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FILO NEMERTEA -

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FILO NEMERTEA
Origem do Nome
Nemertea (Do grego Nemertes, uma ninfa marinha) também designado Nemertina, Nemertinea, Nemertini, ou ainda Rhynchocoela (do grego rhynchos, Focinho + koilos, Cavidade), referente a probóscide. É um filo que contém animais invertebrados vermiformes de corpo não-segmentado. 
Histórico dos primeiros registros
Em 1555, Olaus Magnus escreveu sobre um verme marinho que tinha aparentemente 17,76 metros de comprimento, mais ou menos a largura do braço de uma criança, e cujo toque fazia uma mão inchar.
William Borlase escreveu em 1758 sobre um "verme longo do mar" e em 1770 Gunnerus escreveu uma descrição formal desse animal, que chamou de Ascaris longissima. Seu nome atual, Lineus longissimus, foi usado pela primeira vez em 1806 por Sowerby. Em 1995, um total de 1.149 espécies foram descritas e agrupadas em 250 gêneros.
Habitat e Relações Ecológicas
São animais tipicamente aquáticos, havendo alguns poucos terrestres vivendo em locais úmidos. São tipicamente bentônicos, vivendo embaixo de rochas ou conchas ou em buracos revestidos por um muco produzido por eles. 
São tipicamente de vida livre, com algumas espécies parasitárias. Algumas espécies são comensais, principalmente as de crustáceos e moluscos. Algumas espécies ainda vivem como ectossimbiontes em caranguejos, na cavidade do manto de moluscos ou no átrio de tunicados.
Características Gerais
 Foram descritas cerca de 1149 espécies no mundo e 43 espécies no Brasil.
· Triblásticos, bilaterais com sistema nervoso, protonefrídios e estruturas sensoriais bem parecidas com os dos platelmintos. Mas possuem um tubo digestivo completo, com ânus, sistema circulatório fechado e uma cavidade interna diferente, a rincocele, que guarda a probóscide eversível. Eles usam esta estrutura para a captura de presas quando a everte de dentro da boca com forças musculares e hidrostáticas. Com parênquima em adultos parcialmente gelatinoso, epiderme ciliada e com células glandulares. 
A quantidade de características derivadas, como o sistema circulatório fechado, a musculatura em várias camadas e a rincocele faz alguns pesquisadores acreditarem que este filo seja celomado. Por outro lado eles têm caracteres semelhantes a platelmintos. A única certeza é que este filo é mais uma demonstração da espetacular diversificação e história evolutiva dos animais, especialmente dos invertebrados. 
A maioria dos nemerteans é carnívora, alimentando-se de anelídeos, mariscos e crustáceos. Algumas espécies são necrófagas, e algumas espécies vivem comensalmente dentro da cavidade do manto de moluscos.
 A sinapomorfia desse grupo é a presença de probóscide eversível, estrutura de defesa utilizada na captura de presas, alojada em uma cavidade chamada de rincocele, semelhante à cavidade celomática de outros indivíduos.
Esse filo é composto por animais que tem um corpo semelhante ao de vermes, porém, um corpo mais comprido, alongado e espesso. Podem medir desde alguns milímetros até mais de 1m de comprimento. A maioria dos indivíduos são pálidos, mas existem alguns marinhos com cores brilhantes (amarelo, vermelho, laranja), daí serem chamados também de rainbow worms (vermes arco-íris).
Taxonomia
Domínio: Eukaryota
Reino:	 Animalia
Sub-reino: Eumetazoa
Superfilo: Lophotrochozoa
Filo: Nemertea
O filo é subdividido em duas classes:
Classe Anopla: Possui probóscide sem estiletes e sua boca abre-se embaixo do encéfalo ou posteriormente a ele. Exemplos: Cerebratulus, Tubulanus, Lineus. Tal classe é controversa, já que alguns autores consideram tal grupo como sendo parafilético.: Ordem Palaeonemertea e ordem Heteronemertea.
Classe Enopla: Possui probóscide armada com estiletes(exceto a ordem Bdellonemertea). A boca abre-se em frente ao encéfalo. Exemplos: Amphiporus, Prostoma. 
 Ordem Hoplonemertea. 
Subordem Monostilifera. 
Subordem Polystilifera.
Ordem Bdellonemertea. 
Organização corporal
Tecidos e musculatura
A parede corporal é formada por três camadas: epiderme, tecido conjuntivo e musculatura espessa. A epiderme é ciliada e não apresenta cutícula, apoiada sob uma lâmina basal subjacente que está ligada ao tecido conjuntivo e esse ao tecido conjuntivo geral do corpo. Abaixo da epiderme encontra-se a derme, que varia em espessura e composição. Após o tecido conjuntivo encontra-se a musculatura lisa circular e longitudinal, entretanto, o arranjo das camadas podem variar até certo grau ao longo do comprimento do corpo. Pois na parte interna das camadas musculares há um denso e sólido mesênquima, havendo alguns que apresentam, músculos dorsoventrais e radiais e as camadas musculares tão grossas que quase eliminam sua massa interna.
