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EAD - NÚCLEO COMUM METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO Angela Zatti Gabriel Cianciardi Neto Júlia Antonieta Simões Felgar http://unar.info/ead2 METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO Profª Angela Zatti Prof. Gabriel Cianciardi Neto Profª Júlia Antonietta Simões Felgar 2 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ............................................................................................................. 3 PROGRAMA DA DISCIPLINA ..................................................................................................................... 4 UNIDADE 01. ORGANIZAÇÃO DINÂMICA DO PROCESSO DE ESTUDO ................................. 9 UNIDADE 02. A IMPORTÂNCIA DA DOCUMENTAÇÃO PARA O ESTUDO ............................ 14 UNIDADE 03. LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS ................................................................. 19 UNIDADE 04. MODALIDADES DE CONHECIMENTO ..................................................................... 24 UNIDADE 05. NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO E SUAS FONTES ................... 28 UNIDADE 06. A QUESTÃO REDACIONAL .......................................................................................... 33 UNIDADE 07. OS TRABALHOS CIENTÍFICOS .................................................................................... 38 UNIDADE 08. A PESQUISA CIENTÍFICA – PROJETOS DE PESQUISA ........................................ 44 UNIDADE 09. PESQUISA SEGUNDO SUA ABORDAGEM, SUA FINALIDADE E SEUS OBJETIVOS ..................................................................................................................................................... 50 UNIDADE 10. PESQUISA SEGUNDO PROCEDIMENTOS TÉCNICOS ........................................ 55 UNIDADE 11. AMOSTRAGEM: DEFINIÇÃO DA AMOSTRA .......................................................... 60 UNIDADE 12. A INVESTIGAÇÃO: A COLETA DE DADOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS .. 65 UNIDADE 13. INSTRUMENTOS PARA A COLETA DE DADOS .................................................... 70 UNIDADE 14. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS ................................................... 75 UNIDADE 15. ANÁLISE DE CONTEÚDO – DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO ................... 81 UNIDADE 16. ESTRUTURA E APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS: TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO E ARTIGOS.................................................................. 86 UNIDADE 17. APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS: COMPONENTES TEXTUAIS E PÓS-TEXTUAIS ..................................................................................................................... 95 UNIDADE 18. DA ELABORAÇÃO E DAS APRESENTAÇÕES DE DIFERENTES TRABALHOS ACADÊMICOS ............................................................................................................................................. 102 UNIDADE 19. DETALHAMENTO DAS NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS - CITAÇÕES .................................................................................................................... 108 UNIDADE 20. RETOMADA DO DETALHAMENTO DAS NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS – REFERÊNCIAS NBR 14724:2011; NBR 6023: 2002 ............. 114 3 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Sejam todos bem vindos à disciplina Metodologia do Trabalho Científico. Estamos iniciando mais uma experiência singular em nossas vidas: seremos muito próximos virtualmente e estaremos separados em termos espaciais. De onde vem essa possibilidade de estarmos juntos e separados simultaneamente? Ela decorre da capacidade de homens e mulheres de pesquisar, de ir à busca de conhecimento. Ela decorre de procedimentos especiais que podem conduzir (e efetivamente conduzem) a novas e inusitadas descobertas. Portanto, esta disciplina representa o resultado do desejo de pesquisar e do desejo de que todos os participantes deste curso também se apaixonem pela grande aventura da pesquisa e da produção de conhecimento. O conteúdo da matéria está apresentado inteiramente e os exercícios para evidenciar a compreensão de cada unidade estão devidamente assinalados. Estarei sempre às ordens de todos não apenas pela ferramenta especial, mas pelo meu e-mail pessoal: julia.felgar@uol.com.br Para finalizar, uso as mesmas palavras que dirijo a todos os meus alunos: sejamos companheiros nesta jornada, que deverá durar alguns meses, impregnados de entusiasmo e solidariedade. A ninguém é dado o privilégio do saber absoluto. Somos todos eternos aprendizes, produzindo saberes e, algumas vezes, “não-saberes”. Sejamos humildes, portanto! Assim, convidando a todos para esta pequena/grande trajetória, deixo um grande abraço. Profª (Jú)Lia 4 PROGRAMA DA DISCIPLINA Ementa De maneira instrumental, esta disciplina se dedica a apresentar ao jovem estudante a noção de ciência e de produção de conhecimento, oferecendo-lhe as diretrizes para essa ação. Alerta o estudante sobre sua responsabilidade pessoal ao atingir o nível superior de seus estudos, motivando-o e oferecendo- lhe condições para ser capaz de pesquisar teórica e empiricamente, na busca de uma melhor compreensão de seu mundo e de seu tempo, produzindo conhecimento que supera o senso comum e a doxa. Objetivos A disciplina visa a conscientizar o aluno do significado de sua inserção no ensino superior, espaço que se destina, também, à produção de conhecimento, evidenciando sua responsabilidade pessoal por seu próprio desempenho. Propõe-se auxiliá-lo a desenvolver técnicas de leitura e compreensão de textos na perspectiva de uma maior facilidade e agilidade em seus estudos teóricos, introduzindo-o, também, na prática de organizar e realizar pesquisa para produzir um novo contexto cognitivo. O objetivo final é capacitar o aluno para a pesquisa científica, conduzindo-o a elaborar projetos de pesquisa na prática e em relatórios adequados, bem como a elaborar monografias e redigir artigos científicos. De forma abrangente, esta disciplina busca se constituir em um espaço interdisciplinar, uma vez que a dinâmica da pesquisa tem em si a interseção de vários enfoques de diferentes áreas do saber. Apoia-se em normas de apresentação gráfica inseridas em documento institucional e nas normas propostas pela ABNT. 5 Bibliografia Básica BARROS, A. J. P. de; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos de metodologia: um guia para a iniciação científica. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2000. CASTRO, F. L. de. Pesquisa para iniciantes. 2. ed.. São Paulo: Lumen Juris, 2013. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed.. São Paulo: Atlas, 2010. Bibliografia Complementar AMADO, L. C.; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2002. ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR14724: Informação e Documentação – Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro, 2011. ______. NBR 6023: Informação e documentação – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR10520: Informação e Documentação - Apresentação de Citações em Documentos. Rio de Janeiro, 2002. CERVO, A. L., BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 5.ed. São Paulo: Cortez, 2001. CIANCIARDI NETO, G. Metodologia do trabalho científico. In: BATISTA, A. T. M. et al.. Ciências Contábeis. Vol. 4. Associação .Educacional de Araras, 2013. Centro Univsersitário de Araras “Dr. Edmundo Ulson” – UNAR. ______. Word dicas e truques para monografia. São Paulo: Topázio, 2004. FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 4. ed.. São Paulo: Saraiva, 2003. 6 FELGAR, J. A. S. Trabalhos acadêmicos –manual de normas para sua elaboração. 4. ed. rev. e ampl. Peruíbe: FPb, 2012. FRANCO, M. L. P. B. O estudo de caso no falso conflito que se estabelece entre análise quantitativa e análise qualitativa. Caderno de pesquisas, São Paulo, n.50, p.30-41, 1985. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1999. GONÇALVES, J. A. T. Metodologia da pesquisa. Disponível em: <http://metodologiadapesquisa.blogspot.com.br>, 2013. LEFEVRE, F.; LEFEVRE, A. M.C. Pesquisa de representação social: um enfoque qualiquantitativo. A metodologia do discurso do sujeito coletivo. Brasília: Liber Livro, 2010. ______;______. O Discurso do Sujeito Coletivo. Disponível em: <http://www.fsp.usp.br/≈flefevre>. Acesso em out./2013. ______; ______; TEIXEIRA, J. J. V.. O discurso do sujeito coletivo: uma nova abordagem metodológica em pesquisa qualitativa. Caxias do Sul/RS: EDUCS, 2000. PESCUMA, D.; CASTILHO, A. P. F. de. Projeto de pesquisa. O que é? Como fazer? Um guia para sua elaboração. São Paulo: Olho d’Água, 2005. VIEIRA, S. Como elaborar questionários. São Paulo: Atlas, 2009. ZATTI, A. Metodologia do trabalho científico. Araras/SP: UNAR, 2011. Bibliografia Sugerida ABRAHAMSOHN, P. Redação científica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. ALVES-MAZZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F. .O método nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 2. ed. São Paulo: Thomson, 2002. ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Civ. Brasileira, 1990. 7 CRESWELL, J.W. Projeto de pesquisa – métodos qualitativo, quantitativo e misto. Trad. Magda Lopes. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. DEMO, P. Metodologia da investigação em educação. Curitiba/PR. - Ed. IBPEX, 2003. ECO, H. Como se faz uma tese. