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Metodologia do Trabalho Científico (20 Unid - EaD Comum - SEC)

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EAD - NÚCLEO COMUM
METODOLOGIA DO 
TRABALHO CIENTÍFICO
Angela Zatti
Gabriel Cianciardi Neto
Júlia Antonieta Simões Felgar
http://unar.info/ead2
 
 
 
 
 
 
METODOLOGIA DO TRABALHO 
CIENTÍFICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Angela Zatti 
Prof. Gabriel Cianciardi Neto 
Profª Júlia Antonietta Simões Felgar 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ............................................................................................................. 3 
PROGRAMA DA DISCIPLINA ..................................................................................................................... 4 
UNIDADE 01. ORGANIZAÇÃO DINÂMICA DO PROCESSO DE ESTUDO ................................. 9 
UNIDADE 02. A IMPORTÂNCIA DA DOCUMENTAÇÃO PARA O ESTUDO ............................ 14 
UNIDADE 03. LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS ................................................................. 19 
UNIDADE 04. MODALIDADES DE CONHECIMENTO ..................................................................... 24 
UNIDADE 05. NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO E SUAS FONTES ................... 28 
UNIDADE 06. A QUESTÃO REDACIONAL .......................................................................................... 33 
UNIDADE 07. OS TRABALHOS CIENTÍFICOS .................................................................................... 38 
UNIDADE 08. A PESQUISA CIENTÍFICA – PROJETOS DE PESQUISA ........................................ 44 
UNIDADE 09. PESQUISA SEGUNDO SUA ABORDAGEM, SUA FINALIDADE E SEUS 
OBJETIVOS ..................................................................................................................................................... 50 
UNIDADE 10. PESQUISA SEGUNDO PROCEDIMENTOS TÉCNICOS ........................................ 55 
UNIDADE 11. AMOSTRAGEM: DEFINIÇÃO DA AMOSTRA .......................................................... 60 
UNIDADE 12. A INVESTIGAÇÃO: A COLETA DE DADOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS .. 65 
UNIDADE 13. INSTRUMENTOS PARA A COLETA DE DADOS .................................................... 70 
UNIDADE 14. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS ................................................... 75 
UNIDADE 15. ANÁLISE DE CONTEÚDO – DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO ................... 81 
UNIDADE 16. ESTRUTURA E APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS: 
TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO E ARTIGOS.................................................................. 86 
UNIDADE 17. APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS: COMPONENTES 
TEXTUAIS E PÓS-TEXTUAIS ..................................................................................................................... 95 
UNIDADE 18. DA ELABORAÇÃO E DAS APRESENTAÇÕES DE DIFERENTES TRABALHOS 
ACADÊMICOS ............................................................................................................................................. 102 
UNIDADE 19. DETALHAMENTO DAS NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS 
ACADÊMICOS - CITAÇÕES .................................................................................................................... 108 
UNIDADE 20. RETOMADA DO DETALHAMENTO DAS NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE 
TRABALHOS ACADÊMICOS – REFERÊNCIAS NBR 14724:2011; NBR 6023: 2002 ............. 114 
 
3 
 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
Sejam todos bem vindos à disciplina Metodologia do Trabalho 
Científico. 
Estamos iniciando mais uma experiência singular em nossas vidas: 
seremos muito próximos virtualmente e estaremos separados em termos 
espaciais. 
De onde vem essa possibilidade de estarmos juntos e separados 
simultaneamente? 
Ela decorre da capacidade de homens e mulheres de pesquisar, de ir à 
busca de conhecimento. Ela decorre de procedimentos especiais que podem 
conduzir (e efetivamente conduzem) a novas e inusitadas descobertas. 
Portanto, esta disciplina representa o resultado do desejo de pesquisar e 
do desejo de que todos os participantes deste curso também se apaixonem 
pela grande aventura da pesquisa e da produção de conhecimento. 
O conteúdo da matéria está apresentado inteiramente e os exercícios 
para evidenciar a compreensão de cada unidade estão devidamente 
assinalados. 
Estarei sempre às ordens de todos não apenas pela ferramenta especial, 
mas pelo meu e-mail pessoal: julia.felgar@uol.com.br 
Para finalizar, uso as mesmas palavras que dirijo a todos os meus alunos: 
sejamos companheiros nesta jornada, que deverá durar alguns meses, 
impregnados de entusiasmo e solidariedade. 
A ninguém é dado o privilégio do saber absoluto. 
Somos todos eternos aprendizes, produzindo saberes e, algumas vezes, 
“não-saberes”. Sejamos humildes, portanto! 
Assim, convidando a todos para esta pequena/grande trajetória, deixo 
um grande abraço. Profª (Jú)Lia
 
4 
 
PROGRAMA DA DISCIPLINA 
 
Ementa 
De maneira instrumental, esta disciplina se dedica a apresentar ao jovem 
estudante a noção de ciência e de produção de conhecimento, oferecendo-lhe 
as diretrizes para essa ação. Alerta o estudante sobre sua responsabilidade 
pessoal ao atingir o nível superior de seus estudos, motivando-o e oferecendo-
lhe condições para ser capaz de pesquisar teórica e empiricamente, na busca de 
uma melhor compreensão de seu mundo e de seu tempo, produzindo 
conhecimento que supera o senso comum e a doxa. 
 
Objetivos 
A disciplina visa a conscientizar o aluno do significado de sua inserção no 
ensino superior, espaço que se destina, também, à produção de conhecimento, 
evidenciando sua responsabilidade pessoal por seu próprio desempenho. 
Propõe-se auxiliá-lo a desenvolver técnicas de leitura e compreensão de 
textos na perspectiva de uma maior facilidade e agilidade em seus estudos 
teóricos, introduzindo-o, também, na prática de organizar e realizar pesquisa 
para produzir um novo contexto cognitivo. 
O objetivo final é capacitar o aluno para a pesquisa científica, 
conduzindo-o a elaborar projetos de pesquisa na prática e em relatórios 
adequados, bem como a elaborar monografias e redigir artigos científicos. 
De forma abrangente, esta disciplina busca se constituir em um espaço 
interdisciplinar, uma vez que a dinâmica da pesquisa tem em si a interseção de 
vários enfoques de diferentes áreas do saber. Apoia-se em normas de 
apresentação gráfica inseridas em documento institucional e nas normas 
propostas pela ABNT. 
 
 
5 
 
 
Bibliografia Básica 
BARROS, A. J. P. de; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos de metodologia: um guia 
para a iniciação científica. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2000. 
CASTRO, F. L. de. Pesquisa para iniciantes. 2. ed.. São Paulo: Lumen Juris, 2013. 
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 
7. ed.. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
Bibliografia Complementar 
AMADO, L. C.; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2002. 
ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 4. ed. 
São Paulo: Atlas, 1999. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR14724: Informação e 
Documentação – Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro, 2011. 
______. NBR 6023: Informação e documentação – Elaboração. Rio de Janeiro, 
2002. 
______. NBR10520: Informação e Documentação - Apresentação de Citações em 
Documentos. Rio de Janeiro, 2002. 
CERVO, A. L., BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice 
Hall, 2004. 
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 5.ed. São Paulo: 
Cortez, 2001. 
CIANCIARDI NETO, G. Metodologia do trabalho científico. In: BATISTA, A. T. M. 
et al.. Ciências Contábeis. Vol. 4. Associação .Educacional de Araras, 2013. 
Centro Univsersitário de Araras “Dr. Edmundo Ulson” – UNAR. 
______. Word dicas e truques para monografia. São Paulo: Topázio, 2004. 
FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 4. ed.. São Paulo: Saraiva, 2003. 
 
6 
 
FELGAR, J. A. S. Trabalhos acadêmicos –manual de normas para sua 
elaboração. 4. ed. rev. e ampl. Peruíbe: FPb, 2012. 
FRANCO, M. L. P. B. O estudo de caso no falso conflito que se estabelece entre 
análise quantitativa e análise qualitativa. Caderno de pesquisas, São Paulo, 
n.50, p.30-41, 1985. 
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1999. 
GONÇALVES, J. A. T. Metodologia da pesquisa. Disponível em: 
<http://metodologiadapesquisa.blogspot.com.br>, 2013. 
LEFEVRE, F.; LEFEVRE, A. M.C. Pesquisa de representação social: um enfoque 
qualiquantitativo. A metodologia do discurso do sujeito coletivo. Brasília: Liber 
Livro, 2010. 
______;______. O Discurso do Sujeito Coletivo. Disponível em: 
<http://www.fsp.usp.br/≈flefevre>. Acesso em out./2013. 
______; ______; TEIXEIRA, J. J. V.. O discurso do sujeito coletivo: uma nova 
abordagem metodológica em pesquisa qualitativa. Caxias do Sul/RS: EDUCS, 
2000. 
PESCUMA, D.; CASTILHO, A. P. F. de. Projeto de pesquisa. O que é? Como 
fazer? Um guia para sua elaboração. São Paulo: Olho d’Água, 2005. 
VIEIRA, S. Como elaborar questionários. São Paulo: Atlas, 2009. 
ZATTI, A. Metodologia do trabalho científico. Araras/SP: UNAR, 2011. 
 
Bibliografia Sugerida 
ABRAHAMSOHN, P. Redação científica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2004. 
ALVES-MAZZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F. .O método nas ciências 
naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 2. ed. São Paulo: 
Thomson, 2002. 
ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Civ. Brasileira, 1990. 
 
7 
 
CRESWELL, J.W. Projeto de pesquisa – métodos qualitativo, quantitativo e 
misto. Trad. Magda Lopes. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. 
DEMO, P. Metodologia da investigação em educação. Curitiba/PR. - Ed. IBPEX, 
2003. 
ECO, H. Como se faz uma tese. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 1999. 
FERRARI, A. T. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: Mc. Graw-Hill 
do Brasil, 1983. 
GRAMSCI, A. Os intelectuais e a formação da cultura. 8 ed. Rio de Janeiro: Civ. 
Brasileira, 1991. 
KOYRÉ, A. Estudos da história do pensamento científico. 2 ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 1991. 
LETOURNEAU, J. Ferramentas para o pesquisador iniciante. São Paulo: WMF 
Martins Fontes, 2011. 
LUCHESI, C. C. et al. Fazer universidade: uma proposta metodológica. São 
Paulo: Cortez, 1995. 
MORIN, E. Ciência com consciência. Tradução por Maria D. Alexandre e Maria 
Alice Sampaio Dória. 3. ed..Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999. 
NUNES, Danilo; NAVA, Rosa Maria Ferreira Dales (Orgs.). Diretrizes para 
apresentação de teses, monografias e trabalhos de conclusão de curso. 
Santos: Centro Universitário Monte Serrat, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e 
Pesquisa, 2003. 
OLIVEIRA, N. M.; ESPINDOLA, C. R.. Trabalhos acadêmicos: recomendações 
práticas. São Paulo: Copidart, 2003. 
OLIVEIRA, S. L. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI, 
TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo, Pioneira, 2001. 
PÁDUA, E. M. M. de. Metodologia da pesquisa: abordagem teórico-prática. 
Campinas: Papirus, 1996. 
 
