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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Curso de Serviço Social NAIARA OLIVEIRA COELHO O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL NO PROCESSO DE ADOÇÃO Campo Grande, MS 2020 NAIARA OLIVEIRA COELHO O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL NO PROCESSO DE ADOÇÃO Trabalho apresentado à Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para obtenção de grau Bacharel em Serviço Social. Orientadora: Profª. Taciana Lopes Bertholino Campo Grande, MS 2020 SUMÁRIO 1.0 Introdução .......................................................................................................................... 5 1.1 Adoção no Brasil: Contexto e Direito...................................................................................6 1.2 O processo de adoção e seus aspectos..................................................................................8 1.3 O processo de adoção para casais homoafetivos..................................................................9 2.0 A Nova Lei da Adoção ......................................................................................................9 2.1 O Estatuto da Criança e do Adolescente e suas Alterações com a Nova Lei de Adoção......................................................................................................................................11 2.2 Quadro comparativo ..........................................................................................................12 3.0 O Papel do Estado na Proteção da Adoção ....................................................................21 3.1 O Papel e a Importância do Assistente Social no Processo de Adoção .............................22 4.0 Considerações finais ........................................................................................................25 5.0 Referências Bibliográficas .............................................................................................27 Coelho, Naiara Oliveira. O Papel do Assistente Social no Processo de Adoção. Trabalho de Conclusão de Curso TCC (Graduação em Serviço Social). Universidade Estácio de Sá – Campo Grande/MS 2020. RESUMO O presente trabalho tem como proposta uma reflexão relacionado ao papel do profissional do Serviço Social no processo de adoção, sua atuação e responsabilidade no acompanhamento deste menor durante e pós o processo. Apresentaremos os principais fatores históricos e esclarecimentos legais sobre a história da adoção no Brasil e os passos que devem ser seguidos por aqueles que querem adotar, contextualizando o espaço em que o profissional de Serviço Social é inserido, assim como também o auxilio na criação do que é hoje a Lei nº 8.069, chamada de Estatuto da Criança e do Adolescente, em conjunto com os principais responsáveis pela efetivação desses direitos: o Estado, a família e a sociedade, esclarecendo, de forma concisa, o papel de cada um no processo de adoção, dando ênfase no papel do Assistente Social nesse processo. O papel desse profissional e sua importância é nítido e perceptível em todo processo de adoção através de suas habilidades técnicas, capazes de garantir os direitos dos cidadãos, inclusive das crianças e adolescentes. Nesse contexto sua ação se manifesta de suma importância oferecendo orientação e esclarecimento à família que pretende adotar, ajudando na compreensão sobre os trâmites do processo judicial e avaliando juntamente com a equipe multidisciplinar se a mesma está apta a assumir os cuidados de um filho através da adoção. A metodologia adotada foi de estudo exploratório, leitura, pesquisa bibliográfica e documental, considerando o levantamento de dados qualitativos realizados durante o curso em serviço social. Palavras-chave: Assistente Social; Adoção; ECA; 1.0 Introdução O Assistente Social e responsável por fazer uma análise da realidade social e institucional, a fim de intervir na melhoria de condições de vida da criança e do adolescente no processo de adoção, surge do intuito de esclarecer a sociedade, todas as etapas desse processo que apesar das leis de adoção terem sido atualizadas o processo ainda é lento e burocrático, neste contexto o profissional de Serviço Social é fundamental, pois é o elo entre a criança e o adolescente que não possuem mais um lar e a família natural e a família que busca acolher esta criança e/ou adolescente, para um novo recomeço, oportunizando criação de laços afetivos, onde será possível encontrar a proteção, amor e o amparo conforme preconiza o Estatuto da Criança e do adolescente-ECA e a Constituição Federal. Obtendo como necessidade de se esclarecer acerca de da importância do Assistente Social e também os conceitos jurídicos e da normatividade vigente em relação ao instituto da adoção, a pesquisa pretende, inicialmente, contextualizar historicamente as possibilidades e os limites de quem opta por acolher crianças e adolescentes e o papel preponderante do profissional para o acompanhamento do referido processo. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a adoção pode ser considerada, como uma forma de agregar de forma totalitária o adotado à sua nova família, sendo consequentemente, afastado de sua família de sangue irrevogavelmente. Segundo o ECA, art. 39 § 1o: “A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa”. Com a Nova Lei da Adoção (Lei 10.210/09), a qual nos embasamos e reportaremos, houve uma maior organização das normativas que orientam os procedimentos para formalizar a adoção e, nesse sentido, houve uma maior inserção do Assistente Social, nesse campo. Com isso, considera-se que essa temática é de extrema relevância para a área de conhecimento do Serviço Social, uma vez que, com embasamento teórico consistente, pode-se atuar de maneira mais efetiva no processo da adoção. A participação do Assistente Social é parte fundamental no processo de adoção, uma vez que dá suporte e apoio em todas as etapas do processo referido, através de orientações técnicas, às famílias que estão atravessando o processo da adoção. No primeiro momento, apresento o processo de adoção no Brasil e seus aspectos, fazendo uma aproximação conceitual histórica sobre o assunto na realidade e condição brasileira, em seguida a parte mais conceitual e burocrática do processo de adoção, suas barreiras, o processo de adoção e a institucionalização de crianças e adolescentes, assim como também trazendo a tonas as diversas leis de ampara e proteção à criança e a adolescente. Abordaremos o processo de adoção para casais homoafetivos e a nova lei da adoção, o perfil da adoção (criança/adolescentes e adotantes), os procedimentos para realização da adoção no Brasil e sobre. E por último, apontaremos o papel do Estado em todo processo referido. A pesquisa tem como objetivo geral entender o processo de adoção e seus tramites, as alterações no estatuto da criança e do adolescente com a nova lei de adoção e o objetivo específico esclarecer a importância do assistente social em todo o processo de adoção, tendo como preocupação principal a análise jurídica e legal, bem como o necessário cuidado com a criança e adolescente em todo acompanhamento. A metodologia adotada foi de estudo exploratório, leitura, pesquisa bibliográfica e documental, considerando o levantamento de dados qualitativos realizados durante o curso em serviço social. 