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 1999. FERRARI, A. T. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: Mc. Graw-Hill do Brasil, 1983. GRAMSCI, A. Os intelectuais e a formação da cultura. 8 ed. Rio de Janeiro: Civ. Brasileira, 1991. KOYRÉ, A. Estudos da história do pensamento científico. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense, 1991. LETOURNEAU, J. Ferramentas para o pesquisador iniciante. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011. LUCHESI, C. C. et al. Fazer universidade: uma proposta metodológica. São Paulo: Cortez, 1995. MORIN, E. Ciência com consciência. Tradução por Maria D. Alexandre e Maria Alice Sampaio Dória. 3. ed..Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999. NUNES, Danilo; NAVA, Rosa Maria Ferreira Dales (Orgs.). Diretrizes para apresentação de teses, monografias e trabalhos de conclusão de curso. Santos: Centro Universitário Monte Serrat, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, 2003. OLIVEIRA, N. M.; ESPINDOLA, C. R.. Trabalhos acadêmicos: recomendações práticas. São Paulo: Copidart, 2003. OLIVEIRA, S. L. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo, Pioneira, 2001. PÁDUA, E. M. M. de. Metodologia da pesquisa: abordagem teórico-prática. Campinas: Papirus, 1996. 8 PARRA FILHO, D.; SANTOS, J. A.. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo. Futura, 2001. PESCUMA, Derna e CASTILHO, Antonio Paulo F. de. Projeto de pesquisa. O que é? Como fazer? Um guia para sua elaboração. São Paulo: Olho d’Água, 2005. REY, L. Planejar e redigir trabalhos científicos. São Paulo, Edgard Blücher, 1987. ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em Administração. 3. ed.. São Paulo: Atlas, 2005. RONAN, C.A. História ilustrada da ciência. 4 v. São Paulo: Círculo do Livro S.A, 1987. RUIZ, J. A. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 4. ed., São Paulo: Atlas, 1996. SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia: elementos de metodologia do trabalho científico. Belo Horizonte: Interlivros, 1973. SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. São Paulo: 2000. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1992. VIEIRA, L. A. A pesquisa em educação: organização do trabalho científico . Curitiba/PR - IBPEX Ltda, 2005. VIEIRA, S. Elementos de estatística. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 9 UNIDADE 01. ORGANIZAÇÃO DINÂMICA DO PROCESSO DE ESTUDO CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Esta unidade visa a trazer ao aluno a consciência do que a ciência (conhecimento) representa para os seres humanos. Busca inserir o aluno na proposta da busca de conhecimento pela ação científica que se expressa em novas posturas pessoais e acadêmicas. Deseja propor ao aluno uma nova forma de organizar e dinamizar a vida acadêmica, na perspectiva de alcançar resultados desejáveis e satisfatórios. ESTUDANDO E REFLETINDO Pensar é próprio dos seres humanos e nossas ações são baseadas em opções que fazemos no decorrer de toda nossa vida, ao contrário das máquinas, que são programadas para executar tarefas mecânicas, ou as dos animais, que contam com seus instintos para a sobrevivência. A produção do conhecimento é uma característica marcante no homem. Esse conhecimento, por sua vez, constitui o patrimônio histórico- cultural da humanidade. Incessantemente, o homem vem produzindo conhecimento nos campos da arte, ciência e tecnologia, organizando o espaço físico e social. O domínio do conhecimento possibilita ao homem não só conhecer o mundo, mas também compreender e transformar sua própria realidade. Porém, para que a sociedade possa caminhar e desenvolver-se, é imprescindível que todos tenham acesso a esse conhecimento, cuja apropriação pode se dar de diversas maneiras. (CIANCIARDI NETO, 2013, p. 337). Somos propensos a ter “teoria”. A observação cotidiana de “n” fatos permite algumas conclusões: em dias de chuva há risco de mais acidentes; domingo à tarde, os homens “se ligam” no futebol; a morte ronda mais de perto as crianças pobres e tantos outros exemplos. Essas afirmações decorrem da reflexão sobre semelhança e correlação entre determinados fatos ou fenômenos e acabam gerando generalizações ou “leis”, cuja definição destaca que a lei científica constitui a descoberta de 10 relações (semelhanças/ contrastes) mais ou menos constantes entre os fatos e/ou fenômenos, quaisquer que sejam suas respectivas naturezas. Por conseguinte, teoria é um conjunto de leis que buscam explicar a realidade: fatos concretos e singulares e, intuitivamente, em nosso cotidiano, vamos elaborando muitas teorias. Essa teorização, a partir de uma observação grosseira e de mero bom senso (doxa, em grego mera opinião), acaba sendo a proposta de teorias impregnadas de PRECONCEITOS. Donde é possível propor que só é livre aquele que conhece as suas “teorias” e é capaz de revisá-las – vê-las criticamente. A ciência é, pois, um conjunto de teorias (conjunto de leis) que tentam explicar a realidade. Quando há um conjunto de teorias sobre determinado assunto, temos uma ciência sobre esse assunto (psicologia, sociologia, filosofia, química, física, biologia, direito, informática, robótica, física quântica etc. etc.. No entanto: nenhuma lei explica o fenômeno todo ou todos os fenômenos. Assim: as teorias têm vieses próprios de uma época, de um tipo de pensamento e contêm sempre “ideologia”. Portanto: o trabalho do pesquisador, do cientista, do homem sábio é “questionar” as teorias e a realidade que elas tentam descrever. Como? Por quê? Quando? Onde? Por conseguinte: em uma visão crítico-histórica, não há a possibilidade de formular leis ou dogmas. (verdades absolutas). Na sociedade humana as leis são condicionadas - acompanham tendências e é preciso ter cuidado com as posturas conservadoras. Decorre, pois, que as leis sociais são superadas pelo movimento da história; e é por isso que dizemos que a ciência é um fenômeno processual. Highlight Na sociedade humana as leis são condicionadas - acompanhamtendências e é preciso ter cuidado com as posturas conservadoras. Decorre, pois, que as leis sociais são superadas pelo movimento da história; e é por isso que dizemos que a ciência é um fenômeno processual. 11 Algumas considerações à guisa de conclusões: a) a atividade científica é uma atividade social como qualquer outra; b) a ciência não gera certezas; c) a ciência corre o risco de ser prescritiva e não criativa; d) a ciência corre o risco de ser elitista; e) a ciência corre o risco da impunidade - estar acima do bem e do mal; f) o pensamento nunca esgota o pensado. E nessa direção da ciência, estar diante da vida universitária e diante da possibilidade de estudar, de realizar pesquisas e produzir conhecimento é uma realidade que exige alguns requisitos específicos: a) assumir-se como estudante e como pesquisador; b) elaborar estratégias que permitam alcançar os objetivos que forem estipulados; c) ter consciência de que a vida acadêmica pode representar um momento de solidão (dependo de mim), mas ao mesmo tempo, representa a possibilidade de atingir independência e autonomia; d) é, pois, necessário criar instrumentos que viabilizem e facilitem esse caminhar. E QUAIS SÃO ESSES INSTRUMENTOS? Em primeiro lugar, é preciso ir à busca de um instrumento essencial, ou seja, é preciso fundamentar, teoricamente, o conhecimento. E COMO FAZER? LER, LER E LER; SE FOR PRECISO, LER, LER E LER MAIS a) começar por apostilas e manuais; b) não se limitar a eles e passar para livros; c) ler periódicos (revistas) em geral e especializados; d) ler jornais e resenhas; e) ter por hábito regular fazer consultas ao(s) dicionário(s); f) ler trabalhos acadêmicos: TCC’s, dissertações, teses etc.. Highlight a atividade científica é uma atividade social Highlight a ciência não gera certezas; Highlight e ser p Highlight a ciência corre o risco de ser prescritiva e não criativa; Highlight a ciência corre o risco de ser elitista; Highlight a ciência corre o risco da impunidade - estar acima do bem e do mal; f) o pensamento nunca esgota o pensado. Highlight a direção da ciência, estar diante da vida universitária e diante da possibilidade de estudar, de realizar pesquisas e produzir conhecimento é uma realidade que exige alguns requisitos específicos: a) assumir-se como estudante e como pesquisador; b) elaborar estratégias que permitam alcançar os objetivos que forem estipulados; c) ter consciência de que a vida acadêmica pode representar um momento de solidão (dependo de mim), mas ao mesmo tempo, representa a possibilidade de atingir independência e autonomia; d) é, pois, necessário criar instrumentos que viabilizem e facilitem esse caminhar. Highlight começar por apostilas e manuais; b) não se limitar a eles e passar para livros; c) ler periódicos (revistas) em geral e especializados; d) ler jornais e resenhas; e) ter por hábito regular fazer consultas ao(s) dicionário(s); f) ler trabalhos acadêmicos: TCC’s, dissertações, teses etc.. 12 AO MESMO TEMPO: a) participar de congressos, simpósios, seminários etc.; b) ser eclético, ou seja, estar consciente de que a formação, hoje, pede a transdisciplinaridade e a interdisciplinaridade; c) saber utilizar consultas eletrônicas como fontes virtuais de aquisição de conhecimento. E COMO EXPLORAR DEVIDAMENTE ESSAS AÇÕES? a) ter o hábito de fazer apontamentos em sala e complementá-los com leituras; b) elaborar fichas de documentação, onde se inserem ideias principais do autor; c) às vezes, basta anotar conceitos e/ou definições para, posteriormente, tentar elaborar um texto explicativo; d) na dúvida, recorrer à pesquisa da bibliografia pertinente e sugerida; e) o hábito das anotações e dos fichamentos constitui um exercício salutar de “mexer” nas ideias, trabalhando com as mesmas sem que sejam “decoradas”; f) aos poucos, um conjunto novo, organizado e sistemático de ideias irá se formando na mente do estudante. Ao iniciar a busca de conhecimento (pesquisa/vida universitária), impõe- se um segundo instrumento, a saber: a disciplina do estudo. E COMO INSTITUIR ESSA DISCIPLINA? a) ordenar o tempo, segundo prioridades; b) respeitar o próprio ritmo pessoal e social da família, da casa, dos compromissos etc.; c) definir um tempo, por menor que seja, para a prática sistemática do estudo; d) ao realizar estudo em grupo, fazer intervalos a cada duas horas; Highlight elaborar fichas de documentação Highlight ter o hábito de fazer apontamentos Highlight basta anotar conceitos Highlight recorrer à pesquisa da bibliografia Highlight o hábito das anotações e dos fichamentos constitui um exercício salutar Highlight ordenar o tempo, segundo prioridades; Highlight respeitar o próprio ritmo pessoal e social da família Highlight definir um tempo, por menor que seja, para a prática sistemática do estudo; Highlight realizar estudo em grupo Highlight disciplina do estudo. 