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Hip Hop e culturas fora dos centros

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O Hip Hop enquanto cultura urbana apareceu na periferia de Nova York na década de 70, entre as comunidades caribenhas, afro-americanas e latino-americanas.Isto porque, nesta altura, o contexto social existente era de violência e criminalidade nestes bairros, e a única forma de lazer possível para estes jovens era nas ruas. Onde eles encontraram na música, na poesia, na dança e na pintura uma forma de se expressarem e de manifestarem a sua realidade e a sua contestação. Segundo consta, quem terá sido o fundador do hip hop, terá sido Clive Campbell ou DJ Kool Herc. E o primeiro evento da historia do hip hop aconteceu no dia 11 de Agosto de 1973, na festa de anos da irmã do DJ, Cindy Campbell, no número 1520 da Sedgwick Avenue, no Bronx em Nova York.Outro marco na historia do hip hop foi a 12 de Novembro de 1973, dia da fundação da ONG Zulu Nation que promovia a cultura, o hip hop, como forma de manter os jovens fora do mundo do crime e da violência .Aos poucos e poucos, a poesia que existia neste tipo de música, que era representada pelo rap, foi ganhando espaço nas discotecas, que até então, só tocavam hits da era disco. E duplas de DJs e MCs ganhavam cada vez mais destaque e travavam mesmo competições entre si, as chamadas batalhas rap, que eram feitas só pela manifestação cultural e sem qualquer conotação de violência. Os grafites nos muros era a expressão no mundo da pintura desta nova cultura, e o break era a dança que saía das ruas para as festas em toda a cidade.
A viagem de sucesso do hip-hop pelo mundo desembarcou no Brasil no início da década de 80, na cidade de São Paulo, quando os jovens começaram a receber informações do movimento que estava acontecendo em Nova York.
Grupos de periferia passaram então a se reunir na Galeria 24 de Maio e na estação São Bento do metrô para escutar as músicas vindas do Bronx, acompanhados de novos passos de dança. Os primeiros frequentadores do local foram os dançarinos de breaking, e alguns dos maiores precursores do estilo foram nomes que até hoje causam impacto na cena, como Nelson Triunfo e Thaíde.
Naquela época, o rap ainda era considerado um estilo musical violento e tipicamente periférico, onde estava vivendo um momento controverso de ascensão da cultura, este senário só se modificou com o tempo. 
Hoje em dia o rap tem conquistado cada vez mais espaço nas paradas de sucesso. Suas letras vão de relatos cotidianos da vida nas comunidades até a rap ostentação, e o estilo é marcado por uma forte influência cultural. Desde o seu surgimento até os dias de hoje, o gênero passou por muitas transformações, mas suas principais características seguem presentes. Uma delas é o vocabulário, que é marcado pelo uso de gírias e expressões próprias.
Aqui no Brasil, o gênero sofre influência direta do estilo americano, inclusive nas suas expressões. Muitas gírias em inglês são utilizadas ou transformadas em palavras próprias do português, criando, assim, neologismos, como exemplo: on-line.
Na época de meu ensino médio estudei em uma escola publica pequena em uma agrovila que se localizava bem longe das grandes cidades, aonde a maioria dos estudantes vinha de zona rural, não houve nenhum tipo de contato com o Hip hop, pois nossa realidade era totalmente distante do Rap e do hip hop, por estas culturas estão geralmente presentes em centros urbanos. 
Mais ao estudar melhor posso entender porque o rap tem muita importância, pois são compostas com expressões culturais que surgiram na rua e têm uma relação forte com as questões sociais, principalmente de quem vive na periferia.
Por outro lado, além da potencialidade de crítica social e da identidade que o rap tem com os mais pobres, também há espaço para a integração entre pessoas de diferentes lugares.
Mesmo com as mudanças nas letras, no jeito de fazer rap e no público, o rap pode ser considerado uma ferramenta em prol da cidadania, capaz de dar voz às pessoas e até mesmo de torná-las sujeitos da cultura, pois apresenta a realidade das pessoas, as dificuldades e lutas de todos os indivíduos.

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