1.1 Adoção no Brasil: Contexto e Direito O processo da adoção no Brasil se faz presente desde o período da colonização portuguesa. No início, este ato esteve relacionada diretamente com caridade, onde os melhores financeiramenteprestavam assistência aos mais desprovidos, sendo assim chamados de “filhos de criação”. Para Paiva (2004) a situação destes “filhos de criação” nunca era regulamentada, servindo sua permanência como oportunidade para mão-de-obra gratuita e, ao mesmo tempo, prestar auxílio aos mais necessitados, como ato religioso. Essa herança dos “filhos de criação” aponta Weber (2001), contribuiu significativamente para que, até os dias atuais, esta forma de filiação fosse carregada de mitos e preconceitos. A prática ilegal de registrar como filho uma criança nascida de outra pessoa, sem passar pelos trâmites legais em cartório, conhecida popularmente como adoção à brasileira, até os anos 1980 constituía cerca de 90% das adoções no país. Segundo Silva (2009), ainda existe uma prática similar nos tempos atuais. Àquela do filho de criação, conhecida por circulação de crianças, geralmente pela casa de parentes ou padrinhos que possuem uma melhor situação financeira. Difere da adoção nos termos atuais, porque não há compromisso legal e também porque, ao primeiro sinal de desobediência ou contestação de autoridade realizada pela criança, ela é devolvida aos pais. Há também a Roda dos Expostos que surgiu, no País, no século XVIII, trazida pelos brancos europeus seguindo os costumes de Portugal e eram instaladas nas Santas Casas de Misericórdia. A primeira foi instalada em 1726, em Salvador e a segunda em 1738, no Rio de Janeiro. Vale lembrar que a Roda dos Expostos existiu no Brasil até 1950, sendo o último país a abolir (SILVA, 2009). Foi somente no ano e 1828 que pela primeira vez que a adoção como forma legítima, através da legislação teve como principal função solucionar o problema de casais sem filhos. Logo após, o Código Civil de 1916 (Lei 3071/16) postula que, além de a adoção ser permitida apenas para casais sem filhos, poderia ser revogada e o adotando não perderia o vínculo com a família biológica. Nesse período, aponta Cunha (2011) o procedimento para adoção era judicializado e, consequentemente, cabia aos juízes de primeira instância o dever de confirmar o ânimo dos interessados em audiência, onde havia a expedição da carta de perfilhamento, que é a carta que oficializa o ato da adoção em si. No ano de 1957 com a Lei 3.133/57 acontece nova reformulação, que revoga que as pessoas que já possuíam filhos poderiam adotar, porém ao filho adotivo não haveria direito à herança. Esse fato só foi modificado em 1965, em que o adotado passa a ter os mesmos direitos legais do filho biológico (legitimação adotiva) e interrompe os vínculos com a família biológica. Foi somente em 1988, com a Constituição Federal, que a lei passou a tratar de maneira igualitária os filhos, sendo eles biológicos ou não. E é justamente a partir dessa lei que o Estatuto da Criança e do Adolescente se fundamenta e cria seu alicerce, onde não há diferenciação entre filhos legítimos e adotivos e há o rompimento dos vínculos de parentesco com a família de origem. Foi no ano de 1990, com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (BRASIL, Lei nº 8.069), que passou a vigorar no país um novo modelo com relação à assistência à infância e à adolescência, que promoveu grandes avanços. A promulgação da ECA teve como base os princípios adotados pela Declaração dos Direitos das Crianças de 1959 e pela Convenção sobre os Direitos da Criança, defendida pela Organização das Nações Unidas em 1989. Embora legalmente o ECA tenha possibilitado falar em igualdade de direitos para filhos biológicos e adotivos, para esta lei a adoção aparece como medida secundária de colocação de crianças e adolescentes em uma família, posto que prega ser primeiramente um direito de aqueles serem criados em suas famílias biológicas (SILVA, 2009). Ao se estabelecer a adoção como forma de colocação em família adotante, para satisfação do direito da criança e do adolescente à convivência familiar e comunitária, o referido Estatuto corrigiu algumas falhas até então existentes e estabeleceu diferentes possibilidades de adoção, como: a adoção unilateral (um dos cônjuges adota o filho do companheiro), a adoção singular ou monoparental (realizada por pessoas solteiras, viúvas, separadas ou divorciadas) e a adoção conjunta (realizada por casais). No que se refere à adoção monoparental, o apoio dado pela família extensa é fundamental tanto para a inserção da criança em sua nova família como para acolher o adotante e ajudá-lo a elaborar suas inseguranças (DEPIERI, 2015). Vale ressaltar que além da adoção, o ECA prevê duas outras formas de acolhimento de uma criança ou adolescente por uma família: a guarda e a tutela. A guarda (Art. 33 a 35) implica o dever de ter a criança ou adolescente consigo e prestar assistência material, moral e educacional. Destina-se a regularizar a posse de fato da criança, podendo ser deferida liminarmente nos processos de adoção ou tutela. Fora destes casos, o juiz pode deferir a guarda excepcionalmente para suprir a falta eventual dos pais. A tutela (Art. 36 a 38) implica necessariamente o dever de guarda, somando-se ainda o poder de representar o tutelado nos atos da vida civil e da administração de seus bens. Diferentemente da guarda, a tutela não coexiste com o poder familiar, cuja perda, ou ao menos suspensão, deve ser previamente decretada (SILVA, 2009). 1.2 O processo de adoção e seus aspectos Para que de fato aconteça processo de adoção na sua totalidade, tem-se que haver a destituição do poder familiar ou a sua extinção por orfandade, amparado pelo artigo 1635, inciso V, do Código Civil. A orfandade ocorre pela morte de ambos os pais e quando o filho não possui nenhum parente próximo para ser seu guardião legítimo, como aponta o artigo 1635, inciso I do Código Civil. Apontado por Barbosa (2006), a destituição do poder familiar se dá quando há comprovação de algumas dessas situações: abandono, violência ou negligência. Isso ocorre quando os direitos das crianças são violados pelos pais ou responsáveis e que haja denúncia fundamentada de pessoas próximas (artigo 1638 do Código Civil, inciso I a IV). Somente após a comprovação e tentativa pelo Poder Público de manter essa criança junto com a família biológica, é que o juiz pode determinar o afastamento dessa criança, a perda do poder familiar e a posterior liberação para a adoção. Abaixo descrevem-se algumas das principais situações que podem