Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:02 Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:02 SUMÁRIO 1. Introdução .........................................................................................3 2. Neurotransmissão nos neurônios adrenérgicos ................3 3. Receptores adrenérgicos ............................................................5 4. Regulação de receptores ............................................................9 5. Características dos agonistas adrenérgicos ........................9 6. Agonistas não seletivos ...........................................................10 7. Agonistas alfa adrenérgicos ...................................................13 8. Agonistas beta adrenérgicos .................................................16 9. Agonistas adrenérgicos de ação indireta ..........................18 10. Agonistas adrenérgicos de ação mista ...........................20 Referências bibliográcas ...........................................................23 Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:02 3AGONISTAS ADRENÉRGICOS 1. INTRODUÇÃO O sistema nervoso simpático é um regulador importante de quase todos os sistemas orgânicos. Sua estimula- ção ocorre por efeito de mediadores como a (noradrena-norepinefrina lina) e a (adrenalina). A epinefrina norepinefrina é liberada nos termi- nais nervosos onde ativa os recep- tores adrenérgicos (ou adrenocepto- res) em sítios pós-sinápticos, assim, atuando como um neurotransmissor. Já a epinefrina, liberada pela medula da suprarrenal em resposta a diver- sos estímulos, como o estresse, atua como um hormônio se deslocando pelo sangue até os tecidos-alvo. Os fármacos que ativam os adrenocep- tores são denominados simpaticomi- méticos. Alguns simpaticomiméticos ativam diretamente os receptores adrenérgicos (agonistas de ação di- reta), enquanto outros atuam indire- tamente, aumentando a liberação ou bloqueando a captação de norepine- frina (agonistas de ação indireta). 2. NEUROTRANSMISSÃO NOS NEURÔNIOS ADRENÉRGICOS Os neurônios adrenérgicos liberam norepinefrina como neurotransmis- sor primário. Eles são encontrados no sistema nervoso central (SNC) e no sistema nervoso simpático, onde ser- vem de ligação entre os gânglios e os órgãos efetores. A neurotransmissão nesses neurônios envolve as etapas de síntese, armazenamento, libera- ção e ligação da norepinefrina com o receptor, seguida de remoção do neurotransmissor da fenda sináptica. Na síntese, a tirosina é transportada para dentro do neurônio adrenérgico por um carreador, onde é hidroxila- da em di-hidroxifenilalanina (também denominada dopa) pela tirosina hi- droxilase. Em seguida, a dopa é des- carboxilada pela enzima descarbo- xilase de L-aminoácido aromático, formando a no neurônio dopamina pré-sináptico. A dopamina é, então, transportada para dentro de vesículas sinápticas por um sistema transportador de ami- nas e na sequência é hidroxilada pela enzima dopamina hidroxilase, resul- tando na formação de norepinefrina, que ca armazenada no interior das vesículas até a passagem de um po- tencial de ação. A liberação da norepinefrina ocorre com a chegada de um potencial de ação na junção neuromuscular. Esse evento propicia a entrada de íons de cálcio extracelulares para o interior do axoplasma (citoplasma do neurônio), o que promove a fusão das vesículas sinápticas com a membrana celular. O resultado é a exocitose do conteú- do das vesículas (norepinefrina) para fenda sináptica. Quando liberada das vesículas sináp- ticas, a norepinefrina se difunde para Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:02 4AGONISTAS ADRENÉRGICOS o espaço sináptico e se liga aos re- ceptores pós-sinápticos no órgão efe- tor ou aos receptores pré-sinápticos no terminal nervoso. Essa ligação ini- cia uma cascata de eventos no interior da célula, resultando na formação do segundo mensageiro celular, que atua como transdutor na comunicação en- tre o neurotransmissor e a ação gera- da no interior da célula efetora. Por m, a norepinefrina é removida do espaço sináptico por meio de três mecanismos distintos. 1) ela pode ser metabolizada a metabólitos inativos pela enzima catecol-O-metil-trans- ferase (COMT) na fenda sináptica; 2) a norepinefrina pode sofrer captação de volta para o neurônio por meio de um transportador de norepinefrina dependente de sódio-cloreto (NET) e 3) a norepinefrina pode se difundir para fora do espaço sináptico e entrar na circulação sistêmica. Figura 1. Neurotransmissão da Noradrenalina. WHALEN, Karen. Farmacologia ilustrada. 