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Slides Fisiologia - Sistema nervoso

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Fisiologia do sistema nervoso
1
Sumário
1. Sistema de controle nervoso
2. Estrutura dos Neurônios
3. Nervo
4. Pulso elétrico
a. Potencial de membrana
b. Potencial de ação
5. Sinapses
a. Neurotransmissores
6. Organização do sistema nervoso humano
a. Divisões anatômicas
7. Proteção do sistema nervoso
2
Aqui você pode observar todos os conteúdos 
abordados nesse slide, além das referências que 
utilizamos e nossas recomendações de leitura.
Bons estudos!
1. Sistema de controle nervoso
Nesse slide estudaremos o Sistema Nervoso e o 
jeito como ele controla nosso corpo, seus 
componentes e seu funcionamento.
Esse sistema atua em conjunto com o sistema 
endócrino, sendo:
Nervoso: Ação imediata
Endócrino: Ação a longo prazo
3
2. Estrutura dos Neurônios
Núcleo: Armazena DNA e transmite impulso nervoso vindo dos 
dendritos para o axônio.
Corpo celular: Sintetiza moléculas essenciais para a manutenção 
do neurônio.
Bainha de Mielina: Funciona como isolante elétrico e faz com que 
haja maior velocidade de condução dos impulsos nervosos, 
fazendo com que os impulsos saltem de um nodo de Ranvier a 
outro.
Dendritos: São ramificações do corpo celular que captam 
estímulos nervosos que irão ser passados de um neurônio a outro.
Nodo de Ranvier: Propiciam a propagação do impulso nervoso.
Axônio: Transmite o potencial de ação do corpo celular para o 
terminal do axônio.
Terminal do Axônio: Armazena vesículas com 
neurotransmissores.
4
2. Neurônios Mielínicos e Amielínicos
A bainha de mielina é uma estrutura de constituição lipoprotéica 
(lipídios e proteínas). No SNC, a bainha é formada por 
oligodendrócitos. Já no SNP, é formada pelas células de Schwann 
ou bainha de Schwann.
Os neurônios que possuem essa estrutura são chamados de 
neurônios mielínicos e conduzem impulsos nervosos em forma 
de saltos com maior velocidade.
Já os neurônios que não possuem a formação dessa estrutura são 
chamados de neurônios amielínicos e conduzem os impulsos de 
forma contínua e com menor velocidade.
5
6
A Esclerose Múltipla é uma 
doença que causa a destruição da 
bainha de mielina. O organismo 
cria anticorpos contra a bainha de 
mielina e passa a não reconhecê-la, 
comprometendo as funções do 
Sistema Nervoso Central. Desta 
forma, começam a surgir 
alterações na visão, na 
sensibilidade do corpo, no 
equilíbrio, na força muscular dos 
membros e na mobilidade ou 
locomoção.
2. Células da Glia
7
As células da glia são células auxiliares que atuam dando suporte ao 
funcionamento do SN. Classificam-se em:
Astrócitos: Têm formato estrelado e participa da sustentação, transferência de 
substâncias do fluido sanguíneo para os neurônios. Se dividem em:
Astrócitos Protoplasmáticos (possuem prolongamentos curtos e espessos) e
Astrócitos Fibrosos (possuem prolongamentos menos numerosos e mais longos).
Oligodendrócitos (Células de Schwann): Produzem a bainha de mielina em 
neurônios do SN.
Células Ependimárias: Garante a movimentação do líquido cefalorraquidiano.
Micróglia: São menores células da glia e atuam nos processos inflamatórios 
reparando o SN, também atuam na fagocitose de substâncias nocivas..
 OBSERVAÇÃO
Para cada neurônio há cerca de 10 células da glia.
3. Nervo
O nervo é uma estrutura que parte da medula espinal e liga um ponto a outro do 
corpo. Seu interior é rico em neurônios e possui capilares sanguíneos para realizar 
troca de materiais entre as células nervosas e o fluido sanguíneo.
Na imagem ao lado vemos a disposição de alguns nervos em um pé.
