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Universidade Paulista – UNIP EaD Projeto Integrado Multidisciplinar Cursos Superiores De Tecnologia Projeto de um terminal de computador para divulgação de informações em parques urbanos Goiânia – GO 2020 Universidade Paulista - UNIP EaD Projeto Integrado Multidisciplinar Cursos Superiores De Tecnologia Projeto de um terminal de computador para divulgação de informações em parques urbanos Discente: Kamila Rodrigues Gomes RA: 2049358 Curso: Análise e Desenvolvimento de Sistemas Semestre: I Bimestre: 1° Orientador (a): Ellen Cristina Dias Projeto Integrado Multidisciplinar para obtenção do título do Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas apresentado à Universidade Paulista – UNIP como pré-requisito para aprovação no 1º semestre. Goiânia – GO 2020 Resumo Este Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) tem a intenção de corroborar com os aspectos da interdisciplinaridade de acordo com as disciplinas mediadas durante o 1° semestre de 2020, no curso Análise e Desenvolvimento de Sistemas, ofertado pela Universidade Paulista em modalidade EaD, sendo elas: fundamentos de sistemas operacionais; lógica; estatística e; desenvolvimento sustentável. O Projeto traz como principal objetivo o desenvolvimento de um terminal de computador para divulgação de informações sobre atividades em geral em Parques Urbanos, utilizando o aporte das já mencionadas disciplinas estudadas, pois consideramos que tais espaços permitem interatividade da sociedade com a natureza, em sua maioria de forma gratuita – salvo alguns exemplos, como os zoológicos – além de serem acessíveis a todos os públicos, também consideramos que a tecnologia auxilia a vida humana cotidiana em geral. Será desenvolvido ao longo do projeto análises da interatividade social com os parques urbanos tendo a colaboração de terminais de computadores auxiliando maior aproveitamento das atividades proporcionadas em tal espaço, de forma que o projeto esteja à luz dos conceitos de desenvolvimento sustentável e a tecnologia esteja integrada a sociedade não apenas como extensão das atividades triviais humanas, mas considerando sua relação dialética com a ciência e a cultura. Palavras-chave: Parques urbanos; Sistema operacional; Lógica; Estatística; Desenvolvimento Sustentável. Abstract This Multidisciplinary Integrated Project (MIP) intends to corroborate the aspects of interdisciplinarity according to the disciplines mediated during the 1st semester in 2020, in the course of Analysis and Development of Systems, offered by Universidade Paulista in DE modality, which are: fundamentals of operating systems; logic; statistics and; sustainable development. This project has as main objective the development of a computer terminal for dissemination of information about general activities in Urban Parks, using the contribution of the aforementioned studied disciplines. For we consider that such spaces allow interactivity of society with nature, mostly free – except some examples, such as zoos – furthermore accessible for everyone, we also consider that, in a general way, technology aids in everyday human life. Throughout the project will be developed an analyses of social interactivity with urban parks with the collaboration of computer terminals helping greater use of the activities provided in such space, so that this project is integrated into the concepts of sustainable development and technology is embedded into society not only as an extension of trivial human activities, but considering its dialectical relationship with science and culture. Keywords: Urban Parks; Operational System; Logic; Statistic; Sustainable Development. Sumário Introdução..................................................................................................................................5 1. Desenvolvimento.................................................................................................................6 1.1 Os parques urbanos e a sociedade.................................................................................6 1.2 Os parques urbanos no