8 
 
PARRA FILHO, D.; SANTOS, J. A.. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo. 
Futura, 2001. 
PESCUMA, Derna e CASTILHO, Antonio Paulo F. de. Projeto de pesquisa. O que 
é? Como fazer? Um guia para sua elaboração. São Paulo: Olho d’Água, 2005. 
REY, L. Planejar e redigir trabalhos científicos. São Paulo, Edgard Blücher, 
1987. 
ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em 
Administração. 3. ed.. São Paulo: Atlas, 2005. 
RONAN, C.A. História ilustrada da ciência. 4 v. São Paulo: Círculo do Livro S.A, 
1987. 
RUIZ, J. A. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 4. ed., São 
Paulo: Atlas, 1996. 
SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia: elementos de metodologia do 
trabalho científico. Belo Horizonte: Interlivros, 1973. 
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. São Paulo: 2000. 
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa 
qualitativa em educação. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1992. 
VIEIRA, L. A. A pesquisa em educação: organização do trabalho científico . 
Curitiba/PR - IBPEX Ltda, 2005. 
VIEIRA, S. Elementos de estatística. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
UNIDADE 01. ORGANIZAÇÃO DINÂMICA DO 
PROCESSO DE ESTUDO 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Esta unidade visa a trazer ao aluno a consciência do que a ciência 
(conhecimento) representa para os seres humanos. 
Busca inserir o aluno na proposta da busca de conhecimento pela 
ação científica que se expressa em novas posturas pessoais e acadêmicas. 
Deseja propor ao aluno uma nova forma de organizar e dinamizar a vida 
acadêmica, na perspectiva de alcançar resultados desejáveis e satisfatórios. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Pensar é próprio dos seres humanos e nossas ações são baseadas em 
opções que fazemos no decorrer de toda nossa vida, ao contrário das 
máquinas, que são programadas para executar tarefas mecânicas, ou 
as dos animais, que contam com seus instintos para a sobrevivência. A 
produção do conhecimento é uma característica marcante no homem. 
Esse conhecimento, por sua vez, constitui o patrimônio histórico-
cultural da humanidade. Incessantemente, o homem vem produzindo 
conhecimento nos campos da arte, ciência e tecnologia, organizando 
o espaço físico e social. O domínio do conhecimento possibilita ao 
homem não só conhecer o mundo, mas também compreender e 
transformar sua própria realidade. Porém, para que a sociedade possa 
caminhar e desenvolver-se, é imprescindível que todos tenham acesso 
a esse conhecimento, cuja apropriação pode se dar de diversas 
maneiras. (CIANCIARDI NETO, 2013, p. 337). 
 
Somos propensos a ter “teoria”. A observação cotidiana de “n” fatos 
permite algumas conclusões: em dias de chuva há risco de mais acidentes; 
domingo à tarde, os homens “se ligam” no futebol; a morte ronda mais de perto 
as crianças pobres e tantos outros exemplos. 
Essas afirmações decorrem da reflexão sobre semelhança e correlação 
entre determinados fatos ou fenômenos e acabam gerando generalizações ou 
“leis”, cuja definição destaca que a lei científica constitui a descoberta de 
 
10 
 
relações (semelhanças/ contrastes) mais ou menos constantes entre os fatos 
e/ou fenômenos, quaisquer que sejam suas respectivas naturezas. 
Por conseguinte, teoria é um conjunto de leis que buscam explicar a 
realidade: fatos concretos e singulares e, intuitivamente, em nosso cotidiano, 
vamos elaborando muitas teorias. 
Essa teorização, a partir de uma observação grosseira e de mero bom 
senso (doxa, em grego mera opinião), acaba sendo a proposta de teorias 
impregnadas de PRECONCEITOS. 
Donde é possível propor que só é livre aquele que conhece as suas 
“teorias” e é capaz de revisá-las – vê-las criticamente. 
A ciência é, pois, um conjunto de teorias (conjunto de leis) que tentam 
explicar a realidade. Quando há um conjunto de teorias sobre determinado 
assunto, temos uma ciência sobre esse assunto (psicologia, sociologia, 
filosofia, química, física, biologia, direito, informática, robótica, física quântica 
etc. etc.. 
No entanto: nenhuma lei explica o fenômeno todo ou todos os 
fenômenos. 
Assim: as teorias têm vieses próprios de uma época, de um tipo de 
pensamento e contêm sempre “ideologia”. 
Portanto: o trabalho do pesquisador, do cientista, do homem sábio é 
“questionar” as teorias e a realidade que elas tentam descrever. Como? Por quê? 
Quando? Onde? 
Por conseguinte: em uma visão crítico-histórica, não há a possibilidade 
de formular leis ou dogmas. (verdades absolutas). 
Na sociedade humana as leis são condicionadas - acompanham 
tendências e é preciso ter cuidado com as posturas conservadoras. Decorre, 
pois, que as leis sociais são superadas pelo movimento da história; e é por isso 
que dizemos que a ciência é um fenômeno processual. 
Highlight
Na sociedade humana as leis são condicionadas - acompanhamtendências e é preciso ter cuidado com as posturas conservadoras. Decorre,
pois, que as leis sociais são superadas pelo movimento da história; e é por isso
que dizemos que a ciência é um fenômeno processual.
 
11 
 
Algumas considerações à guisa de conclusões: 
a) a atividade científica é uma atividade social como qualquer outra; 
b) a ciência não gera certezas; 
c) a ciência corre o risco de ser prescritiva e não criativa; 
d) a ciência corre o risco de ser elitista; 
e) a ciência corre o risco da impunidade - estar acima do bem e do mal; 
f) o pensamento nunca esgota o pensado. 
E nessa direção da ciência, estar diante da vida universitária e diante da 
possibilidade de estudar, de realizar pesquisas e produzir conhecimento é uma 
realidade que exige alguns requisitos específicos: 
a) assumir-se como estudante e como pesquisador; 
b) elaborar estratégias que permitam alcançar os objetivos que forem 
estipulados; 
c) ter consciência de que a vida acadêmica pode representar um momento 
de solidão (dependo de mim), mas ao mesmo tempo, representa a 
possibilidade de atingir independência e autonomia; 
d) é, pois, necessário criar instrumentos que viabilizem e facilitem esse 
caminhar. 
E QUAIS SÃO ESSES INSTRUMENTOS? Em primeiro lugar, é preciso ir à busca 
de um instrumento essencial, ou seja, é preciso fundamentar, teoricamente, o 
conhecimento. 
E COMO FAZER? LER, LER E LER; SE FOR PRECISO, LER, LER E LER MAIS 
a) começar por apostilas e manuais; 
b) não se limitar a eles e passar para livros; 
c) ler periódicos (revistas) em geral e especializados; 
d) ler jornais e resenhas; 
e) ter por hábito regular fazer consultas ao(s) dicionário(s); 
f) ler trabalhos acadêmicos: TCC’s, dissertações, teses etc.. 
Highlight
a atividade científica é uma atividade social
Highlight
a ciência não gera certezas;
Highlight
e ser p
Highlight
a ciência corre o risco de ser prescritiva e não criativa;
Highlight
a ciência corre o risco de ser elitista;
Highlight
a ciência corre o risco da impunidade - estar acima do bem e do mal;
f) o pensamento nunca esgota o pensado.
Highlight
a direção da ciência, estar diante da vida universitária e diante da
possibilidade de estudar, de realizar pesquisas e produzir conhecimento é uma
realidade que exige alguns requisitos específicos:
a) assumir-se como estudante e como pesquisador;
b) elaborar estratégias que permitam alcançar os objetivos que forem
estipulados;
c) ter consciência de que a vida acadêmica pode representar um momento
de solidão (dependo de mim), mas ao mesmo tempo, representa a
possibilidade de atingir independência e autonomia;
d) é, pois, necessário criar instrumentos que viabilizem e facilitem esse
caminhar.
Highlight
começar por apostilas e manuais;
b) não se limitar a eles e passar para livros;
c) ler periódicos (revistas) em geral e especializados;
d) ler jornais e resenhas;
e) ter por hábito regular fazer consultas ao(s) dicionário(s);
f) ler trabalhos acadêmicos: TCC’s, dissertações, teses etc..
 
12 
 
AO MESMO TEMPO: 
a) participar de congressos, simpósios, seminários etc.; 
b) ser eclético, ou seja, estar consciente de que a formação, hoje, pede a 
transdisciplinaridade e a interdisciplinaridade; 
c) saber utilizar consultas eletrônicas como fontes virtuais de aquisição de 
conhecimento. 
E COMO EXPLORAR DEVIDAMENTE ESSAS AÇÕES? 
a) ter o hábito de fazer apontamentos em sala e complementá-los com 
leituras; 
b) elaborar fichas de documentação, onde se inserem ideias principais do 
autor; 
c) às vezes, basta anotar conceitos e/ou definições para, posteriormente, 
tentar elaborar um texto explicativo; 
d) na dúvida, recorrer à pesquisa da bibliografia pertinente e sugerida; 
e) o hábito das anotações e dos fichamentos constitui um exercício salutar 
de “mexer” nas ideias, trabalhando com as mesmas sem que sejam 
“decoradas”; 
f) aos poucos, um conjunto novo, organizado e sistemático de ideias irá se 
formando na mente do estudante. 
Ao iniciar a busca de conhecimento (pesquisa/vida universitária), impõe-
se um segundo instrumento, a saber: a disciplina do estudo. 
E COMO INSTITUIR ESSA DISCIPLINA? 
a) ordenar o tempo, segundo prioridades; 
b) respeitar o próprio ritmo pessoal e social da família, da casa, dos 
compromissos etc.; 
c) definir um tempo, por menor que seja, para a prática sistemática do 
estudo; 
d) ao realizar estudo em grupo, fazer intervalos a cada duas horas; 
Highlight
elaborar fichas de documentação
Highlight
ter o hábito de fazer apontamentos
Highlight
basta anotar conceitos
Highlight
recorrer à pesquisa da bibliografia
Highlight
o hábito das anotações e dos fichamentos constitui um exercício salutar
Highlight
ordenar o tempo, segundo prioridades;
Highlight
respeitar o próprio ritmo pessoal e social da família
Highlight
definir um tempo, por menor que seja, para a prática sistemática do
estudo;
Highlight
realizar estudo em grupo
Highlight
disciplina do estudo.
 
