Buscar

Cuidados Paliativos (CP)

Prévia do material em texto

Faculdade Pitágoras de Betim 
 
Data: 31/03/2021 
Fisioterapia – 10º Período 
Discentes: Giovana Talita da Cunha Mayrink e Suellen Silveira 
Preceptor(a): Michael Douglas 
 
CUIDADOS PALIATIVOS 
 
 
 
 Fonte: fisioterapia.com.br 
 
CONCEITO 
 
O conceito de Cuidados Paliativos (CP) teve origem no movimento hospice 
(hospitalidade), originado por Cecily Saunders e seus colegas, em 1950, 
disseminando pelo mundo uma nova filosofia sobre o cuidar, e não só curar, focado 
no paciente até o final de sua vida. Todas as necessidades físicas, psicossociais e 
espirituais são consideradas importantes para os pacientes que se encontram em 
cuidados paliativos . (MULLER; SCORTEGAGNA; MOUSSALLE. 2011) 
Cuidados paliativos são um tipo de abordagem que tem por finalidade melhorar 
a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias diante do risco de morte 
associado a uma doença, afim de garantir qualidade de vida, bem-estar, conforto e 
dignidade humana. (ATTY; TOMAZELLI, 2018) 
A Organização Mundial da Saúde define CP como: “Medidas que aumentam a 
qualidade de vida de pacientes e seus familiares que enfrentam uma doença terminal, 
através da prevenção e alívio do sofrimento por meio de identificação precoce, 
avaliação correta e tratamento de dor e outros problemas físicos, psicossociais e 
espirituais”. (JÚNIOR; REIS. 2007) 
http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=ATTY,+ADRIANA+TAVARES+DE+MORAES
http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=TOMAZELLI,+JEANE+GLAUCIA
Visando oferecer uma abordagem eficiente ao paciente terminal, os CP são 
empregados multidisciplinarmente, pois assim há reciprocidade, enriquecimento 
mútuo, permitindo a troca entre áreas de conhecimento, demonstrando que nenhuma 
profissão consegue abranger todos os aspectos envolvidos no tratamento desses 
pacientes, destacando a importância do trabalho coletivo, ao proporcionar a 
assistência integral aos pacientes terminais. (BURGOS. 2017) 
 
 
PATOLOGIA EM DESTAQUE 
 
Nas últimas décadas, o câncer tem se destacado dentre as doenças crônicas 
não transmissíveis. Alcançando patamares alarmantes, ele vem sendo considerado 
um problema contemporâneo de saúde pública mundial. Estimativas da Organização 
Mundial da Saúde (OMS) sinalizam que, em 2030, o câncer vai alcançar, 
aproximadamente, em todo o mundo, 27 milhões de casos incidentes, 17 milhões de 
óbitos e 75 milhões de pessoas com diagnóstico anual. O maior efeito será perceptível 
em países de baixa e média renda. (FREIRE et all. 2018) 
No Brasil, dados estatísticos direcionaram para uma ocorrência equivalente ao 
aparecimento de cerca de 580 mil novos casos de câncer, revelando, desta forma, a 
magnitude do problema no país. Quando assume a forma avançada, o câncer pode 
evoluir para a condição de impossibilidade de cura, com presença de sinais e sintomas 
pouco controláveis como dor, náuseas, vômitos, anorexia, fadiga, depressão, 
ansiedade, constipação, entre outros. (FREIRE et all. 2018) 
As manifestações podem estar relacionadas à invasão tumoral, como também 
aos efeitos adversos do tratamento em alguns tipos de câncer, causando intenso 
desconforto ao paciente e um impacto circunstancialmente negativo para a qualidade 
de vida. Diante disso, os cuidados prestados ao paciente com câncer deixam de ser 
curativos e passam a ser paliativos. (FREIRE et all. 2018) 
 
 
SINTOMAS COMUNS 
 
Os principais sintomas identificados nos pacientes, sobre os quais a fisioterapia 
pode atuar, foram: fadiga; dispnéia; déficit de locomoção; perda da funcionalidade; 
ansiedade; espasmo muscular; dor; fraqueza; acúmulo de secreção; úlcera de 
pressão; perda do equilíbrio; contratura; constipação intestinal; depressão; edema. 
 
 
OBJETIVO 
 
Os cuidados paliativos visam melhorar a qualidade de vida dos pacientes, que 
enfrentam doenças que ameaçam suas vidas, com intervenções que visem o alivio da 
dor e de outros sintomas físicos, psicológicas, sociais e espirituais. A Fisioterapia 
Paliativa tem como objetivo principal a melhora da qualidade de vida dos pacientes 
sem possibilidades curativas, reduzindo os sintomas e promovendo sua 
independência funcional, para que isto seja alcançado é preciso manter um canal de 
comunicação aberto com o paciente, familiares e demais profissionais envolvidos. 
(BURGOS. 2017) 
 
 
Fonte: secad.artmed.com.br 
 
 
FISIOTERAPIA EM CUIDADOS PALIATIVOS 
 
Os principais papéis do fisioterapeuta na equipe multidisciplinar foram: 
 Ajudar o paciente a manter sua identidade; 
 Apoiá-lo na manutenção de vida ativa até a morte; 
 Gerar conforto; 
 Treinar habilidades remanescentes; 
 Promover atividade corporal; 
 Manter a autonomia dos pacientes; 
 Incentivar a convivência com a família e amigos; 
 Orientar os cuidadores. 
 