Brasil........................................................................................7 1.2.1 Os parques urbanos no brasil: análise estatística e lógica.................................8 1.3 Terminal de computador para parques urbanos: o sistema operacional......................15 1.4 O terminal de computador para parques urbanos: desenvolvimento sustentável.......17 Conclusão.................................................................................................................................18 Referencias...............................................................................................................................19 5 Introdução No Brasil há um número significativo de parques urbanos, visto que existem diversos tipos, como parques, cemitérios parques, jardins botânicos, etc. Tal tendência vem sendo adotada como medida secundária que relaciona a sociedade com a natureza, mesmo que esta seja em sua segunda forma (Santos, 2006). Desse modo, o número de visitantes diários dos parques urbanos no Brasil é bastante expressivo, posto que o acesso aos parques é gratuito para todas as idades (salvo alguns exemplos, como os jardins zoológicos). Sabe-se que a medida em que o homem (re)cria tecnologias de acordo com suas necessidades ou de acordo com avanços científicos, a sociedade modifica seus costumes, sua cultura. Diante disso, partimos do pressuposto que com o intercambio da sociedade rural para o meio urbano possibilitou a construção e a existência de espaços como os parques urbanos, que representam uma forma de aproximação do homem com a natureza. Sendo este espaço um local de interação e lazer, compreende-se que ter acesso a informações sobre esses espaços e das atividades proporcionadas em seu ambiente é de suma importância para uma proveitosa vivência. Por conseguinte, foi elaborado projeto um modelo para um terminal de computador para que a população que frequenta tais espaços consiga fruir das possibilidades de lazer que tais ambientes promovem. Analisamos dados e gráficos disponibilizados pela Semeia1, no que diz respeito a uma pesquisa realizada virtualmente que considerou o quantitativo de pessoas que conhecem (ou não) e frequentam parques urbanos e pessoas que não frequentam, bem como os motivos que implicam uma determinada porcentagem da amostra a não frequentar parques urbanos. Com base nesses dados fizemos apontamentos do que essas porcentagens representam comparando- as e analisando-as estatisticamente, assim como utilizamos tais informações para demonstrar analises lógicas, análises de argumentos válidos e sofismas. No entanto, não pudemos nos desprender das questões ambientais que norteiam as ideias de desenvolvimento sustentável. Sendo assim, este projeto indica algumas medidas que corroboram com a economia de energia hidrelétrica, bem como a possibilidade da utilização de energia solar, visando uma sociedade com consciência ambiental. 1 http://www.semeia.org.br/ http://www.semeia.org.br/ 6 1. Desenvolvimento 1.1 Os parques urbanos e a sociedade Os parques urbanos são definidos por Scalise (2002): [...] como um grande espaço aberto público, que ocupa uma área de pelo menos um quarteirão urbano, normalmente vários, localizado em torno de acidentes naturais, fazendo divisa com diversos bairros; os limites principais são as ruas, e que a sua organização espacial apresenta um equilíbrio entre áreas pavimentadas e ambiências naturais. O parque urbano podeabrigar o uso informal de passagem, esportes recreativos, caminhos secundários de pedestres, festivais, playgrounds, centros comunitários, piscinas, entre outros. Apesar dos vários tipos – parques, jardins botânicos, jardins zoológicos, complexos recreativos e esportivos, hípicas, etc. – e opções de lazer nos parques urbanos, há um consenso no que se refere que estes integram o bem-estar da sociedade. Vasconcellos; Sobrinho e; Cardoso corroboram nesse sentido quando expõe que: Os parques urbanos desempenham diferentes funcionalidades e configurações nas cidades, os quais estão diretamente relacionados às formas de gestão ambiental e padrões de crescimento dos núcleos urbanos. Enquanto alguns centros recebem multidões, outros