13 
 
e) organizar o estudo das disciplinas em função do grau de dificuldade de 
cada uma delas, especialmente as que dizem respeito direto à temática 
da pesquisa; 
f) fazer a revisão das leituras para que seja elaborada uma ficha de 
documentação definitiva; 
g) ter em mãos os fichamentos que irão dar a sustentação teórica ao 
projeto ou à monografia propriamente dita, quando da elaboração dos 
mesmos. 
 
BUSCANDO SABERES 
Esta unidade deve conduzir o estudante ou o pesquisador a assimilar o 
prazer do conhecimento, o prazer da busca e a alegria do encontro com esse 
conhecimento. Para tanto, é importante remeter essa proposta à citação 
apresentada a seguir. 
“É chegado o momento de acrescentarmos ao tempo e ao espaço mais 
uma dimensão fundamental à vida no Universo: o Tesão; o estar física e 
emocionalmente em prontidão, alertas, atentos, disponíveis, sintonizados, 
sensibilizados, sensorializados, sensualizados a todos os estímulos internos e 
externos da vida cotidiana [...]; graças a essa dimensão, nós sentimos a vida à 
flor da pele, podemos fazer fluir e tornar disponíveis nossos potenciais humanos 
e biológicos [...]. Finalmente, ela nos faz criar, amar, jogar, brincar, lutar pelo 
simples e encantado prazer de estar vivo. [...] Hoje, perder o tesão significa 
também se desinteressar [...] é a principal arma que dispomos para lutar contra 
todas as tentativas de nos imporem as dependências, as limitações e as culpas 
[...]” Pois concordo com o pichador de parede que escreveu esta frase no muro 
de um cemitério em São Paulo: Sem tesão não há solução [...] (Blog do Stycer, 
2005) 
 
Highlight
organizar o estudo das disciplinas em função do grau de dificuldade
Highlight
fazer a revisão das leituras
Highlight
ter em mãos os fichamentos que irão dar a sustentação teórica ao
projeto
 
14 
 
UNIDADE 02. A IMPORTÂNCIA DA DOCUMENTAÇÃO 
PARA O ESTUDO 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Uma reflexão a priori sobre objetivos a serem alcançados: 
a) não basta ler ou ouvir; é preciso documentar o que se lê, o que se ouve; 
b) para assimilar o estudo empreendido, o mesmo deve estar sempre sendo 
retomado, ou seja, resgatar em espaços regulares a leitura do que se 
estudou; 
c) assim, é imperioso aprender a documentar o que se lê, o que se estuda 
e o que se coleta empiricamente. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Na visão de Severino, (2003), não adianta apenas ler livros e ouvir aulas 
ou ir a campo para coletar dados reais... Essas informações devem estar à 
disposição do estudante sob diferentes formas, a saber: 
DOCUMENTAÇÃO TEMÁTICA 
Organização do material por temas ou subtemas, dentro de uma 
determinada área de estudo. 
DOCUMENTAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 
Um conjunto de informações sobre livros, revistas, sites etc., a respeito de 
um tema de interesse de estudo: 
a) registrar informações gerais sobre o(s) livro(s), por ex.; 
b) retirar informações contidas em orelha ou contracapa; 
c) assinalar tópicos, sempre respeitando normas paracitações (diretas ou 
não). 
Highlight
DOCUMENTAÇÃO TEMÁTICA
Highlight
Organização do material por temas
Highlight
Um conjunto de informações sobre livros
Highlight
DOCUMENTAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
Highlight
registrar informações gerais sobre o(s) livro(s)
Highlight
retirar informações contidas em orelha
Highlight
assinalar tópicos, sempre respeitando normas para citações
 
15 
 
DOCUMENTAÇÃO GERAL 
Informações úteis retiradas de fontes “perecíveis”: jornais, revistas, folhetos, 
apostilas, dentre outras - uma boa prática seria colar recortes em pastas 
especiais. 
VOCABULÁRIO TÉCNICO LINGUÍSTICO 
Criação de um fichário com o significado dos principais termos técnicos a 
serem “dominados” - (quase um dicionário técnico particular – um glossário). 
Além do processo de estudo, existe a documentação que deverá estar a 
serviço da pesquisa e para que esteja registrada de forma a atender a todas as 
necessidades do estudo, a literatura traz contribuições como é o caso que se 
expõe a seguir. 
Lakatos e Marconi (2001) sugerem as seguintes técnicas na direção de 
documentar, em tese, a coleta de dados primários e secundários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adaptado de Lakatos e Marconi (2001, p.107). 
 
 
Documentação 
Indireta 
Documentação 
Direta 
Técnicas para Coleta 
de Dados 
 Pesquisa Bibliográfica 
 Pesquisa Documental 
 Observação 
 Entrevista 
 Questionário 
 Formulário 
 Testes 
 Sociometria 
 Análise de conteúdo 
 História de vida  
 Pesquisa de mercado 
Highlight
Informações úteis retiradas de fontes
Highlight
: jornais, revistas, folhetos,
apostilas, dentre outras - uma boa prática seria colar recortes em pastas
especiais.
Highlight
DOCUMENTAÇÃO GERAL
Highlight
Criação de um fichário com o significado dos principais termos técnicos a
serem “dominados”
 
16 
 
Documentação Indireta (dados secundários) 
A Pesquisa Bibliográfica, que oferecerá a fundamentação teórica para 
a pesquisa, tem como base a documentação indireta, cujo material, já 
elaborado, está disponível em livros, revistas (periódicos), matérias de jornais e 
publicações em sites da Internet. 
A Pesquisa Documental, diferente da pesquisa bibliográfica, mas 
também oportuna para uma determinada pesquisa, baseia-se em documentos 
que ainda não foram utilizados em nenhum estudo, como arquivos de 
instituições, cartas pessoais, diários, gravações etc. (GIL, 1999, p.51). 
Documentação direta (dados primários) 
Para estudar as técnicas da documentação direta, pode-se ter por base 
o esquema de Chizzotti (1995), que apresenta as técnicas diretas de coleta de 
dados quantitativos e qualitativos. 
As principais técnicas para a coleta de dados mensuráveis ou passíveis 
de interpretação qualitativa são: 
1. Observação: utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da 
realidade. A observação pode ser: 
1.1 assistemática: quando não tem planejamento e controle previamente 
elaborados; 
1.2 sistemática: quando possui planejamento e se realiza em condições 
controladas para responder aos propósitos preestabelecidos; 
1.3 não participante: o pesquisador presencia o fato, mas não participa; 
1.4 individual: realizada por um pesquisador; 
1.5 em equipe: feita por um grupo de pessoas; 
1.6 na vida real: registro de dados à medida que ocorrem; 
1.7 em laboratório: onde tudo é controlado. 
2. Entrevista: é um diálogo preparado com objetivos definidos. É uma técnica, 
mediada pela aplicação de alguns instrumentos de coleta de dados e, às 
Highlight
Documentação Indireta
Highlight
Pesquisa Bibliográfica
Highlight
oferecerá a fundamentação teórica para
Highlight
a pesquisa, tem como base a documentação indireta,
Highlight
já
elaborado, está disponível em livros, revistas (periódicos),
Highlight
material
Highlight
baseia-se em documentos
que ainda não foram utilizados em nenhum estudo
Highlight
Pesquisa Documental
Highlight
Documentação direta
Highlight
apresenta as técnicas diretas de coleta de
dados quantitativos e qualitativos.
Highlight
interpretação qualitativa são:
1. Observação: utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da
realidade. A observação pode ser:
Highlight
assistemática: quando não tem planejamento
Highlight
possui planejamento
Highlight
sistemática:
Highlight
não participante: o pesquisador presencia o fato, mas não participa;
Highlight
por um
Highlight
um grupo
Highlight
registro de dados
Highlight
tudo é controlado.
Highlight
laboratório:
Highlight
Entrevista: é um diálogo preparado com objetivos definidos.
 
17 
 
vezes, de intervenção, que permite que se concretize uma relação estreita 
entre as pessoas. Quando o pesquisador deseja colher informações sobre 
determinado fato, utiliza a entrevista estruturada, que tem um roteiro 
preestabelecido, ou utiliza a entrevista não estruturada, que pode ser mais 
explorada, porém “deve ser passível de condições para ser transformada em 
indicador objetivo de variáveis que se pretendem explorar.” (CHIZZOTTI, 
1995, p.58). 
3. Questionário: instrumento composto por um conjunto de perguntas 
dispostas sequencialmente; elaborado em função dos objetivos da pesquisa, 
das hipóteses ou questões que se investigam e com base nos pressupostos 
teóricos. Os questionários podem ser de perguntas: 
3.1 abertas: o entrevistado responde com frases, permitindo maior 
elaboração nas respostas; porém,sugere-se que seja evitadas 
perguntas abertas, uma vez que o questionário é preenchido pelo 
pesquisado, sem a presença do pesquisador e há dois riscos muito 
sérios que são observados em inúmeros estudos: a) o sujeito 
pesquisado não deseja se expor e deixa em branco as questões 
abertas ou, até mesmo, não devolve o instrumento da pesquisa; b) as 
respostas são tão mal redigidas que acabam não sendo úteis aos 
objetivos que estão propostos; 
3.2 fechadas: apresentam alternativas de respostas fixas e previamente 
estabelecidas; estas são consideradas desejáveis para essa modalidade 
de instrumento, devendo ser formuladas de forma a contemplar, 
efetivamente, os dados que necessitam ser coletados. 
3.3 múltiplas escolhas ou mista: fechadas com uma série de respostas 
possíveis. 
4. Formulário: instrumento constituído por um roteiro de perguntas 
enunciadas pelo entrevistador e preenchidas por ele mesmo, com base nas 
Highlight
a entrevista estruturada, que tem um roteiro
preestabelecido,
Highlight
entrevista não estruturada, que pode ser mais
explorada, porém “deve ser passível de condições para ser transformada em
indicador objetivo de variáveis que se pretendem explorar.”
Highlight
instrumento composto por um conjunto de perguntas
dispostas sequencialmente
Highlight
Questionário
Highlight
função dos objetivos da pesquisa,
Highlight
1 abertas:
Highlight
entrevistado responde com frases, permitindo maior
elaboração nas respostas;
Highlight
fechadas:
Highlight
apresentam alternativas de respostas fixas
Highlight
múltiplas escolhas ou mista: fechadas com uma série de respostas
Highlight
instrumento constituído por um roteiro de perguntas
enunciadas pelo entrevistador e preenchidas por ele mesmo,
Highlight
Formulário
 