8
4. Pulso elétrico
A comunicação feita entre as células, musculares e nervosas, do corpo são feitos através de sinais 
elétricos. Estes sinais permitem a célula fazer transportes de íons e assim realizar e perceber diversas 
funções, como contração muscular ou a percepção sensorial da pele. Nosso corpo é como uma grande 
caixa cheia de fios elétricos que transmitem informações de um canto a outro.
Para entender como esse mecanismo de transmissão de ações e informações ocorre pelo corpo, devemos 
primeiro entender como são e como ocorrem essas passagens elétricas. Vamos conhecer nos slides 
seguintes o potencial de membrana e o potencial de ação.
9
4.1 Potencial de membrana
Sabemos que a membrana plasmática das células é feita principalmente de lipídios e ela separa dois 
meios, o intracelular e o extracelular. Essa barreira lipídica funciona como a capa protetora de um fio, 
separando o meio interno do meio externo. Vimos também que existem concentrações iônicas diferentes 
entre a parte interna e a parte externa da célula.[LINK] Resumindo: Sabemos que a membrana 
plasmática, formada de lipídios, separa fisicamente e eletricamente o meio interno e o meio externo, e 
que sua concentração de íons permite que haja eletricidade.
Se há íons diferentes e isolados dentro e fora da membrana plasmática, então há diferentes voltagens 
para cada um dos meios. Isso é o potencial de membrana, a diferença de voltagem entre o meio interno e 
externo da célula, devido a diferente concentração de íons nos meios.
10
4.1.1 Diferença de potencial elétrico (DDP)
Há um conceito ensinado nas aulas de física do ensino médio chamado de diferença de potencial elétrico. 
Abaixo temos dois conceitos fantásticos e complementares sobre o assunto.
 
11
A diferença de potencial elétrico, ΔV, entre um 
ponto inicial e outro final Vf -Vi, pode ser 
expressas em termos da energia potencial 
elétrica de cada ponto: 
(BAUSER; WESTFALL; DIAS. 2012. p.72).
O potencial elétrico, também chamado de voltagem, 
reflete a força exercida sobre uma partícula carregada, 
assim como a diferença de carga entre o ânodo e o 
cátodo. Quanto maior for essa diferença, mais corrente 
fluirá. A voltagem é representada pelo símbolo V e é 
medida em unidades chamadas de volts. Como 
exemplo, a diferença de potencial elétrico entre os 
terminais de uma bateria de carro é de 12 volts, isto é, o 
potencial elétrico em um terminal é 12 volts mais 
positivo do que no outro. (BEAR; CONNORS; 
PARADISO. 2017. p.65). 
Podemos perceber que o 
potencial de membrana 
trata-se de uma DDP, ou seja, 
diferença de voltagem entre o 
meio interno e externo da 
célula.
4.1.2 Sinais elétricos internos e externos
12
Observamos no slide anterior que 
existe uma diferença de voltagem 
entre o meio interno e o externo.
Inicialmente essa diferença é 
negativa no interior da célula e 
positiva no lado externo, 
caracterizando o potencial de 
membrana em repouso.
A positividade no lado externo se 
deve a uma alta concentração de 
íons de sódio e de vários outros.
Meio 
extracelular
Meio 
intracelular
Lembre-se de que a positividade ou 
negatividade depende da relação entre eles, ou 
seja, um é mais positivo do que o outro.
4.1.3 Testes realizados e fatores de influência
A diferença de potencial elétrico presente no potencial de membrana é o resultado direto de 4 fatores, 
são: o gradiente de concentração dos íons sódio, potássio e cloreto; o grau de permeabilidade da 
membrana; a velocidade com que os íons atravessam a membrana e; o funcionamento da bomba 
sódio-potássio (ZANELA, 2015).
13
O teste realizado para a identificação da diferença de potencial elétrico 
da membrana foi apresentada no livro de Guyton e Hall (ano). Lá é 
mostrado o procedimento de realização do teste, apresentado na 
imagem ao lado.
Um eletrodo é inserido no interior da célula, enquanto outro 
permanece no meio extracelular. Ambos são conectados ao voltímetro, 
que apresenta uma eletronegatividade no interior da célula.