13 e) organizar o estudo das disciplinas em função do grau de dificuldade de cada uma delas, especialmente as que dizem respeito direto à temática da pesquisa; f) fazer a revisão das leituras para que seja elaborada uma ficha de documentação definitiva; g) ter em mãos os fichamentos que irão dar a sustentação teórica ao projeto ou à monografia propriamente dita, quando da elaboração dos mesmos. BUSCANDO SABERES Esta unidade deve conduzir o estudante ou o pesquisador a assimilar o prazer do conhecimento, o prazer da busca e a alegria do encontro com esse conhecimento. Para tanto, é importante remeter essa proposta à citação apresentada a seguir. “É chegado o momento de acrescentarmos ao tempo e ao espaço mais uma dimensão fundamental à vida no Universo: o Tesão; o estar física e emocionalmente em prontidão, alertas, atentos, disponíveis, sintonizados, sensibilizados, sensorializados, sensualizados a todos os estímulos internos e externos da vida cotidiana [...]; graças a essa dimensão, nós sentimos a vida à flor da pele, podemos fazer fluir e tornar disponíveis nossos potenciais humanos e biológicos [...]. Finalmente, ela nos faz criar, amar, jogar, brincar, lutar pelo simples e encantado prazer de estar vivo. [...] Hoje, perder o tesão significa também se desinteressar [...] é a principal arma que dispomos para lutar contra todas as tentativas de nos imporem as dependências, as limitações e as culpas [...]” Pois concordo com o pichador de parede que escreveu esta frase no muro de um cemitério em São Paulo: Sem tesão não há solução [...] (Blog do Stycer, 2005) Highlight organizar o estudo das disciplinas em função do grau de dificuldade Highlight fazer a revisão das leituras Highlight ter em mãos os fichamentos que irão dar a sustentação teórica ao projeto 14 UNIDADE 02. A IMPORTÂNCIA DA DOCUMENTAÇÃO PARA O ESTUDO CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Uma reflexão a priori sobre objetivos a serem alcançados: a) não basta ler ou ouvir; é preciso documentar o que se lê, o que se ouve; b) para assimilar o estudo empreendido, o mesmo deve estar sempre sendo retomado, ou seja, resgatar em espaços regulares a leitura do que se estudou; c) assim, é imperioso aprender a documentar o que se lê, o que se estuda e o que se coleta empiricamente. ESTUDANDO E REFLETINDO Na visão de Severino, (2003), não adianta apenas ler livros e ouvir aulas ou ir a campo para coletar dados reais... Essas informações devem estar à disposição do estudante sob diferentes formas, a saber: DOCUMENTAÇÃO TEMÁTICA Organização do material por temas ou subtemas, dentro de uma determinada área de estudo. DOCUMENTAÇÃO BIBLIOGRÁFICA Um conjunto de informações sobre livros, revistas, sites etc., a respeito de um tema de interesse de estudo: a) registrar informações gerais sobre o(s) livro(s), por ex.; b) retirar informações contidas em orelha ou contracapa; c) assinalar tópicos, sempre respeitando normas paracitações (diretas ou não). Highlight DOCUMENTAÇÃO TEMÁTICA Highlight Organização do material por temas Highlight Um conjunto de informações sobre livros Highlight DOCUMENTAÇÃO BIBLIOGRÁFICA Highlight registrar informações gerais sobre o(s) livro(s) Highlight retirar informações contidas em orelha Highlight assinalar tópicos, sempre respeitando normas para citações 15 DOCUMENTAÇÃO GERAL Informações úteis retiradas de fontes “perecíveis”: jornais, revistas, folhetos, apostilas, dentre outras - uma boa prática seria colar recortes em pastas especiais. VOCABULÁRIO TÉCNICO LINGUÍSTICO Criação de um fichário com o significado dos principais termos técnicos a serem “dominados” - (quase um dicionário técnico particular – um glossário). Além do processo de estudo, existe a documentação que deverá estar a serviço da pesquisa e para que esteja registrada de forma a atender a todas as necessidades do estudo, a literatura traz contribuições como é o caso que se expõe a seguir. Lakatos e Marconi (2001) sugerem as seguintes técnicas na direção de documentar, em tese, a coleta de dados primários e secundários. Adaptado de Lakatos e Marconi (2001, p.107). Documentação Indireta Documentação Direta Técnicas para Coleta de Dados Pesquisa Bibliográfica Pesquisa Documental Observação Entrevista Questionário Formulário Testes Sociometria Análise de conteúdo História de vida Pesquisa de mercado Highlight Informações úteis retiradas de fontes Highlight : jornais, revistas, folhetos, apostilas, dentre outras - uma boa prática seria colar recortes em pastas especiais. Highlight DOCUMENTAÇÃO GERAL Highlight Criação de um fichário com o significado dos principais termos técnicos a serem “dominados” 16 Documentação Indireta (dados secundários) A Pesquisa Bibliográfica, que oferecerá a fundamentação teórica para a pesquisa, tem como base a documentação indireta, cujo material, já elaborado, está disponível em livros, revistas (periódicos), matérias de jornais e publicações em sites da Internet. A Pesquisa Documental, diferente da pesquisa bibliográfica, mas também oportuna para uma determinada pesquisa, baseia-se em documentos que ainda não foram utilizados em nenhum estudo, como arquivos de instituições, cartas pessoais, diários, gravações etc. (GIL, 1999, p.51). Documentação direta (dados primários) Para estudar as técnicas da documentação direta, pode-se ter por base o esquema de Chizzotti (1995), que apresenta as técnicas diretas de coleta de dados quantitativos e qualitativos. As principais técnicas para a coleta de dados mensuráveis ou passíveis de interpretação qualitativa são: 1. Observação: utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. A observação pode ser: 1.1 assistemática: quando não tem planejamento e controle previamente elaborados; 1.2 sistemática: quando possui planejamento e se realiza em condições controladas para responder aos propósitos preestabelecidos; 1.3 não participante: o pesquisador presencia o fato, mas não participa; 1.4 individual: realizada por um pesquisador; 1.5 em equipe: feita por um grupo de pessoas; 1.6 na vida real: registro de dados à medida que ocorrem; 1.7 em laboratório: onde tudo é controlado. 2. Entrevista: é um diálogo preparado com objetivos definidos. É uma técnica, mediada pela aplicação de alguns instrumentos de coleta de dados e, às Highlight Documentação Indireta Highlight Pesquisa Bibliográfica Highlight oferecerá a fundamentação teórica para Highlight a pesquisa, tem como base a documentação indireta, Highlight já elaborado, está disponível em livros, revistas (periódicos), Highlight material Highlight baseia-se em documentos que ainda não foram utilizados em nenhum estudo Highlight Pesquisa Documental Highlight Documentação direta Highlight apresenta as técnicas diretas de coleta de dados quantitativos e qualitativos. Highlight interpretação qualitativa são: 1. Observação: utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. A observação pode ser: Highlight assistemática: quando não tem planejamento Highlight possui planejamento Highlight sistemática: Highlight não participante: o pesquisador presencia o fato, mas não participa; Highlight por um Highlight um grupo Highlight registro de dados Highlight tudo é controlado. Highlight laboratório: Highlight Entrevista: é um diálogo preparado com objetivos definidos. 17 vezes, de intervenção, que permite que se concretize uma relação estreita entre as pessoas. Quando o pesquisador deseja colher informações sobre determinado fato, utiliza a entrevista estruturada, que tem um roteiro preestabelecido, ou utiliza a entrevista não estruturada, que pode ser mais explorada, porém “deve ser passível de condições para ser transformada em indicador objetivo de variáveis que se pretendem explorar.” (CHIZZOTTI, 1995, p.58). 