18 
 
respostas do pesquisado. Se houver apenas questões específicas, sem 
dados mais abrangentes do entrevistado (escolaridade, renda, moradia, 
identificação etc. etc.), será usado apenas para coleta de depoimentos. 
5. Testes: instrumentos para obter dados que permitam medir o rendimento, 
a frequência, a capacidade ou a conduta de indivíduos, de forma 
quantitativa. 
6. Sociometria: técnica quantitativa que procura explicar as relações pessoais 
entre indivíduos de um grupo. 
7. Análise de conteúdo: permite a descrição sistemática, objetiva, ainda que 
quantitativa, mas permitindo a interpretação qualitativa do conteúdo da 
comunicação. 
8. História de vida: tentativa de obtenção de dados relativos de uma pessoa 
que tenham significado para o conhecimento do objeto em estudo. Muitos 
trabalhosreconstituem a história social, mediante os depoimentos relativos 
às vidas dos sujeitos selecionados para a pesquisa. 
9. Pesquisa de mercado: obtenção organizada e sistemática de informações 
sobre o mercado, visando a ajudar no processo decisivo das empresas e 
minimizando a margem de erros. 
 
BUSCANDO SABERES 
“O possuidor do verdadeiro espírito científico cultiva a honestidade, evita 
o plágio, não colhe como seu o que ouros plantaram, tem horror a 
acomodações e é corajoso para enfrentar os obstáculos e os perigos que uma 
pesquisa pode oferecer”. (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 17) 
 
 
Highlight
instrumentos para obter dados que permitam medir o rendimento,
a frequência,
Highlight
quantitativa.
Highlight
técnica quantitativa
Highlight
descrição sistemática
Highlight
ainda que
quantitativa, mas permitindo a interpretação qualitativa do conteúdo da
comunicação.
Highlight
: tentativa de obtenção de dados relativos de uma pessoa
que tenham significado para o conhecimento do objeto em estudo.
Highlight
tenção organizada e sistemática de informações
sobre o mercado,
 
19 
 
UNIDADE 03. LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Compreender e registrar adequadamente o que se lê e o que se ouve 
é a verdadeira “alma do negócio”. Mas existe um fato corriqueiro: o aluno ou a 
pessoa lê e, de imediato, não “explica” o que leu. 
 
O QUE ACONTECE? Uma impossibilidade de compreensão imediata. 
 
E O QUE FAZER? Não se trata de identificar razões, mas de buscar uma 
forma de solucionar esse “problema”. 
 
EIS, POIS, OS OBJETIVOS DESTA UNIDADE: aprender a ler, a 
compreender o que se lê e a internalizar os conteúdos lidos. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
O prof. Antonio Joaquim Severino1 propõe 3 “níveis” de leitura para 
tentar solucionar o problema de (in)compreensão da leitura, a saber: 
A. análise textual; 
B. análise temática; 
C. análise interpretativa. 
 
A) ANÁLISE TEXTUAL 
O que é uma análise textual? ELA É: 
a) primeira abordagem do leitor com relação ao texto; 
                                                            
1 O texto desta unidade está devidamente registrado na obra do prof. SEVERINO,. Metodologia do trabalho 
científico, em edição publicada em 2000 e apresentada nas referências deste trabalho. 
 
Highlight
primeira abordagem do leitor com relação ao texto;
Highlight
ANÁLISE TEXTUAL
 
20 
 
b) leitura atenta, mas corrida – uma tomada de contato; 
c) um levantamento de todos os elementos básicos para a 
compreensão do texto: 
- dados sobre o autor; 
- vocabulário (palavras desconhecidas); 
- fatos históricos, outros autores, doutrinas etc.. 
E como fazer? 
a) a análise textual deve terminar por uma esquematização do texto, ou 
seja, ideias principais – é menos do que um resumo; 
b) essa esquematização deve dar uma visualização global do texto, não 
omitindo o registro bibliográfico total; 
c) as anotações “copiadas” devem registrar ano e página de onde foram 
extraídas, conforme normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas) e normas contidas no manual de diretrizes do UNAR. 
Obs.: Todos esses elementos devem ser coletados e escritos em folha 
e;ou arquivo especial, dedicada(o) a esse tipo de análise. 
 
B) ANÁLISE TEMÁTICA 
Após a análise textual, quando todos os “termos” utilizados pelo autor 
foram compreendidos, Severino propõe a passagem para a ANÁLISE TEMÁTICA. 
Trata-se, como na análise textual, de uma forma de OUVIR o autor, sem 
interferir em suas ideias. 
 
Deve-se captar a mensagem. E como fazer? 
a) identificar, em primeiro lugar, o tema ou o assunto de que o autor 
fala; 
b) identificar em que limites o tema é tratado (de tempo, de espaço, de 
teorias etc.); 
Highlight
leitura atenta
Highlight
levantamento de todos os elementos básicos
Highlight
a análise textual deve terminar por uma esquematização do texto,
Highlight
esquematização deve dar uma visualização global
Highlight
devem registrar ano e página de onde foram
extraídas, conforme normas da ABNT
Highlight
nálise textual, d
Highlight
Trata-se, como na análise textual, de uma forma de OUVIR o autor, sem
interferir em suas ideias.
Highlight
ANÁLISE TEMÁTICA.
Highlight
o tema ou o assunto
Highlight
e limites
 
21 
 
c) procurar verificar a “problemática” que o autor se propôs, ou seja, qual 
é a razão de sua escolha, qual é o elemento provocador de sua 
abordagem do tema; 
d) identificar uma ideia ou tese central defendida pelo autor (a sua 
visão ou proposta); 
e) procurar entender como o autor demonstra a evolução de seu 
raciocínio, ou seja, a sua argumentação que deve estar logicamente 
encadeada por intermédio das ideias complementares; 
f) avaliar os subtemas ou subteses que o autor pode apresentar (e no 
geral apresenta) para complementar a sua argumentação e seus estudos 
– ideias secundárias. 
C) ANÁLISE INTERPRETATIVA 
Após verificar o texto (análise textual) e após reconhecer a temática 
(análise temática), chega-se à ANÁLISE INTERPRETATIVA 
É um processo em que há um diálogo com o autor e, para tanto, algumas 
atitudes devem ser tomadas: 
a) compreender a coerência do pensamento do autor, nesta e em 
outras obras escritas por ele (quando for o caso); 
b) verificar sua coerência com as ideias que assume; 
c) ser capaz de verificar seus pressupostos, mesmo que não estejam 
totalmente explícitos, ou seja, avaliar os valores e as “certezas” que o autor 
evidencia em seu texto; 
d) refletir sobre temas afins àquele exposto pelo autor; 
e) estabelecer uma análise crítica – uma tomada de posição – se o 
texto é relevante e se traz alguma contribuição; 
f) finalmente, a crítica pessoal que exige amadurecimento intelectual, 
mas que pode ser realizada por meio de um diálogo franco com o autor (ou 
seja, com as ideias expostas pelo autor). 
Highlight
ideias complementares;
Highlight
argumentação
Highlight
raciocínio
Highlight
identificar uma ideia ou tese central
Highlight
é a razão de sua escolha, qual é o elemento provocador de sua
abordagem do tema;
Highlight
ideias secundárias.
Highlight
m processo em que há um diálogo com o autor
Highlight
compreender a coerência do pensamento do autor,
Highlight
verificar sua coerência com as ideias
Highlight
ser capaz de verificar seus pressupostos, mesmo que não estejam
totalmente explícitos, ou seja, avaliar os valores e as “certezas” que o autor
evidencia em seu texto;
d)
e)
refletir sobre temas afins àquele exposto pelo autor;
estabelecer uma análise crítica
Highlight
, a crítica pessoal que exige amadurecimento intelectual,
 
22 
 
PROBLEMATIZAÇÃO: Após esses procedimentos, o estudante (leitor) 
deverá problematizar sobre o texto, ou seja, 
a) levantar discussões/reflexões sobre problemas relacionados à 
mensagem do autor; 
b) evidenciar alguns pressupostos pessoais, colocando-os frente às 
afirmações do autor; 
c) se for o caso, discutir a mesma ideia na posição de diferentes autores. 
 
BUSCANDO SABERES 
Ler com a devida atenção o presente texto. 
IMAGINE 
JOHN LENNON 
 
IMAGINE 
JOHN LENNON 
 
Imagine there's no heaven, 
It's easy if you try, 
No hell below us, 
Above us only sky, 
Imagine all the people 
living for today... 
Imagine there's no countries, 
It is’nt hard to do, 
Nothing to kill or die for, 
No religion too, 
Imagine all the people 
living life in peace... 
Imagine no possessions, 
I wonder if you can, 
No need for greed or hunger, 
Imagine que não exista nenhum paraíso,
É fácil se você tentar. 
Nenhum inferno abaixo de nós, 
Sobre nós apenas o firmamento. 
Imagine todas as pessoas 
Vivendo pelo hoje... 
Imagine que não exista nenhum país, 
Não é difícil de fazer. 
Nada porque matar ou porque morrer, 
Nenhuma religião também. 
Imagine todas as pessoas 
Vivendo a vida em paz... 
Imagine nenhuma propriedade, 
Eu me pergunto se você consegue. 
Nenhuma necessidade de ganância ou 
Highlight
PROBLEMATIZAÇÃO:
Highlight
levantar discussões/reflexõessobre problemas relacionados à
mensagem do autor;
b) evidenciar alguns pressupostos pessoais, colocando-os frente às
afirmações do autor;
c) se for o caso, discutir a mesma ideia na posição de diferentes autores.
 