estão vinculados à proteção ambiental. Um consenso na literatura, entretanto, é que parques urbanos são estrategicamente importantes para a qualidade de vida das pessoas no conjunto das sociedades em crescente urbanização. (2015, p. 75) No que tange ao cenário histórico, os parques urbanos surgem concomitantemente com a era industrial, visto que a mesma provocou o intercambio da sociedade do meio rural para o urbano, ou seja, temos nesse processo um deslocamento expressivo de populações para as cidades (Hobsbawn, 2003). Desse modo sabemos que os hábitos e costumes foram sendo modificados progressivamente com o avanço da urbanização - e das revoluções tecnológicas. Apesar de não ser o intuito deste texto a investigação da revolução industrial, consideramos que sua análise é pertinente na contextualização de tal projeto, bem como da sociedade em geral. A revolução industrial surge2 em meados do século XVIII, com as alterações no modo de produção material. Os objetos deixaram de serem fabricados por artesãos, passando para a manufatura até que o homem, diante de suas necessidades triviais e aos avanços científicos, 2 Optou-se por utilizar tal expressão com formatação inclinada, pois considera-se que a Revolução Industrial é um processo histórico sócio-construtivo. 7 modificou abruptamente o modo de produção material. A produção, passou a ser realizada com o auxílio de maquinários. A revolução industrial possui três fases, sendo que há especulações de já estarmos vivenciado sua quarta fase. Na fase atual (terceira fase) a tecnologia não somente auxilia na produção material, mas também executam e integram importantes funções na sociedade, como, por exemplo, a utilização de smartphones no cotidiano da sociedade, qual utilizam tal dispositivo para comunicação, informação, lazer, etc. Hoje, as principais Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s) se apoiam na disponibilização de acesso à rede. (...) o smartphone, é definido como: um telefone móvel com características e funcionalidades avançadas além das funcionalidades tradicionais como fazer ligações e mandar mensagens de texto. O smartphone é equipado com a capacidade de armazenar fotos, jogar jogos, assistir vídeos, navegação, câmera embutida, reprodução e gravação de áudio e vídeo, enviar e receber e-mails, aplicativos sociais e de navegação na web, wireless Internet e muito mais. (Fenerick, 2017, p.56) Após tais considerações acerca da mudança no modo de produção societário e consequentemente alterações nas atividades rotineiras, trabalho e cultura, retornamos a discussão dos parques urbanos. Melo (2013), apresenta que: Em decorrência da expansão urbana e a introdução do ritmo da cidade industrial, com pouco tempo livre para se socializar e descansar, os parques urbanos surgem como demanda para as práticas de lazer. Ao mesmo tempo, os parques urbanos compõem espaços amenizadores das estruturas urbanas, por meio de espaço de socialização e natureza, proporcionando melhor qualidade de vida para a população. (Melo, 2013, p. 28) A autora relaciona a expansão urbana com a criação de parques urbanos. Desde a primeira fase da revolução industrial os parques urbanos integram a paisagem da cidade, bem como é frequentado pela sociedade como um refúgio às construções, que compõem grande parte da paisagem citadina (Melo, 2003). Evidenciamos tal ideia com as contribuições de Serpa quando diz que “[...] o parque público contribui para melhorar a qualidade da vida urbana e oferece aos habitantes das cidades espaços recreativos e de lazer ‘festivo’” (2007, p. 82). Fica evidente que a sociedade possui relações com os parques urbanos e que estes integram não apenas as paisagens, mas também um espaço natural alternativo dentro das cidades. 