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Pdas linhas globais a uma ecologia dos saberes - Boaventura de Souza Santos.ensamento abissal

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
ESCOLA DE DIREITO TURISMO E MUSEOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE MUSEOLOGIA 
Para Além do Pensamento Abissal: das linhas globais a uma ecologia dos saberes - Boaventura de Souza Santos.
Em seu ensaio acerca do pensamento abissal do mundo moderno ocidental, o autor Boaventura de Souza Santos, traz reflexões sobre a dicotomia presente entre o mundo, denominados pelo autor de “Velho e Novo Mundo”. Para o autor o pensamento moderno é um pensamento abissal, ou seja dividido por um abismo, que os separam, com dois lados, sendo que apenas um dos lados prevalece, tornando outro inexistente, como dito pelo autor: 
 
A divisão é tal que “o outro lado da
linha” desaparece como realidade,torna-se inexistente e é mesmo produzido
como inexistente. Inexistência significa não existir sob qualquer
modo de ser relevante ou compreensível.Tudo aquilo que é produzido
como inexistente é excluído de forma radical porque
permanece exterior ao universo que a própria concepção de inclusão
considera como o “outro. (SANTOS,2007, p. 01)
Através desta citação pode-se observar, que não é possível a harmonia entre os dois lados, uma vez que apenas um dos lados possui voz e vez no pensamento ou seja a não-dialética, nesse contexto os “lados” podem ser definidos como a colônia e a metrópole. Caracterizando a modernidade ocidental como um paradigma fundado na tensão entre a regulação e a emancipação social. (SANTOS,2007, p. 02).
O pensamento abissal, vai sendo moldado e caracterizado, por sua capacidade de radicalizar e potencializar as distinções, conhecimento,o pensamento abissal consiste na concessão do monopólio da distinção universal entre o verdadeiro e o falso à ciência,em detrimento de dois conhecimentos alternativos: a filosofia e a teologia
(SANTOS,2007, p. 02). 
O conhecimento torna-se propriedade de uma determinada classe, tornando assim todo o conhecimento que não está englobado aos moldes da academia inválido. Desta forma, outros tipos de conhecimento que não pertencem a esse círculo não são valorizados ou reconhecidos; conhecimentos “leigos, populares, plebeus, camponeses ou indígenas do outro lado da linha”.
Ou seja o direito moderno, não leva em consideração as características das culturas pré existentes ou seja:
 Cada uma cria um subsistema de distinções visíveis e invisíveis de tal modo que as últimas se tornam o fundamento das primeiras. conhecimento,o pensamento abissal consiste na concessão do monopólio da distinção universal entre o verdadeiro e o falso à ciência, em detrimento de dois conhecimentos alternativos: a filosofia e a
teologia.
(SANTOS,2007, p. 02).
Sendo assim o direito irá instalar uma dicotomia entre as relações sociais, descartando outros pontos de vista, como citado por PAIVA, 2015, p.201. O pensamento moderno ocidental é um pensamento abissal, ou seja, um pensamento dotado de buracos, aquele pensamento que é excludente em sua hegemonia e acaba por suprimir e opor-se a outras versões epistemológicas.
O autor cita ao decorrer do texto, o autor propõe uma alternativa que possa sanar tal problema, que é denominado como “ecologia dos saberes”, que atua como agente de coalizão, A ecologia de saberes se baseia na idéia de que o conhecimento é interconhecimento (SANTOS, 2007, p.15), tendo como propósito, dar voz as variadas áreas de conhecimento, presentes nas mais variadas culturas, dando voz a diversos conhecimentos que possibilite a inserção e a maior participação dos grupos sociais, (PAIVA, 2015, p.201).
Referências:
Santos, Boaventura de Sousa, Para Além do Pensamento Abissal: das linhas globais a uma ecologia dos saberes. Novos Estudos: CEBRAP 79, novembro 2007. pp. 71-94.
Paiva, Marília Luana Pinheiro de, Um Olhar sobre “Epistemologias do Sul” de Boaventura de Sousa Santos. Revista Uniara, Volume 18, nº 1, julho de 2015.
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