4.2 Potencial de ação
O potencial de ação é a transmissão da voltagem de célula para célula, a partir da troca de sinais entre o 
meio interno e o meio externo. Resumindo, os sinais elétricos vistos no último slide são trocados, o meio 
interno fica eletropositivo e o meio externo fica eletronegativo.
14
Mas todo o meio extracelular fica negativo?
Não. Na verdade, não ocorre 
mudança alguma com o meio 
extracelular,apenas a célula que 
fica mais positiva. Só há mudança 
no interior da célula!
15
É como o exemplo da bateria de carro citado 
por Bear, Connors e Paradiso (slide 13), a 
diferença de 12V caracteriza a diferença de 
potencial elétrico, ou seja, a energia sai de 
onde está mais concentrada [lado positivo] e 
vai para onde está menos concentrada [lado 
negativo].
Na célula há uma entrada de íons positivos, 
não alterando o meio externo, que é muito 
vasto. Com essa entrada de íons, a célula 
se torna mais positiva e vai aproximando 
essa diferença de potencial elétrico, até que 
em um momento a célula está mais positiva 
do que o meio.
Percebe que a relação é sempre entre o 
meio externo e o interno? Pois bem, se está 
mais positivo, então, está mais positivo do 
que o outro meio. Simples, não é?
16
4.2.1 O estímulo
Agora que entendemos o que ocorre com os meios, vamos 
ver como o potencial de ação é iniciado. Exemplo clássico [e 
clichê] do toque em uma panela quente que promove o ato 
reflexo de retirada da mão. 
Ocorre o estímulo térmico dos neurônios sensitivos que 
irão permitir a entrada de íons em seus meios 
intracelulares. Com a célula positiva, o sinal elétrico 
elétrico é passado de um neurônio a outro até chegar a 
medula espinhal. Lá ocorre o estímulo de um ato motor, 
através de potenciais de ação, iguais aos usados para a 
sensibilidade, para mover a musculatura e retirar a mão.
4.2.2 Potencial de ação, em gráfico
Sabemos que o teste para determinar a eletronegatividade da célula 
foi realizado com eletrodos em seu interior. Se os mesmos eletrodos 
ficassem conectados na célula durante o potencial de ação e os 
resultados fossem passados para um gráfico, essa seria a imagem 
que veriamos.
Inicialmente a célula se encontra em repouso, por tanto 
eletronegativa. Mas, com um estímulo, a voltagem ultrapassa o 
potencial limiar, fazendo a abertura dos canais de sódio. Ocorre a 
despolarização, entram vários íons sódio e a célula fica mais 
positiva, até que os canais de sódio se fecham. Os canais de potássio 
são abertos e inicia-se o processo de repolarização com ativação da 
bomba sódio-potássio. 17
(p21 (22) ZANELA. 2015)
4.2.2 Potencial de ação, em gráfico
18
Vamos ver cada parte do gráfico sendo 
representada em imagem.
4.2.2.1 Potencial de membrana
Potencial de repouso é o estado natural (homeostase) entre a célula e o 
meio. Nele não há ação alguma, por parte da célula, nem passagem de 
íons ou fluidos.
A célula se encontra eletronegativa em relação ao meio.
O potencial de membrana ou potencial de repouso das células é definido 
como a diferença de cargas elétricas entre o meio interno e o externo. Ou 
seja, se medirmos as cargas no meio intra e extracelular, veremos que há 
uma diferença de potencial de aproximadamente -60 mV no caso de uma 
célula muscular lisa e de aproximadamente -90 mV no caso de uma célula 
muscular esquelética ou de uma célula nervosa. Assim sendo a carga 
dentro destas células é cerca de 90 milivolts mais negativo do que a do 
líquido extracelular (OLIVEIRA, 2014). 19
Meio 
extracelular
Meio 
intracelular
4.2.2.2 Estímulo e potencial limiar
Nesse ponto, a célula ainda permanece eletronegativa 
em relação ao meio. Entretanto, há entrada de alguns 
íons sódio devido a algum estímulo.
Quando essa quantidade de íons de sódio consegue 
deixar a célula com a voltagem adequada para atingir o 
potencial limiar, o potencial de ação acontece.