6. ed.Fonte: Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:02 5AGONISTAS ADRENÉRGICOS 3. RECEPTORES ADRENÉRGICOS Várias classes de adrenoceptores fo- ram identicadas no sistema nervo- so simpático. Eles são, tipicamente, receptores acoplados à proteína G e distinguem-se em duas principais fa- mílias de receptores designadas e α ẞ. Essa classicação é fundamenta- da com base nas respostas desses receptores a agonistas adrenérgicos como a epinefrina, a norepinefrina e o isoproterenol. Adrenoceptores α Os adrenoceptores apresentam α respostas fracas ao agonista sintéti- co isoproterenol, mas respondem às catecolaminas naturais epinefrina e norepinefrina. Para -receptores a or-α dem de anidade consiste em epine- frina ≥ norepinefrina ≥ isoprotere- nol. Os adrenoceptores ainda são α subdivididos em dois grupos: e α 1 α 2 . Clinicamente, alguns fármacos apre- sentam seletividade distinta em rela- ção a esses últimos. Os α 1 -receptores têm maior anidade por fenilefrina do que os receptores , enquanto a clo-α 2 nidina possui maior seletividade aos receptores α 2 e tem menor efeito nos receptores por exemplo. α 1 Os receptores α1 são ativados por uma série de reações por meio da fos- folipase C ativada pela proteína G. Isso resulta na formação do segundo mensageiro: o inositol-1,4,5-trifos- fato (IP3) diacilglicerol (DAG)e o . O IP3 inicia a liberação de Ca²+ do retí- culo endoplasmático para o citosol e o DAG ativa outras proteínas no inte- rior da célula. Esses receptores estão situados na membrana pós-sináptica dos órgãos efetores e intermedeiam vários efeitos clássicos envolvendo a contração de músculo liso. Nesse sentido, pode ser observado a vaso- constrição no leito vascular, o au- mento da pressão arterial, con-a tração do músculo dilatador radial da pupila na íris do olho (midríase), a contração na base da bexiga uri- nária e na próstata (promovendo continência urinária) e o aumento na força de contração cardíaca. Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:02 6AGONISTAS ADRENÉRGICOS Os receptores α 2 são acoplados à proteína G inibitória e seus efeitos são mediados pela inibição da ade- nililciclase e pela redução nos níveis intracelulares de AMPc (monofosfato cíclico de adenosina). Esses recepto- res estão localizados primariamente nas terminações nervosas de nervos simpáticos pré-sinápticos e contro- lam a liberaçãode norepinefrina. Par- te da norepinefrina liberada na fenda sináptica durante a estimulação de um nervo simpático adrenérgico rea- ge com os receptores na membra-α 2 na pré-sináptica. Isso promove uma retroalimentação inibitória, assim, inibindo a liberação adicional de no- repinefrina. Essa ação inibitória serve como mecanismo local para modular a saída de norepinefrina quando exis- te atividade simpática elevada. Re- ceptores α 2 também são encontrados em neurônios pré-sinápticos paras- simpáticos. A norepinefrina liberada do neurônio simpático pré-sináptico pode se difundir entre esses recep- tores e interagir com eles, inibindo a liberação de acetilcolina (ACh). Os adipócitos humanos também contêm receptores α 2 que inibem a lipólise por diminuição do AMPc intracelular, o que pode propiciar o ganho de peso. Figura 2. Efeito da ativação os receptores . WHALEN, Karen. Farmacologia ilustrada. 6. ed.α 1 Fonte: Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:02 7AGONISTAS ADRENÉRGICOS Figura 3. Fonte: Receptores α 1 e α 2 . WHALEN, Karen. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Adrenoceptores ẞ As respostas dos receptores ẞ são caracterizadas por uma intensa res- posta ao isoproterenol, com pouca sensibilidade para epinefrina e nore- pinefrina. Para o ẞ-receptores a or- dem de potência é isoproterenol ≥ epinefrina ≥ norepinefrina. Os adre- noceptores ẞ são divididos em três principais subgrupos ẞ , ẞ 1 2 e ẞ 3 com base nas suas anidades por ago- nista e antagonistas adrenérgicos. A ativação de todos os três subtipos de receptor ẞ resulta em estimulação de adenililciclase e aumento da conver- são de ATP (trifosfato de adenosina) em AMPc. De maneira geral, a excitação dos re- ceptores ẞ 1 causa estimulação car- díaca de modo que a frequência e a contratilidade do coração aumentam (cronotropismo positivo e inotro- pismo positivo, respectivamente). Já os receptores ẞ 2 atuam produzindo vasodilatação no leito vascular es- quelético e relaxamento dos múscu- los lisos. Os receptores ẞ 3 , por sua vez, estão envolvidos na lipólise e também em efeitos no músculo de- trusor da bexiga. Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:02 8AGONISTAS ADRENÉRGICOS TIPO TECIDO AÇÕE S α 1 Maioria dos músculos lisos vasculares (inervados) Contração Músculo dilatador pupilar Contração Músculo liso pilomotor Eriça o pelo Próstata Contração Coração Aumento da força de contração α 2 Neurônios pós-sinápticos do SNC Provavelmente múltiplas Plaquetas Agregação Terminais nervosos adrenérgicos e colinérgicos Inibição da liberação do transmissor Alguns músculos lisos vasculares Contração Células adiposas Inibe lipólise ẞ 1 Coração, células justaglomerulares Aumento da força e frequência de contração; aumento da liberação de renina ẞ 2 Músculos lisos respiratórios, uterinos e vasculares Promoção do relaxamento de músculos lisos Músculo esquelético Promoção de captação de potássio Fígado humano Ativação da glicogenólise ẞ 3 Células adiposas Ativação da lipólise D 1 Músculo liso Dilatação de vasos sanguíneos renais D 2 Terminações nervosas Modulação da liberação do transmissor Tabela 1. Fonte: Ações dos receptores adrenérgicos. Adaptado de KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. 12. Ed. Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:02 9AGONISTAS ADRENÉRGICOS SE LIGA! Receptores de dopami- Os na desempenham ações principalmente centrais. No entanto, também estão as- sociados ao relaxamento de músculo liso induzido por receptor D1 devido ao acú- mulo de AMPc na musculatura lisa de leitos vasculares onde a dopamina é um vasodilatador. O receptor D1 está asso- ciado à estimulação da adenililciclase. Os receptores dopaminérgicos D2 ini- bem a atividade da adenililciclase, abrem canais de potássio e diminuem o inuxo de cálcio. 4. REGULAÇÃO DE RECEPTORES O número e a função dos adreno- ceptores na superfície da célula e suas respostas são reguladas pelas próprias catecolaminas, por outros hormônios, por fármacos, pela idade e por inúmeros estados mórbidos. Essas alterações podem modicar o efeito da resposta siológica de um tecido às catecolaminas e ser clinica- mente importante durante o curso de um tratamento. A dessensibilização de adrenoceptores é um fenômeno que ocorre após exposição prolonga- da a catecolaminas e outros fármacos simpaticomiméticos. Tecidos expos- tos por determinado período de tem- po a um agonista tornam-se menos responsivos a estimulação adicional por determinado agente. Diversos mecanismos contribuem para a dessensibilização. Entre eles já pode ser observado o sequestro dos receptores que cam indisponíveis para a interação com o ligante. O de- saparecimento do receptor por des- truição ou por diminuição de síntese ou ainda a incapacidade de acopla-se a proteína G por que o receptor foi fos- forilado também já foram relatados. Há duas categorias principais de des- sensibilização. A dessensibilização homóloga refere-se à perda de ca- pacidade de resposta exclusivamen- te dos receptores expostos à ativação repetida ou mantida por um agonis- ta. Já a dessensibilização heterólo- ga refere-se ao processo pelo qual a dessensibilização de um receptor por seu agonista também resulta em dessensibilização de outro receptor que não tem sido ativado diretamente pelo agonista em questão. 5. CARACTERÍSTICAS DOS AGONISTAS ADRENÉRGICOS • A maioria dos fármacos adrenérgi- cos é derivada da ẞ-feniletilamina. • Substituições no anel benzênico ou na cadeia lateral etilamina pro- duzem uma variedade de compos- tos com diversas capacidades de diferenciar entre adrenoceptores α e ẞ e de entrar no SNC. • Dois aspectos estruturais impor- tantes desses fármacos são o nú- mero e a localização das substitui- ções nas OH no anel benzênico e a Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:02 10AGONISTAS ADRENÉRGICOS natureza dos substitutos no nitro- gênio amino. • As aminas simpaticomiméticas que contêm o grupo 3,4-di-hi- droxibenzeno, como a epinefrina, a norepinefrina, o isoproterenol e a dopamina, são denominadas catecolaminas. • As catecolaminas com grupos hi- droxila (OH) nas posições 3 e 4 do anel benzênico apresentam maior potência na ativação direta dos re- ceptores α e ẞ. • As catecolaminas são inativadas rapidamente pela COMT pós-si- napticamente e pela MAO (Mono- aminoxidase) intraneuronalmen- te, bem como pela e pela COMT MAO na parede intestinal e pela MAO no fígado. Por isso, as cate- colaminas são inativadas quando administradas por via oral. • As catecolaminas são polares e por isso não penetram facilmente no SNC. • Compostos que não têm os grupos hidroxicatecólicos são chamados de aminas não catecólicas. • As aminas não catecólicas não são inativadas pela COMT e por isso possuem meias-vidas mais lon- gas quando comparadas com as catecolaminas. • Exemplos de aminas não catecóli- cas incluem a fenilefrina, a efedrina e anfetamina. • A natureza do substituinte no ni- trogênio amínico é importante de- terminante na seletividade ẞ do agonista adrenérgico. A epinefrina, com um substituto –CH3 no nitro- gênio amínico, é mais potente nos receptores ẞ do que a norepinefri- na, que tem uma amina não subs- tituída por exemplo.