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SELEÇÃO DE LINFÓCITOS

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Medicina Vitória Araújo 
 
 
 
SELEÇÃO DE LINFÓCITOS 
-Linfócitos B e T são as células mais importantes do sistema da 
imunidade adaptativa. 
-Fazem anticorpos, geram memórias e ativam outras células por 
isso passam por uma seleção. 
 desenvolvimentos de linfócitos 
Preciso de linfócitos que: 
Se comprometam com as células B e T; 
Possuam a capacidade de se multiplicar; 
Possuam um código genético, produzam receptores e expressem 
adequadamente esses receptores. 
Seleção para que não reconheçam células perigosas (células do 
próprio corpo). 
 
➤Estágio de maturação 
 
A célula pluripotente, produzida na medula, possui a possibilidade 
de ser do tipo B ou T. 
 O primeiro ponto de verificação é quanto a expressão de 
receptores- pré-receptores - (essa primeira parte tem a ver com 
os proteomas, proteínas). Caso não consiga, morre (apoptose). 
 Segundo ponto: expressão completa dos receptores. Caso não 
consiga, sofre apoptose. 
 Terceiro ponto de verificação: célula ainda não madura será 
testada quanto ao seu reconhecimento de antígeno próprio. Caso 
tenha um reconhecimento fraco ou sem reconhecimento, ocorre 
uma seleção positiva (célula B ou T madura). Caso tenha um 
reconhecimento forte de antígenos próprios, ela é uma célula 
potencialmente perigosa, ocorrendo uma seleção negativa. 
 
 -A primeira seleção ocorre nos órgãos linfoides primários (medula) 
- produção de receptores e reconhecimento de antígenos próprios. 
Quando passa para seleção positiva (já possuem um 
comprometimento com uma linhagem, B ou T), terminam a 
maturação de clones e geração de subgrupos de linfoides nos 
órgão linfoides periféricos (secundários). 
Para o linfócito B, a seleção negativa para aqueles que 
reconhecem fortemente o antígeno próprio possui dois fins: 
-morte; 
-possibilidade de rearranjar os receptores dele, modificando o 
reconhecimento (é um rearranjo de cadeia VDJ). 
 
Já o linfócito T, não possui essa possibilidade de se rearranjar. 
 VDJ= é uma parte do genoma que faz receptores para 
reconhecimento de antígeno (Variáveis de Diversidade e de 
Junção). Faz parte das duas linhagens, B e T, e a junção de cada 
segmento do V, D e J, formam um receptor diferente. 
 
➤Maturação de células B 
Quando feto o primeiro órgão linfoide é o fígado fetal, que é 
responsável por produzir todas as células do corpo (células B-1). 
Adulto: medula óssea produz as células que crescem até a fazer 
imatura e no baço se diferenciam em B-2 folicular e B-2 da zona 
marginal (diferença: co-receptores IgD e CD21/CR2). 
 
 
 
➤Maturação das células T 
Produzido na medula óssea e maturado no timo. Sua maturação no 
timo é dividida em duas partes: 
-Córtex (zona mais escura): seleção relacionada a ausência de 
sinal. A célula não possui nenhuma afinidade com a célula T (nem 
CD4 nem CD8), por isso, morre. Ou expressa duplamente CD4 e 
CD8, morrendo também. 
 
Medula (zona mais clara): 
Passando pela seleção positiva vai para medula. Existe a 
possibilidade de identificar quem vai ser CD4, CD8 ou ser uma 
célula T (sem necessariamente ser mais específica) . 
Se a célula faz com muita evidencia de sinal CD4, ela para de 
produz o CD8 e se torna Linfócito T (CD4+ auxiliar). 
 
 
 
Se houver um maior reconhecimento de MHC de classe I será 
uma célula do tipo T CD8+. 
Maior reconhecimento de MHC de classe II, será uma célula do 
tipo T CD4+. 
• Maturação começa na medula mas a 
seleção ocorre no timo. 
Depois da identificação vai para os órgãos linfoides periféricos, 
onde aguardará a apresentação de antígeno para se ativar. 
Célula de T CD4+: função de reativação e resposta do sistema 
imune (cél. auxiliar). 
Célula T CD8+: função citotóxica, ela mata outras células 
infectadas. 
• Quando combatem um patógeno, cerca de 
90% das células T sofrem apoptose mas restam algumas que 
ficam circulando como células de memória. 
• Co-estimuladores, CD28, serão liberados 
pelos pela célula T quando ocorrer reconhecimento de antígeno 
(MHC). Em resposta a célula apresentadora de antígeno irá 
liberar uma proteína como "chave" do co-estimulador, a B7. Essa 
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ligação entre MCH + co-receptor irá levar a expressão de 
citocinas, que auxiliará na ativação dos linfócitos T (CÉLULA 
CD8). 
É obrigatória a presença de uma inflamação para que ocorra a 
ativação de linfócitos T. sem a inflamação não terá expressão de 
B7 por parte da célula APC. 
-existe a possibilidade de células reconhecedoras de antígeno 
próprio passarem mesmo assim pelos pontos de verificação. 
Células CD4: ao fazerem a ligação de MHC a célula CD4 expressa 
co-estimuladores CD28 e a célula dendrítica expressa CD40. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS T 
As células T estão em estados de naive nos linfonodos e uma 
célula dendrítica, em estado de inflamação, apresenta um 
antígeno a essa cél. T. 
Naive → Plasmócito 
Linfócito T possui três formas: auxiliar-CD4 (helper), CD8 
(citotóxico) e o linfócito regular, o T regger. 
 