1.2 Os parques urbanos no Brasil No Brasil os parques urbanos sofreram algumas modificações em seu conceito: 8 A criação dos espaços verdes destinava-se especialmente à promoção da qualidade de vida urbana no bem-estar das pessoas (...). Sob essa concepção foi que nasceram os parques urbanos no Brasil e que os alicerçaram até o final dos anos 90. Com a criação da Lei n. 9.985 (SNUC) em 2000, o parque urbano no Brasil assume novo significado e função: preservação da biodiversidade para o bem coletivo. O parque urbano passa a ser o lócus da preservação ambiental, da contemplação e do bem-estar daqueles que o utilizam e/ou que vivem ao redor do parque. (Cardoso, Sobrinho e Vasconcellos, 2015, p. 75) No Brasil – como no mundo – os parques urbanos estão relacionados a qualidade de vida, é o contato citadino do homem com a natureza. Entendemos que tais espaços são de suma importância na e para a sociedade humana. 1.2.1 Os parques urbanos no brasil: análise estatística e lógica. Para evidenciamos a relação da sociedade brasileira com os parques urbanos utilizaremos um estudo realizado em 2018 pelo Semeia, o “Semeia é uma organização sem fins lucrativos que fomenta parcerias para que os brasileiros tenham acesso a parques melhores”3. Não obstante, tal pesquisa teve a seguinte estruturação: (...) foi realizada uma pesquisa quantitativa, com questionário estruturado aplicado por meio de coleta online. O universo representado foi a população adulta (idade entre 16 e 65 anos) de 6 regiões metropolitanas brasileiras. No total, foram realizadas 815 entrevistas com a seguinte distribuição: São Paulo (204), Rio de Janeiro (122), Porto Alegre (120), Salvador (128), Manaus (121) e Brasília (120). Os trabalhos de coleta de dados foram realizados entre os dias 2 e 7 de novembro de 2017. Portanto, analisaremos os dados estatisticamente utilizando as noções de população, amostra e subconjunto da amostra. Em seguida, analisaremos tais dados utilizando a lógica, considerando premissas verdadeiras e sofismas. A análise lógica de premissas verdadeiras e sofismas são baseadas nas informações correspondentes a análise estatística, no entanto, o que deve ser relevado é a estruturação das premissas e sua conclusão e não os valores lógicos das proposições. Começaremos a análise a partir dos dados obtidos no que se refere ao conhecimento espontâneo de parques urbanos. 3 Disponível em: < http://www.semeia.org.br/>. Acesso em: abril de 2020. http://www.semeia.org.br/ 9 Gráfico 1 Fonte: Semeia Brasil, 2018. Análise estatística: Observando a tabela percebemos que 94% – aproximadamente 766 pessoas – da amostra conhece ao menos um parque urbano; 88% da amostra entre 16 e 25 anos conhece algum parque; 90% da amostra entre 26 e 35 anos conhece algum parque; 97 % da amostra entre 36 e 55 anos conhece algum parque e; 99% da amostra entre 56 e 70 anos conhece algum parque. Ademais, a porcentagem mais expressiva – 97% – da amostra que conhece ao menos algum parque urbano em relação ao subconjunto “escolaridade” é a de nível superior. Análise lógica verdadeira: se o subconjunto da amostra que está na faixa etária dos 56 aos 70 anos são idosos, então eles são os que mais conhecem a existênciade parques urbanos. Ambas as proposições são verdadeiras, sendo assim temos uma condicional verdadeira (V). Análise lógica falsa: se o subconjunto mais jovem da pesquisa é o que menos conhece parques urbanos, então o subconjunto de idosos é o que conhece poucos parques urbanos. A proposição “p” é verdadeira e a proposição “q” é falsa, sendo assim temos uma condicional falsa (F), pois na condicional o argumento só é falso quando se parte de uma verdade e se chega a uma falsidade. A tabela a seguir demonstra a condicional (→ se, então): 10 Tabela 1 Fonte: Martinez e Barbosa, 2020. Argumento lógico sofístico: Simplificação p ∧ q ⊢ p: sendo P1 Se o subconjunto que está na faixa etária dos 56 aos 70 anos da amostra é o subconjunto que mais conhece parques urbanos E P2 o subconjunto mais jovem da amostra é o que menos conhece parques urbanos. Temos: Se o subconjunto que está na faixa etária dos 56 aos 70 anos da amostra é o subconjunto que mais conhece parques urbanos E o subconjunto mais jovem da amostra é o que menos conhece parques urbanos Logo, o subconjunto que está na faixa etária dos 56 aos 70 anos da amostra não é o subconjunto que mais conhece parques urbanos Tal argumento lógico é invalido, pois, a conclusão “~p” é a negação de “p”. O argumento só seria verdadeiro na Simplificação se a conclusão fosse p. Argumento lógico