20
Meio 
extracelular
Meio 
intracelular
4.2.2.3 Potencial de ação: 
despolarização
O potencial de ação é constituído de duas fases: a 
despolarização e a repolarização.
Na despolarização, as polaridades elétricas são 
invertidas, ou seja, a célula que era eletronegativa em 
relação ao meio, passa a ser eletropositiva. Isso ocorre 
devido a grande entrada de íons sódio (Na+) na célula.
Apenas no ponto de voltagem 0 é que não existe 
potencial de membrana, já que não existe diferença 
elétrica entre os dois meios.
21
Meio 
extracelular
Meio 
intracelular
4.2.2.4 Potencial de ação: 
repolarização
A segunda fase do potencial de ação é a repolarização, 
que é a volta da polaridade original da célula. Se não 
ocorresse a repolarização a célula não encerraria o 
estímulo. 
Esta fase ocorre após o ponto de ultrapassagem (cume 
do gráfico) onde ocorre fechamento dos canais de Na+.
Nessa fase, ocorre a saída dos íons de potássio (K+) e a 
ativação da bomba sódio-potássio, que traz o potássio 
de fora para dentro da célula e leva o sódio de dentro 
para fora.
22
Meio 
extracelular
Meio 
intracelular
4.2.2.5 Hiperpolarização
Nesse estágio, a manutenção da abertura dos canais de 
potássio e a saída do íon para o meio extracelular pode 
causar a hiperpolarização (podendo chegar até -90 mV), 
sendo corrigida a voltagem com o fechamento dos 
canais de potássio.
Durante a hiperpolarização, a célula fica mais 
eletronegativa que o seu potencial de repouso.
Após a hiperpolarização, a célula volta ao seu potencial 
de repouso, restabelecendo a homeostase.
23
Meio 
extracelular
Meio 
intracelular
4.2.3 Período refratário
Período refratário absoluto ocorre durante o 
potencial de ação. Não permite que outro 
potencial de ação aconteça, por mais forte que 
seja o estímulo. Evita a sobreposição de potenciais 
de ação.
24
Período refratário relativo ocorre após o 
potencial de ação, quando acontece a 
hiperpolarização da célula. Permite que outro 
potencial de ação aconteça, desde que este seja 
mais forte que o anterior.
Podemos classificar o período refratário em absoluto e relativo.
5. Sinapses
No sistema nervoso central e no periférico os neurônios são 
postos em sequências. Entre eles existe um espaço minúsculo 
chamado sinapse. 
É nesse espaço que são liberados os neurotransmissores que 
vão permitir que o potencial de ação se propague para outro 
neurônio ou tecido.
As sinapses podem ser químicas, como é o caso dos neurônios 
que liberam proteínas chamadas de neurotransmissores, ou 
elétricas que funcionam através da ligação direta entre as 
membranas, caso da junção GAP. 
25
5.1 Liberação de neurotransmissores
Na figura ao lado podemos observar como funciona a liberação de 
neurotransmissores na fenda sináptica. Essa liberação ocorre no 
terminal do axônio, onde são armazenados os neurotransmissores 
em vesículas para serem liberados quando há necessidade.
Quando um potencial de ação chega ao terminal, os canais de cálcio 
são abertos e as vesículas estimuladas a sofrerem exocitose. 
Quando a membrana da vesícula se funde à membrana celular, os 
neurotransmissores são liberados para se conectarem com os 
receptores pós-sinápticos..
26
5.1.1 Síntese e liberação da 
Acetilcolina
1. Inicialmente, a Colina (precursor da Acetilcolina) entra 
juntamente com o sódio por co-transporte.
2. Dentro do neurônio a Colina se junta com as enzimas Acetil 
Coenzima A e Colina Acetiltransferase transformando-se em 
Acetilcolina.
3. A Acetilcolina é armazenada em vesículas pelo processo de 
contra-transporte com o íon H+.
4. Logo após há a entrada de Cálcio através dos canais de cálcio, 
permitindo a liberação das vesículas na fenda sináptica.