3. Questionário: instrumento composto por um conjunto de perguntas dispostas sequencialmente; elaborado em função dos objetivos da pesquisa, das hipóteses ou questões que se investigam e com base nos pressupostos teóricos. Os questionários podem ser de perguntas: 3.1 abertas: o entrevistado responde com frases, permitindo maior elaboração nas respostas; porém,sugere-se que seja evitadas perguntas abertas, uma vez que o questionário é preenchido pelo pesquisado, sem a presença do pesquisador e há dois riscos muito sérios que são observados em inúmeros estudos: a) o sujeito pesquisado não deseja se expor e deixa em branco as questões abertas ou, até mesmo, não devolve o instrumento da pesquisa; b) as respostas são tão mal redigidas que acabam não sendo úteis aos objetivos que estão propostos; 3.2 fechadas: apresentam alternativas de respostas fixas e previamente estabelecidas; estas são consideradas desejáveis para essa modalidade de instrumento, devendo ser formuladas de forma a contemplar, efetivamente, os dados que necessitam ser coletados. 3.3 múltiplas escolhas ou mista: fechadas com uma série de respostas possíveis. 4. Formulário: instrumento constituído por um roteiro de perguntas enunciadas pelo entrevistador e preenchidas por ele mesmo, com base nas Highlight a entrevista estruturada, que tem um roteiro preestabelecido, Highlight entrevista não estruturada, que pode ser mais explorada, porém “deve ser passível de condições para ser transformada em indicador objetivo de variáveis que se pretendem explorar.” Highlight instrumento composto por um conjunto de perguntas dispostas sequencialmente Highlight Questionário Highlight função dos objetivos da pesquisa, Highlight 1 abertas: Highlight entrevistado responde com frases, permitindo maior elaboração nas respostas; Highlight fechadas: Highlight apresentam alternativas de respostas fixas Highlight múltiplas escolhas ou mista: fechadas com uma série de respostas Highlight instrumento constituído por um roteiro de perguntas enunciadas pelo entrevistador e preenchidas por ele mesmo, Highlight Formulário 18 respostas do pesquisado. Se houver apenas questões específicas, sem dados mais abrangentes do entrevistado (escolaridade, renda, moradia, identificação etc. etc.), será usado apenas para coleta de depoimentos. 5. Testes: instrumentos para obter dados que permitam medir o rendimento, a frequência, a capacidade ou a conduta de indivíduos, de forma quantitativa. 6. Sociometria: técnica quantitativa que procura explicar as relações pessoais entre indivíduos de um grupo. 7. Análise de conteúdo: permite a descrição sistemática, objetiva, ainda que quantitativa, mas permitindo a interpretação qualitativa do conteúdo da comunicação. 8. História de vida: tentativa de obtenção de dados relativos de uma pessoa que tenham significado para o conhecimento do objeto em estudo. Muitos trabalhosreconstituem a história social, mediante os depoimentos relativos às vidas dos sujeitos selecionados para a pesquisa. 9. Pesquisa de mercado: obtenção organizada e sistemática de informações sobre o mercado, visando a ajudar no processo decisivo das empresas e minimizando a margem de erros. BUSCANDO SABERES “O possuidor do verdadeiro espírito científico cultiva a honestidade, evita o plágio, não colhe como seu o que ouros plantaram, tem horror a acomodações e é corajoso para enfrentar os obstáculos e os perigos que uma pesquisa pode oferecer”. (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 17) Highlight instrumentos para obter dados que permitam medir o rendimento, a frequência, Highlight quantitativa. Highlight técnica quantitativa Highlight descrição sistemática Highlight ainda que quantitativa, mas permitindo a interpretação qualitativa do conteúdo da comunicação. Highlight : tentativa de obtenção de dados relativos de uma pessoa que tenham significado para o conhecimento do objeto em estudo. Highlight tenção organizada e sistemática de informações sobre o mercado, 19 UNIDADE 03. LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Compreender e registrar adequadamente o que se lê e o que se ouve é a verdadeira “alma do negócio”. Mas existe um fato corriqueiro: o aluno ou a pessoa lê e, de imediato, não “explica” o que leu. O QUE ACONTECE? Uma impossibilidade de compreensão imediata. E O QUE FAZER? Não se trata de identificar razões, mas de buscar uma forma de solucionar esse “problema”. EIS, POIS, OS OBJETIVOS DESTA UNIDADE: aprender a ler, a compreender o que se lê e a internalizar os conteúdos lidos. ESTUDANDO E REFLETINDO O prof. Antonio Joaquim Severino1 propõe 3 “níveis” de leitura para tentar solucionar o problema de (in)compreensão da leitura, a saber: A. análise textual; B. análise temática; C. análise interpretativa. A) ANÁLISE TEXTUAL O que é uma análise textual? ELA É: a) primeira abordagem do leitor com relação ao texto; 1 O texto desta unidade está devidamente registrado na obra do prof. SEVERINO,. Metodologia do trabalho científico, em edição publicada em 2000 e apresentada nas referências deste trabalho. Highlight primeira abordagem do leitor com relação ao texto; Highlight ANÁLISE TEXTUAL 20 b) leitura atenta, mas corrida – uma tomada de contato; c) um levantamento de todos os elementos básicos para a compreensão do texto: - dados sobre o autor; - vocabulário (palavras desconhecidas); - fatos históricos, outros autores, doutrinas etc.. E como fazer? a) a análise textual deve terminar por uma esquematização do texto, ou seja, ideias principais – é menos do que um resumo; b) essa esquematização deve dar uma visualização global do texto, não omitindo o registro bibliográfico total; c) as anotações “copiadas” devem registrar ano e página de onde foram extraídas, conforme normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e normas contidas no manual de diretrizes do UNAR. Obs.: Todos esses elementos devem ser coletados e escritos em folha e;ou arquivo especial, dedicada(o) a esse tipo de análise. B) ANÁLISE TEMÁTICA Após a análise textual, quando todos os “termos” utilizados pelo autor foram compreendidos, Severino propõe a passagem para a ANÁLISE TEMÁTICA. Trata-se, como na análise textual, de uma forma de OUVIR o autor, sem interferir em suas ideias. Deve-se captar a mensagem. E como fazer? a) identificar, em primeiro lugar, o tema ou o assunto de que o autor fala; b) identificar em que limites o tema é tratado (de tempo, de espaço, de teorias etc.); Highlight leitura atenta Highlight levantamento de todos os elementos básicos Highlight a análise textual deve terminar por uma esquematização do texto, Highlight esquematização deve dar uma visualização global Highlight devem registrar ano e página de onde foram extraídas, conforme normas da ABNT Highlight nálise textual, d Highlight Trata-se, como na análise textual, de uma forma de OUVIR o autor, sem interferir em suas ideias. Highlight ANÁLISE TEMÁTICA. Highlight o tema ou o assunto Highlight e limites 21 c) procurar verificar a “problemática” que o autor se propôs, ou seja, qual é a razão de sua escolha, qual é o elemento provocador de sua abordagem do tema; d) identificar uma ideia ou tese central defendida pelo autor (a sua visão ou proposta); e) procurar entender como o autor demonstra a evolução de seu raciocínio, ou seja, a sua argumentação que deve estar logicamente encadeada por intermédio das ideias complementares; f) avaliar os subtemas ou subteses que o autor pode apresentar (e no geral apresenta) para complementar a sua argumentação e seus estudos – ideias secundárias. C) ANÁLISE INTERPRETATIVA Após verificar o texto (análise textual) e após reconhecer a temática (análise temática), chega-se à ANÁLISE INTERPRETATIVA É um processo em que há um diálogo com o autor e, para tanto, algumas atitudes devem ser tomadas: a) compreender a coerência do pensamento do autor, nesta e em outras obras escritas por ele (quando for o caso); b) verificar sua coerência com as ideias que assume; c) ser capaz de verificar seus pressupostos, mesmo que não estejam totalmente explícitos, ou seja, avaliar os valores e as “certezas” que o autor evidencia em seu texto; d) refletir sobre temas afins àquele exposto pelo autor; e) estabelecer uma análise crítica – uma tomada de posição – se o texto é relevante e se traz alguma contribuição; f) finalmente, a crítica pessoal que exige amadurecimento intelectual, mas que pode ser realizada por meio de um diálogo franco com o autor (ou seja, com as ideias expostas pelo autor). Highlight ideias complementares; Highlight argumentação Highlight raciocínio Highlight identificar uma ideia ou tese central Highlight é a razão de sua escolha, qual é o elemento provocador de sua abordagem do tema; Highlight ideias secundárias. Highlight m processo em que há um diálogo com o autor Highlight compreender a coerência do pensamento do autor, Highlight verificar sua coerência com as ideias Highlight ser capaz de verificar seus pressupostos, mesmo que não estejam totalmente explícitos, ou seja, avaliar os valores e as “certezas” que o autor evidencia em seu texto; d) e) refletir sobre temas afins àquele exposto pelo autor; estabelecer uma análise crítica Highlight , a crítica pessoal que exige amadurecimento intelectual, 22 PROBLEMATIZAÇÃO: Após esses procedimentos, o estudante (leitor) deverá problematizar sobre o texto, ou seja, a) levantar discussões/reflexões sobre problemas relacionados à mensagem do autor; b) evidenciar alguns pressupostos pessoais, colocando-os frente às afirmações do autor; c) se for o caso, discutir a mesma ideia na posição de diferentes autores. BUSCANDO SABERES Ler com a devida atenção o presente texto. IMAGINE JOHN LENNON IMAGINE JOHN LENNON Imagine there's no heaven, It's easy if you try, No hell below us, Above us only sky, Imagine all the people living for today... Imagine there's no countries, It is’nt hard to do, Nothing to kill or die for, No religion too, Imagine all the people living life in peace... Imagine no possessions, I wonder if you can, No need for greed or hunger, Imagine que não exista nenhum paraíso, É fácil se você tentar. Nenhum inferno abaixo de nós, Sobre nós apenas o firmamento. Imagine todas as pessoas Vivendo pelo hoje... Imagine que não exista nenhum país, Não é difícil de fazer. Nada porque matar ou porque morrer, Nenhuma religião também. Imagine todas as pessoas Vivendo a vida em paz... Imagine nenhuma propriedade, Eu me pergunto se você consegue. Nenhuma necessidade de ganância ou Highlight PROBLEMATIZAÇÃO: Highlight levantar discussões/reflexõessobre problemas relacionados à mensagem do autor; b) evidenciar alguns pressupostos pessoais, colocando-os frente às afirmações do autor; c) se for o caso, discutir a mesma ideia na posição de diferentes autores. 