gerar destituição, segundo Barbosa (2006), apoiada no Código Civil, artigo 1635, incisos I ao V: • Abuso físico: empurrar ou agarrar, bater ou jogar objetos, chutar, morder ou dar murros, espancar, queimar, ameaçar ou usar facas/armas; • Abuso psicológico: rejeitar, isolar, aterrorizar, ignorar, criar expectativas irreais ou exigências extremadas a respeito de seu rendimento escolar, interferir negativamente sobre a criança/adolescente, induzindo a uma autoimagem destrutiva e negativa; • Abuso sexual: quando existe um ato ou jogo sexual, relação hetero ou homossexual, cujo agressor esteja em estágio de desenvolvimento psicossexual mais adiantado que o da criança ou adolescente; • Negligência: omissão de cuidados básicos como privação de medicamentos, alimentos, ausência de proteção contra calor ou frio; • Abandono: ausência de responsável pela criança/adolescente. A criança fica exposta a várias formas de perigo, sendo afastada do convívio familiar e grupal; • Exploração do trabalho infantil: como forma de contribuir financeiramente com a renda familiar ou para sua própria subsistência. 1.3 O processo de adoção para casais homoafetivo No que diz respeito à adoção de crianças por homossexuais, aponta Depieri, (2015) o Estatuto, em seu artigo 42, institui que “podem adotar os maiores de vinte e um anos, independentemente do estado civil”; assim, embora não autorize, também não a veda. Por conseguinte, não é difícilprever que uma pessoa homossexual, venha pleitear e obter a adoção de uma criança. A família não se define exclusivamente em razão do vínculo entre um homem e uma mulher ou da convivência dos ascendentes com seus descendentes. Também pessoas do mesmo sexo ou de sexo diferentes, ligadas por laços afetivos, sem conotação sexual, merecem ser reconhecidas como entidades familiares. Assim, a prole ou a capacidade procriativa não são essenciais para que a convivência de duas pessoas mereça a proteção legal, descabendo deixar de fora do conceito de família às relações homoafetivas. (DIAS, 2001. p.102). 2.0 A Nova Lei da Adoção Após quase duas décadas de criação, o Estatuto da Criança e do Adolescente sofre por intermédio da Lei nº 12.010, de 03 de agosto de 2009, sua primeira grande reforma, a chamada “Lei Nacional de Adoção”, que promoveu alterações em nada menos que 54 (cinquenta e quatro) artigos da Lei nº 8.069/90 e estabeleceu inúmeras outras inovações legislativas. Segundo Digiácomo, (2009) as novas regras foram naturalmente incorporadas ao texto da Lei nº 8.069/90 sem alterar sua essência, realçando e deixando mais claros, acima de tudo, os princípios que norteiam a matéria e os deveres dos órgãos e autoridades públicas encarregadas de assegurar o efetivo exercício do direito à convivência familiar para todas as crianças e adolescentes, inclusive no âmbito do Poder Judiciário, que passa a ter a obrigação de reavaliar periodicamente (no máximo, a cada seis meses) a situação de cada criança ou adolescente abrigada, na perspectiva de sua reintegração à família de origem ou, se comprovadamente impossível tal solução, sua colocação em família substituta, em qualquer de suas modalidades (guarda, tutela ou adoção) ou seu encaminhamento a programas de acolhimento familiar. Também fica sob responsabilidade do Poder Judiciário a; Obrigação da criação e manutenção de cadastros estaduais e nacional de adoção, além daqueles existentes em cada comarca, bem como de desenvolver, em conjunto com outros órgãos, cursos ou programas de orientação (que a lei chama de preparação psicossocial) para pessoas ou casais interessados em adotar, de modo a estimular a adoção de crianças maiores de três anos e adolescentes, grupos de irmãos ou pessoas com deficiência, que representam, hoje, o maior contingente de abrigados em todo o Brasil, além de evitar a ocorrência, não rara, infelizmente, de violação de direitos e abandono de crianças e adolescentes adotados por seus pais adotivos (DIGIÁCOMO, 2009, p.5). Outro momento de avanço que podemos mencionar, foi a aprovação da Lei Nacional de Adoção, em 03 de agosto de 2009 (BRASIL, Lei nº 12.010 /2009). A nova Lei dispõe não apenas sobre a adoção, mas também procura aperfeiçoar a sistemática prevista no ECA (BRASIL, Lei nº 8.069/90) para garantia do direito à convivência familiar, em suas mais variadas formas, a todas as crianças e adolescentes (SILVA, 2009). A Lei Nacional de Adoção foi incorporada ao texto do ECA sem alterar sua essência, realçando e deixando mais claros aspectos que eram considerados muito vagos, além de sugerir alterações importantes. A intenção, aponta Silva (2009) é que as mudanças propostas pela nova Lei agilizem a adoção no Brasil com o estabelecimento de prazo para a destituição do poder familiar em caso de violência ou abandono da criança. Com isto, a criança não poderá ficar além de dois anos nos abrigos sem que sua situação com a família biológica tenha sido resolvida. Pelo sistema anterior, ressalta Depieri (2015) não havia tempo máximo para a duração do acolhimento institucional. A fixação de um tempo delimitado e a obrigatoriedade de justificar quando o prazo for superado fará com que o direito da criança/adolescente de viver em uma família seja privilegiado em detrimento da permanência em uma instituição. Assim, os abrigos terão que enviar relatórios semestrais ao Poder Judiciário sobre a situação de cada criança. A implementação dessa nova lei Tem por objetivo, de um lado, evitar abrigamentos injustificados (e injustificáveis, como são os casos daqueles efetuados pelas próprias famílias e/ou motivados pela falta de condições materiais) e, de outro, assegurar que as crianças e adolescentes abrigados tenham sua situação permanentemente monitorada pela autoridade judiciária e pelos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar, na perspectiva de promover, da forma mais célere possível, a reintegração familiar (medida preferencial, que deve ser precedida ou acompanhada do encaminhamento da família aos referidos programas e serviços de orientação/apoio/promoção social) ou, quando isto não for possível, por qualquer razão plenamente justificada, sua colocação em família substituta, nas diversas modalidades previstas (dentre as quais se incluem os programas de acolhimento familiar, também referidos pela nova lei). (DIGIÁCOMO, 2009, p. 3). Este novo modelo, tem também como proposta evitar que as entidades que executam programas de acolhimento institucional, assim como as crianças e adolescentes que lá se encontrem fiquem “isolados” e/ou deixem de se integrar a outros programas e serviços (públicos, fundamentalmente) destinados a garantir o efetivo exercício do direito a convivência familiar por todas as crianças e adolescentes inseridas no referido programa. Um dos programas que possuem a tendência de integração são os conhecidos como Acolhimento Familiar, modalidade em que uma família recebe auxílio do governo – geralmente, aponta Depieri (2015) 75% de um salário mínimo e uma cesta básica – para abrigar uma criança ou adolescente por tempo indeterminado, até que seja adotada ou tenha condições de voltar para a família natural. 