O intestino, o estômago e o intestino correm um pouco abaixo da linha média do corpo, o ânus fica na ponta da cauda e a boca fica embaixo. Um pouco acima do intestino está orhynchocoel, uma cavidade que se estende principalmente acima da linha média e termina um pouco antes da parte traseira do corpo. Todas as espécies têm uma tromba que fica no rincocele quando inativa, mas se revolve (do avesso) para emergir logo acima da boca e capturar a presa do animal com o veneno. Um músculo altamente extensível na parte de trás do rincocele puxa a tromba para dentro quando o ataque termina. Algumas espécies com corpos atarracados filtram a alimentação e têm ventosas nas extremidades frontal e posterior, com as quais se prendem a um hospedeiro.
 Locomoção
Todos os nemerteans se movem lentamente, usando seus cílios externos para deslizar em superfícies em uma trilha de limo, enquanto espécies maiores usam ondas musculares para rastejar, e alguns nadam por ondulações dorso-ventrais. 
Sistema nervoso
O cérebro é um anel de quatro gânglios, posicionado em torno do rincocele próximo à sua extremidade frontal. Pelo menos um par de cordões nervosos ventrais se conecta ao cérebro e percorre toda a extensão do corpo. A maioria dos nemerteans tem vários quimiorreceptores e, em suas cabeças, algumas espécies têm vários ocelos em forma de copo de pigmento. Esses ocelos podem detectar luz, mas não podem formar uma imagem.
Respiração, circulação e excreção 
Nemerteans respiram pela pele. Eles têm pelo menos dois vasos laterais que se unem nas extremidades para formar uma alça, e estes e a rincocele são preenchidos com fluido. Não há coração, e o fluxo do fluido depende da contração dos músculos dos vasos e da parede corporal. Para filtrar produtos residuais solúveis, células de chama são embutidas na parte frontal dos dois vasos laterais de fluido, e removem os resíduos através de uma rede de tubos para o exterior.
Sistema Reprodutivo e Reprodução 
Espécies maiores frequentemente se fragmentam quando estimuladas, e os fragmentos se transformam em indivíduos completos. Algumas espécies fragmentam-se rotineiramente e até mesmo partes perto da cauda podem crescer corpos inteiros. Todos se reproduzem sexualmente, e a maioria das espécies são gonocóricas (os sexos são separados), mas todas as formas de água doce são hermafroditas.
Nemerteans costumam ter várias gônadas temporárias (ovários ou testículos), formando uma fileira de cada lado do corpo no mesênquima. Gonodutos temporários (dutos dos quais os óvulos ou espermatozóides são emitidos), um por gônada, são formados quando os óvulos e os espermatozoides estão prontos. Os ovos geralmente são fertilizados externamente. Algumas espécies os derramam na água, outras os colocam em uma toca ou tubo e alguns os protegem com casulos ou fios gelatinosos. Alguns batipelágicos (mar profundo) têm fecundação interna, e algumas destas são vivíparas, crescendo seus embriões no corpo da fêmea. 
O zigoto (ovo fertilizado) se divide por clivagem em espiral e cresce por desenvolvimento determinado, no qual o destino de uma célula pode geralmente ser previsto a partir de seus predecessores no processo de divisão. Os embriões da maioria dos taxa se desenvolvem diretamente para formar juvenis (como o adulto, mas menores) ou para formar larvas planuliformes, em que o eixo longo da larva é o mesmo do juvenil. O estágio de larva planuliformepode ser de curta duração e lecitotrófico ("gema") antes de se tornar um jovem, ou pode serplanctotrófico, nadando por algum tempo e comendo presas maiores do que partículas microscópicas. No entanto, muitos membros da ordem Heteronemertea e o palaeonemertean família Hubrechtidae formar um pilidium larva, que pode capturar algas e que descreve como Maslakova como um deerstalker tampão com as abas de orelha puxado para baixo. Tem um intestino que se estende ao longo do corpo, uma boca entre as "orelhas", mas não tem ânus. Um pequeno número de discos imaginais se forma, circundando o arquêntero e coalescer para formar o juvenil. Quando está totalmente formado, o juvenil sai do corpo da larva e geralmente o come durante essa metamorfose catastrófica. Este estágio larval é o único que não há genes Hox envolvidos durante o desenvolvimento, que são encontrados apenas nos juvenis que se desenvolvem dentro das larvas.
Curiosidades e Importância Ecológica 
Alguns trabalhos na área ecológica têm sido realizados e indicam, por exemplo, que estes animais acumulam metais pesados. A distribuição e a abundância relativa dos nemertinos fazem com que sejam organismos ideais para investigações sobre poluição no ecossistema marinho. 
Os poucos predadores em nemerteans incluem peixes que se alimentam de fundo, algumas aves marinhas, alguns invertebrados, incluindo caranguejos-ferradura e outros nemerteans. As peles dos nemerteans secretam toxinas que detêm muitos predadores, mas alguns caranguejos podem limpar os nemerteans com uma garra antes de comê-los. O americano Cerebratulus lacteus e o sul-africano Polybrachiorhynchus dayi, ambos chamados de "tênias" em suas respectivas localidades, são vendidos como iscas para peixes. Algumas espécies devastaram a pesca comercial de mariscos e caranguejos. 
Referências: 
https://en.wikipedia.org/wiki/Nemertea
https://www.passeidireto.com/arquivo/18872052/invertebrados-1 (consulta ao caderno virtual de Ciências Biológicas 2- Editora Universitária UFPB Universidade Federal da Paraíba)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nemertea
https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/nemertina
http://blogcienciasbio.blogspot.com/2011/12/filo-nemertea.html

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