• O isoproterenol, que tem um subs- tituto isopropila-CH(CH3)2 no ni- trogênio amínico, é um forte ẞ-a- gonista com pouca atividade .α 6. AGONISTAS NÃO SELETIVOS Epinefrina Na medula suprarrenal, a norepine- frina é metilada à epinefrina, que é armazenada nas células cromans junto com norepinefrina. Sob esti- mulação, a medula suprarrenal libera cerca de 80% de epinefrina e 20% de norepinefrina diretamente na cir- culação. A epinefrina interage com os receptores α e ẞ. Em doses baixas, predominam os efeitos ẞ no leito vas- cular (vasodilatação). Em doses altas, os efeitos (vasoconstrição) são mais α importantes. No sistema cardiovascular, a epinefri- na reforça a contratilidade do miocár- dio e aumenta a frequência cardíaca / Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:54 11AGONISTAS ADRENÉRGICOS (ambos efeitos decorrentes de esti- mulação ẞ 1 ). A epinefrina também ativa os receptores ẞ 1 nos rins e pro- move a liberação de renina (enzima envolvida na produção de angiotensi- na II). Além disso, a epinefrina contrai as arteríolas da pele, das mucosas e das vísceras (efeito ) e dilata os va-α sos que vão ao fígado e aos múscu- los esqueléticos (efeito ẞ 2 ). O efeito cumulativo é o aumento da pressão arterial sistólica, associado à ligeira redução na pressão diastólica devido à vasodilatação mediada pelos recep- tores ẞ 2 no leito vascular dos múscu- los esqueléticos. A epinefrina ainda causa broncodi- latação no sistema respiratório (ação ẞ 2 ), efeito hiperglicemiante devido aumentar a glicogenólise no fígado (efeito ẞ 2 ) e por meio da ati-lipólise vidade agonista dos receptores ẞ do tecido adiposo. Usos terapêuticos • Broncoespasmo: a epinefrina pode ser usada no tratamento de emergência de condições respira- tórias quando a broncoconstrição compromete a ventilação. No en- tanto, atualmente ẞ2-agonistas seletivos, como o salbutamol, são melhor empregados devido sua duração mais longa e efeitos car- díacos mínimos. • Choque analático: a epinefrina é o fármaco de escolha para o trata- mento de reações de hipersensibi- lidade do tipo I. • Parada Cardíaca: pode ser em- pregada para restabelecer o ritmo cardíaco em pacientes com parada cardíaca independente da causa. • Anestesia: a epinefrina aumenta signicativamente a duração da anestesia local, produzindo va- soconstrição no local da injeção e permitindo que o anestésico per- maneça por mais tempo no sítio da injeção. Farmacocinética A epinefrina tem início rápido, mas ação de curta duração devido a rápi- da metabolização pela e pela MAO COMT. Seus metabólitos, a metane- frina e o ácido vanilmandélico, são excretados na urina. Pode ser admi- nistrada por via intramuscular (IM), in- travenosa (IV), subcutânea (SC), en- dotraqueal e por inalação. Efeitos adversos A epinefrina pode produzir efeitos adversos no SNC, como ansiedade, medo, tensão, cefaleia, arritmias car- díacas e tremores. / Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:54 12AGONISTAS ADRENÉRGICOS Figura 4. Fonte: Efeitos adversos epinefrina. WHALEN, Karen. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Norepinefrina A norepinefrina causa aumento da resistência periférica devido à intensa vasoconstrição de boa parte dos lei- tos vasculares, incluindo os rins (efeito α 1 ). A pressão arterial sistólica e dias- tólica aumentam. Isso estimula os ba- rorreceptores, induzindo ao aumento na atividade vagal, sendo o resultado nal a produção de bradicardia ree- xa, que é suciente para neutralizar as ações locais na norepinefrina no coração. Usos terapêuticos A norepinefrina é usada no tratamen- to de choque devido aumentar a re- sistência vascular e, dessa forma, au- menta a pressão arterial. Farmacocinética A norepinefrina é administrada via IV para o início rápido de ação. Sua ação dura 1 a 2 minutos após o m a in- fusão e é metabolizada rapidamente pela MAO e pela . Os metabó-COMT litos são excretados na urina. Efeitos adversos São similares aos da epinefrina. Ade- mais, podem causar palidez e des- camação na pele ao longo da veia injetada. Dopamina A dopamina está presente natural- mente no SNC nos gânglios basais, onde funciona como neurotransmis- sor, bem como na medula suprarre- nal. Ela exerce efeito estimulante nos receptores ẞ 1 cardíacos com efeito inotrópico e cronotrópico positivos. Em concentrações muito elevadas, a dopamina ativa os receptores ẞ 1 dos vasos, causando vasoconstrição. A dopamina ainda dilata as arteríolas renais e esplâncnicas, ativando os re- ceptores