2.1 O Estatuto da Criança e do Adolescente e suas Alterações com a Nova Lei de Adoção. No dia 13 de julho de 1990, foi sancionada a Lei nº 8.069, passando a vigorar um novo estatuto legalizado, objetivando modificar o instituto da adoção e trouxe consigo a confirmação do que o Código de Menores já ressaltava. Essa aprovação resultou através de uma organização do movimento da sociedade civil, que lutou e reivindicou para que houvesse cidadania inclusiva de crianças e adolescentes, assim construindo um marco jurídico para toda a coletividade (sociedade) e especialmente para os que se preocupam com as necessidades de proteção e educação, criou-se então mecanismos que protejam nas áreas de assistência social, educação e saúde, o que também deixa evidente que crianças e adolescente não são objetos e sim sujeitos de direitos e deveres, sem distinguir sua classe social, raça, ou qualquer forma de discriminação. Mencionado também no novo estatuto, mecanismos que protejam no âmbito da assistência social, educação e saúde. Em 03 de agosto de 2009, foram sancionadas modificações no Estatuto da Criança e do Adolescentes, tendo em vista alterações em alguns procedimentos de adoção. Estas alterações têm por desígnio garantir que as crianças e adolescente tenham direito de conviver com seus familiares e em comunidade, e a adoção sendo determinada em última opção. Na Cartilha de Adoção, traz à tona a seguinte reflexão do ponto de vista jurídico; Do ponto de vista jurídico, a adoção é um procedimento legal que consiste em transferir todos os direitos e deveres de pais biológicos para uma família substituta, conferindo para crianças/adolescentes todos os direitos e deveres de filho, quando e somente quando forem esgotados todos os recursos para que a convivência com a família original seja mantida. Cartilha de adoção. As alterações realizadas no Estatuto da Criança e do Adolescente foram feitas em 30 artigos e foram acrescentados 16 novos artigos, onde focalizou o direito a convivência familiar, as mudanças enfoque foram às seguintes: ➢ Assistência a gestante; ➢ Prazo para abrigamento; ➢ Adoçãode irmãos; ➢ Maiores de 12 anos; ➢ Perfil dos pais; ➢ Estagio de convivência; ➢ Preparação dos adotantes; ➢ Cadastro Nacional; ➢ Prioridade de adoção; ➢ Adoção internacional; ➢ Adoção direta; 2.2 Quadro Comparativo Entre outros avanços que foram sancionados na nova lei, faremos um quadro comparativo entre o Estatuto da criança e do Adolescente e as modificações da Nova Lei da adoção, apresentando como era e como ficou implantada esta lei. Os quadros Comparativos que aqui serão apresentados, são resultados de trabalho das profissionais da Assistência Social Carla Cristina Sorrilha RAMPAZZO e Suelen Nara Matos MATIVE, 2010. QUADRO 1 – Comparação Art. 8° e 13° do ECA com Art. 8° e 13° da Lei n°12.010/09. Art. 8º É assegurado à gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal. § 1º A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, segundo critérios médicos específicos, obedecendo-se aos princípios de regionalização e hierarquização do Sistema. § 2º A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acompanhou na fasepré- natal. § 3º Incumbe ao poder público propiciar apoio alimentar à gestante e à nutriz que dele necessitem Art. 8º § 4 o Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal. § 5o A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser também prestada a gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção.”(NR Como aponta as autoras, no artigo oitavo acrescentou o acompanhamento e a assistência psicológica as gestantes no período anterior ao nascimento, esta assistência psicológica prestada é destacado tanto neste artigo como no artigo 13, que reafirma a obrigatoriedade da assistência psicológica as gestantes que tenham o interesse de entregar seu filho a adoção, para que estas mães não deixem em risco suas vidas e a de seu filho, já que neste momento tão delicado a gestante (genitora) deve ser bem acolhida e orientada. Este artigo também ressalta um novo dispositivo que traz a obrigatoriedade do encaminhamento da mãe ao juizado, pois evitara aproximações indevidas de pessoas que querem adotar a criança e não previamente habilitados pelo Poder Judiciário e nem inscritos no Cadastro Nacional deAdoção (RAMPAZZO e MATIVE, 2010). QUADRO 2 – ComparaçãoArt. 19 do ECA com Art. 19º da Lei 12.010/09 Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes. Art. 19. § 1o Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei. § 2o A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária. § 3o A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em programas de orientação e auxílio, nos termos do parágrafo único do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.” (NR) Este artigo é um grande avanço da nova lei, pois veio afirmar novamente o caráter provisório do conceito de abrigamento, pois na lei anterior o juiz fazia sua justificação e baseava apenas na entrada no abrigo e na saída, não tendo um mecanismo de controle sobre aqueles que estavam institucionalizados, já com a nova lei, os sistemas de proteção devem trabalhar avaliando constantemente a necessidade da criança e adolescente de permanecer na instituição, devendo os casos serem reavaliados periodicamente. Outra novidade importante é a definição de um tempo máximo para o abrigamento, e também a obrigação de fazer a justificativa quando o prazo for ultrapassado, esta nova decisão fará com que a criança e o adolescente tenham o direito de viver em um âmbito familiar seja biológico ousubstituto (RAMPAZZO e MATIVE, 2010). QUADRO 3 – Comparação Art. 25°do ECA com Art. 25°da Lei n°12.010/09 Art. 25 - Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. Art.25. Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. Aqui, nota-se a seriedade da acepção do que é família ampliada, reafirmando que não bastam somente os laços de sangue, e sim a necessidade de uma boa afinidade e afetividade, sendo considerada fundamental para o direito a convivência familiar de maneira mais completa (RAMPAZZO e MATIVE, 2010). QUADRO 4 – Comparação Art. 28°do ECA com Art. 28°da Lei n°12.010/09 Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei. § 1º Sempre que possível, a criança ou adolescente deverá ser previamente ouvido e a sua opinião Art.28 § 1o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada. § 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, devidamente considerada. § 2º Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida. será necessário seu consentimento, colhido em audiência. § 3o Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes damedida. § 4o Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais. § 5o A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua preparação gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à convivênciafamiliar. § 