5. A Acetilcolina se liga aos seus respectivos receptores.
6. A enzima Acetilcolinesterase degrada a Acetilcolina em 
Acetato e Colina. O Acetato será eliminado e a Colina será 
reaproveitada repetindo todo o ciclo.
27
5.1.2 Síntese e liberação da 
Norepinefrina
1. Inicialmente, a Tirosina (precursor da Norepinefrina) entra 
juntamente com o sódio por co-transporte.
2. A Tirosina é convertida em L-DOPA pela enzima Tirosina-hidroxilase.
3. A enzima descarboxilase de L-aminoácidos aromáticos converte 
L-DOPA em Dopamina.
4. A Dopamina entra nas vesículas pelo processo de contra-transporte 
com o íon H+.
5. A enzima Dopamina B-hidroxilase converte Dopamina em 
Norepinefrina.
6. Logo após há a entrada de Cálcio através dos canais de cálcio, 
permitindo a liberação das vesículas na fendasináptica.
7. A Norepinefrina se liga aos seus respectivos receptores
8. Por fim, a Norepinefrina pode ser captada pelas terminações 
pré-sinápticas ou degradada pela DOPGAL. 
28
6. Organização do sistema nervoso humano
O sistema nervoso atua no controle do corpo a 
partir de funções como percepção sensorial, 
processamento de informações e 
comportamento (ZANELA, 2015). 
O SNC é responsável, principalmente, pelo 
processamento da informação e elaboração da 
resposta. Enquanto que o SNP está geralmente 
relacionado com movimentos e receptação de 
estímulos.
29
6.1 Sistema nervoso central e periférico
É formado por todos os nervos que seguem o seu 
percurso entre o sistema nervoso central e os 
locais somáticos e viscerais.
Funcionalmente é dividido em: sistema nervoso 
autônomo (involuntário) e sistema nervoso 
sensitivo e somático.
Sistema Nervoso Central
É formado pelo encéfalo e pela medula espinhal.
Transmite e processa sinais recebidos do sistema 
nervoso periférico, gerando respostas que são 
formuladas e retransmitidas para a periferia.
É responsável por funções como percepção, estado 
de vigília, linguagem e consciência.
Sistema Nervoso Periférico
30
6.2 Sistema Nervoso Autônomo
Emite as respostas involuntárias do músculo liso e do tecido glandular como a piloereção e a salivação.
O sistema nervoso simpático é responsável pelas respostas de “luta ou fuga”.
O sistema nervoso parassimpático é responsável pelas respostas de “repouso e digestão”.
As fibras nervosas autônomas interagem com seus órgãos-alvo através de uma via de dois neurônios. Sendo 
assim, o primeiro neurônio origina-se no tronco encefálico ou na medula espinal e é denominado neurônio 
pré-ganglionar. O segundo neurônio, localizado após o gânglio é denominado neurônio pós-ganglionar e inerva o 
órgão-alvo. 
OBSERVAÇÃO
O sistema nervoso simpático é também conhecido como sistema toracolombar, visto que, suas 
fibras pré-ganglionares originam-se nos segmentos torácicos e lombares da medula espinal. Já o 
parassimpático é conhecido como sistema craniossacral, visto que, suas fibras pré-ganglionares 
originam-se no tronco encefálico ou nos segmentos sacrais da medula espinal. 31
6.2.1 Simpático vs Parassimpático
Simpático
“Luta ou fuga”
Aumento do fluxo 
sanguíneo para a 
musculatura esquelética. 
Ativado, por exemplo, 
durante a prática de 
exercícios
Parassimpático
“Repouso ou digestão”
Aumenta o fluxo 
sanguíneo para o intestino 
e reduz a frequência 
cardíaca. Ativado, por 
exemplo, durante a 
digestão.
32
Algumas características merecem destaque, como a frase associada a cada um dos sistemas.
6.3 Sistema Nervoso Sensitivo e Somático
Transporta sinais sensitivos da periferia para o sistema nervoso central e sinais motores do sistema 
nervoso central para o músculo estriado, regulando o movimento voluntário.
As fibras do sistema nervoso somático inervam diretamente seus alvos, ou seja, os músculos estriados.