dopaminérgicos e aumen- tando, assim, o uxo sanguíneo para os rins e para outras vísceras. / Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:54 13AGONISTAS ADRENÉRGICOS Usos terapêuticos A dopamina é o fármaco de escolha para tratar o choque cardiogênico e séptico e é administrada por infusão contínua. Ela aumenta a pressão ar- terial, estimulando os receptores ẞ 1 no coração a aumentar o débito car- díaco e os receptores ẞ 1 nos vasos sanguíneos a aumentar a resistência periférica. Além disso, ela também aumenta a perfusão renal, o que con- tribui para maior velocidade de ltra- ção glomerular e diurese. Efeitos adversos Os principais efeitos adversos são náuseas, hipertensão e arritmias, que na maioria das vezes são de curta du- ração, pois a dopamina é rapidamen- te metabolizada pela ou pela MAO COMT. 7. AGONISTAS ALFA ADRENÉRGICOS Oximetazolina É um agonista adrenérgico sintético de ação direta que estimula os re- ceptores α 1 e . Está presente em α 2 vários descongestionantes nasais de ação curta e venda livre, bem como em colírios para o alívio da vermelhi- dão dos olhos associada a resfriados ou lente de contatos. A oximetazolina estimula diretamente os receptores α nos vasos sanguíneos que suprem a mucosa nasal e a conjuntiva, as- sim, produz vasoconstrição e dimi- nui a congestão. Os efeitos adversos mais observados são cefaleia, sono agitado e congestão rebote no uso prolongado. Agonistas ALFA-1 Fenilefrina É um fármaco adrenérgico sintético de ação direta que se liga aos recep- tores ẞ primariamente. Ativa os re- ceptores α 1 apenas quando presente em concentrações muito mais eleva- das. A fenilefrina é um vasoconstritor que aumenta as pressões sistólicas e diastólicas. Ele é utilizado como des- congestionante NASA e midriático. Também é usada no tratamento da hipotensão em pacientes hospitali- zados ou cirúrgicos. Doses elevadas podem causar cefaleia hipertensiva e irregularidades cardíacas. Mefentermina É um fármaco simpaticomimético que atua direta e indiretamente. Após in- jeção intramuscular, o início de ação é imediato em 5 a 15 minutos e seus efeitos podem persistir por várias ho- ras. Como o fármaco libera norepine- frina, a contração cardíaca é intensa e ocorre aumento do débito cardíaco e das pressões sistólica e diastólica ha- bitualmente. A alteração na frequên- cia cardíaca é variável, dependendo / Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:54 14AGONISTAS ADRENÉRGICOS do grau do tônus vagal. Os efeitos adversos estão relacionados com a estimulação do sistema nervoso central (SNC), elevação excessiva da pressão arterial e ocorrência de arrit- mias. A mefentermina é utilizada na prevençãoda hipotensão, porém foi descontinuada no EUA. Metaraminol É um simpaticomimético com efei- tos diretos sobre os receptores α-a- drenérgicos vasculares. Atua indi- retamente também estimulando a liberação de norepinefrina. Tem sido utilizado no tratamento hipotensão ou no alívio de crises de taquicardia atrial paroxística, especialmente aquelas associadas a estados hipotensivos. Midodrina É um agonista dos receptores α 1 ecaz por via oral. Esse fármaco é conver- tido em um metabólito denominado desglimidodrina, que ocasiona seus efeitos. Elevações da pressão arterial induzidas pela midodrina estão asso- ciadas a uma contração do músculo liso tanto arterial quanto venoso. Isso é vantajoso no tratamento de pacien- tes com insuciência autônoma e hi- potensão postural. Nesses pacientes, é frequente que haja a hipertensão supina como principal complicação do uso da midodrina. Para minimizar esse efeito adverso o fármaco pode ser administrado em períodos em que o paciente permanecerá em pé. Deve-se evitar administra-lo 4 horas antes do paciente deitar. Agonistas ALFA-2 Clonidina Os principais efeitos farmacológicos da clonidina envolvem alterações da pressão arterial e da frequência car- díaca. A infusão venosa de clonidina provoca elevação aguda da pressão arterial devido à ativação dos recep- tores α 2 pós-sinápticos no músculo liso vascular. Entretanto esse efeito vasoconstritor é transitório e seguido de uma resposta hipotensora prolon- gada, que resulta da diminuição do euxo simpático do SNC. Nesse sen- tido, a clonidina tem aplicabilidade no tratamento da hipertensão, tendo efeito anti-hipertensivo. O mecanis- mo exato pelo qual ela reduz a pres- são arterial ainda não está totalmen- te elucidado. O efeito parece resultar, pelo menos em parte, da ativação dos receptores α 1 na região inferior do tronco encefálico. Farmacocinética A clonidina é bem absorvida após ad- ministração oral. A concentração má- xima plasmática máxima e seu efeito