6o Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente de comunidade remanescente de quilombo, é ainda obrigatório: I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes e tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal; II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a membros da mesmaetnia; III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política indigenista, no casode crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso.” (NR) No artigo 28, no §1º parágrafo, ressaltava que o adolescente deveria ser ouvido antecipadamente e ter suas sugestões consideradas, agora, a nova composição prediz o desempenho dos serviços auxiliares e ficam incumbidos de auxiliar a Justiça da Infância e da Juventude, passando a ter competência de escutara criança e o adolescente referente à demanda de adoção, alguns juízes já adotavam essas medidas, mas a lei veio com intuito dereforçar. Este novo artigo ressalta a importância da equipe técnica (assistentes sociais, psicólogos) em aplicar a oitiva do adotando não sendo mais uma opção da autoridade judiciária. Outra novidade é a expressão colhida em audiência, onde obriga a concretização de um ato explicito pelo juiz, tendo a presença do Ministério Público, ainda ressalta que na extensão desta ação, as demais configurações de colocação em família substituta, pois anteriormente era somente para a adoção. No parágrafo quarto da nova regra coloca a seriedade de manter os irmãos unidos. E no parágrafo sexto traz a importância do dispositivo que se refere a criança quilombola ou indígena tendo a obrigação do tratamento diversificado, está questão afeta um extenso grupo de pessoas ajudando a evitar as adoções que desobedecem a ascendência étnica dessas crianças, deixando-as em circunstância de vulnerabilidade (RAMPAZZO e MATIVE, 2010). QUADRO 5 – Comparação Art. 42°do ECA com Art. 42°da Lei n°12.010/09 Art. 42. Podem adotar os maiores de vinte e um anos, independentemente de estado civil. § 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando. § 2º A adoção por ambos os cônjuges ou concubinos poderá ser formalizada, desde que um deles tenha completado vinte e um anos de idade, comprovada a estabilidade da família. § 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando. § 4º Os divorciados e os judicialmente separados poderão adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas, e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância da sociedade conjugal. § 5º A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença. Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil. § 2o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família. § 4o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão. § 5o Nos casos do § 4o deste artigo, desde que demonstrado efetivo benefício ao adotando, será assegurada a guarda compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil. § 6o A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença.” Neste artigo corrige-se a redação que fixou a idade em 18 anos, reforça a alternativa do legislador de não acolher a adoção por pessoas do mesmo sexo, considerando como sendo pai ou mãe. No parágrafo quarto adverte novamente a importância da afinidade e afetividade, devendo estar presente nas pessoas que querem adotar conjuntamente, mesmo sendo divorciadas e separadas judicialmente. O parágrafo quinto nos traz a guarda compartilhada sendo uma responsabilidade conjunta de mães e pais que não vivem no mesmo teto, mas que tenham uma boa relação entre eles e os filhos, está medida já era adotada por algunsjuízes (RAMPAZZO e MATIVE, 2010). QUADRO 6 – Comparação Art. 46°do ECA com Art. 46°da Lei n°12.010/09 Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as peculiaridades do caso. § 1º O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando não tiver mais de um ano de idade ou se, qualquer que seja a sua idade, já estiver na companhia do adotante durante tempo suficiente para se poder avaliar a conveniência da constituição do vínculo. § 2º Em caso de adoção por estrangeiro residente ou domiciliado fora do País, o estágio de convivência, cumprido no território nacional, será de no mínimo quinze dias para crianças de até dois anos de idade, e de no mínimo trinta dias quando se tratar de adotando acima de dois anos deidade. Art. 46................................................................... § 1º O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a convivência da constituição do vinculo. § 2º A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência. § 3º Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio de convivência, cumprido no território nacional, será de no mínimo 30 (trinta) dias. § 4º O estágio de convivência será acompanhado pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política de garantia do direito à convivência familiar, que apresentarão relatório minucioso acerca da convivência do deferimento da medida.(NR) A antiga redação destacava que o estágio de convivência poderia ser suspenso caso o adotando fosse maior de um ano de idade, ou independentemente de qual for a sua idade e que já permanecesse na companhia do adotante por algum tempo que fosse suficiente para que pudesse ser permitida a avaliação de convivência e da constituição do vinculo. A nova regra decreta a tutela ou a guarda legal, e não basta a simples guarda para que o juiz de direito dispense o estágio de convivência, no terceiro parágrafo destaca o estágio de convivência na suposição da adoção internacional, o prazo mínimo de estágio unificou-se para o prazo de trinta dias, independente da idade que a criança e o adolescente têm. É importante destacar que no parágrafo quarto destaca a importância do apoio técnico (assistente social e psicólogo), onde dará suporte a Justiça da Infância e da Juventude, através das execuções de políticas que garantam o direito de uma criança ou adolescente ter uma boa convivência familiar (RAMPAZZO e MATIVE, 2010). QUADRO 7 – Comparação Art. 50°do ECA com Art. 50°da Lei n°12.010/09 Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um registro de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de pessoas interessadas na adoção. § 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após prévia consulta aos órgãos técnicos do juizado, ouvido o Ministério Público. § 2º Não será deferida a inscrição se o interessado não satisfazer os requisitos legais, ou verificada qualquer das hipóteses previstas no art.29. Art.50. ................................................................... § 3o A inscrição de postulantes à adoção será precedida de um período de preparação psicossocial e jurídica, orientado pela equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar. § 4o Sempre que possível e recomendável, a preparação referida no § 3o desteartigo incluirá o contato com crianças e adolescentes em acolhimento familiar ou institucional em condições de serem adotados, a ser realizado sob a orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude, com