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embargos de declaração - pablo

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR
RELATOR ERIVAL LOPES DA COLENDA 2ª CÂMARA
ESPECIALIZADA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DO PIAUÍ
URGENTE
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM HABEAS CORPUS
HABEAS CORPUS Nº 0751237-25.2021.8.18.0000
ÓRGÃO: 2ª Câmara Especializada Criminal
RELATOR: Des. Erivan Lopes
ORIGEM: Picos/4ª Vara Criminal
IMPETRANTE: Mardson Rocha Paulo (OAB/PI Nº 15.476)
PACIENTE: Pablo Rusevel Santos Coutinho
MARDSON ROCHA PAULO, advogado, devidamente qualificado nos
autos na qualidade de impetrante, em favor do Paciente Pablo Rusevel Santos
Coutinho, não concordando com o r. acórdão, vem, respeitosamente,
entendendo existir omissão quanto a análise dos fatos trazidos na inicial do
Habeas Corpus, opõe os presentes EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, com
fundamento no artigo 619 do Código de Processo Penal, pelos fatos e
fundamentos a seguir delineados:
Excelência, opõe os presentes embargos de declaração tendo em vista que
os fundamentos pelo qual fora impetrado o presente writ não foram
enfrentados.
Ocorre o fundamento da presente impetração se pauta na ausência de
contemporaneidade entre a manutenção da prisão preventva atual - última
decisão proferida em 05.02.2021 - que se constitui novo decreto prisional -
(e não a sua necessidade de conversão da prisão em flagrante em preventiva),
vejamos o a transcrição da petição inicial do Habeas Corpus:
“A presente defesa fora constituída em 08.01.2021, cinco
meses após tersido proferida a sentença condenatória,
conforme substabelecimento anexo, quando percebeu que até
a presente data não constava nos autos a intimação pessoal
do Paciente para que pudesse tomar conhecimento da
sentença condenatória e manifestar seu desejo em recorrer.
Diante desta circunstância, fora interposto recurso de
apelação na mesma data de 08.01.2021. Na mesma data
também fora formulado pedido de revogação da prisão
preventiva em virtude de não existir mais contemporaneidade
entre os supostos fatos que ensejaram a sua decretação
(prisão em flagrante em 26.2.2020) e a presente data, quando
já transcorria quase um ano.”
Assim, os fundamentos da impetração demonstram não mais existir
atualidade da medida, o que não foi enfrentado, dispondo tão somente o
seguinte o acórdão:
“Registra-se, por fim, que não há que se falar em ausência de
contemporaneidade da prisão preventiva, porquanto foi
decretada à época dos fatos e mantida durante o decorrer do
processo por subsistirem os motivos ensejadores. Aliás,
segundo orientação do STJ, ‘(...) não há lógica em deferir ao
condenado o direito de recorrer solto quando permaneceu
segregado durante a persecução criminal, se persistentes os
motivos para a manutenção da medida extrema’, como no
caso em questão. (...)”.
Quando a defesa destaca não haver mais necessidade da medida, quer
dizer que essa necessidade já existiu anteriormente, conforme bem
destacado, na época dos fatos. Porém, no presente momento não existe
mais.
Neste diapasão, se constata a necessidade de suprir a omissão do
acórdão, quanto a este ponto, tendo em vista que a impetração se dar em
razão da ausência de contemporaneidade (atualidade) com a presente
impetração, que ocorre a mais de um ano dos fatos.
Entendemos sempre respeitosamente que o juízo a quo ao invocar ainda a
contemporaneidade da medida por fato que ocorreu em 26.02.2020 (no
carnaval do ano passado e antes mesmo do início da Pandemia - muito tempo
se passou), viola o artigo 315, §1°, do Código de Processo Penal, que dispõe
que a fundamentação da decisão que denegar a prisão preventiva será
fundamentada na existência de fatos novos ou contemporâneos - ou seja, atuais.
Desta forma, não se discute a contemporaneidade da medida no
momento da conversão da prisão em flagrante em preventiva, que destaca-
se era necessária naquele momento processual.
No presente caso, a fundamentação da impetração é que na presente
data 30.03.2021 não se revela mais necessidade da manutenção da prisão
preventiva, pois não existem fatos novos.
Pelo contrário, as vítimas já foram ouvidas, instrução encerrada e
sentença condenatória proferida, não havendo qualquer prejuízo para o
deslinde da apreciação do recurso de apelação interposto perante este
douto TJPI.
Quanto a garantia da ordem pública, mencionado requisito perdeu
forças sobremaneira com o passar o tempo, não havendo fundamento atual
que justifique a manutenção da prisão preventiva.
Lado outro, descata-se a primariedade e bons antecedentes do Paciente,
que embora não sirvam, por si só, para mitigar os requisitos da prisão
preventiva, não poderão ser desconsiderados para a análise do caso em
comento.
Como dito, o crime ocorreu no carnaval do ano passado (2020), antes
da Pandemia, não havendo mais qualquer abalo a ordem pública na
soltura do acusado.
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido os presentes
Embargos Declaratórios, para que este Colendo TJPI possa enfrentar os
argumentos trazidos na inicial do Habeas Corpus, ao final, concedendo a
ordem.
Confiante na tutela jurisdicional.
Picos-PI, 30.03.2021
Dr. Mardson Rocha Paulo (OAB-PI n° 15.476)

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