23 
 
A brotherhood of men, 
imagine all the people 
Sharing allthe world... 
You may say I'm a dreamer, 
but I’m not the only one, 
I hope some day you'll join us, 
And the world will live as one 
 fome, 
Uma fraternidade de homens. 
Imagine todas as pessoas 
Compartilhando o mundo todo. 
Você talvez diga que sou um sonhador, 
Mas eu não sou o único. 
Eu espero que algum dia você se junte a 
 nós, 
E o mundo viverá como um único. 
 
 
 
 
24 
 
UNIDADE 04. MODALIDADES DE CONHECIMENTO 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
No decorrer da história, os homens foram produzindo e agregando 
conhecimentos em diferentes áreas do saber e, segundo diferentes 
procedimentos com vistas a produzir esses conhecimentos, buscaram inspiração 
em forças mágicas, em forças da natureza, em mitos e deuses. Povos antigos 
descobriram como medir áreas e volumes, como marcar o tempo pelos 
principais acontecimentos e puderam registrar os eclipses. 
Eis, pois, o objetivo desta unidade: evidenciar essa trajetória que traça 
diferentes níveis de conhecimentos, sempre preocupados em registrar 
verdades. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
O progresso científico, de forma geral, é um produto da atividade 
humana, para a qual o homem, compreendendo o que o cerca, passa 
a desenvolvê-lo para novas descobertas. e, por relacionar-se com o 
mundo de diferentes formas de vida, o homem utiliza-se de diversas 
formas de conhecimentos, por intermédio dos quais ele evolui e faz 
evoluir o seu habitat. Dentre esses tipos de conhecimentos 
encontram-se o filosófico, o teológico, o empírico e o científico. 
(FACHIN, 2009, p. 19) 
 
Eis alguns tipos de conhecimento 
Conhecimento filosófico – o grande mérito da filosofia é justamente 
desenvolver no ser humano o espírito indagativo, a busca de respostas. Não é 
uma ciência propriamente dita, mas é a busca do saber. Por essa razão, existe 
uma forte ligação do conhecimento filosófico com os demais conhecimentos. 
Trata-se de um guia para a reflexão e para as perguntas que movem homens e 
mulheres: Como? Por quê? Quando? O quê? 
Highlight
o grande mérito da filosofia é justamente
desenvolver no ser humano o espírito indagativo, a busca de respostas. Não é
uma ciência propriamente dita, mas é a busca do saber.
Highlight
uma forte ligação do conheciment
Highlight
to filosófico com os demais conhecimentos.
Highlight
Conhecimento filosófico
 
25 
 
Na visão de Barros e Lehfeld (2000), o conhecimento que advém do 
pensar filosófico é fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento 
especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido 
aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência. 
Conhecimento teológico – recai sobre a fé e provém de revelações do 
mistério sobrenatural com que se interpretam mensagens e manifestações 
divinas. Pela fé na existência da divindade, o conhecimento teológico tem 
respostas para todas as indagações do homem. 
Complementado com as reflexões de Barros e Lehfeld (2000), pode-se 
dizer que o conhecimento teológico é revelado pela fé divina ou crença 
religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da 
formação moral e das crenças de cada indivíduo. 
Conhecimento empírico – ligado às experiências e vivências cotidianas, 
não tem a fundamentação dos postulados metodológicos. O conhecimento 
empírico permite que se saiba o que é a folha de uma planta, mas não se sabe 
em quantas partes se divide e se apresenta, quais são essas partes etc., pois este 
é o conhecimento da botânica. Não deve ser ignorado, pois é a estrutura de 
base para se chegar ao conhecimento científico. 
Assim, segundo Barros e Lehfeld (2000), o conhecimento empírico (ou 
conhecimento vulgar, popular, senso comum) é conhecimento obtido ao acaso, 
após inúmeras tentativas, ou seja, o conhecimento adquirido através de ações 
não planejadas. Apresenta as seguintes características: 
 é superficial, conforma-se com a aparência, não chegando à 
essência das coisas; 
 é sensitivo, refere-se a vivências, a emoções da vida cotidiana; 
 é subjetivo, isto é, o próprio sujeito organiza suas experiências; 
 é assistemático, não se prende a uma organização de ideias; 
 é acrítico, não há preocupação de análise, de chegar à verdade. 
Highlight
, o conhecimento que advém do
pensar filosófico é fruto do raciocínio e da reflexão humana
Highlight
especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos
Highlight
o conhecimento
Highlight
Conhecimento teológico – recai sobre a fé e provém de revelações do
mistério sobrenatural com que se interpretam mensagens e manifestações
divinas. Pela fé na existência da divindade, o conhecimento teológico tem
respostas para todas as indagações do homem.
Highlight
o conhecimento teológico é revelado pela fé divina ou crença
religiosa
Highlight
por sua origem, ser confirmado ou negado.
Highlight
Conhecimento empírico
Highlight
O conhecimento
empírico permite que se saiba o que é a folha de uma planta, mas não se sabe
em quantas partes se divide e se apresenta, quais são essas parte
Highlight
po
Highlight
pois é a estrutura de
base para se chegar ao conhecimento científico.
Highlight
o conhecimento empírico (ou
conhecimento vulgar, popular, senso comum) é conheciment
Highlight
o obtido ao acaso,
Highlight
m a aparência,
Highlight
superficial
Highlight
sensitivo, refere-se a vivências
Highlight
subjetivo,
Highlight
o próprio sujeito organiza suas experiências;
Highlight
não se prende a uma organização de ideias;
Highlight
assistemático
Highlight
acrítico, não há preocupação de análise, de chegar à verdade.
 
26 
 
Conhecimento científico – pressupõe uma aprendizagem superior. 
Preocupa-se com uma abordagem sistemática dos fenômenos (objetos), tendo 
em vista seus termos relacionais que implicam noções básicas de causa e efeito. 
Assim, resulta de pesquisas metódicas e sistemáticas da realidade. Procura 
alcançar a verdade, mediante leis gerais e de caráter universal, ainda que a 
verdade encontrada possa ser temporária. Isto pela razão de que o 
conhecimento científico retoma constante e sistematicamente suas descobertas, 
buscando ampliações e ou reformulações, sempre com procedimentos 
metodológicos adequados. 
Para Barros e Lehfeld (2000), o conhecimento científico é racional, 
sistemático, exato e verificável. Procura resolver problemas ou interpretar 
fenômenos, sempre recorrendo a métodos específicos. É objetivo, metódico, 
demonstrável e comprovável, ou seja é: 
- objetivo porque delimita um campo, isto é, tem um objetivo; 
- metódico porque segue um caminho para chegar ao fim; 
- demonstrável, pois que, refazendo o caminho, demonstra o fim; 
- comprovável porque estabelece meios de prova. 
Pela característica do conhecimento científico, que exige comunicação 
entre os pesquisadores (comunidade científica) e deles com a sociedade em 
geral, conclui-se que o mesmo é de domínio público, o que gera sua evolução. 
 
 
 
 
 
 
 
Highlight
uma aprendizagem superior.
Preocupa-se com uma abordagem sistemática dos fenômenos (objetos), tendo
em vista seus termos relacionais que implicam noções básicas de causa e efeito
Highlight
cançar a verdade, mediante leis gerais e de caráter universal, ainda que a
verdade encontrada possa
ser
temporária.
Isto pela
razão de que o
conhecimento científico retoma constante e sistematicamente suas descobertas,
buscando ampliações e ou reformulações, sempre com procedimentos
metodológicos adequados.
Highlight
o conhecimento científico é racional,
sistemático, exato e verificável. Procura resolver problemas ou interpretar
fenômenos, sempre recorrendo a métodos específicos. É objetivo, metódico,
demonstrável ecomprovável, ou seja é:
- objetivo porque delimita um campo, isto é, tem um objetivo;
- metódico porque segue um caminho para chegar ao fim;
- demonstrável, pois que, refazendo o caminho, demonstra o fim;
- comprovável porque estabelece meios de prova.
Highlight
e exige comunicação
entre os pesquisadores (comunidade científica) e deles com a sociedade em
geral, conclui-se que o mesmo é de domínio público, o que gera sua evolução.
 
27 
 
BUSCANDO SABERES 
 
Cervo e Bervian (2002, p. 6) alertam para o conhecimento científico 
proclamando que: 
O homem não age diretamente sobre as coisas. Sempre há um 
intermediário, um instrumento entre ele e seus atos. Isso também 
acontece quando ele faz ciência, quando investiga cientificamente. 
Ora, não é possível fazer um trabalho científico sem conhecer os 
instrumentos. E esses se constituem de uma série de termos e de 
conceitos que devem ser claramente distinguidos; de conhecimentos a 
respeito das atividades cognoscitivas que nem sempre entram na 
consideração da ciência; de processos metodológicos que devem ser 
seguidos, a fim de chegar-se a resultados de cunho científico e, 
finalmente, é preciso imbuir-se de espírito científico. 
 
 
 
28 
 
UNIDADE 05. NATUREZA DO CONHECIMENTO 
CIENTÍFICO E SUAS FONTES 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
O objetivo desta unidade está centrado na seguinte questão: o que é 
ciência e quais as fontes de conhecimento das quais o homem pode se 
utilizar? 
A ciência, conhecimento produzido pelos homens em diferentes áreas da 
existência, mediante pesquisa, busca a “verdade”, ou seja, pretende ser 
“verdadeira”! 
Por conseguinte, o objetivo maior da ciência é encontrar a verdade. 
Esta unidade tem por objetivo evidenciar os caminhos que os homens 
podem percorrer na incessante busca de produzir conhecimento e que esse 
conhecimento seja verdadeiro. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Na busca dessa verdade, o que o homem faz é pesquisa. E como 
podemos conceituar a pesquisa? 
Para CIANCIARDI NETO (2013), pode-se definir pesquisa científica como 
uma atividade humana, com o propósito de descobrir respostas para inpumeras 
indagações. Vale lembrar que está relacionada diretamente com a produção de 
conhecimento e decorre da capacidade de raciocínio do homem ao enfrentar 
inúmeros problemas e desafios. 
Autores como Severino (2000), Andrade (1999), Cervo e Bervian (1996), 
Lakatos e Marconi (1991) e Salomon (1973), entre tantos outros, ao 
conceituarem pesquisa científica, concordam que se trata de procedimento 
eminentemente racional, que se utiliza de métodos científicos, com o objetivo 
Highlight
Autores como Severino (2000), Andrade (1999), Cervo e Bervian (1996),
Lakatos e Marconi (1991) e Salomon (1973), entre tantos outros, ao
conceituarem pesquisa científica, concordam que se trata de procedimento
eminentemente racional, que se utiliza de métodos científicos, com o objetivo
 
29 
 
de encontrar respostas e/ou explicações para a questão em estudo, ou seja, 
com o objetivo de conhecer. 
 