apoio dos técnicos responsáveis pelo programa de acolhimento e pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar. § 5o Serão criados e implementados cadastros estaduais e nacional de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e de pessoas ou casais habilitados à adoção. § 6o Haverá cadastros distintos para pessoas ou casais residentes fora do País, que somente serão consultados na inexistência de postulantes nacionais habilitados nos cadastros mencionados no § 5º deste artigo. § 7o As autoridades estaduais e federais em matéria de adoção terão acesso integral aos cadastros, incumbindo-lhes a troca de informações e a cooperação mútua, para melhoria do sistema. § 8o A autoridade judiciária providenciará, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a inscrição das crianças e adolescentes em condições de serem adotados que não tiveram colocação familiar na comarca de origem, e das pessoas ou casais que tiveram deferida sua habilitação à adoção nos cadastros estadual e nacional referidos no § 5o deste artigo, sob pena de responsabilidade. § 9o Compete à Autoridade Central Estadual zelar pela manutenção e correta alimentação dos cadastros, com posterior comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira. § 10. A adoção internacional somente será deferida se, após consulta ao cadastro de pessoas ou casais habilitados à adoção, mantido pela Justiça da Infância e da Juventude na comarca, bem como aos cadastros estadual e nacional referidos no § 5o deste artigo, não for encontrado interessado com residência permanente no Brasil. § 11. Enquanto não localizada pessoa ou casal interessado em sua adoção, a criança ou o adolescente, sempre que possível e recomendável, será colocado sob guarda de família cadastrada em programa de acolhimento familiar. § 12. A alimentação do cadastro e a convocação criteriosa dos postulantes à adoção serão fiscalizadas pelo Ministério Público. § 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente nos termos desta Lei quando: I - se tratar de pedido de adoção unilateral; II - for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade; III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei. § 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste artigo, o candidato deverá comprovar, no curso do procedimento, que preenche os requisitos necessários à adoção, conforme previsto nesta Lei. Os acréscimos deste artigo foram positivos, reafirma sua necessidade e regulamenta suas etapas mais nitidamente. No parágrafo terceiro enfatiza mais uma vez a importância do setor técnico, onde é destacada a preparação psicossocial e jurídica, deixando bem claro a preparo para a adoção, o parágrafo quarto destaca algo que já é utilizado em pratica, mas é preciso que seja sistematizado, evitando assim o contato com todas as crianças, especialmente aquelas não disponíveis para adoção, assim evitando sofrimentos futuros tanto aos pretendentes e as crianças. Os incisos 5º, 6º, 7º, 8º e 9º, tratam-se dos cadastros estaduais, nacionais e internacionais depretendentes. As alterações feitas no parágrafo décimo quarto é uma das mais significativas dessa nova lei, pois torna-se claro a necessidade de que o cadastro seja a opção fundamental para a aproximação de pretendentes e de crianças e adolescentes, assim colocando a adoção pronta (ou direta) (RAMPAZZO e MATIVE, 2010). QUADRO 8 – Comparação Art. 51°do ECA com Art. 51°da Lei n°12.010/09 Art. 51 Cuidando-se de pedido de adoção formulado por estrangeiro residente ou domiciliado fora do País, observar-se-á o disposto no art. 31. § 1º O candidato deverá comprovar, mediante documento expedido pela autoridade competente do respectivo domicílio, estar devidamente habilitado à adoção, consoante as leis do seu país, bem como apresentar estudo psicossocial elaborado por agência especializada e credenciada no país de origem. § 2º A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá determinar a apresentação do texto pertinente à legislação estrangeira, acompanhado de prova da respectiva vigência. § 3º Os documentos em língua estrangeira serão juntados aos autos, devidamente autenticados pela autoridade consular, observados os tratados e convenções internacionais, e acompanhados da respectiva tradução, por tradutor público juramentado. § 4º Antes de consumada a adoção não será permitida a saída do adotando do território nacional. Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual a pessoa ou casal postulante é residente ou domiciliado fora do Brasil, conforme previsto no Artigo 2 da Convenção de Haia, de 29 de maio de1993, Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, aprovada pelo Decreto Legislativo no 1, de 14 de janeiro de 1999, e promulgada pelo Decreto no 3.087, de 21 de junho de 1999. § 1o A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil somente terá lugar quando restar comprovado: I - que a colocação em família substituta é a solução adequada ao caso concreto; II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente em família substituta brasileira, após consulta aos cadastros mencionados no art. 50 desta Lei; III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a medida, mediante parecer elaborado por equipe interprofissional, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei. § 2o Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, nos casos de adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro. § 3o A adoção internacional pressupõe a intervenção das Autoridades Centrais Estaduais e Federal em matéria de adoção internacional Neste artigo o legislador versou detalhadamente a adoção internacional, essa modalidade de adoção passa expressamente incluir os brasileiros que residem no exterior, mas ainda conserva a preferência da adoção nacional (RAMPAZZO e MATIVE, 2010). 3.0 O Papel do Estado na Proteção da Adoção O reconhecimento e a busca da concretização dos direitos fundamentais constituem o maior desafio do Estado desde a modernidade. A criança e o adolescente gozam de todos os direitos inerentes à pessoa, e, assim, cabe ao Estado, em conjunto com a família e sociedade, dar assistência e proteção. É dever dos mesmos assegurar, com absoluta prioridade, os seus direitos. O Estado deverá promover programas de assistência integral à saúde do menor, tanto física como psicológica. Tratando-se da proteção à convivência junto ao grupo familiar, os menores que passaram pelos processos de adoção, são acompanhados periodicamente pelo Assistente Social e outros especialistas a fim de garantir coabitação tranquila e despreocupada. Mesmo diante de tais preceitos, ainda assim, deparamo-nos com enormes dificuldades quando tratamos da aplicabilidade destes direitos e garantias conquistadas em favor dos art. 39 a 52, os quais tratam exclusivamente do processo de adoção (ECA, 1999). Fundamentado nos direitos humanos e na doutrina integral, o Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito das Crianças e Adolescentesà Convivência