23 A brotherhood of men, imagine all the people Sharing allthe world... You may say I'm a dreamer, but I’m not the only one, I hope some day you'll join us, And the world will live as one fome, Uma fraternidade de homens. Imagine todas as pessoas Compartilhando o mundo todo. Você talvez diga que sou um sonhador, Mas eu não sou o único. Eu espero que algum dia você se junte a nós, E o mundo viverá como um único. 24 UNIDADE 04. MODALIDADES DE CONHECIMENTO CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE No decorrer da história, os homens foram produzindo e agregando conhecimentos em diferentes áreas do saber e, segundo diferentes procedimentos com vistas a produzir esses conhecimentos, buscaram inspiração em forças mágicas, em forças da natureza, em mitos e deuses. Povos antigos descobriram como medir áreas e volumes, como marcar o tempo pelos principais acontecimentos e puderam registrar os eclipses. Eis, pois, o objetivo desta unidade: evidenciar essa trajetória que traça diferentes níveis de conhecimentos, sempre preocupados em registrar verdades. ESTUDANDO E REFLETINDO O progresso científico, de forma geral, é um produto da atividade humana, para a qual o homem, compreendendo o que o cerca, passa a desenvolvê-lo para novas descobertas. e, por relacionar-se com o mundo de diferentes formas de vida, o homem utiliza-se de diversas formas de conhecimentos, por intermédio dos quais ele evolui e faz evoluir o seu habitat. Dentre esses tipos de conhecimentos encontram-se o filosófico, o teológico, o empírico e o científico. (FACHIN, 2009, p. 19) Eis alguns tipos de conhecimento Conhecimento filosófico – o grande mérito da filosofia é justamente desenvolver no ser humano o espírito indagativo, a busca de respostas. Não é uma ciência propriamente dita, mas é a busca do saber. Por essa razão, existe uma forte ligação do conhecimento filosófico com os demais conhecimentos. Trata-se de um guia para a reflexão e para as perguntas que movem homens e mulheres: Como? Por quê? Quando? O quê? Highlight o grande mérito da filosofia é justamente desenvolver no ser humano o espírito indagativo, a busca de respostas. Não é uma ciência propriamente dita, mas é a busca do saber. Highlight uma forte ligação do conheciment Highlight to filosófico com os demais conhecimentos. Highlight Conhecimento filosófico 25 Na visão de Barros e Lehfeld (2000), o conhecimento que advém do pensar filosófico é fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência. Conhecimento teológico – recai sobre a fé e provém de revelações do mistério sobrenatural com que se interpretam mensagens e manifestações divinas. Pela fé na existência da divindade, o conhecimento teológico tem respostas para todas as indagações do homem. Complementado com as reflexões de Barros e Lehfeld (2000), pode-se dizer que o conhecimento teológico é revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo. Conhecimento empírico – ligado às experiências e vivências cotidianas, não tem a fundamentação dos postulados metodológicos. O conhecimento empírico permite que se saiba o que é a folha de uma planta, mas não se sabe em quantas partes se divide e se apresenta, quais são essas partes etc., pois este é o conhecimento da botânica. Não deve ser ignorado, pois é a estrutura de base para se chegar ao conhecimento científico. Assim, segundo Barros e Lehfeld (2000), o conhecimento empírico (ou conhecimento vulgar, popular, senso comum) é conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o conhecimento adquirido através de ações não planejadas. Apresenta as seguintes características: é superficial, conforma-se com a aparência, não chegando à essência das coisas; é sensitivo, refere-se a vivências, a emoções da vida cotidiana; é subjetivo, isto é, o próprio sujeito organiza suas experiências; é assistemático, não se prende a uma organização de ideias; é acrítico, não há preocupação de análise, de chegar à verdade. Highlight , o conhecimento que advém do pensar filosófico é fruto do raciocínio e da reflexão humana Highlight especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos Highlight o conhecimento Highlight Conhecimento teológico – recai sobre a fé e provém de revelações do mistério sobrenatural com que se interpretam mensagens e manifestações divinas. Pela fé na existência da divindade, o conhecimento teológico tem respostas para todas as indagações do homem. Highlight o conhecimento teológico é revelado pela fé divina ou crença religiosa Highlight por sua origem, ser confirmado ou negado. Highlight Conhecimento empírico Highlight O conhecimento empírico permite que se saiba o que é a folha de uma planta, mas não se sabe em quantas partes se divide e se apresenta, quais são essas parte Highlight po Highlight pois é a estrutura de base para se chegar ao conhecimento científico. Highlight o conhecimento empírico (ou conhecimento vulgar, popular, senso comum) é conheciment Highlight o obtido ao acaso, Highlight m a aparência, Highlight superficial Highlight sensitivo, refere-se a vivências Highlight subjetivo, Highlight o próprio sujeito organiza suas experiências; Highlight não se prende a uma organização de ideias; Highlight assistemático Highlight acrítico, não há preocupação de análise, de chegar à verdade. 26 Conhecimento científico – pressupõe uma aprendizagem superior. Preocupa-se com uma abordagem sistemática dos fenômenos (objetos), tendo em vista seus termos relacionais que implicam noções básicas de causa e efeito. Assim, resulta de pesquisas metódicas e sistemáticas da realidade. Procura alcançar a verdade, mediante leis gerais e de caráter universal, ainda que a verdade encontrada possa ser temporária. Isto pela razão de que o conhecimento científico retoma constante e sistematicamente suas descobertas, buscando ampliações e ou reformulações, sempre com procedimentos metodológicos adequados. Para Barros e Lehfeld (2000), o conhecimento científico é racional, sistemático, exato e verificável. Procura resolver problemas ou interpretar fenômenos, sempre recorrendo a métodos específicos. É objetivo, metódico, demonstrável e comprovável, ou seja é: - objetivo porque delimita um campo, isto é, tem um objetivo; - metódico porque segue um caminho para chegar ao fim; - demonstrável, pois que, refazendo o caminho, demonstra o fim; - comprovável porque estabelece meios de prova. Pela característica do conhecimento científico, que exige comunicação entre os pesquisadores (comunidade científica) e deles com a sociedade em geral, conclui-se que o mesmo é de domínio público, o que gera sua evolução. Highlight uma aprendizagem superior. Preocupa-se com uma abordagem sistemática dos fenômenos (objetos), tendo em vista seus termos relacionais que implicam noções básicas de causa e efeito Highlight cançar a verdade, mediante leis gerais e de caráter universal, ainda que a verdade encontrada possa ser temporária. Isto pela razão de que o conhecimento científico retoma constante e sistematicamente suas descobertas, buscando ampliações e ou reformulações, sempre com procedimentos metodológicos adequados. Highlight o conhecimento científico é racional, sistemático, exato e verificável. Procura resolver problemas ou interpretar fenômenos, sempre recorrendo a métodos específicos. É objetivo, metódico, demonstrável ecomprovável, ou seja é: - objetivo porque delimita um campo, isto é, tem um objetivo; - metódico porque segue um caminho para chegar ao fim; - demonstrável, pois que, refazendo o caminho, demonstra o fim; - comprovável porque estabelece meios de prova. Highlight e exige comunicação entre os pesquisadores (comunidade científica) e deles com a sociedade em geral, conclui-se que o mesmo é de domínio público, o que gera sua evolução. 27 BUSCANDO SABERES Cervo e Bervian (2002, p. 6) alertam para o conhecimento científico proclamando que: O homem não age diretamente sobre as coisas. Sempre há um intermediário, um instrumento entre ele e seus atos. Isso também acontece quando ele faz ciência, quando investiga cientificamente. Ora, não é possível fazer um trabalho científico sem conhecer os instrumentos. E esses se constituem de uma série de termos e de conceitos que devem ser claramente distinguidos; de conhecimentos a respeito das atividades cognoscitivas que nem sempre entram na consideração da ciência; de processos metodológicos que devem ser seguidos, a fim de chegar-se a resultados de cunho científico e, finalmente, é preciso imbuir-se de espírito científico. 