válido: Simplificação p ∧ q ⊢ p: Se o subconjunto que está na faixa etária dos 56 aos 70 anos da amostra é o subconjunto que mais conhece parques urbanos E P2 o subconjunto mais jovem da amostra é o que menos conhece parques urbanos. Temos: Se o subconjunto que está na faixa etária dos 56 aos 70 anos da amostra é o subconjunto que mais conhece parques urbanos E o subconjunto mais jovem da amostra é o que menos conhece parques urbanos. Logo, o subconjunto que está na faixa etária dos 56 aos 70 anos da amostra é o subconjunto que mais conhece parques urbanos Tal argumento lógico é válido pois a conclusão corresponde a “p”. O próximo gráfico a ser analisado é sobre a experiência e frequência que os entrevistados vão a parques urbanos. 11 Gráfico 2 Fonte: Semeia Brasil, 2018. Análise estatística: Ao analisar o gráfico percebemos que a maioria dos entrevistados – 58%, aproximadamente 473 pessoas – ou não frequentam ou vão pouco frequentam parques urbanos. A menor porcentagem – 14%, aproximadamente 114 pessoas – que frequentam parques urbanos são os que vão uma ou mais de uma vez por semana. Entre os que mais frequentam e os que menos frequentam estão aqueles intermediários – 28%, aproximadamente 228 pessoas – ou seja, estão em segundo lugar na pesquisa. Análise lógica com valor verdadeiro: p v q. O subconjunto da amostra da pesquisa que frequenta os parques urbanos medianamente é o segundo mais expressivo ou o subconjunto que esporadicamente frequenta parques urbanos é o mais expressivo. A disjunção possui valor lógico verdadeiro mesmo com a proposição “q” sendo falsa. 12 Análise lógica com valor falso: p v q. O subconjunto que frequenta parques urbanos todos os dias é o mais expressivo ou o subconjunto que nunca frequenta parques urbanos é o menos expressivo. O valor lógico dessa disjunção é falso, pois as duas proposições são falsas. A tabela a seguir demonstra a disjunção (v ou): Tabela 2 Fonte: Martinez e Barbosa, 2020. Argumento lógico sofístico: Adição p ⊢ p ∨ q: Onde P1 O subconjunto que raramente frequenta parques urbanos representa a maior porcentagem da amostra Ora, se o subconjunto que raramente frequenta parques urbanos representa a maior porcentagem da amostra Logo, o subconjunto que raramente frequenta parques urbanos não representa a maior porcentagem da amostra ou os parques urbanos são áreas verdes dentro das cidades O argumento lógico é invalido pois é p ⊢ ~p v q, sendo a conclusão a negação de “p” é um sofisma. Argumento lógico válido: Adição p ⊢ p ∨ q: Sendo P1 O subconjunto que esporadicamente frequenta parques urbanos representa a maior porcentagem da amostra. O subconjunto que esporadicamente frequenta parques urbanos representa a maior porcentagem da amostra Logo, o subconjunto que esporadicamente frequenta parques urbanos representa a maior porcentagem da amostra ou os parques urbanos são áreas verdes dentro das cidades 13 O argumento lógico é válido pois é p ⊢ p v q. Por último, é analisado quais são os motivos que impedem a amostra a não frequentar parques urbanos. Gráfico 3 Fonte: Semeia Brasil, 2018. Análise estatística: O motivo mais expressivo – 36%, aproximadamente 169 pessoas – dentre os 57% do total de entrevistados que não costumam frequentar parques urbanos está relacionado à distância. Que pode ser explicada pelas teorias de segregação sócio-espacial, entretanto essa discussão não é o lócus do projeto. Por outro lado, a menor porcentagem (1%) está relacionada a não ser acessível a pessoas com necessidades especiais, que também entraria em outra discussão de acesso à cidade e seus locais públicos. Ao mesmo tempo que se formos analisar qual seria o motivo correspondente a mediana das porcentagens, excluindo “outros” e “não sei responder”, temos o motivo “são mal iluminados, não dá para ir à noite”. 