As condutas fisioterápicas mais citadas foram: 
 Massagem; 
 Movimentação passiva, 
 Ativo-assistida e ativa; 
 Posicionamento; 
 Transferência; 
 Mudança de decúbito; 
 Infravermelho; 
 Estimulação elétrica transcutânea; 
 Compressão e elevação; 
 Vibrocompressão; 
 Drenagem postural; 
 Respiração diafragmática; 
 Estímulo à tosse; 
 Aspiração; 
 Prescrição de auxílio para marcha; 
 Treino de deambulação. 
 
É essencial a atuação do fisioterapeuta na equipe multidisciplinar, pois a 
fisioterapia promove controle dos sintomas, maximiza as habilidades funcionais 
remanescentes, promove educação e orientação aos cuidadores, mantém a 
autonomia dos pacientes, seu senso de identidade em meio a ambientes e propicia e 
incentiva uma convivência maior com a família e os amigos. (JÚNIOR; REIS. 2007) 
Observou-se que o toque, o tempo de convivência e partilhar sentimentos 
geram um vínculo fisioterapeuta/paciente; e este interfere diretamente, de forma 
positiva e saudável, no tratamento. Foi possível perceber que a relação estabelecida 
entre o fisioterapeuta e o paciente é importante para ambos e é evidenciada, neste 
estudo, como uma relação de amizade, afetividade e compreensão, que auxilia o 
tratamento. Nessa relação, o paciente se sente importante, querido e não 
abandonado. Portanto, este estudo revela que a relação fisioterapeuta/paciente vai 
muito além do cuidado técnico e trata muito mais do que a condição física do paciente. 
(MULLER; SCORTEGAGNA; MOUSSALLE. 2011) 
 
 
 
Fonte: valencis.com.br 
 
OBRIGADA! 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
. 
1. ATTY, Adriana Tavares de Moraes and TOMAZELLI, Jeane 
Glaucia. Cuidados paliativos na atenção domiciliar para pacientes oncológicos 
no Brasil. Saúde debate [online]. 2018, vol.42, n.116, pp.225-236. ISSN 2358-
2898. https://doi.org/10.1590/0103-1104201811618. Disponível em: 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S01031042018000100225&script=sci_ab
stract&tlng=pt Acesso:29/03/2021 
 
2. Burgos, Daiane Bruna Leal. Fisioterapia Paliativa Aplicada ao Paciente 
Oncológico Terminal. Ensaios Ciencias. Cienc. Biol. Agrar. Saúde, v.21, n.2, 
p. 117-122, 2017 Disponível em: 
https://revista.pgsskroton.com/index.php/ensaioeciencia/article/view/4021 
Acesso em: 28/03/2021 
 
3. Freire, Maria Eliane Moreira; Costa, Solange Fátima Geraldo da; Lima,Regina 
Aparecida Garcia de; Sawada, Namie Okino.Qualidade de vida relacionada à 
saúde de pacientes com câncer em cuidados paliativos. Texto contexto - 
enferm. vol.27 no.2 Florianópolis 2018 Epub May 28, 2018. Disponível em: 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S01040707201800020
0318&lng=pt&tlng=pt.Acesso em: 28/03/2021. 
 
4. MÜLLER, A. M.; SCORTEGAGNA, D.; MOUSSALLE, L. D. Paciente 
Oncológico em Fase Terminal: Percepção e Abordagem do 
Fisioterapeuta. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 57, n. 2, p. 207-215, 
30 jun. 2011. Disponível em: 
https://rbc.inca.gov.br/revista/index.php/revista/article/view/708Acesso:29/03/2021 
 
5. REIS JÚNIOR, Luiz Carlos dos; DOS REIS, Paula Elisa Avelar Maia. 
CUIDADOS PALIATIVOS NO PACIENTE IDOSO: o papel do fisioterapeuta no 
contexto multidisciplinar. Fisioterapia em Movimento, [S.l.], v. 20, n. 2, ago. 
2017. ISSN 1980-5918. Disponível em: 
<https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/view/18887/18271>. Acesso 
em: 28/03/2021. 
 
 
 
http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=ATTY,+ADRIANA+TAVARES+DE+MORAES
http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=TOMAZELLI,+JEANE+GLAUCIA
http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=TOMAZELLI,+JEANE+GLAUCIA
https://doi.org/10.1590/0103-1104201811618
	1. ATTY, Adriana Tavares de Moraes and TOMAZELLI, Jeane Glaucia. Cuidados paliativos na atenção domiciliar para pacientes oncológicos no Brasil. Saúde debate [online]. 2018, vol.42, n.116, pp.225-236. ISSN 2358-2898. https://doi.org/10.1590/0103-11...

Continue navegando