 📌 Células TCD4: 
Tipos de células que serão ativadas e apresentadas a seguir só 
diz respeito as células CD4. 
 
 
 
Exemplo: célula do tipo TH1 que combater patógenos 
intracelulares e produzirá imunoglobulinas IgG. 
-A diferença entre cada uma delas são as citocinas, sendo cada 
uma delas responsável por uma resposta imune. 
-Dependendo de que tipo de patógeno a célula dendrítica 
apresentar para o linfócito, as citocinas liberadas iram indicar 
qual célula tenderá a uma resposta conforme uma das células 
apresentadas acima. 
Polarização: É um processo no qual as citocinas (liberadas pela 
célula dendrítica no momento da ligação MHC) induzem a 
polarização da célula para que ela se transforme em um subtipo 
de célula T (TH1, TH2 ou TH17). Essas citocinas ajudam na 
inibição de citocinas, produzidas pelo linfócito, que não precisam 
e aumentam a produção das necessárias para combater tal 
patógeno. 
 
Ativação da TH1 
Ocorre pela presença de patógenos intracelulares (vírus, 
bactérias intracelulares). 
Presença de células NK que também combatem vírus e liberam 
citocinas IFN-gama. Além, das células dendríticas e macrófagos 
que liberam interleucina 12 (IL-12). A liberação dessas citocinas 
interagem com o linfócito dando a ele a conformação de linfócito 
TH1, e vai liberar IFN-gama. 
Função: 
-ativação dos macrófagos (para se tornarem mais fagocíticos) 
-produção de alguns isotipos de anticorpos (IgG). 
 
Ativação de linfócitos TH2 
Ativado por uma doença relacionado a helmintos. 
Helmintos combatidos por mastócitos, eosinófilos e basófilos que 
liberam IL-4 ( interleucina 4). 
Assim, ativando o linfócito em direção a uma resposta TH2, na 
qual amplifica a liberação da citocina IL-4. 
Função: 
-vai produzir IL-4 para auxiliar na mudança de IgG, IgM para IgE 
-auxilia na ativação de IL-5 para ativar 
eosinófilos (combate de helmintos). 
-IL-13 que vai auxiliar na secreção de mucosas. 
 
Ativação de linfócitos TH17 
Ativado por bactérias extracelular e fungos. 
Células dendríticas combatem esses tipos de patógenos e liberam 
citocinas IL-6 e IL-1. E é liberado também de fontes 
desconhecidas o TGF-beta (fator de crescimento de tumoral 
beta) . 
E isso ativará o linfócito T em direção a uma resposta do tipo 
TH17. 
A célula produzirá IL-21 que vai ser reconhecida por ela mesma, 
além, dai célula dendrítica também liberar IL-23. 
Função: vai liberar dois tipos de citocinas (IL-17 e IL-22). 
-A IL-17 irá recrutar neutrófilos sendo 
importantes para respostas inflamatórias. 
-A IL-22 irá reforçar a função da barreira (reconstrução 
tecidual). 
 
 📌 Células TCD8: 
A célula APC é a única que possui MCH de classe I e II. 
As citocinas liberadas pelas células TCD4 atuam como 
coestimulador para ativar a célula TCD8, diferenciando-as em 
CTL, ou até mesmo citocinas da prórpia célula dendrítica. 
Então para ativação é necessária a ligação MHC com as células 
APC e os coestimuladores. 
 
 
Ativação de linfócitos T de memória 
Existem duas teorias paraa existência das células de memória. A 
mais aceita é que no momento de diferenciação, ocorre a seleção 
de células efetoras e as células de memória. 
- Artrite Reumatóide (doença autoimune) 
Ocorre uma apresentação de antígeno contra as próprias 
cartilagens aos linfócitos T. Isso vai resultar no sumiço 
das cartilagens permitindo o atrito entre os ossos 
gerando uma dor horrível. 
Ocorre um bloqueio co-estimulatório, que faz parte do 
tratamento contra essa doença, na qual ele vai bloquear 
essa apresentação de antígeno próprio, impedindo essa 
destruição do próprio corpo. 
 
Medicina Vitória Araújo 
 
 
➢Ocorre uma multiplicação de células o suficiente para combater 
o patógeno presente. E assim que acaba a infecção, ocorre a 
diminuição dessa multiplicação. Assim que atinge a homeostasia 
(número normal de células no corpo), permanece 
um pequeno número de células no corpo que são chamadas de 
células de memória.

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