14 Análise lógica com valor verdadeiro: p ↔ q. A mediana relacionada as porcentagens dos motivos listados quais impedem os 57% da amostra é porquê os parques urbanos “são mal iluminados, não dá para ir à noite”, se somente se excluirmos os motivos “outros” e “não sei responder”. A bicondicional é verdadeira, pois p e q são verdadeiros. A bicondicional também seria verdadeira se p e q fossem falsos. Análise lógica com valor falso: Os 57 % da amostra não frequentam intensamente parques urbanos, se somente se não gostarem de parques urbanos. A bicondicional é falsa, pois é verdade que 57% dos entrevistados não frequentam intensamente parques urbanos, mas eles não frequentam intensamente parques urbanos se somente se não gostarem, eles não frequentam intensamente parques urbanos por diversos motivos, como, por exemplo, preferem outros tipos de lazer, não têm muita informação sobre o que os parques oferecem, são mal iludidos à noite, etc. A tabela a seguir demonstra a bicondicional (↔ se somente se): Tabela 3 Fonte: Martinez e Barbosa, 2020. Argumento lógico sofístico: Eliminação bicondicional p ↔ q, p ⊢ q: Onde P1 As pessoas gostam de ir a parques urbanos porquê eles se localizam próximos a casa delas; P2 As pessoas gostam de ir a parques urbanos, pois oferecerem uma boa estrutura física As pessoas gostam de ir a parques urbanos porquê estão próximas a casa delas Se somente se os parques urbanos oferecerem uma boa estrutura física 15 As pessoas gostam de ir a parques urbanos porquê estão próximas a casa delas Logo, os parques urbanos não oferecerem uma boa estrutura física O argumento lógico de eliminação bicondicional é invalido pois: p ↔ q, p ⊢ q; ou p ↔ q, q ⊢ p; ou p ↔ q, ~p ⊢ ~q; ou p ↔ q, ~q ⊢ ~p. Neste caso temos p ↔ q, p ⊢ ~q, o que nos demonstra um argumento de eliminação bicondicional invalido. Argumento lógico válido: Eliminação bicondicional p ↔ q, p ⊢ q: Onde P1 As pessoas gostam de ir a parques urbanos porquê eles se localizam próximos a casa delas; P2 As pessoas gostam de ir a parques urbanos, pois oferecerem uma boa estrutura física. As pessoas gostam de ir a parques urbanos porquê estão próximas a casa delas Se somente se os parques urbanos oferecerem uma boa estrutura física As pessoas gostam de ir a parques urbanos porquê estão próximas a casa delas Logo, os parques urbanos oferecerem uma boa estrutura física O argumento lógico de eliminação bicondicional é válido, pois: p ↔ q, p ⊢ q. 1.3 Terminal de computador para parques urbanos: o sistema operacional Levando em consideração o Gráfico 2, notamos que apenas 16% daamostra nunca foi a um parque urbano, sendo assim, os outros 84% representam a amostra que ao menos já foi a um parque urbano. Isso evidencia que, por mais que grande parte da amostra não frequente parques urbanos com certa intensidade, este é um espaço com um considerável fluxo de pessoas e de atividades, sendo que no gráfico 3 há uma parcela da amostra que justifica o seu não frequentamento ou a sua não intensa frequência a parques urbanos por não saberem quais atividades são desenvolvidas e ofertadas nesses espaços. Desse modo, se propõe o projeto de um terminal de computador que ofereça informações a respeito das atividades do parque, bem como suas respectivas localizações e horários. Este projeto deve oferecer a melhor GUI, de forma lúdica, utilizando ou símbolos ou imagens em seu design. Por exemplo, ao representarmos as atividades físicas que ocorrerão, por exemplo, durante o mês de junho de 2020 em um determinado parque urbano, na tela inicial do terminal 16 de computador essas atividades serão representadas por uma imagem que apresente modalidades de exercícios físicos. Desse modo ao clicar no ícone “dos exercícios físicos”, o usuário poderá visualizar uma lista que apresente, o dia, o mês, o dia da semana, a atividade (por exemplo, aula de funcional) e o horário, respectivamente. Ao clicar nesta linha de informações, será visível ao usuário maiores informações, como: a localização das aulas, representadas por um mapa do parque, e indicada com os respectivos símbolos de acordo com a semiologia gráfica; vídeos de exemplificações de aulas e; informações de contato do professor ou grupo de professores que estarão proporcionando tais aulas de funcional. Tal método para representação de atividades por ícones ou símbolos lúdicos se aplicará a todas as atividades desenvolvidas e oferecidas nos parques urbanos, como aluguel de bicicletas e patinete (que podem ser representados por uma bicicleta e um