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Fluxo de água nos tecidos vegetais: difusão simples, osmótica, turgor e flacidez, potencial hídrico, membranas seletivas, xilema.

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II. O fluxo de água nos tecidos vegetais 
• De curta distância: dentro de órgãos e 
tecidos. Ex: fluxo de água no mesofilo, 
foliar, no parênquima caulinar, no 
parênquima cortical de raiz. 
– O fluxo de curta distância se dá for difusão 
simples ou osmótica. A difusão é 
desencadeada por uma diferença de 
concentração de solutos, onde moléculas se 
movem da zona de maior para a de menor 
concentração. 
 
– A difusão simples ocorre nos espaços 
intercelulares e aos longos das paredes 
interconectadas dos tecidos. 
− Na difusão osmótica, as zonas de diferentes 
concentrações estão separadas por uma 
membrana seletiva, que só permite a difusão do 
solvente (água) e não dos solutos dissolvidos. 
As entradas e saídas de água das células que 
compõem os tecidos se dá por difusão osmótica. 
 
 
 Membrana plasmática e 
tonoplasto são 
membranas seletivas 
− A difusão simples cessa se as concentrações se 
igualarem ao longo do sistema. A difusão 
osmótica cessa se forem igualadas as 
concentrações dos dois lados da membrana ou 
se houver alterações de pressão como 
consequência do movimento de água. 
− Como a parede celular vegetal é dotada de 
rigidez, ela vai gerar um aumento de pressão 
(turgor) quando a água entrar, freando a 
entrada de mais água. Quando a água sair, é 
gerado um alívio desta pressão (flacidez) e um 
alívio deste freio de entrada. Células que não 
são dotadas de parede (animais), não 
conseguem suportar aumentos de pressão 
(explodem) e devem evitar meios hipotônicos 
(com pouca concentração de solutos). 
 
 
Como o movimento osmótico em células vegetais 
gera um gradiente de pressão no sentido inverso ao 
da concentração, o melhor parâmetro para prever 
osmose em plantas é o potencial hídrico (Ψw): 
parâmetro misto, que considera tanto a presença de 
solutos como a pressurização de um lado e outro da 
membrana. Não havendo soluto e nem 
pressurização, este parâmetro tem valor ZERO 
(convenção). O acréscimo de solutos faz reduzir 
este potencial (água fica mais ‘presa’) e a 
pressurização faz aumentar (água fica mais 
‘livre’). 
A água só sai ou entra em uma célula por 
osmose, se houver diferença de Ψw entre os 
dois lados da membrana. Assim, uma célula rica 
em solutos (menor Ψw ) e que absorva água por 
osmose de uma célula vizinha mais pobre em 
solutos (maior Ψw), vai ter sua concentração de 
solutos diminuída e sua pressão aumentada (seu 
Ψw vai subir!), enquanto que a concentração de 
solutos na outra vai aumentar e pressão vai diminuir 
(seu Ψw vai cair!). O movimento cessa quando os 
dois Ψw se igualarem. 
A B 
ΨwA > ΨwB 
Diminui a pressão e aumenta a 
concentração (ΨwA cai) 
Aumenta a pressão e diminui 
a concentração (ΨwB sobe ) 
ΨwA = ΨwB 
H2O 
Taiz & Zeiger 2004 
Conhecendo as membranas seletivas 
das células vegetais 
 
– Fração lipídica: permeável a moléculas 
apolares ou muito pequenas (gases, H2O) 
– Fração proteica: passagem controlada e 
seletiva de moléculas polares e íons 
(nutrientes, solutos orgânicos, H2O) 
AQUAPORINAS: 
Canais proteicos 
para facilitar difusão 
osmótica de água. 
• De longa distância: através do sistema 
vascular, permitindo conduzir água de um órgão 
a outro. A principal via de condução de água é o 
xilema. O fluxo no xilema se dá por diferença de 
pressão, ou seja, por fluxo de massa. As 
células condutoras do xilema são ocas, 
facilitando este fluxo.

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