Familiar e Comunitária (PNCFC), propõe a adoção com um novo paradigma. Busca a superação da visão e das práticas de políticas públicas para infância e adolescência e no extermínio da cultura que estimula a violência e o abandono, cotidianamente praticados contra o menor (FORTES, 2014). Segundo Fortes (2014), tendo como base as decisões do judiciário no decorrer dos anos de 2012 e 2013, pode conclui-se, que o menor em situação de adoção possui um amparo legal eficiente e eficaz. O Estatuto da Criança e do Adolescente está sendo interpretado visando à proteção integral do menor abandonado. Essa situação está acarretando ao judiciário a elaboração de sentenças, de forma mais competente possível. Salientamos que o Judiciário se preocupa com o desenvolvimento de vínculo entre o adotado e o adotante, levando ao prolongamento do processo, pois, assim, o tempo do convívio entre ambos se estenderá, fixando um sentimento de maternidade e/ou paternidade. Além de levar em consideração a vontade do menor, o qual será objeto de observação durante todos os trâmites legais (FORTES, 2014). 3.1 O Papel e a Importância do Assistente Social no Processo de Adoção Não podemos discordar que o papel do Assistente Social é de grande importância na vida da criança ou adolescente que espera por adoção, assim como também para aqueles que já foram adotados. Esta importância se estende até a família que realiza a adoção. Esta necessita da integração com o profissional antes, durante, e também após o processo adotivo, quando a família já possui guarda definitiva. Esse acompanhamento se faz necessário conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, exposto no art. 151: Compete à equipe interprofissional dentre outras atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local, fornecerem subsídios por escrito, mediante laudos, ou verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção e outros, tudo sob a imediata subordinação à autoridade judiciária, assegurada a livre manifestação do ponto de vista técnico (ECA, Art. 151, 1999). Ressaltamos que o serviço Social Brasileiro tem como um de seus objetivos a defesa dos direitos dos cidadãos inclusive de crianças/adolescentes, contudo, este profissional está diretamente ligado aos processos de adoção no país. Segundo Bittencourt (2010, p. 48) “A criança ou adolescente é um sujeito de direitos especial, dotado de superioridade dentre todos os interesses envolvidos na questão concreta que se busca solucionar.” Podemos salientar, como observa Ferreira e Carvalho (2002), no âmbito judiciário, o Serviço Social exerce um papel preponderante que consiste no fornecimento de subsídios para as decisões judiciais. E ainda que o “ideal seria assistência social e psicológica, às famílias desamparadas e principalmente às mães que manifestam a intenção de entregar seus filhos para adoção.” (p. 29). Frisamos que esse auxílio pode ser individualizado com a família e o menor adotado em grupos de apoio. E em alguns casos se houver necessidade tal orientação será aplicada pela medida judicial aos pais adotivos ou ao filho adotado, conforme estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente nos arts. 129, IV e 101, II. Desse modo se efetuará visitas na casa da família com interesse em adotar (FORTES, 2014). E terá sua opinião devidamente considerada’’. Por esta razão que os serviços de Assistência Social são extremamente necessários após a adoção. Regiane Sousa de Carvalho Presot cita em seu artigo sobre a Irrevogabilidade da adoção: Um Direito Humano: Adoção deverá ser assistida pelo” poder público, sendo que se constitui por sentença judicial e somente poderá ser anulada no caso de ofensa ao princípio da proteção integral do menor e nunca na conveniência dos adotantes, pois neste caso haverá uma destituição do pátrio poder, permanecendo todos os direitos decorrentes da filiação tais como alimentos e herança. Nesse sentido manifesta-se a Convenção Interamericana sobre Conflitos de Leis em Matéria de Adoção de Menores. Deste modo, o apoio indispensável da Assistência Social se dá por provimento de condições a toda criança ou cidadão que dela precisar, promovendo a universalização dos direitos sociais. A assistência tem como fundamento a Constituição e a Lei Orgânica de Assistência Social. Cabe ainda frisar que em todo processo de adoção, o Assistente Social serve como uma ponte entre acriança a ser adotada e, a família que pretende adotar. É papel desse profissional, acolher, orientar e esclarecer aos pretendentes a adoção, sobre os trâmites do processo, além de, auxiliar a justiça na decisão final do processo adotivo. Este profissional participa ativamente, de todas as etapas da adoção, estando intimamente próximo aos envolvidos, passando a conhecer a situação socioeconômica, os desejos e dificuldades dos adotantes. Nos seus artigos 150 e151 o ECA destacam a relevância destes profissionais técnicos “cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária, prever recursos para manutenção de equipe interprofissional, destinada a assessorar a Justiçada Infância e da Juventude.” (ECA, art.150, 1999). E ainda, Compete à equipe interprofissional dentreoutras atribuições que lhe forem reservadaspela legislação local,fornecer subsídios porescrito, mediante laudos, ou verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção e outros, tudosob a imediata subordinação à autoridade judiciária, assegurada a livre manifestação do ponto de vista técnico.(ECA, art.151, 1999). Mesmo com a função de assessorara Vara da Infância e da Adolescência é papel do Assistente Social se atentar a situação da família, os membros que a compõem e como todos estão encarando a possível chegada de um novo membro na família. É necessário que se conheça o real motivo destas pessoas desejarem uma criança/adolescente. Dentro desse contexto um segundo ponto de grande relevância a ser observado pelo profissional de Serviço Social é a condição socioeconômica dos pretendentes, situação de moradia, de emprego, condições sociais, enfim, se o adotante terá suporte emocional e material para atender as necessidades da criança, como alimentação, saúde, educação, lazer, esporte, entre outros. Em todo processo da adoção o profissional, Assistente Social tem como função primordial a de verificar as famílias, orientá-las segundo suas diversas dúvidas diante da a adoção e, ser favorável ou não a adoção daquela criança por determinada família. Esta é uma situação que, quando se pensa em Infância e Juventude a adoção é um dos processos mais importante, pois se trata de um assunto muito delicado, inclusive o processo de inserção de uma criança/adolescente em uma família. O profissional do Serviço Social deve ter total conhecimento das leis que circundam a adoção, bem como,todas as normas que vigoram tal processo, e ser imparcial o máximo possível. Mesmo diante da imparcialidade que este profissional deva apresentar, ele também deve ser um profissional crítico e cauteloso, apresentando sempre seu ponto de vista técnico, trabalhando para que os preconceitos impostos pela sociedade sejam minimizados. Infelizmente ainda exista no campo da adoção alguns tipos preconceitos em torno desta prática, seja pelo fato de adotar uma criança/adolescente,ou pelo perfil do infante/adolescente que se encontra a espera de uma família. É sem sombra de dúvidas inegável a relevância, importância e responsabilidade deste profissional em todo contexto desse processo, o qual carregam em seu trabalho. 