28 UNIDADE 05. NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO E SUAS FONTES CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE O objetivo desta unidade está centrado na seguinte questão: o que é ciência e quais as fontes de conhecimento das quais o homem pode se utilizar? A ciência, conhecimento produzido pelos homens em diferentes áreas da existência, mediante pesquisa, busca a “verdade”, ou seja, pretende ser “verdadeira”! Por conseguinte, o objetivo maior da ciência é encontrar a verdade. Esta unidade tem por objetivo evidenciar os caminhos que os homens podem percorrer na incessante busca de produzir conhecimento e que esse conhecimento seja verdadeiro. ESTUDANDO E REFLETINDO Na busca dessa verdade, o que o homem faz é pesquisa. E como podemos conceituar a pesquisa? Para CIANCIARDI NETO (2013), pode-se definir pesquisa científica como uma atividade humana, com o propósito de descobrir respostas para inpumeras indagações. Vale lembrar que está relacionada diretamente com a produção de conhecimento e decorre da capacidade de raciocínio do homem ao enfrentar inúmeros problemas e desafios. Autores como Severino (2000), Andrade (1999), Cervo e Bervian (1996), Lakatos e Marconi (1991) e Salomon (1973), entre tantos outros, ao conceituarem pesquisa científica, concordam que se trata de procedimento eminentemente racional, que se utiliza de métodos científicos, com o objetivo Highlight Autores como Severino (2000), Andrade (1999), Cervo e Bervian (1996), Lakatos e Marconi (1991) e Salomon (1973), entre tantos outros, ao conceituarem pesquisa científica, concordam que se trata de procedimento eminentemente racional, que se utiliza de métodos científicos, com o objetivo 29 de encontrar respostas e/ou explicações para a questão em estudo, ou seja, com o objetivo de conhecer. Conhecer é incorporar um conceito novo ou original sobre um fato ou fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos. (ZATTI, 2011, p. 3). A pesquisa direcionada ao saber, ao conhecer deve se abastecer de algumas fontes, conforme se expõe a seguir. Por conseguinte, de maneira geral, várias são as fontes para a ciência ir à busca incansável da “verdade”. FONE 1 – A INTUIÇÃO: se não é fonte conclusiva de conhecimento, é um fator que impulsiona a busca desse conhecimento. FONTE 2 – A AUTORIDADE: é o reconhecimento de um conhecimento considerado verdadeiro, mesmo que não seja definitivo. Ex.: a Bíblia e o Alcorão; Freud e Marx etc.. FONTE 3 – A TRADIÇÃO: trata-se de tudo o que é transmitido verbalmente, como a sabedoria produzida através dos tempos; tanto se pode assimilar “verdades” como “enganos”. FONTE 4 – O BOM SENSO: não deve ser desconsiderado; trata-se da cautela decorrente de uma boa observação; pode resultar, muitas vezes, em senso comum, incorrendo, então, em sérios equívocos. FONTE 5 – A CIÊNCIA: maior credibilidade e tem maior chance de conduzir à “verdade”. Em decorrência do exposto, pode-se concluir que a base para a verdade se dá pela produção do chamado conhecimento científico supra-abordado. É imprescindível registrar, pois, que, para ser eficaz, receber credibilidade e conduzir à “verdade”, a CIÊNCIA deve atender a alguns critérios: Highlight de encontrar respostas e/ou explicações para a questão em estudo, ou seja, com o objetivo de conhecer. Highlight Conhecer é incorporar um conceito novo ou original sobre um fato ou fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos. Highlight um fator que impulsiona a busca desse conhecimento. Highlight A INTUIÇÃO: Highlight A AUTORIDADE: Highlight o reconhecimento de um conhecimento considerado verdadeiro, Highlight trata-se de tudo o que é transmitido verbalmente, como a sabedoria produzida através dos tempos Highlight trata-se da cautela decorrente de uma boa observação; pode resultar, muitas vezes, em senso comum, incorrendo, então, em sérios equívocos. Highlight O BOM SENSO Highlight TRADIÇÃO: Highlight CIÊNCIA: maior credibilidade e tem maior chance de conduzir à “verdade”. Em decorrência do exposto, pode-se concluir que a base para a verdade se dá pela produção do chamado con 30 a) clareza e precisão de conceitos na busca da elaboração de teorias e leis científicas; b) método para conduzir a pesquisa, sem que o mesmo seja absoluto, pois há a possibilidade de rever, recriar e criar novos métodos na busca do conhecimento; c) sistematicidade – o conhecimento se dá quando se pode organizar um sistema lógico de proposições e afirmações; d) objetividade – não que se negue a subjetividade do pesquisador na busca de conhecimento, mas é necessário que o mesmo saiba identificá- la para que seus valores, seus “vieses” não interfiram no conhecimento a ser buscado; e) verificabilidade – as afirmações científicas devem ser passíveis de verificação seja pela experiência seja pela observação; só a partir deste critério é possível construir teorias e leis. Pode-se perguntar: Por que não são conclusões definitivas? E pode-se responder: PORQUE NINGUÉM DETÉM A PALAVRA FINAL SOBRE A “VERDADE”... Mas a busca deve ser contínua e a pesquisa é o moto dinamizador do homem para que ele produza conhecimento, ainda que não seja definitivo ou eterno, mas que seja questionável e renovável. Indaga-se, então: E DAÍ? O QUE É ENTÃO CONHECER? É uma relação entre o sujeito que conhece (cognoscente) e o objeto que é (será) conhecido (cognoscível). O sujeito se “apropria” do objeto quando o conhece. Essa apropriação pode ser: a) sensível – captada pelos sentidos; ex.: o som captado pela audição; b) intelectual – captada pelo pensamento; exemplo a resolução de um problema. Highlight há a possibilidade de rever, recriar e criar novos métodos na busca do conhecimento; Highlight clareza e precisão de conceitos na busca da elaboração de teorias e leis Highlight sistematicidade – o conhecimento se dá quando se pode organizar um sistema lógico de proposições e afirmações; Highlight mas é necessário que o mesmo saiba identificá- la para que seus valores, seus “vieses” não interfiram no conhecimento a ser buscado; Highlight as afirmações científicas devem ser passíveis de verificação seja pela experiência seja pela observação; só a partir deste critério é possível construir teorias e leis. Highlight captada pelos sentidos Highlight aptada pelo pensamento Highlight sensível Highlight intelectual 31 Na visãode Zatti (2011), é essa ação teleológica do homem que o diferencia de outros animais. Só os homens são capazes de interagir com a natureza, com os objetos e com outros homens seus semelhantes, de cuja interação produzem uma interpretação das referências que acumulam, produzindo o que se denomina cognição do universo. E é essa cognição diferenciada que produz diferentes tipos de conhecimento, bem como diferentes áreas do saber. A ilustração a seguir traz a contribuição e Cervo e Bervian (2002, p. 15) para a compreensão da relação entre o desconhecer e o conhecer, na perspectiva de chegar a uma “verdade”. estado de espírito sujeito conhecimento objeto manifestação - ignorância nada - dúvida um pouco - opinião sem clareza - certeza com evidência VERDADE Os autores (ibidem) ensinam que de nada valeria o conhecimento e o emprego de instrumental metodológico adequado, sem que o pesquisador Highlight é essa ação teleológica do homem que o diferencia de outros animais. Highlight os homens são capazes de interagir com a natureza, com os objetos e com outros homens seus semelhantes Highlight interação produzem uma interpretação das referências que acumulam, produzindo o que se denomina cognição do universo. Highlight é essa cognição diferenciada que produz diferentes tipos de conhecimento, bem como diferentes áreas do saber. 32 detenha rigor e seriedade em seu trabalho, condições inerentes de que o espírito científico deve estar revestido, como já apontado em unidade anterior. BUSCANDO SABERES Mais uma vez, sugere-se ler o que proclamam Cervo e Bervian (2002, p. 18): O universitário, consciente de sua função na universidade, vai procurar imbuir-se desse espírito científico, aperfeiçoando-se nos métodos de investigação e aprimorando suas técnicas de trabalho. Os conhecimentos científicos que vai adquirir, os bons ou maus mestres que vai enfrentar não constituirão o essencial da vida acadêmica. O essencial é aprender como trabalhar, como enfrentar e solucionar os problemas que se apresentam não só na universidade, mas principalmente na vida profissional. [...] Aqui vale o ditado: “ao pobre que bater à porta não se dá o peixe, mas a linha e o anzol.” 