Conhecer é incorporar um conceito novo ou original sobre um fato ou 
fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das 
experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de 
experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros 
e artigos diversos. (ZATTI, 2011, p. 3). 
 
A pesquisa direcionada ao saber, ao conhecer deve se abastecer de 
algumas fontes, conforme se expõe a seguir. 
Por conseguinte, de maneira geral, várias são as fontes para a ciência ir 
à busca incansável da “verdade”. 
FONE 1 – A INTUIÇÃO: se não é fonte conclusiva de conhecimento, é 
um fator que impulsiona a busca desse conhecimento. 
FONTE 2 – A AUTORIDADE: é o reconhecimento de um conhecimento 
considerado verdadeiro, mesmo que não seja definitivo. Ex.: a Bíblia e o Alcorão; 
Freud e Marx etc.. 
FONTE 3 – A TRADIÇÃO: trata-se de tudo o que é transmitido 
verbalmente, como a sabedoria produzida através dos tempos; tanto se pode 
assimilar “verdades” como “enganos”. 
FONTE 4 – O BOM SENSO: não deve ser desconsiderado; trata-se da 
cautela decorrente de uma boa observação; pode resultar, muitas vezes, em 
senso comum, incorrendo, então, em sérios equívocos. 
FONTE 5 – A CIÊNCIA: maior credibilidade e tem maior chance de 
conduzir à “verdade”. 
Em decorrência do exposto, pode-se concluir que a base para a verdade 
se dá pela produção do chamado conhecimento científico supra-abordado. 
É imprescindível registrar, pois, que, para ser eficaz, receber credibilidade 
e conduzir à “verdade”, a CIÊNCIA deve atender a alguns critérios: 
Highlight
de encontrar respostas e/ou explicações para a questão em estudo, ou seja,
com o objetivo de conhecer.
Highlight
Conhecer é incorporar um conceito novo ou original sobre um fato ou
fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das
experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de
experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros
e artigos diversos.
Highlight
um fator que impulsiona a busca desse conhecimento.
Highlight
A INTUIÇÃO:
Highlight
A AUTORIDADE:
Highlight
o reconhecimento de um conhecimento
considerado verdadeiro,
Highlight
trata-se de tudo o que é transmitido
verbalmente, como a sabedoria produzida através dos tempos
Highlight
trata-se da
cautela decorrente de uma boa observação; pode resultar, muitas vezes, em
senso comum, incorrendo, então, em sérios equívocos.
Highlight
O BOM SENSO
Highlight
TRADIÇÃO:
Highlight
CIÊNCIA: maior credibilidade e tem maior chance de
conduzir à “verdade”.
Em decorrência do exposto, pode-se concluir que a base para a verdade
se dá pela produção do chamado con
 
30 
 
a) clareza e precisão de conceitos na busca da elaboração de teorias e leis 
científicas; 
b) método para conduzir a pesquisa, sem que o mesmo seja absoluto, pois 
há a possibilidade de rever, recriar e criar novos métodos na busca do 
conhecimento; 
c) sistematicidade – o conhecimento se dá quando se pode organizar um 
sistema lógico de proposições e afirmações; 
d) objetividade – não que se negue a subjetividade do pesquisador na 
busca de conhecimento, mas é necessário que o mesmo saiba identificá-
la para que seus valores, seus “vieses” não interfiram no conhecimento a 
ser buscado; 
e) verificabilidade – as afirmações científicas devem ser passíveis de 
verificação seja pela experiência seja pela observação; só a partir deste 
critério é possível construir teorias e leis. 
Pode-se perguntar: Por que não são conclusões definitivas? 
E pode-se responder: PORQUE NINGUÉM DETÉM A PALAVRA FINAL 
SOBRE A “VERDADE”... 
Mas a busca deve ser contínua e a pesquisa é o moto dinamizador do 
homem para que ele produza conhecimento, ainda que não seja definitivo ou 
eterno, mas que seja questionável e renovável. 
Indaga-se, então: E DAÍ? O QUE É ENTÃO CONHECER? 
É uma relação entre o sujeito que conhece (cognoscente) e o objeto 
que é (será) conhecido (cognoscível). 
O sujeito se “apropria” do objeto quando o conhece. 
Essa apropriação pode ser: 
a) sensível – captada pelos sentidos; ex.: o som captado pela audição; 
b) intelectual – captada pelo pensamento; exemplo a resolução de 
um problema. 
Highlight
há a possibilidade de rever, recriar e criar novos métodos na busca do
conhecimento;
Highlight
clareza e precisão de conceitos na busca da elaboração de teorias e leis
Highlight
sistematicidade – o conhecimento se dá quando se pode organizar um
sistema lógico de proposições e afirmações;
Highlight
mas é necessário que o mesmo saiba identificá-
la para que seus valores, seus “vieses” não interfiram no conhecimento a
ser buscado;
Highlight
as afirmações científicas devem ser passíveis de
verificação seja pela experiência seja pela observação; só a partir deste
critério é possível construir teorias e leis.
Highlight
captada pelos sentidos
Highlight
aptada pelo pensamento
Highlight
sensível
Highlight
intelectual
 
31 
 
Na visãode Zatti (2011), é essa ação teleológica do homem que o 
diferencia de outros animais. Só os homens são capazes de interagir com a 
natureza, com os objetos e com outros homens seus semelhantes, de cuja 
interação produzem uma interpretação das referências que acumulam, 
produzindo o que se denomina cognição do universo. 
E é essa cognição diferenciada que produz diferentes tipos de 
conhecimento, bem como diferentes áreas do saber. 
A ilustração a seguir traz a contribuição e Cervo e Bervian (2002, p. 15) 
para a compreensão da relação entre o desconhecer e o conhecer, na 
perspectiva de chegar a uma “verdade”. 
 
 
estado de espírito sujeito conhecimento objeto 
 manifestação 
 
 - ignorância nada 
 - dúvida um 
pouco 
 - opinião sem clareza 
 - certeza com 
evidência 
 
 
 VERDADE 
 
 
Os autores (ibidem) ensinam que de nada valeria o conhecimento e o 
emprego de instrumental metodológico adequado, sem que o pesquisador 
Highlight
é essa ação teleológica do homem que o
diferencia de outros animais.
Highlight
os homens são capazes de interagir com a
natureza, com os objetos e com outros homens seus semelhantes
Highlight
interação produzem
uma
interpretação das
referências que acumulam,
produzindo o que se denomina cognição do universo.
Highlight
é essa cognição diferenciada que produz diferentes tipos de
conhecimento, bem como diferentes áreas do saber.
 
32 
 
detenha rigor e seriedade em seu trabalho, condições inerentes de que o 
espírito científico deve estar revestido, como já apontado em unidade anterior. 
 
BUSCANDO SABERES 
Mais uma vez, sugere-se ler o que proclamam Cervo e Bervian (2002, p. 
18): 
O universitário, consciente de sua função na universidade, vai procurar 
imbuir-se desse espírito científico, aperfeiçoando-se nos métodos de 
investigação e aprimorando suas técnicas de trabalho. Os 
conhecimentos científicos que vai adquirir, os bons ou maus mestres 
que vai enfrentar não constituirão o essencial da vida acadêmica. O 
essencial é aprender como trabalhar, como enfrentar e solucionar os 
problemas que se apresentam não só na universidade, mas 
principalmente na vida profissional. [...] Aqui vale o ditado: “ao pobre 
que bater à porta não se dá o peixe, mas a linha e o anzol.” 
 
 
 
33 
 
 
UNIDADE 06. A QUESTÃO REDACIONAL 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Para apresentar por escrito uma monografia ou qualquer outro texto 
produzido no decorrer dos estudos universitários, alguns critérios devem ser 
devidamente respeitados quanto à redação desses trabalhos. O objetivo desta 
unidade é evidenciar ao aluno a linguagem adequada a um trabalho 
acadêmico (científico), não apenas em relação à norma culta do vernáculo, mas 
também em relação à linguagem específica da ciência e das diferentes áreas do 
conhecimento. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Alguns desses critérios s serem respeitados são expostos a seguir: 
 
a) reconhecer que a ciência não significa apenas o conhecimento que o homem 
desenvolve ao longo de toda sua história, mas depende, basicamente da 
capacidade de comunicar /transmitir esse conhecimento; 
b) ter o domínio da língua (idioma); 
c) estar amparado em um mínimo conhecimento de uma linguagem mais 
“científica/acadêmica”; 
d) mostrar nas monografias, nos relatórios, nos trabalhos acadêmicos 
qualidades redacionais, tais como: 
- impessoalidade - usar a indeterminação do sujeito ou a 3ª pessoa verbal – 
pensa-se ou este trabalho (uso desaconselhável/inadequado do “nós” = 1ª 
pessoa do plural); 
- objetividade - não colocar a própria subjetividade no trabalho cientifico; 
por ex.: “a sala estava suja” (uma análise subjetiva); ao contrário, deve-se 
Highlight
reconhecer que a ciência não significa apenas o conhecimento que o homem
desenvolve ao longo de toda sua história,
Highlight
capacidade de comunicar /transmitir esse conhecimento;
Highlight
ter o domínio da língua
Highlight
amparado em um mínimo conhecimento de uma linguagem mais
“científica/acadêmica”;
Highlight
qualidades redacionais
Highlight
impessoalidade - usar a indeterminação do sujeito ou a 3ª pessoa verbal –
pensa-se ou este trabalho
Highlight
não colocar a própria subjetividade no trabalho cientifico;
 