Esses neurônios possuem uma via única e originam-se nos cornos ventrais da medula espinhal e saem 
através das raízes ventrais.
OBSERVAÇÃO
Os músculos são inervados numa distribuição miotomal, ou seja, os 
neurônios que se originam em um determinado nível da medula espinhal 
inervam músculos específicos.
33
6.4 Vista anatômica do sistema nervoso central
Nos slides seguintes serão abordadas as características 
anatômicas do SNC e do SNP.
Na imagem ao lado pode-se perceber que o SNC é composto 
apenas por encéfalo e medula espinal. Tal sistema encontra-se na 
parte medial do corpo e é o principal responsável por receber e 
interpretar estímulos, além de elaborar respostas, sejam 
voluntárias ou involuntárias.
34
6.4.1 Encéfalo
O encéfalo é o órgão que é subdividido em cérebro (também chamado de 
telencéfalo), diencéfalo, cerebelo e tronco encefálico. Composto por 4 
lobos (frontal, parietal, temporal e occipital) realiza as funções de 
controle motor e interpretação de informações e sentidos.
35
“O encéfalo é, provavelmente, o mais fascinante órgão do corpo. Possui uma 
estrutura tridimensional complexa e realiza uma série desconcertante de 
funções. Frequentemente, o encéfalo é considerado como um computador 
orgânico, com seus núcleos e neurônios individuais comparados a “chips” e 
“conexões”. Assim como o encéfalo, um computador recebe a entrada de uma 
enorme quantidade de informação; arquiva e processa essa informação, e 
comanda a saída de respostas apropriadas” (MARTINI; TIMMONS; 
TALLITSCH, 2009. p.387)
6.4.1.1 Corte sagital do encéfalo
Em um corte sagital (ântero-posterior) é possível ver as estruturas que 
compõe o interior do encéfalo, como o giro do cíngulo e o corpo caloso.
Giro do cíngulo é uma estrutura que está relacionada com o sistema 
límbico humano. Estrutura que, em associação com outras, é responsável 
pelas emoções, comportamento social, controle autônomo, percepção de 
dor e memória (GOLAN et al. 2009. p.87). 
Corpo caloso é a estrutura que conecta os dois hemisférios cerebrais, 
composta de uma infinidade de neurônios mielinizados para a rápida 
transmissão de informações.
36
6.4.1.2 Núcleos de base
Os núcleos de base são compostos pelo putâmen, núcleo caudado e globo 
pálido. As setas indicam a orientação dos neurônios. O núcleo de base é 
responsável por passar os comandos motores do encéfalo para a medula 
espinal. 
Basicamente, o núcleo de base “filtra” os movimentos, permitindo que 
movimentos voluntários aconteçam e movimentos irrelevantes são 
inibidos.
37
CURIOSIDADE
Quem sofre da doença de Parkinson possui uma degeneração na região dos núcleos de base. Movimentos voluntários são 
preservados, entretanto os irrelevantes não são impedidos, caracterizando os tremores nas mãos ou a postura curva.
6.4.1.3 Cerebelo
O cerebelo é responsável pelo movimento voluntário no espaço e no 
tempo, equilíbrio, movimentos oculares, aprendizagem motora, controle 
temporal de atividades repetitivas e linguagem.
O álcool é tóxico para o cerebelo. Afeta o Verme do cerebelo, região 
responsável pelo equilíbrio (GOLAN et al. 2009 p.87).
38
6.4.1.4 Diencéfalo
É composto pelo tálamo e pelo hipotálamo. 
Ambos apresentam funções distintas.
Enquanto o tálamo é um “filtro” de 
estímulos sensoriais, interpretados e 
encaminhados para o córtex cerebral 
(percepção consciente), o hipotálamo realiza o 
controle do sistema nervoso autônomo, da 
hipófise e comportamentos essenciais, como 
a fome e a termorregulação.
39
6.4.1.5 Tronco encefálico
O tronco encefálico, por sua vez, é uma região que conecta 
a medula espinhal, o cerebelo, os núcleos de base e o córtex 
cerebral. Por ele, todos os comandos que partem do 
encéfalo para a medula espinhal são guiados. Além disso, é 
o ponto de origem dos nervos cranianos.