hipotensor máximo ocorrem em 1 a 3 horas após uma dose oral. A meia- -vida de eliminação varia de 6 a 24 / Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:54 15AGONISTAS ADRENÉRGICOS horas, com média de 12 horas. Cerca de metade de uma dose administra- da pode ser recuperara em sua forma inalterada na urina, podendo haver aumento da meia vida do fármaco na presença de insuciência renal. Usos terapêuticos O principal uso terapêutico da cloni- dina é no tratamento da hipertensão. Ela também pode ter utilidade na re- dução de diarreia em alguns pacientes diabéticos com neuropatia autonômi- ca, tendo em vista, que a estimulação dos receptores no trato gastrintes-α 2 tinal pode aumentar a absorção de cloreto de sódio e de líquido e inibir a secreção de bicarbonato. Efeitos adversos Os principais efeitos adversos são ressecamento da boca e sedação, sendo observados em 50% dos pa- cientes. A intensidade desses efeitos pode diminuir depois de várias sema- nas de terapia. Outros colaterais são disfunção sexual e bradicardia pro- nunciada em alguns pacientes. Metildopa A metildopa é um agente anti-hiper- tensivo de ação central. Ela é meta- bolizada a -metilnorepinefrina no α cérebro, e acredita-se que esse com- posto seja capaz de ativar os recep- tores α 2 centrais e reduzir a pressão arterial semelhante ao mecanismo da clonidina. Apraclonidina A apraclonidina é agonista dos re- ceptores α 2 , relativamente seletivo, utilizada topicamente para reduzir a pressão intraocular. Pode reduzir a pressão intraocular tanto elevada quanto normal, seja ela acompanha- da ou não de glaucoma. A redução da pressão intraocular ocorre com mínimos ou nenhum efeito sobre os parâmetros cardiovasculares sistê- micos. Por isso, a apraclonidina tem maior utilidade para a terapia oftálmi- ca que a clonidina. É utilizada como terapia adjuvante de curto prazo em pacientes com glaucoma, cuja pres- são intraocular não é adequadamente controlada por outros agentes farma- cológicos, como antagonista dos re- ceptores ẞ, parassimpaticomiméticos ou inibidores da anidrase carbônica. SAIBA MAIS! A clonidina baixa a pressão arterial sistêmica, mesmo quando aplicada topicamente no olho. / Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:54 16AGONISTAS ADRENÉRGICOS Brimonidina É um derivado da clonidina admi- nistrado ocularmente para reduzir a pressão intraocular em pacientes com hipertensão ocular ou glauco- ma de ângulo aberto. Esse fármaco é um agonista -seletivo, que reduz a α 2 pressão intraocular ao diminuir a pro- dução de humor aquoso e aumentar o seu euxo. Ao contrário da apraclo- nidina, a brimonidina pode atravessar a barreira hematoencefálica e produ- zir hipotensão e sedação, embora es- ses efeitos sobre o SNC sejam discre- tos, em comparação com aqueles da clonidina. Guanfacina É um agonista dos receptores , que α 2 é mais seletivo que a clonidina. Con- segue diminuir a pressão arterial por meio da ativação dos receptores do troco encefálico, com consequente supressão da atividade simpática. É utilizado para o tratamento do trans- torno de décit de atenção/hiperativi- dade em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. Guanabenzo É uma a agonista de ação central, α 2 que diminui a pressão arterial por meio de um mecanismo semelhante ao da clonidina e da guanfacina. Pos- sui meia-vida de 4-6 horas e sofre extenso metabolismo no fígado. Seus efeitos adversos assemelham-se aos observados com a clonidina. Tizanidina A tizanidina é um relaxante muscular utilizado no tratamento de espastici- dade associada a distúrbios cerebrais e medulares. É um agonista com α 2 algumas propriedades semelhantes a clonidina. 8. AGONISTAS BETA ADRENÉRGICOS Isoproterenol É uma catecolamina sintética de ação direta que estimula os receptores ẞ 1 e ẞ 2 . Ele produz intensa estimulação cardíaca, aumentando a frequência, a contratilidade e o débito. O isoprote- renol também dilata as arteríolas dos músculos, diminuindo a resistência periférica. Devido sua falta de seleti- vidade é raramente usado terapeuti- camente. Porém ele pode ser útil no bloqueio atrioventricular ou ainda em pacientes com arritmia ventricular torsade de pointes. Os efeitos adver- sos do isoproterenol são similares aos da epinefrina. Agonista BETA-1 Dobutamina A dobutamina é uma catecolami- na sintética de ação direta que é um / Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:54 17AGONISTAS ADRENÉRGICOS agonista de receptores ẞ 1 . Ela au- menta a frequência cardíaca e o dé- bito cardíaco com poucos efeitos vas- culares. Sua principal vantagem sobre outros fármacos simpaticomiméticos é o aumento do débito cardíaco sem elevação signicativa