantes artificiais 
(Amaranto 
Vermelho de 
Eritrosina, Vermelho 
40, Ponceau 4R, 
Amarelo 
Crepúsculo, 
Amarelo Tartazina, 
Azul de Indigota, 
Azul Brilhante, 
Azorrubina, verde 
Rápido e Azul 
Patente V) 
Alergias, problemas 
respiratórios, 
hiperatividade e 
câncer 
Sucos 
industrializados, 
refrigerantes, 
sorvetes, 
achocolatados, 
gelatinas 
Açúcar Obesidade, 
diabetes, 
hipertrigliceridemia, 
cáries 
Açúcar de adição, 
sobremesas, 
produtos 
ultraprocessados, 
Glutamato 
monossódico 
Dores de cabeça, 
náuseas, sudorese, 
parestesia, câncer 
Sopas prontas, 
temperos 
industrializados, 
macarrões 
instantâneos, 
molhos prontos, 
shoyu 
Conservantes 
alimentares (Ácido 
sórbico e 
derivados, ácido 
benzóico e sais, 
ácido propiônico e 
sais, ácido acético 
e acetatos, ácido 
láctico e seus sais) 
Reações alérgicas, 
hiperatividade e 
câncer 
Alimentos em 
conserva, produtos 
lácteos, doces, 
produtos 
industrializados 
Farinhas refinadas Alterações na 
glicemia e na 
produção de 
insulina (diabetes) 
Pães, biscoitos, 
sobremesas, bolos 
 
Fatores agressivos à saúde 
 
Fatores sociais: 
▪ Informações conflitantes; 
▪ Estresse físico e emocional; 
▪ Sedentarismo; 
▪ Crenças e modismos (dietas da 
moda). 
Fatores ambientais: 
▪ Metais tóxicos; 
▪ Poluição; 
▪ Produtos químicos; 
▪ Distância da natureza. 
Hábitos alimentares X risco para DCNT 
▪ Excesso de gordura saturada e trans; 
▪ Excesso de carboidratos simples; 
▪ Dieta pobre em fibras; 
▪ Dieta pobre em gorduras boas; 
▪ Dietas hipercalóricas; 
▪ Consumo inadequado de água; 
▪ Consumo excessivo de bebida 
alcoólica. 
Hábitos alimentares X risco para DCNT 
▪ Dieta saudável e equilibrada; 
▪ Consumo reduzido de produtos 
ultraprocessados; 
▪ Dieta rica em fibras; 
▪ Dieta rica em gorduras boas; 
▪ Adequada em calorias; 
▪ Consumo adequado de água; 
▪ Evitar o consumo excessivo de bebida 
alcoólica. 
Individualidade bioquímica: é o conjunto 
de fatores genéticos, fisiológicos e 
bioquímicos, individuais, que controlam o 
funcionamento do organismo e as 
necessidades nutricionais das pessoas, 
levando em consideração sua interação 
com fatores ambientais. 
Ferramentas utilizadas na nutrição 
funcional 
 