Está dividido em mesencéfalo superiormente, bulbo na 
região inferior e ponte ligando as duas estruturas citadas.
40
6.4.1.6 Lobos cerebrais
O telencéfalo é dividido em 4 lobos: 
Frontal: responsável pelo movimento voluntário (córtex motor 
primário), pelo planejamento do movimento (córtex pré-motor), 
pelo movimento dos olhos, pela produção da fala e funções 
cognitivas executivas e resposta emocional.
Parietal: responsável pela sensibilidade somática geral, pela 
percepção espacial de objetos, sons, partes do corpo e pela 
compreensão da fala.
Occipital: responsável pela visão
Temporal: responsável pela audição, olfato, identificação de 
objetos e resposta emocional, memória
41
6.5 Vista anatômica do sistema nervoso periférico
O SNP está distribuído pelo corpo, ligado à medula espinal, realizando o controle e a recepção de 
estímulos. Quando percebemos um toque em nossa pele, o sistema nervoso periférico está atuando. 
Quando nosso coração acelera, o sistema nervoso periférico está atuando. Quando contraímos nossos 
músculos para realizar alguma atividade, nosso sistema nervoso está em ação. 
42
6.5.1 Sistema autônomo
O sistema nervoso autônomo divide-se em simpático e 
parassimpático.Em características anatômicas:
o simpático compõe a região toracolombar da medula (T1-L2) 
e liga-se ao tronco simpático - um conjunto de gânglios 
alinhados paralelamente à medula.
o parassimpático compõe as regiões cranial e sacral. Assim 
como o simpático, possui gânglios, entretanto estes se 
localizam inseridos nos órgãos-alvo ou logo após eles.
O sistema nervoso simpático e o parassimpático estimulam os 
órgãos, entretanto o primeiro gera um estímulo de 
excitabilidade (para a maioria dos órgãos) e o segundo de inibição 
(para a maioria dos órgãos). 43
6.5.1.1 Características
Os neurônios presentes em ambos sistemas autônomos 
possuem organizações diferentes.
Os neurônios do sistema simpático, partindo da região 
toracolombar, são inicialmente curtos e, após os gânglios do 
tronco simpático, longos. Os últimos se ligam aos órgãos-alvo. 
Já os neurônios do sistema parassimpático, partindo da região 
sacral ou do cranial, são inicialmente longos e, após encontrar 
seus gânglios inseridos ou próximos aos órgãos-alvo, curtos. Os 
últimos se ligam aos órgãos-alvo.
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Note que o neurônio somático (motor), 
que pode partir de qualquer ponto da 
medula espinhal, possui uma ligação 
direta com o músculo estriado 
esquelético.
Além disso, cada um desses sistemas 
utiliza um neurotransmissor diferente. 
Enquanto o sistema autônomo, utiliza 
como pré-ganglionar o neurotransmissor 
acetilcolina (ACh), os pós-ganglionares 
se diferem entre sistema nervoso 
simpático e parassimpático.
O simpático utiliza norepinefrina 
(noradrenalina, predominantemente) e 
acetilcolina e conta com receptores 
adrenérgicos e muscarínicos. Já o 
parassimpático e o somático utilizam 
somente acetilcolina, entretanto o 
receptor do primeiro é muscarínico e, do 
segundo, nicotínico.
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6.5.1.2 Receptores
Os receptores do sistema nervoso autônomo podem ser do tipo nicotínico ou muscarínico. O nicotínico é 
de abertura imediata, a partir da ligação do neurotransmissor, como vemos na imagem abaixo. Sua principal 
característica é se mais rápido. Já o receptor muscarínico utiliza segundos mensageiros, a partir do 
estímulo do neurotransmissor, substâncias no interior da célula são estimuladas e liberadas garantindo a 
excitabilidade ou inibição da célula.
7. Proteção do Sistema Nervoso
O Sistema Nervoso Central é protegido por caixas ósseas. O crânio envolve o encéfalo enquanto a 
medula espinhal passa pelo interior dos orifícios existentes na coluna vertebral.