da demanda de oxigênio pelo miocárdio. Usos terapêuticos A dobutamina é usada para aumen- tar o débito cardíaco na insuciên- cia cardíaca aguda, bem como para dar apoio inotrópico após cirurgia cardíaca. Efeitos adversos Além do potencial desenvolvimento de tolerância com o uso prolongado, a dobutamina apresenta efeitos adver- sos semelhantes aos da epinefrina. Agonistas BETA-2 Salbutamol É um fármaco ẞ 2 -agonista de ação curta usado, principalmente, como broncodilatador. É empregado no ma- nejo dos sintomas agudos da asma. Pode ser administrado por inalação ou via oral para o alívio sintomático do broncoespasmo. Por inalação pro- duz broncodilatação signicativa em 15 minutos e o efeito persiste por 3 a 4 horas.O salbutamol por via oral tem o potencial de retardar o parto prematuro. Um dos efeitos adversos mais comuns é o tremor, no entanto os pacientes tendem a desenvolver tolerância a ele. Outros efeitos in- cluem intranquilidade, apreensão e ansiedade. Terbutalina É um broncodilatador ẞ 2 seletivo que pode ser administrado por inalação, via oral ou via parenteral. Por inala- ção Sua atividade pode durar 3 a 6 horas. Com o uso oral o início do efei- to pode retardar 1-2 horas. A terbu- talina é usada no tratamento de lon- ga duração da doença obstrutiva das vias respiratórias e no tratamento do broncoespasmo agudo. Salmeterol É um agonista ẞ 2 seletivo de ação prolongada (> 12 horas). Não deve ser utilizado mais de 2x/dia, nem ser administrado para o tratamento dos sintomas agudos da asma, que de- vem ser tratados com um agonista ẞ 2 de ação curta, como o salbutamol. Muitos pacientes com asma persis- tente moderada ou grave têm se be- neciado do uso de salmeterol junta- mente com um corticoide inalatório. Também é usado em pacientes com DPOC, pois proporciona alívio sinto- mático e melhora da função pulmo- nar. O salmeterol é geralmente bem tolerado, porém, tende a aumentar a / Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:54 18AGONISTAS ADRENÉRGICOS frequência cardíaca e a concentração plasmática de potássio através de seus efeitos sobre os receptores ẞ 2 extrapulmonares. Formoterol É um agonista ẞ 2 seletivo de ação prolongada. Ocorre broncodilatação signicativa poucos minutos após inalação de dose terapêutica e pode persistir por até 12 horas. É um fárma- co altamente lipofílico. Por isso, pos- sui maior vantagem, em condições como a asma noturna, sobre os de- mais agonistas ẞ 2 seletivos, pois sua difusão entre a bicamada lipídica da membrana plasmática estimula os re- ceptores ẞ 2 de maneira prolongada. Ritodrina É um agonista ẞ 2 seletivo desenvolvi- do especicamente para o uso como relaxante uterino. Pode ser adminis- trada por via intravenosa a pacientes selecionadas para interromper o tra- balho de parto prematuro. SAIBA MAIS: FENOLDOPAM O fenoldopam é um agonista dos D1-receptores periféricos da dopamina. É usado como va- sodilatador de ação rápida no tratamento de hipertensão grave em pacientes hospitalizados, atuando em artérias coronárias, arteríolas renais e mesentéricas. Os principais efeitos adver- sos são cefaleia, rubor, tonturas, náuseas, êmese e taquicardia. 9. AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO INDIRETA Anfetamina As ações da anfetamina são media- das primariamente pelo aumento da liberação não vesicular de catecola- minas como a dopamina e norepine- frina dos terminais nervos. Isso pode produzir um aumento signicativo da pressão arterial por ação α 1 -agonista nos vasos, bem como por efeitos es- timulantes ẞ 1 no coração. Tiramina Não é um fármaco útil clinicamente, mas possui importância devido ser encontrado em alimentos fermenta- dos. Normalmente, a tiramina é oxi- dada pela no trato gastrointes-MAO tinal, mas se o paciente está em uso de inibidores de monoaminoxidase podem acontecer episódios vaso- pressores graves. Cocaína A cocaína tem a propriedade de blo- quear o transportador de norepinefrina / Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:54 19AGONISTAS ADRENÉRGICOS dependente de sódio-cloreto (NET) necessário para a captação celular de norepinefrina pelo neurônio adrenér- gico. Em consequência, a norepine- frina se acumula no espaço sináptico, resultando em aumento da atividade simpática e potenciação das ações da epinefrina e da norepinefrina. Por isso, pequenas doses de catecolami- nas produzem efeitos muito aumen- tados em indivíduos que usam coca- ína. De modo similar as anfetaminas, a cocaína pode aumentar a pressão arterial por ação -agonista e efeitos α 1 estimulantes ẞ. Inibidores da monoaminoxidase (IMAO) Os IMAOs atenuam as ações da mo- noaminoxidase no neurônio e au- mentam o