33 UNIDADE 06. A QUESTÃO REDACIONAL CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Para apresentar por escrito uma monografia ou qualquer outro texto produzido no decorrer dos estudos universitários, alguns critérios devem ser devidamente respeitados quanto à redação desses trabalhos. O objetivo desta unidade é evidenciar ao aluno a linguagem adequada a um trabalho acadêmico (científico), não apenas em relação à norma culta do vernáculo, mas também em relação à linguagem específica da ciência e das diferentes áreas do conhecimento. ESTUDANDO E REFLETINDO Alguns desses critérios s serem respeitados são expostos a seguir: a) reconhecer que a ciência não significa apenas o conhecimento que o homem desenvolve ao longo de toda sua história, mas depende, basicamente da capacidade de comunicar /transmitir esse conhecimento; b) ter o domínio da língua (idioma); c) estar amparado em um mínimo conhecimento de uma linguagem mais “científica/acadêmica”; d) mostrar nas monografias, nos relatórios, nos trabalhos acadêmicos qualidades redacionais, tais como: - impessoalidade - usar a indeterminação do sujeito ou a 3ª pessoa verbal – pensa-se ou este trabalho (uso desaconselhável/inadequado do “nós” = 1ª pessoa do plural); - objetividade - não colocar a própria subjetividade no trabalho cientifico; por ex.: “a sala estava suja” (uma análise subjetiva); ao contrário, deve-se Highlight reconhecer que a ciência não significa apenas o conhecimento que o homem desenvolve ao longo de toda sua história, Highlight capacidade de comunicar /transmitir esse conhecimento; Highlight ter o domínio da língua Highlight amparado em um mínimo conhecimento de uma linguagem mais “científica/acadêmica”; Highlight qualidades redacionais Highlight impessoalidade - usar a indeterminação do sujeito ou a 3ª pessoa verbal – pensa-se ou este trabalho Highlight não colocar a própria subjetividade no trabalho cientifico; 34 registrar: “ao observar o ambiente, o pesquisador verificou que havia papel picado e tocos de cigarros pelo chão” (condições de objetividade). Outro exemplo: “a sala era grande e espaçosa” (subjetividade do pesquisador); “a sala media cerca de 12 m de comprimento por 8 m de largura” (condições de objetividade); - modéstia e cortesia - não desqualificar trabalhos feitos anteriormente, nem permitir que haja uma linguagem pretensiosa sobre os resultados alcançados com o próprio trabalho; - linguagem informativa - ter ciência que, embora a linguagem possa ter caráter persuasivo e expressivo, a maior função da linguagem científica é a função informativa e como tal, deve oferecer as melhores condições de compreensão para o leitor; - caráter técnico - toda linguagem pode ter caráter coloquial e literário, mas a linguagem científica tem caráter técnico, ou seja, ela é informativa usa termos específicos, sem cair em prolixidade desnecessária; - força argumentativa - ter presente que, enquanto a linguagem literária convence pela elegância e pelos valores estéticos, a linguagem científica deve ser valorizada pela sua capacidade argumentativa, ou seja, pelas evidências que traz, comprovando suas afirmações; - clareza [sua principal característica] - avaliar, pois, que a linguagem acadêmica deve ser precisa, objetiva e clara, razão pela qual deve sempre abordar conhecimentos bem estruturados – ninguém expressa com clareza idéias confusas; - simplicidade - o pesquisador deve usar vocabulário adequado, simples, evitando adjetivos (subjetividade); as frases devem ser curtas e precisas; evitar parágrafos muito longos que só servem para dificultar a compreensão do texto. Highlight não desqualificar trabalhos feitos anteriormente, nem permitir que haja uma linguagem pretensiosa sobre os resultados alcançados com o próprio trabalho; Highlight modéstia e cortesia Highlight linguagem informativa - ter ciência que, embora a linguagem possa ter caráter persuasivo e expressivo, a maior função da linguagem científica é a função informativa Highlight ela é informativa usa termos específicos, sem cair em prolixidade desnecessária; Highlight caráter técnico Highlight força argumentativa - ter presente que, enquanto a linguagem literária convence pela elegância e pelos valores estéticos Highlight clareza [sua principal característica] - avaliar, pois, que a linguagem acadêmica deve ser precisa, objetiva e clara, razão pela qual deve sempre abordar conhecimentos bem estruturados Highlight simplicidade - o pesquisador deve usar vocabulário adequado, simples, evitando adjetivos (subjetividade); as frases devem ser curtas e precisas; 35 CLAREZA, OBJETIVIDADE, PRECISÃO E SIMPLICIDADE – EIS, EM SÍNTESE, AS CARACTERÍSTICAS QUE DEVEM PRESIDIR A LINGUAGEM CIENTÍFICA E A CONSTRUÇÃO REDACIONAL DOS TEXTOS ACADÊMICOS. Para enfatizar, é primordial que haja, também, uma cuidadosa revisão linguística, priorizando, inclusive, a questão do estilo e da estética formal. BUSCANDO SABERES Reiterando o exposto, a contribuição de Maimone apud Nunes e Nava (2003) apresenta um quadro ilustrativo sobre exigências redacionais contrapostas que pode servir de guia ao jovem estudante que elabora sua monografia ou seu relatório, enfim que deve escrever um texto acadêmico. EXIGÊNCIAS REDACIONAIS QUANTO AO TRATAMENTO DO TEXTO Exigências Deformação Impessoal Pessoal Objetiva (direta) Subjetiva (seu ponto de vista) Modesta Arrogante (dogmatismo) Informativa (conceitos e conteúdos) Persuasiva (vazio, repetitiva) Clara / distinta (didática) Confusa, equivocada Própria, denotativa Figurada (metafórica),conotativa Técnica e científica Comum (vulgar) Frases curtas e simples Períodos longos (coordenadas e subordinadas) Fonte: Maimone, apud Nunes e Nava (2003, p. 42). À guisa, ainda, de complementar as informações sobre a questão redacional, é importante trazer a contribuição de Zatti (2011) que resgata componentes ilustrativos como gráficos, quadros, tabelas, figuras etc.. Highlight CLAREZA, OBJETIVIDADE, PRECISÃO E SIMPLICIDADE – EIS, EM SÍNTESE, AS CARACTERÍSTICAS QUE DEVEM PRESIDIR A LINGUAGEM CIENTÍFICA E A CONSTRUÇÃO REDACIONAL DOS TEXTOS ACADÊMICOS. 36 a) toda ilustração deve ser anunciada no trabalho, usando-se a expressão anterior ou supra citada e posterior ou a seguir; b) respeitar a diferença entre quadro (dados descritivos) e tabela (dados quantitativos), mantendo-se os títulos numerados com algarismos arábicos e com seus respectivos enunciados na parte superior da ilustração; Matéria Recursos didáticos Português Dicionários Matemática Compasso Ciências Tubos de ensaio Matéria Quantidade de alunos Português 15 Matemática 18 Ciências 17 c) há autores que não consideram as tabelas como ilustrações. Na perspectiva de complementar os critérios que devem ser acatados, pode-se resgatar algumas normas redacionais do ponto de vista gramatical e normativo. Quando você encontrar... É preciso que... Verbos conjugados em 1ª pessoa (sei/sabemos, noto/notamos, posso/podemos); Sejam apassivados ou que estejam na impessoalidade: sabe-se, nota-se, pode-se; Verbos conjugados no imperativo (note, veja, compare); Sejam apassivados ou que estejam na impessoalidade (note-se, veja-se, 37 compare-se); Termos escritos em itálico Sejam mantidos em itálico apenas se forem palavras estrangeiras; Siglas Apresentem sua forma por extenso na primeira vez em que forem escritas; Siglas estrangeiras Apresentem sua forma por extenso, com respectiva tradução, na primeira vez em que forem escritas; A generalização (sempre, nunca, todos, tudo, nada, ninguém, nenhum, o pior, o melhor, o mais usado) Seja evitada, pois, quando se escreve qualquer um desses termos, excluímos qualquer outra possibilidade, o que requer certeza da informação; Abreviações (etc., s/, nº ) Sejam eliminadas (usar o extenso: entre outros, sem, número) Números baixos (de 1 a 9) ou monossílabos Sejam escritos em palavras e não como numeral (um, nove, cem, mil) Fonte: Zatti, (2011, p. 45) 38 UNIDADE 07. OS TRABALHOS CIENTÍFICOS CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Esta unidade tem por objetivo apresentar os principais trabalhos acadêmicos que os alunos da graduação ou mesmo da pós-graduação podem ser solicitados a elaborar. Em linhas gerais, estão definidos e apresentam as principais características de que devem ser portadores, visando a aparelhar o aluno a uma execução desejável e eficiente. ESTUDANDO E REFLETINDO AS MONOGRAFIAS monos = um/uma graphein = escrita (grafia) no grego, ou seja, um escrito sobre um único tema. A priori, deve ficar esclarecido que um trabalho monográfico não pode ser uma compilação de textos lidos, mas deve apresentar o resultado de leituras, de pesquisas de campo, de observações, de reflexões... ASSIM, A MONOGRAFIA NÃO É: a) repetição do que já foi dito por alguém; b) resposta a uma espécie de questionário; c) manifestação de opiniões pessoais (“achismo”); d) construção de ideias extremamente abstratas; e) manifestação de uma erudição livresca etc.. A MONOGRAFIA É UM TRABALHO QUE: Highlight um trabalho monográfico não pode ser uma compilação de textos lidos, mas deve apresentar o resultado de leituras, de pesquisas de campo, de observações, de reflexões... Highlight MONOGRAFIA NÃO É: Highlight repetição do que já foi dito por alguém; resposta a uma espécie de questionário; Highlight manifestação de opiniões pessoais Highlight construção de ideias extremamente abstratas; Highlight ) repetição do que já foi dito por alguém; resposta a uma espécie de questionário; manifestação de opiniões pessoais (“achismo”); construção de ideias extremamente abstratas; manifestação de uma erudição livresca e 39 a) observa e acumula observações; b) organiza as observações e as informações; c) indaga sobre os seus porquês; d) utiliza de forma inteligente as leituras e as experiências; e) apresenta provas; f) usa de sistematicidade; g) expõe interpretações e relações; h) comunica aos demais os resultados desse estudo. i) Por conseguinte, a elaboração da monografia contribui para: j) desenvolvimento intelectual do educando; k) desenvolvimento do conhecimento científico, em geral; l) e desenvolvimento das diferentes áreas do conhecimento. As instituições de ensino ainda estão carentes de alguns aspectos que “facilitem” ao educando a elaboração de monografias devendo prever um tempo hábil para o aluno escrever; realizar o aproveitamento de todos os níveis de conhecimento; estabelecer o relacionamento entre as diversas disciplinas; proporcionar novas formas de avaliação, priorizando os trabalhos de conclusão de curso, por ex.. As monografias podem ser realizadas em diferentes níveis, a saber: a) trabalhos acadêmicos disciplinares – realizados no decorrer dos anos de estudo, sejam eles de graduação ou de pós-graduação; b) trabalhos de conclusão de curso – TCC – ao final da graduação, deve englobar o aprendizado conseguido durante o curso, apoiando-se em diversas fontes, constituindo sua fundamentação teórica; é