34 
 
registrar: “ao observar o ambiente, o pesquisador verificou que havia papel 
picado e tocos de cigarros pelo chão” (condições de objetividade). Outro 
exemplo: “a sala era grande e espaçosa” (subjetividade do pesquisador); “a 
sala media cerca de 12 m de comprimento por 8 m de largura” (condições 
de objetividade); 
- modéstia e cortesia - não desqualificar trabalhos feitos anteriormente, nem 
permitir que haja uma linguagem pretensiosa sobre os resultados 
alcançados com o próprio trabalho; 
- linguagem informativa - ter ciência que, embora a linguagem possa ter 
caráter persuasivo e expressivo, a maior função da linguagem científica é a 
função informativa e como tal, deve oferecer as melhores condições de 
compreensão para o leitor; 
- caráter técnico - toda linguagem pode ter caráter coloquial e literário, mas 
a linguagem científica tem caráter técnico, ou seja, ela é informativa usa 
termos específicos, sem cair em prolixidade desnecessária; 
- força argumentativa - ter presente que, enquanto a linguagem literária 
convence pela elegância e pelos valores estéticos, a linguagem científica 
deve ser valorizada pela sua capacidade argumentativa, ou seja, pelas 
evidências que traz, comprovando suas afirmações; 
- clareza [sua principal característica] - avaliar, pois, que a linguagem 
acadêmica deve ser precisa, objetiva e clara, razão pela qual deve sempre 
abordar conhecimentos bem estruturados – ninguém expressa com clareza 
idéias confusas; 
- simplicidade - o pesquisador deve usar vocabulário adequado, simples, 
evitando adjetivos (subjetividade); as frases devem ser curtas e precisas; 
evitar parágrafos muito longos que só servem para dificultar a compreensão 
do texto. 
 
Highlight
não desqualificar trabalhos feitos anteriormente, nem
permitir que haja uma linguagem pretensiosa sobre os resultados
alcançados com o próprio trabalho;
Highlight
modéstia e cortesia
Highlight
linguagem informativa - ter ciência que, embora a linguagem possa ter
caráter persuasivo e expressivo, a maior função da linguagem científica é a
função informativa
Highlight
ela é informativa usa
termos específicos, sem cair em prolixidade desnecessária;
Highlight
caráter técnico
Highlight
força argumentativa - ter presente que, enquanto a linguagem literária
convence pela elegância e pelos valores estéticos
Highlight
clareza [sua principal característica] - avaliar, pois, que a linguagem
acadêmica deve ser precisa, objetiva e clara, razão pela qual deve sempre
abordar conhecimentos bem estruturados
Highlight
simplicidade - o pesquisador deve usar vocabulário adequado, simples,
evitando adjetivos (subjetividade); as frases devem ser curtas e precisas;
 
35 
 
CLAREZA, OBJETIVIDADE, PRECISÃO E SIMPLICIDADE – EIS, EM 
SÍNTESE, AS CARACTERÍSTICAS QUE DEVEM PRESIDIR A LINGUAGEM 
CIENTÍFICA E A CONSTRUÇÃO REDACIONAL DOS TEXTOS ACADÊMICOS. 
Para enfatizar, é primordial que haja, também, uma cuidadosa revisão 
linguística, priorizando, inclusive, a questão do estilo e da estética formal. 
 
BUSCANDO SABERES 
Reiterando o exposto, a contribuição de Maimone apud Nunes e Nava 
(2003) apresenta um quadro ilustrativo sobre exigências redacionais 
contrapostas que pode servir de guia ao jovem estudante que elabora sua 
monografia ou seu relatório, enfim que deve escrever um texto acadêmico. 
 
EXIGÊNCIAS REDACIONAIS QUANTO AO TRATAMENTO DO TEXTO 
Exigências Deformação 
Impessoal Pessoal 
Objetiva (direta) Subjetiva (seu ponto de vista) 
Modesta Arrogante (dogmatismo) 
Informativa (conceitos e conteúdos) Persuasiva (vazio, repetitiva) 
Clara / distinta (didática) Confusa, equivocada 
Própria, denotativa Figurada (metafórica),conotativa 
Técnica e científica Comum (vulgar) 
Frases curtas e simples Períodos longos (coordenadas e 
subordinadas) 
Fonte: Maimone, apud Nunes e Nava (2003, p. 42). 
 
À guisa, ainda, de complementar as informações sobre a questão 
redacional, é importante trazer a contribuição de Zatti (2011) que resgata 
componentes ilustrativos como gráficos, quadros, tabelas, figuras etc.. 
Highlight
CLAREZA, OBJETIVIDADE, PRECISÃO E SIMPLICIDADE – EIS, EM
SÍNTESE, AS CARACTERÍSTICAS QUE DEVEM PRESIDIR A LINGUAGEM
CIENTÍFICA E A CONSTRUÇÃO REDACIONAL DOS TEXTOS ACADÊMICOS.
 
36 
 
a) toda ilustração deve ser anunciada no trabalho, usando-se a expressão 
anterior ou supra citada e posterior ou a seguir; 
b) respeitar a diferença entre quadro (dados descritivos) e tabela (dados 
quantitativos), mantendo-se os títulos numerados com algarismos 
arábicos e com seus respectivos enunciados na parte superior da 
ilustração; 
Matéria Recursos didáticos 
Português Dicionários 
Matemática Compasso 
Ciências Tubos de ensaio 
 
Matéria Quantidade de 
alunos 
Português 15 
Matemática 18 
Ciências 17 
 
c) há autores que não consideram as tabelas como ilustrações. 
 
Na perspectiva de complementar os critérios que devem ser acatados, 
pode-se resgatar algumas normas redacionais do ponto de vista gramatical e 
normativo. 
Quando você encontrar... É preciso que... 
Verbos conjugados em 1ª pessoa 
(sei/sabemos, noto/notamos, 
posso/podemos); 
Sejam apassivados ou que estejam na 
impessoalidade: sabe-se, nota-se, 
pode-se; 
Verbos conjugados no imperativo 
(note, veja, compare); 
Sejam apassivados ou que estejam na 
impessoalidade (note-se, veja-se, 
 
37 
 
compare-se); 
Termos escritos em itálico Sejam mantidos em itálico apenas se 
forem palavras estrangeiras; 
Siglas Apresentem sua forma por extenso na 
primeira vez em que forem escritas; 
Siglas estrangeiras Apresentem sua forma por extenso, 
com respectiva tradução, na primeira 
vez em que forem escritas; 
A generalização (sempre, nunca, todos, 
tudo, nada, ninguém, nenhum, o pior, 
o melhor, o mais usado) 
Seja evitada, pois, quando se escreve 
qualquer um desses termos, excluímos 
qualquer outra possibilidade, o que 
requer certeza da informação; 
Abreviações (etc., s/, nº ) Sejam eliminadas (usar o extenso: 
entre outros, sem, número) 
Números baixos (de 1 a 9) ou 
monossílabos 
Sejam escritos em palavras e não 
como numeral (um, nove, cem, mil) 
Fonte: Zatti, (2011, p. 45) 
 
 
 
38 
 
UNIDADE 07. OS TRABALHOS CIENTÍFICOS 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Esta unidade tem por objetivo apresentar os principais trabalhos 
acadêmicos que os alunos da graduação ou mesmo da pós-graduação 
podem ser solicitados a elaborar. Em linhas gerais, estão definidos e 
apresentam as principais características de que devem ser portadores, visando a 
aparelhar o aluno a uma execução desejável e eficiente. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
AS MONOGRAFIAS 
monos = um/uma 
graphein = escrita (grafia) 
 
 
no grego, ou seja, 
um escrito sobre um único tema. 
 
A priori, deve ficar esclarecido que um trabalho monográfico não pode 
ser uma compilação de textos lidos, mas deve apresentar o resultado de 
leituras, de pesquisas de campo, de observações, de reflexões... 
ASSIM, A MONOGRAFIA NÃO É: 
a) repetição do que já foi dito por alguém; 
b) resposta a uma espécie de questionário; 
c) manifestação de opiniões pessoais (“achismo”); 
d) construção de ideias extremamente abstratas; 
e) manifestação de uma erudição livresca etc.. 
A MONOGRAFIA É UM TRABALHO QUE: 
Highlight
um trabalho monográfico não pode
ser uma compilação de textos lidos, mas deve apresentar o resultado de
leituras, de pesquisas de campo, de observações, de reflexões...
Highlight
MONOGRAFIA NÃO É:
Highlight
repetição do que já foi dito por alguém;
resposta a uma espécie de questionário;
Highlight
manifestação de opiniões pessoais
Highlight
construção de ideias extremamente abstratas;
Highlight
)
repetição do que já foi dito por alguém;
resposta a uma espécie de questionário;
manifestação de opiniões pessoais (“achismo”);
construção de ideias extremamente abstratas;
manifestação de uma erudição livresca e
 
39 
 
a) observa e acumula observações; 
b) organiza as observações e as informações; 
c) indaga sobre os seus porquês; 
d) utiliza de forma inteligente as leituras e as experiências; 
e) apresenta provas; 
f) usa de sistematicidade; 
g) expõe interpretações e relações; 
h) comunica aos demais os resultados desse estudo. 
i) Por conseguinte, a elaboração da monografia contribui para: 
j) desenvolvimento intelectual do educando; 
k) desenvolvimento do conhecimento científico, em geral; 
l) e desenvolvimento das diferentes áreas do conhecimento. 
 