conteúdo de monoaminas. Existem duas formas de monoamino- xidase (MAO). A MAO- A é encon- trada nos neurônios de dopamina e de norepinefrina e ocorre principal- mente no cérebro, no intestino, na placenta e no fígado. Seus prin- cipais substratos são a nore- pinefrina, a epinefrina, e a sero- tonina. A MAO-B é encontrada sobretudo nos neurônios sero- toninérgicos e histaminérgicos e ocorre no cérebro, no fígado e nas plaquetas. A MAO-B atua, principalmente, sobre a tirami- na, feniletilamina e a benzilami- na. Os IMAOs atuais incluem os derivados da hidrazina, a fenelzina e a isocarboxazida, e as não hidrazinas, a tranilcipromina, a selegilina e a mo- clobemida. As hidrazinas e a tranilci- promina ligam-se de modo irreversí- vel e não seletivamente à MAO-A e MAO-B, enquanto outros IMAOs po- dem ter propriedades mais seletivas ou reversíveis. Alguns IMAOs, como a tranilcipromina, assemelham-se à anfetamina na sua estrutura química, enquanto outros IMAOs, como a sele- gilina, apresentam metabólitos seme- lhantes à anfetamina. Amitriptilina É um fármaco que pertence a classe dos antidepressivos tricíclicos. Esse medicamento inibe a recaptação de norepinefrina, agindo de modo indi- reto sobre o NET (transportador de norepinefrina dependente de sódio- -cloreto). Os efeitos colaterais mais comuns são boca seca e constipação intestinal. / Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:35:54 20AGONISTAS ADRENÉRGICOS AFINIDADE α-Agonistas Fenilefrina α 1 > α 2 >>>>>ẞ Clonidina, metilnorepinefrina > α 2 α 1 >>>>>ẞ Agonistas mistos = α e ẞ α 1 α 2 ; ẞ 1 >> ẞ 2 Norepinefrina α 1 = α 2 ; ẞ 1 = ẞ 2 Epinefrina ẞ-Agonistas Dobutamina ẞ 1 > ẞ 2 >>>> α Isoproterenol ẞ 1 = ẞ 2 >>>> α Salbutamol, terbutalina, ritodrina >>>> ẞ 2 >> ẞ 1 α Agonistas da dopamina Dopamina D 1 =D 2 >> ẞ>> α Fenoldopam D 1 >>D 2 Tabela 2. Anidades relativas por receptores, Fonte: KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. 12. Ed. 10. AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO MISTA A efedrina e a são pseudoefedrina os adrenérgicos de ação mista. Elas não só liberam a norepinefrina arma- zenada nos terminais nervosos, como também estimulam diretamente os receptores α e ẞ. A efedrina aumenta a pressão arterial sistólica e diastólica por vasoconstrição e estimulação car- díaca e pode ser usada no tratamento da hipotensão. Ela produz broncodi- latação, mas é menos potente e mais lenta do que a epinefrina ou o isopro- terenol. A efedrina ainda produz leve estimulação do SNC, o que aumenta o estado de alerta, diminui a fadiga e previne o sono. A pseudoefedrina, por sua vez, é usada primariamente no tratamento da congestão nasal. Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:36:50 21AGONISTAS ADRENÉRGICOS SAIBA MAIS! Os agonistas adrenérgicos podem agir por meio de ação direta, indireta mista e . Os agonis- tas de ação direta atuam diretamente nos receptores α ou ẞ, produzindo efeitos similares aos resultantes da estimulação dos nervos simpáticos ou da liberação de epinefrina da medula suprarrenal. Já os agonistas de ação indireta podem bloquear a captação de norepinefrina ou promover sua liberação das reservas citoplasmáticas ou das vesículas dos neurônios adre- nérgicos. Os agonistas de ação mista, por sua vez, estimulam os adrenoceptores diretamente e liberam norepinefrina do neurônioadrenérgico. Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:36:50 22AGONISTAS ADRENÉRGICOS AGONISTAS ADRENÉRGICOS Ação direta Ação mista Ação indireta Seletivos Não seletivos Agentes de liberação Inibidores da MAO Inibidor da captação Inibidores da COMT Efedrina (α 1 e agentes α 2 ẞ 1 ẞ 2 de liberação) α 1 -fenilefrina α 2 -clonidina ẞ 1 -dobutamina ẞ 2 -terbutalina Anfetamina Tiramina Cocaína Selegilina Entacapona α α 1 2 - oximetazolina ẞ ẞ 1 2 – isoproterenol α α 1 2 – epinefrinaẞ 1 ẞ 2 α α 1 2 – norepinefrinaẞ 1 Fonte: Adaptado de GOODMAN, A. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12. ed. Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:36:50 23AGONISTAS ADRENÉRGICOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GOODMAN, A. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12. ed. Rio de Janeiro: McGraw- -Hill, 2012. KATZUNG, Bertram G. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.Farmacologia básica e clínica. WHALEN, Karen; FINKEL, Richard; PANAVELIL, Thomas A. 6. ed. Farmacologia ilustrada. Porto Alegre: Artmed, 2016. RANG, H. P. et al. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.Rang & Dale Farmacologia. Impresso por Q, CPF 704.250.384-83 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/11/2020 21:36:50 24AGONISTAS ADRENÉRGICOS
Compartilhar