realizado sob orientação de um professor designado pela instituição de ensino; pode ser feito individualmente, em duplas ou em grupos, a critério de cada unidade escolar; Highlight observa e acumula observações; organiza as observações e as informações; indaga sobre os seus porquês; Highlight forma inteligente as leituras Highlight apresenta provas; Highlight usa de sistematicidade; Highlight expõe interpretações e relações; Highlight comunica aos demais os resultados desse estudo. Highlight a elaboração da monografia contribui para: desenvolvimento intelectual do educando; Highlight desenvolvimento do conhecimento científico, em geral; e desenvolvimento das diferentes áreas do conhecimento. Highlight trabalhos acadêmicos disciplinares – realizados no decorrer dos anos de estudo, sejam eles de graduação ou de pós-graduação; Highlight ) trabalhos de conclusão de curso – TCC – ao final da graduação, deve englobar o aprendizado conseguido durante o curso, apoiando-se em diversas fontes, constituindo sua fundamentação teórica; é realizado sob orientação de um professor designado pela instituição de ensino; pode ser feito individualmente, 40 c) trabalhos finais de cursos de pós-graduação lato sensu - trabalho final de especialização ou de aperfeiçoamento – à semelhança dos TCCs de graduação; difere, porém, nas exigências de um referencial teórico maior, inclusive com a escolha de um tema específico, de uma área de concentração (a especialidade), além da pesquisa empírica requerer maior rigor, caso ela se faça presente no estudo; d) dissertações – mestrado (pós-graduação stricto sensu) – segundo a ABNT (3.8 NBR 14724/2002 – validada em 2006), “documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo. de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato; é feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando ao título de mestre”; e) tese – doutorado (pós-graduação stricto sensu) – segundo a ABNT (3.27 NBR 14724/2002 – validada em 2006), “documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado.Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão; é feito sob a coordenação de um orientador (doutor) e visa à obtenção do título de doutor ou similar”. O ARTIGO CIENTÍFICO Segundo a NBR 6022 de maio de 2003 proposta pela ABNT, o artigo a ser elaborado como produção científica deve obedecer a alguns critérios como se expõe a seguir. Saliente-se que a referida norma classifica os artigos em três modalidades: Highlight trabalhos finais de cursos de pós-graduação lato sensu - trabalho final de especialização ou de aperfeiçoamento – à semelhança dos TCCs de graduação; difere, porém, nas exigências de um referencial teórico maior Highlight dissertações – mestrado (pós-graduação stricto sensu) – segundo a ABNT (3.8 NBR 14724/2002 – validada em 2006), “documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo. de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Highlight “documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. 41 a) artigo científico – autoria declarada que apresenta e discute ideias e resultados, métodos e técnicas em diferentes áreas do conhecimento; b) artigo de revisão - parte de uma publicação que resume, analisa e discute informações já publicadas; c) artigo original – apresenta temas ou abordagens originais. ESTRUTURA FÍSICA DO ARTIGO componentes pré-textuais: a) título e subtítulo, se houver; b) nome do autor ou dos autores; c) resumo na língua do texto; d) palavras-chave na língua do texto (de 3 a 5 palavras). componentes textuais: a) introdução; b) desenvolvimento; c) conclusão. componentes pós-textuais: a) título e subtítulo, se houver, me língua estrangeira; b) resumo em língua estrangeira; c) palavras-chave em língua estrangeira (de 3 a 5 palavras); d) notas explicativas (se houver); e) referências (bibliográficas); f) glossário (opcional); g) apêndice(s) (se houver); h) anexo(s) (se houver. Highlight artigo científico – autoria declarada que apresenta e discute ideias e resultados, métodos e técnicas em diferentes áreas do conhecimento; b) artigo de revisão - parte de uma publicação que resume, analisa e discute informações já publicadas; c) artigo original – apresenta temas ou abordagens originais. Highlight componentes pré-textuais: a) título e subtítulo, se houver; b) nome do autor ou dos autores; c) resumo na língua do texto; d) palavras-chave na língua do texto (de 3 a 5 palavras). Highlight componentes textuais: a) introdução; b) desenvolvimento; c) conclusão. Highlight componentes pós-textuais: a) título e subtítulo, se houver, me língua estrangeira; b) resumo em língua estrangeira; c) palavras-chave em língua estrangeira (de 3 a 5 palavras); d) notas explicativas (se houver); e) referências (bibliográficas); f) glossário (opcional); g) apêndice(s) (se houver); h) anexo(s) (se houver. 42 REGRAS PARA APRESENTAÇÃO a) título e subtítulo devem figurar na página de abertura do artigo, diferenciados tipograficamente ou separados por dois pontos e na língua do texto; b) nome do(s) autor(es), acompanhado(s) de breve currículo que qualifique a área do conhecimento do artigo; currículo, endereço postal e eletrônico devem aparecer no rodapé com chamada em asterisco no texto; opcionalmente, podem aparecer após os componentes pós-textuais, onde estão também os agradecimentos e a data da entrega dos originais; c) resumo na língua do texto, em uma sequencia de frases concisas e objetivas, sem a marcação de tópicos, não ultrapassando 25º palavras, segui abaixo das palavras-chave; d) a introdução deve conter os elementos principais que apresentem o artigo: tema, objetivos, procedimentos etc.; e) desenvolvimento é uma exposição ordenada e pormenorizada do assunto tratado, aparecendo em seções e subseções; f) a conclusão finaliza o artigo e traz os resultados encontrados na direção dos objetivos e das hipóteses; g) o resumo em língua estrangeira poderá ser em inglês (abstract), em espanhol (resumen), em francês (résumé), bem como as palavras-chave – keywords, palabras clave, mots-clés, respectivamente; h) a numeração das notas explicativas é feita em algarismos arábicos; i) as referências (bibliográficas) são componente obrigatório; j) o glossário é opcional e deve ser elaborado em ordem alfabética; k) apêndices e anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas e travessão antes dos respectivos títulos (se ultrapassar as letras do alfabeto, usar maiúsculas dobradas (AA); a produção do próprio autor do Highlight título e subtítulo devem figurar na página de abertura do artigo, Highlight nome do(s) autor(es), acompanhado(s) de breve currículo que qualifique a área do conhecimento do artigo; currículo, endereço postal e eletrônico devem aparecer no rodapé com chamada em asterisco no texto; opcionalmente, 43 artigo entra como apêndice e os anexos são referências a informações extraídas de terceiros; l) as demais regras de apresentação seguem as normas previstas na NBR 14724 de 2011; m) procurar atender a todas as indicações referentes à questão da redação do artigo. BUSCANDO SABERES Na visão de Oliveira (20012, p. 237), a monografia tem algumas características, a saber: ser um estudo escrito, sistemático e completo, sobre um tema em uma determinada área do conhecimento. É realizada mediante metodologia científica, oferecendo uma contribuição original e pessoal para a ciência. 44 UNIDADE 08. A PESQUISA CIENTÍFICA – PROJETOS DE PESQUISA CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE O objetivo básico desta unidade é conhecer o projeto que estabelece a proposição de uma pesquisa propriamente dita, bem como reconhecer a importância da pesquisa, com seus diferentes tipos e modalidades. ESTUDANDO E REFLETINDO ESQUEMA GRÁFICO SOBRE UM PROJETO DE PESQUISA ELEMENTO DECODIFICAÇÃO DO ELEMENTO QUESTÃO BÁSICA Apresentação Definição do TEMA, do assunto que será estudado. Definição do TÍTULO. Qual o tema? Justificativa Trata-se de evidenciar a RAZÃO (o porquê) da realização da pesquisa, em nível a. do interesse pessoal e b. da relevância do tema abordado (formula- se, então, a fundamentação teórica do estudo). Por que fazer? Problematização Trata-se da colocação das “INQUIETAÇÕES” do pesquisador, apresentadas na forma de perguntas, de pressupostos e na forma de hipóteses formuladas. Quais são minhas “perguntas”? Objetivos Definição dos PROPÓSITOS e das METAS que o pesquisador pretende atingir com seu estudo. Para que fazer? 45 Procedimentos metodológicos Neste momento, o pesquisador irá definir os CAMINHOS a serem traçados para, efetivamente, poder realizar seu projeto, atingindo seus objetivos. Como vou fazer? Cronograma Previsão, no tempo, das ETAPAS a serem desenvolvidas para a consecução do projeto. Quando fazer? Recursos Quando houver a possibilidade, definição dos recursos MATERIAIS E HUMANOS previstos como necessários para a execução do projeto. Do que preciso? Referências Lista de OBRAS (lidas ou a serem lidas) e de CONSULTAS (realizadas ou a serem realizadas) fundamentais para a realização do trabalho. O que consultar? Plano provisório Construir provisoriamente a estrutura que será dada ao trabalho propriamente dito. Como será? Quadro adaptado a partir de Pescuma e Castilho (2005a, p. 23) Observações: Observe-se que o tratamento verbal do projeto, até por ser uma perspectiva futura de realização, deve ser enunciado pelo futuro do modo indicativo (este trabalho estudará a questão da inclusão escolar do aluno deficiente [ ] Sugere-se que o tratamento verbal a ser
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