4.0 Considerações Finais O presente Trabalho observou que a atuação do profissional do Serviço Social é de fundamental importância, uma vez que é através dele que háo primeiro contato com os pretendentes à adoção e também é esse profissional que possui a capacidade técnica de avaliar a família e fornecer seu Parecer, favorável ou não, à adoção O que é importante e belo na adoção é a medida de proteção direcionada à crianças/adolescentes, e não uma forma de satisfazer os interesses dos adultos. Trata-se sempre, de encontrar uma família adequada a uma determinada criança, e não buscar uma criança para aqueles que querem adotar. Sem dúvida, a intenção das famílias é louvável, mas ao poder público, bem como profissionais de Serviço Social o que realmente importa é o bem estar das crianças. E é aqui, justamente através da visão crítica do assistente social que muitas fragilidades familiares são detectadas e através deste profissional é que podem ser elucidadas questões como dificuldade de adaptação, insegurança, dificuldade escolares. Como ressaltado durante o estudo, o profissional do Serviço Social conta (ou deveria) com uma equipe multidisciplinar para apoiar quando essas fragilidades são detectadas Salientamos então que durante o processo da adoção, o trabalho do Assistente Social deve ser de orientações às famílias adotantes quanto à realidade e o contexto social em que a criança/adolescente estava inserida. Para isso, há a instrumentalização do profissional em buscar saber se o adotante está disposto a buscar incluir acompanhamento durante a adaptação, no que se refere à educação, saúde, entre outras. Uma vez que o o profissional do Serviço Social acaba sendo o unico ou o principal elo de contato entre a realidade de vida das crianças e o Judiciário (quando necessário). Esse profissional desenvolve um papel de grande importância na dessas crianças e familias. Cabe reforçar que nas decisões são levados em conta todos os relatórios do Assistente Social. Toda criança e adolescente necessita de Assistência Social durante o processo referido para melhor integração e interação com a nova familia. O Assistente Social é o profissional responsável pela preparação dos pretendentes durante todo o processo de adoção, desde a exposição do desejo até a guarda definitiva. É a equipe técnica que tem contato direto comas famílias acolhedoras, isso faz com que seja de extrema responsabilidade o trabalho destes, pois o Juiz age de acordo com os pareceres apresentados nos relatórios. Mesmo diversos estudos já realizados nessa esfera, é pertinente considerar que o papel do Assistente Social, especialmente no contexto da adoção, ocupa um espaço peculiar e significativo, haja vista ser esse profissional de extrema necessidade para todo processo adotivo e futuro das crianças. Deste modo, Finalizamos o trabalho com a compreenção de que o Serviço Social na adoção é necessária não só para a familias e a criança, mas para toda a sociedade, a fim de que o processo judicial não interfira no processo afetivo. Assim, crianças e adolescentes terão a oportunidade de se tornarem parte da família, e não apenas o tecnico, isto é, de possuir uma certidão autenticada em cartório. 5.0 Referencias Bibliográficas BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Lei 8.069 de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente; Lei 12.010, de 03 de agosto de 2009. Dispõe sobre adoção; altera as Leis n os 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, 8.560, de 29 de dezembro de 1992; revoga dispositivos da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, e da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943; e dá outras providências. BITTENCOURT, Sávio. A Nova Lei de Adoção. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. CAMARGO, Mário Lázaro. Adoção tardia: representações sociais de famílias adotivas e postulantes à adoção (mitos, medos e expectativas). Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Faculdade de Ciências e Letras de Assis. Universidade Estadual Paulista. Assis, 2005. CAMARGO, Mário Lázaro. A adoção tardia no Brasil: desafios e perspectivas para o cuidado com crianças e adolescentes. In: SIMPOSIO INTERNACIONAL DO ADOLESCENTE, 2., 2005, São Paulo. Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança. Disponível em http://www.Planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D99710.htm. CUNHA, Tainara Mendes. A evolução histórica do instituto da adoção. Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 28 nov. 2011. DIGIÁCOMO, Murillo José. "Breves considerações sobre a nova “Lei Nacional de Adoção”." Junho de 2009. EBRAHIM, Surama Gusmão. As possibilidades da adoção tardia. Psico,31(1), 2000. ______. Adoção Tardia: Altruísmo, Maturidade e Estabilidade Emocional. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2001 FERREIRA, M,R,P. CARVALHO, S.R. 1º Guia de adoção de crianças e adolescentes do Brasil. 2002 FORTES, Cristina Lazzarotto. II Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG, 2014. Disponivel: http://ojs.fsg.br/index.php/pesquisaextensao. PRESOT, Regiane Sousa de Carvalho. Convenção interamericana sobre conflito de leis em matéria de adoção de menores. Disponível em: http://www.oas.org/juridico/portuguese/treaties/B-48.htm. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D99710.htm http://ojs.fsg.br/index.php/pesquisaextensao http://www.oas.org/juridico/portuguese/treaties/B-48.htm RAMPAZZO. Carla Cristina Sorrilha, MATIVE. Suelen Nara Matos, As Novas Regras para a Adoção e o Papel do Assistente Social Judiciário. 2010. Disponível em: http://intertemas.toledoprudente.edu.br/index.php/ETIC/article/viewFile/2278/1860. SILVA, Jaqueline Alves. Adoção de crianças maiores: percepções e vivências dos adotados / Jaqueline Araújo da Silva. Belo Horizonte, 2009. 114f.: il. Orientadora: Márcia Stengel Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. WALD, Arnaldo. Curso de Direito Civil Brasileiro. O novo direito de família. 12ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1999. WALD, Arnold. Curso de Direito Civil Brasileiro: O novo direito de família. 12. ed. São Paulo: RT, 1999. WEBER, Lídia Natália Dobrianskyj. Laços de Ternura: pesquisa e histórias de adoção. Curitiba: Santa Mônica,1998. Adote com carinho. Um manual sobre aspectos essências da adoção. Rio de Janeiro: Juruá, 2011. http://intertemas.toledoprudente.edu.br/index.php/ETIC/article/viewFile/2278/1860
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