O SNC é protegido também por três membranas denominadas de meninges. Veremos adiante 
detalhadamente cada uma delas.
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7.1 Barreira hematoencefálica
É uma estrutura semi-permeável que atua protegendo o SNC de 
substâncias neurotóxicas presentes no sangue, permitindo 
simultaneamente a manutenção de um ambiente químico 
protegido e constante para o bom funcionamento do cérebro.
É composta de células endoteliais, que são agrupadas nos capilares 
cerebrais. O aumento desta densidade restringe a passagem de 
substâncias a partir da corrente sanguínea, muito mais do que as 
células endoteliais presentes em qualquer lugar do corpo.
Cerca de 98% dos medicamentos em potencial não ultrapassam 
esta barreira, sendo esse um dos principais desafios na terapêutica 
do SNC.
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ei menino eu vou botar uma observação aqui
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A meningite é a inflamação das meninges que 
envolvem o cérebro e a medula espinhal. 
Quando as meninges estão inflamadas, a 
barreira hematoencefálica pode ser rompida 
permitindo a penetração de várias substâncias 
dentro do cérebro. Os antibióticos usados para 
o tratamento da doença podem agravar a 
resposta inflamatória do SNC, liberando as 
toxinas das paredes celulares das bactérias. 
7.2 Pia-máter, aracnóide, Dura-máter
A dura-máter é a mais espessa e externa das meninges. Contém grandes vasos sanguíneos que se dividem 
em capilares menores. Atua no combate aos ataques patológicos infectantes e doenças malignas e 
envolve e suporta os grandes canais venais levando o sangue do cérebro para o coração.
A aracnóide é a meninge central com aspecto fino e transparente. Proporciona um efeito de 
amortecimento para o SNC e atua na defesa e na formação dos espaços intra-meníngicos.
A pia-máter é a mais delgada das meninges e adere firmemente à superfície do cérebro e a medula 
espinhal. É atravessada por vasos sanguíneos que vão do cérebro à medula espinhal e seus capilares são 
responsáveis pela nutrição do cérebro.
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7.3 Trauma Raquimedular
O trauma raquimedular é uma lesão causada por 
choque na coluna vertebral e se associa a 
processos irreversíveis na medula espinal.
A medula espinhal é responsável por toda a troca 
de informações entre o SNC e o resto do corpo. Um 
choque que lesione essa região pode tornar a 
vítima paraplégica ou até tetraplégica.
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7.3 Trauma Raquimedular
Traumas assim podem ocorrer de choques diretos na coluna, como acidentes 
automobilísticos e quedas. O local atingido é que indicará o grau de sequelas 
que ficarão na vítima. 
A altura do trauma pode ser alta (próximo a coluna cervical) ou baixa 
(próximo a região lombar). Quanto mais alta, maiores e mais graves são os 
riscos e sequelas para a vítima.
Os principais sintomas associados a choques desse tipo são: alteração da 
mobilidade e da sensibilidade, deformação do local impactado, perda de 
urina ou fezes.
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Sugestão de leitura
Livro de Biologia: fisiologia animal do ensino médio, especialmente o trecho sobre sistema nervoso.
Livro Tratado de Fisiologia Médica de Guyton e Hall, capítulos 4 e 5.
Livro Fisiologia Humana de Silverthorn, capítulos 8 e 9.
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Obrigado pela atenção!
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Referências bibliográficas
BAUSER; WESTFALL; DIAS. Física para Universitários - Eletricidade e Magnetismo. AMGH editora. 
2012. p.72.
BEAR; CONNORS; PARADISO. Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso. 4ed. ARTMED Editora, 
2017. p.65.
GUYTON; HALL. Tratado de fisiologia médica. 12ª ed. Saunders Elsevier, 2011.
MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH. Anatomia humana. 6ª ed. Artmed. 2009
OLIVEIRA, Jarbas R.. Biofísica: para ciências biomédicas. 4 ed. EDIPUCRS. Porto Alegre,RS. 2014. p.52.
SILVERTHORN. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5 ed. ARTMED, 2010.
ZANELA. Fisiologia Humana. 1ed SESES Estácio. 2015.
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