As instituições de ensino ainda estão carentes de alguns aspectos que 
“facilitem” ao educando a elaboração de monografias devendo prever um 
tempo hábil para o aluno escrever; realizar o aproveitamento de todos os níveis 
de conhecimento; estabelecer o relacionamento entre as diversas disciplinas; 
proporcionar novas formas de avaliação, priorizando os trabalhos de conclusão 
de curso, por ex.. 
As monografias podem ser realizadas em diferentes níveis, a saber: 
a) trabalhos acadêmicos disciplinares – realizados no decorrer dos anos de 
estudo, sejam eles de graduação ou de pós-graduação; 
b) trabalhos de conclusão de curso – TCC – ao final da graduação, deve 
englobar o aprendizado conseguido durante o curso, apoiando-se em 
diversas fontes, constituindo sua fundamentação teórica; é realizado sob 
orientação de um professor designado pela instituição de ensino; pode ser 
feito individualmente, em duplas ou em grupos, a critério de cada unidade 
escolar; 
Highlight
observa e acumula observações;
organiza as observações e as informações;
indaga sobre os seus porquês;
Highlight
forma inteligente as leituras
Highlight
apresenta provas;
Highlight
usa de sistematicidade;
Highlight
expõe interpretações e relações;
Highlight
comunica aos demais os resultados desse estudo.
Highlight
a elaboração da monografia contribui para:
desenvolvimento intelectual do educando;
Highlight
desenvolvimento do conhecimento científico, em geral;
e desenvolvimento das diferentes áreas do conhecimento.
Highlight
trabalhos acadêmicos disciplinares – realizados no decorrer dos anos de
estudo, sejam eles de graduação ou de pós-graduação;
Highlight
) trabalhos de conclusão de curso – TCC – ao final da graduação, deve
englobar o aprendizado conseguido durante o curso, apoiando-se em
diversas fontes, constituindo sua fundamentação teórica; é realizado sob
orientação de um professor designado pela instituição de ensino; pode ser
feito individualmente,
 
40 
 
c) trabalhos finais de cursos de pós-graduação lato sensu - trabalho final 
de especialização ou de aperfeiçoamento – à semelhança dos TCCs de 
graduação; difere, porém, nas exigências de um referencial teórico maior, 
inclusive com a escolha de um tema específico, de uma área de 
concentração (a especialidade), além da pesquisa empírica requerer maior 
rigor, caso ela se faça presente no estudo; 
d) dissertações – mestrado (pós-graduação stricto sensu) – segundo a 
ABNT (3.8 NBR 14724/2002 – validada em 2006), “documento que 
representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um 
estudo científico retrospectivo. de tema único e bem delimitado em sua 
extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve 
evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a 
capacidade de sistematização do candidato; é feito sob a coordenação de um 
orientador (doutor), visando ao título de mestre”; 
e) tese – doutorado (pós-graduação stricto sensu) – segundo a ABNT (3.27 
NBR 14724/2002 – validada em 2006), “documento que representa o 
resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo 
científico de tema único e bem delimitado.Deve ser elaborado com base 
em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a 
especialidade em questão; é feito sob a coordenação de um orientador 
(doutor) e visa à obtenção do título de doutor ou similar”. 
 
O ARTIGO CIENTÍFICO 
Segundo a NBR 6022 de maio de 2003 proposta pela ABNT, o artigo a 
ser elaborado como produção científica deve obedecer a alguns critérios como 
se expõe a seguir. 
Saliente-se que a referida norma classifica os artigos em três 
modalidades: 
Highlight
trabalhos finais de cursos de pós-graduação lato sensu - trabalho final
de especialização ou de aperfeiçoamento – à semelhança dos TCCs de
graduação; difere, porém, nas exigências de um referencial teórico maior
Highlight
dissertações – mestrado (pós-graduação stricto sensu) – segundo a
ABNT (3.8 NBR 14724/2002 – validada em 2006), “documento que
representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um
estudo científico retrospectivo. de tema único e bem delimitado em sua
extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações.
Highlight
“documento que representa o
resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo
científico de tema único e bem delimitado.
 
41 
 
a) artigo científico – autoria declarada que apresenta e discute ideias 
e resultados, métodos e técnicas em diferentes áreas do 
conhecimento; 
b) artigo de revisão - parte de uma publicação que resume, analisa e 
discute informações já publicadas; 
c) artigo original – apresenta temas ou abordagens originais. 
 
ESTRUTURA FÍSICA DO ARTIGO 
componentes pré-textuais: 
a) título e subtítulo, se houver; 
b) nome do autor ou dos autores; 
c) resumo na língua do texto; 
d) palavras-chave na língua do texto (de 3 a 5 palavras). 
 
componentes textuais: 
a) introdução; 
b) desenvolvimento; 
c) conclusão. 
 
componentes pós-textuais: 
a) título e subtítulo, se houver, me língua estrangeira; 
b) resumo em língua estrangeira; 
c) palavras-chave em língua estrangeira (de 3 a 5 palavras); 
d) notas explicativas (se houver); 
e) referências (bibliográficas); 
f) glossário (opcional); 
g) apêndice(s) (se houver); 
h) anexo(s) (se houver. 
Highlight
artigo científico – autoria declarada que apresenta e discute ideias
e resultados, métodos e técnicas em diferentes áreas do
conhecimento;
b) artigo de revisão - parte de uma publicação que resume, analisa e
discute informações já publicadas;
c) artigo original – apresenta temas ou abordagens originais.
Highlight
componentes pré-textuais:
a) título e subtítulo, se houver;
b) nome do autor ou dos autores;
c) resumo na língua do texto;
d) palavras-chave na língua do texto (de 3 a 5 palavras).
Highlight
componentes textuais:
a) introdução;
b) desenvolvimento;
c) conclusão.
Highlight
componentes pós-textuais:
a) título e subtítulo, se houver, me língua estrangeira;
b) resumo em língua estrangeira;
c) palavras-chave em língua estrangeira (de 3 a 5 palavras);
d) notas explicativas (se houver);
e) referências (bibliográficas);
f) glossário (opcional);
g) apêndice(s) (se houver);
h) anexo(s) (se houver.
 
42 
 
REGRAS PARA APRESENTAÇÃO 
a) título e subtítulo devem figurar na página de abertura do artigo, 
diferenciados tipograficamente ou separados por dois pontos e na língua 
do texto; 
b) nome do(s) autor(es), acompanhado(s) de breve currículo que qualifique 
a área do conhecimento do artigo; currículo, endereço postal e eletrônico 
devem aparecer no rodapé com chamada em asterisco no texto; 
opcionalmente, podem aparecer após os componentes pós-textuais, 
onde estão também os agradecimentos e a data da entrega dos originais; 
c) resumo na língua do texto, em uma sequencia de frases concisas e 
objetivas, sem a marcação de tópicos, não ultrapassando 25º palavras, 
segui abaixo das palavras-chave; 
d) a introdução deve conter os elementos principais que apresentem o 
artigo: tema, objetivos, procedimentos etc.; 
e) desenvolvimento é uma exposição ordenada e pormenorizada do 
assunto tratado, aparecendo em seções e subseções; 
f) a conclusão finaliza o artigo e traz os resultados encontrados na direção 
dos objetivos e das hipóteses; 
g) o resumo em língua estrangeira poderá ser em inglês (abstract), em 
espanhol (resumen), em francês (résumé), bem como as palavras-chave – 
keywords, palabras clave, mots-clés, respectivamente; 
h) a numeração das notas explicativas é feita em algarismos arábicos; 
i) as referências (bibliográficas) são componente obrigatório; 
j) o glossário é opcional e deve ser elaborado em ordem alfabética; 
k) apêndices e anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas e 
travessão antes dos respectivos títulos (se ultrapassar as letras do 
alfabeto, usar maiúsculas dobradas (AA); a produção do próprio autor do 
Highlight
título e subtítulo devem figurar na página de abertura do artigo,
Highlight
nome do(s) autor(es), acompanhado(s) de breve currículo que qualifique
a área do conhecimento do artigo; currículo, endereço postal e eletrônico
devem aparecer no rodapé com chamada em asterisco no texto;
opcionalmente,
 
43 
 
artigo entra como apêndice e os anexos são referências a informações 
extraídas de terceiros; 
l) as demais regras de apresentação seguem as normas previstas na NBR 
14724 de 2011; 
m) procurar atender a todas as indicações referentes à questão da redação 
do artigo. 
 
BUSCANDO SABERES 
 Na visão de Oliveira (20012, p. 237), a monografia tem algumas 
características, a saber: ser um estudo escrito, sistemático e completo, sobre um 
tema em uma determinada área do conhecimento. É realizada mediante 
metodologia científica, oferecendo uma contribuição original e pessoal para a 
ciência. 
 
 
 
44 
 
UNIDADE 08. A PESQUISA CIENTÍFICA – PROJETOS DE 
PESQUISA 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
O objetivo básico desta unidade é conhecer o projeto que estabelece a 
proposição de uma pesquisa propriamente dita, bem como reconhecer a 
importância da pesquisa, com seus diferentes tipos e modalidades. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
ESQUEMA GRÁFICO SOBRE UM PROJETO DE PESQUISA 
ELEMENTO DECODIFICAÇÃO DO ELEMENTO 
QUESTÃO 
BÁSICA 
Apresentação 
Definição do TEMA, do assunto que será 
estudado. Definição do TÍTULO. 
Qual o tema? 
Justificativa 
Trata-se de evidenciar a RAZÃO (o porquê) da 
realização da pesquisa, em nível 
a. do interesse pessoal e 
b. da relevância do tema abordado (formula-
se, então, a fundamentação teórica do estudo). 
Por que fazer? 
 
Problematização 
Trata-se da colocação das “INQUIETAÇÕES” do 
pesquisador, apresentadas na forma de 
perguntas, de pressupostos e na forma de 
hipóteses formuladas. 
Quais são 
minhas 
“perguntas”? 
 
Objetivos 
Definição dos PROPÓSITOS e das METAS que o 
pesquisador pretende atingir com seu estudo. 
Para que 
fazer? 
 
 
45 
 
Procedimentos 
metodológicos 
Neste momento, o pesquisador irá definir os 
CAMINHOS a serem traçados para, 
efetivamente, poder realizar seu projeto, 
atingindo seus objetivos. 
Como vou 
fazer? 
Cronograma 
Previsão, no tempo, das ETAPAS a serem 
desenvolvidas para a consecução do projeto. 
Quando fazer?
Recursos 
Quando houver a possibilidade, definição dos 
recursos MATERIAIS E HUMANOS previstos 
como necessários para a execução do projeto. 
Do que 
preciso? 
Referências 
Lista de OBRAS (lidas ou a serem lidas) e de 
CONSULTAS (realizadas ou a serem realizadas) 
fundamentais para a realização do trabalho. 
O que 
consultar? 
Plano provisório 
Construir provisoriamente a estrutura que será 
dada ao trabalho propriamente dito. 
Como será? 
Quadro adaptado a partir de Pescuma e Castilho (2005a, p. 23) 
 
Observações: 
 Observe-se que o tratamento verbal do projeto, até por ser uma 
perspectiva futura de realização, deve ser enunciado pelo futuro do 
modo indicativo (este trabalho estudará a questão da inclusão escolar 
do aluno deficiente [ ] Sugere-se que o tratamento verbal a ser

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