Sistema – ATMS: 
É um sistema que elenca os 
antecedentes, os gatilhos, os mediadores e 
os sintomas do paciente. 
▪ Antecedentes: é baseado em uma 
análise da história de vida do paciente + 
história familiar. Assim, diante da presença 
de uma patologia, analisa-se os gatilhos 
para o desenvolvimento de doença e 
traça-se estratégias para combatê-los, 
enquanto, na ausência de patologias, 
deverá ser realizado uma prevenção. 
Antecedentes - fatores genéticos: 
É uma pré-disposição genética para o 
desenvolvimento de doença. Faz-se uma 
análise desde a vida intrauterina, porque a 
alimentação materna exerce influência sobre 
a saúde do filho, os maus hábitos 
alimentares durante a gestação 
desencadeiam uma maior predisposição do 
bebê desenvolver DCNT na fase adulta. 
Analisa-se a presença ou ausência da 
amamentação, se o parto foi normal ou 
cesariana. 
Antecedentes – hipersensibilidade 
alimentar: 
Analisa alguma alergia (processo 
inflamatório em resposta a algum antígeno 
do alimento) ou intolerância alimentar 
(disfunção relacionada a digestão e 
absorção de algum nutriente). A 
hipersensibilidade alimentar gera desordens 
orgânicas: respiratórias, cardiovasculares, 
cutâneas, mentais e emocionais, músculo 
esquelético. 
Antecedentes – hábitos alimentares: 
Dietas ricas em açúcares, em gorduras 
saturadas e trans, com desequilíbrio de 
ômega 3 e 6, pobre em frutas, desencadeia 
quadros inflamatórias, danos oxidativos, 
acúmulo de gordura, gerando problemas 
como o desenvolvimento de dores, 
resistência a insulina, câncer, DCV, doenças 
neurodegenerativas e diversas DCNT, já 
dietas ricas em frutas e verduras, água, 
ácidos graxos poliinsaturados, fitoquimicos, 
pobres em gorduras trans e saturada e em 
açúcares simples, fazem o organismo entrar 
em quadros de homeostase orgânica, 
gerando mais disposição e melhorando a 
qualidade de vida, evitando o 
desenvolvimento de DCNT, otimizando saúde 
e favorecendo a qualidade de vida. 
▪ Gatilhos: são os eventos que irão 
desencadear ações deletérias ao 
organismo, pode ser a presença de vírus, 
estresse, radiação, trauma, parasitas). 
▪ Mediadores: são componentes que 
são ativados pelo gatilho e gera alterações 
no organismo (sintomas, destruição tecidual 
e mudança comportamental). 
Mediadores bioquímicos Hormônios, neurotransmissores, 
neuropeptídios citocinas, radicais 
livres e fatores de transcrição 
Mediadores subatômicos Íons e elétrons 
Mediadores cognitivos e 
emocionais 
Medo, ansiedade, baixa 
autoestima, mágoas 
Mediadores sociais e 
culturais 
Relações interpessoais, profissionais 
e familiares 
▪ Sintomas: são as consequências da 
ativação de gatilhos e mediadores – DCNT, 
dores, excesso ou falta de apetite, 
inflamação, doenças neurodegenerativas, 
irritabilidade e estresse). 
Teia de interconexões metabólicas: 
 
▪ O centro da teia: modificações 
nesses três pontos podem refletir em 
alterações em todos os outros sistemas 
orgânicos; 
▪ Assimilação: compreende o 
funcionamento do trato digestório desde o 
início da digestão até a formação e 
eliminação das fezes; 
▪ Defesa e reparo: o sistema 
imunológico é alvo de fatores exógenos e 
endógenos que, desde a vida intrauterina, 
podem comprometer o estado de saúde do 
indivíduo, podendo propiciar o surgimento 
de doenças autoimunes e desequilíbrios 
funcionais que levam a um estado de 
hiperinflamação – DCNT; 
▪ Energia: consumo energético e 
função mitocondrial. Diversos fatores podem 
provocar o aumento na produção das 
espécies reativas de oxigênio (estresse 
emocional, alta ingestão de AGT, alto 
consumo de bebidas alcoólicas, exercícios 
físicos extenuantes, medicamentos, 
contaminação por metais tóxicos, exposição 
e poluentes e toxinas ambientais); 
▪ Biotransformações: compreende o 
processo de destoxicação hepática, 
considerando a exposição a diferentes 
fontes de xenobióticos e compostos tóxicos 
(poluentes, toxinas ambientais, metais 
tóxicos, medicamentos e substâncias 
químicas presentes em alimentos como 
aditivos e corantes); 
▪ Transporte: investiga a saúde do 
sistema cardiovascular e linfático, uma vez 
que para que os nutrientes, hormônios e 
neurotransmissores alcancem suas células 
alvo, um sistema de transporte eficiente e 
necessário; 
▪ Comunicação: todas as reações 
bioquímicas endógenas são coordenadas 
pela ação de neurotransmissores, que 
precisam estar em perfeito equilíbrio para 
manutenção da homeostase orgânica. 
Prática da nutrição funcional 
▪ Preenchimento da teia metabólica; 
▪ Inicialmente eleger três sistemas em 
maior desequilíbrio para iniciar o tratamento 
nutricional; 
▪ Acompanhar a evolução; 
▪ Conduta deve bloquear gatilhos e 
modular mediadores.

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