patinete, respectivamente), atividades artísticas de dança e pinturas (que podem ser representadas por um grupo de dança e pinceis e tintas, respectivamente), etc. A apresentação e o funcionamento do sistema se dará da seguinte forma ilustrada no fluxograma: Para desligar o terminal de computador ou usuário deverá pressionar o botão analógico referente ao desligamento ou o terminal de computador desencadeará o processo de comando de desligamento automático por inatividade Ao selecionar uma determinada linha de uma determinada lista o usuário terá acesso a informações complementares, como vídeos, imagens, localização, e contato dos profissionais responsáveis por aquele determinado serviço, para que esses programas seja visualizado pelo usuário, novamente o SO estará a cargo do escalonamento desses processos Após o sistma operacional distribuído escalonar este determinado processo e o processo ter se tornado disponível, o usuário terá acesso a informações dispostas em listas no programa (atividade/ícone) desejado Os ícones darão acesso a atividades ou ao mapa do parque que conterá as informações essenciais, como localização de lanchonetes. No momento em que o usuário seleciona um ícone, o sistema operacional estará responsável por escalonar este novo processo solicitado pelo usuário Na tela inicial o usuário visualizará e acessará programas que são representados por ícones com imagens ou símbolos lúdicos O usuário tem, até o momento, acesso a apenas a tela inicial do terminal de computador O terminal de computdor exibe um aviso automatico pedindo o desligamento após o uso O usuário inicia o terminal de computador e o sistema operacional se inicia automaticamente sem que o usuário tenha que selecionar qualquer função 17 De acordo com todos os processos que tal terminal de computador deverá oferecer aos usuários do parque e pensando em um melhor desenvolvimento, foi escolhido como sistema operacional para o projeto o sistema distribuído, este sistema possui as seguintes características: No sistema operacional distribuído, os recursos utilizados por cada usuário em cada máquina estão disponíveis de forma transparente aos usuários. Ao acessar uma aplicação, o usuário interage com sua interface, entretanto não sabe onde está executando ou armazenando seus arquivos, sendo esta decisão de total responsabilidade do sistema e totalmente transparente para o usuário do sistema. (Furukawa; Nunes, p. 28, 2011) O sistema operacional distribuído foi escolhido por apresentar a possibilidade de interação do usuário com sua interface, no entanto o usuário não terá acesso as demais funções do computador, sendo de total transparência os recursos a serem utilizados. Além disso, a responsabilidade de gerenciamento está a cargo do próprio sistema operacional, cabendo ao usuário apenas a compreensão e interpretação dos símbolos ou imagens utilizadas como ícones na tela inicial do terminal de computador. Desse modo, garantimos um ambiente visual gráfico mais atrativo ao mesmo tempo que será proporcionado diversas informações do parque, como o mapa, as atividades, os dias, horários, localização e informações do(s) responsável(veis) pelas atividades. 1.4 O terminal de computador para parques urbanos: desenvolvimento sustentável Diante das questões ambientais cabe a todos os seres humanos como parte integrante de uma sociedade, qual habita o mesmo planeta (re)pensarmos ações pertinentes ao desenvolvimento econômico, mas que estejam intrinsicamente coerentes com a preservação do meio ambiente. Sendo assim, o foco é a utilização de energia do terminal de computador. O computador será ligado apenas quando o usuário pressionar um botão que corresponderá a função de ligar, assim que o terminal de computador for iniciado será visualizado um aviso contendo o pedido de desligamento do computador após finalizado o seu uso. No entanto, iremos considerar que o usuário não tenha visualizado ou feito a leitura do aviso, o terminal de computador será programado para o “escurecimento de tela” após passados trinta segundos em inatividade, posteriormente a esse tempo o terminal de computador entrará 18 em “tela preta’’ durante 10 segundos e caso ainda não haja interação computador-usuário o termal de computador será desligado automaticamente. Tais ações são tomadas com base na ideia e economia de energia hidroelétrica, que, atualmente, representa grande impacto ambiental no território brasileiro, visto que essa é a forma de geração de energia mais utilizada no país. Mesmo essa sendo considerada uma energia limpa – “o que está em debate, pois há indícios da existência de emissão de gases de efeito estufa pelos reservatórios das usinas hidroelétricas, devido à decomposição anaeróbica do material orgânico” (Kelman, p. 2, 2008) – , requer desvios e barragens de rios que afeta diretamente o fluxo natural de vazão, e quando essas barragens não resistem o fluxo de sedimentos transportados naturalmente pelos rios, cedem e alagam com lama e sedimentos cidades ribeirinhas, causando mortes, desastres e pobreza. Com base nisso, defendemos o uso de energias limpas e renováveis que não afetem a natureza e a sociedade, bem como defendemos a economia de energia de origem hidroelétrica, visto que o avanço das energias limpas e renováveis são implantadas aos poucos na sociedade. De acordo com jornal G1, Mais de 80% da energia gerada no Brasil vem de usinas hidroelétricas. Essa energia é gerada pela correnteza dos rios, que faz girar turbinas instaladas em quedas d’água. De modo geral, a tecnologia é considerada limpa, uma vez que praticamente não emite gases de efeito estufa, que fortalecem o aquecimento global. O grande problema ambiental – e também social – causado pelas hidroelétricas é a necessidade de represar os rios. Vastas regiões são alagadas, o que provoca não só a retirada das populações humanas do local, como alterações no ecossistema.4Poderíamos propor também o abastecimento de energia dos terminais de computadores por meio da energia solar. Considerando que o Brasil é um país que -recebe alta incidência de raios solares, tendo em consideração sua localização hemisférica, sendo assim, basta arquitetar painéis de coleta e abastecimento de energia solar, no entanto mantendo a economia de energia por inatividade do terminal de computador na proposta de economia de energia hidroelétrica. Conclusão Ficou evidenciado por meio deste projeto que certos acontecimentos - como foi o caso da revolução industrial – influenciam diretamente o cotidiano e a cultura de uma sociedade. Neste caso, utilizamos os parques urbanos como meio de relação homem-natureza e 4 Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/03/entenda-como-geracao-de-energia- eletrica-afeta-o-meio-ambiente.html>. Acesso em 12 de abril de 2020. http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/03/entenda-como-geracao-de-energia-eletrica-afeta-o-meio-ambiente.html http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/03/entenda-como-geracao-de-energia-eletrica-afeta-o-meio-ambiente.html 19 demonstramos por meio dos gráficos a relação da sociedade com esses espaços “naturais”. Sendo assim também ilustramos a importância do acesso a informação por meio de um projeto de um terminal de computador para auxiliar os frequentadores desses espaços ao saber quais são as atividades que serão realizadas. Entendemos também que foram deixadas algumas lacunas, como: como será organizado e quem organizará as informações a serem disponibilizadas nos terminais de computadores dos parques urbanos? Deixaremos tais questões em aberto tendo em vista a atual construção de saberes em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, mas por outro lado entendemos que tais informações deverão ser repassadas pelos organizadores das atividades a um (ou mais) representante de sistema informacional. Após receber as informações dos organizadores de atividades esta pessoa será a responsável pela sistematização e organização das informações das atividades. Finalizamos com a importância da interdisciplinaridade, onde é feita a simbiose dos conteúdos específicos e os gerais. É neste momento que os alunos podem integrar os conhecimentos apreendidos durante o bimestre, desse modo assimilar a importância do todo e das partes. 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