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OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 (ECG) Objetivos da aula: • Interpretar o ECG normal, identificando: → Ritmo → Eixo → Frequência cardíaca • Compreender algumas patologias mais comuns: → Infarto agudo do miocárdio → Infarto antigo → Bloqueio AV (atrioventricular) → Hipertrofia atrial e ventricular Não foi questionado se ele tem frequência cardíaca baixa, e sim se ele é um atleta praticamente em repouso. O que quer dizer se tiver excesso de estimulação parassimpática a F.C será baixa, relação com debito cardíaco. O professor fala a respeito da importância de verificar as cargas elétricas do coração. O Nó sinusal se despolariza uma média de 80 vezes por minuto e essas cargas se dissipam pelos átrios e ventrículos. Se o coração tiver tido um infarto esse potencial vai desviar e não irão fluir da mesma forma porque existe uma região isquemiada (morta). Se ocorre hipertensão e uma câmara hipertrofiar vai existir um desvio do fluxo elétrico para aquele local que tem concentração muscular. Esse fluxo é identificado com voltímetros e eletrodos próximos ao coração O potencial vai se dissipar por todo o coração: pelos átrios, da direita para a esquerda e de cima para baixo; pelo feixe penetrante, chega nos ventrículos e também irá se deslocar de cima para baixo e tanto da direita como para a esquerda. Só que tem muito mais massa no lado esquerdo, pois o ventrículo esquerdo é mais espesso, então é predominantemente para a esquerda também. Então, posso dizer que é cima para baixo e predominantemente da direita para a esquerda. Ele (Einthoven) imaginou: se essas cargas têm esse mesmo fluxo sempre, se tenho dois eletrodos e os ligo ao voltímetro, esses dois eletrodos estão produzindo um campo elétrico. Quando uma carga elétrica se distancia de um eletrodo e vai para o outro, o campo muda, a diferença de voltagem muda. Eu tenho um voltímetro, dois eletrodos desse voltímetro, um para um certo ponto e outro abaixo e à esquerda (o sentido das cargas). À medida em que uma carga se desloca, afastando- se de um eletrodo e aproximando-se de outro, o voltímetro captura o fluxo de elétrons. Nesse voltímetro, o Einthoven escolheu um dos eletrodos e estabeleceu, por convenção, que eletrodo OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 seria positivo. Então, sempre que as cargas se deslocam a favor, ao encontro do eletrodo positivo, a deflexão é positiva. (Professor comentou que até agora ele só estava falando da história, não explicava o eletrocardiograma em si). O Einthoven imaginou que combinaria os eletrodos, estabeleceria um deles como positivo e, sempre que as cargas se deslocassem, o voltímetro capturaria o fenômeno. Assim, quando as cargas se deslocam, o ponteiro do voltímetro vai para o positivo se tiver um eletrodo positivo mais abaixo e, logo depois, ele volta. A cada batimento é assim: ele vai e volta, vai e volta... E o ponteiro ficaria sempre se mexendo. Então ele pensou: “será que se colocar (o eletrodo) mais distante do coração ainda consigo capturar algum potencial proveniente da despolarização do coração?”. Começou a colocar mais distante, e viu que o voltímetro continuava capturando. Finalmente, ele pegou um paciente, abriu seus braços (“igual a Cristo”), colocou um eletrodo no braço direito, outro no braço esquerdo e um na perna esquerda, além do neutro, na perna direita. Percebeu que esses eletrodos, mesmo à distância, conseguia capturar o campo elétrico, a diferença de voltagem. Triângulo de Einthoven. Então ele foi fazendo as combinações e foi percebendo que, à medida que as cargas se deslocavam, o ponteiro se mexia em um padrão que era sempre o mesmo. Se colocasse um cara que estava infartado, o padrão mudava (pois a distribuição das cargas era distinta). Teve, então, sua sacada: tirou o ponteiro do voltímetro e colocou uma pena no lugar, e passou um papel por baixo dela com uma manivela. Quando o papel passava, tinha-se o traçado do eletrocardiograma. Assim foi que ele criou o eletrocardiograma. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 A partir daí, já podemos dizer o conceito de eletrocardiograma: é um exame que avalia a atividade elétrica do coração a partir de eletrodos fixados na pele. • Importância do eletrocardiograma: é um exame que traz informações elétricas do coração, permitindo o diagnóstico de diversas patologias. É inofensivo (indolor, não invasivo, sem radioatividade e sem riscos). É um exame barato e de fácil manuseio. Seus resultados são tão importantes que ele costuma ser pedido antes da realização de muitas cirurgias. - Eletrodos: se dividem entre (1) dos membros e (2) precordiais. 1. Eletrodos dos membros Localização: punhos direito e esquerdo, tornozelo esquerdo (e direito, para aterramento). 2. Eletrodos precordiais: são eletrodos colocados no tórax, em torno do coração. São representados pela letra “V” – V1, V2, V3, V4, V5, V6 (pode ter mais). V1: quarto espaço intercostal, à direita do esterno. V2: quarto espaço intercostal, à esquerda do esterno. V3: entre V2 e V4. V4: fica em uma interseção entre o 5º espaço intercostal e a linha m-clavicular. V5: fica no nível de V4, em uma interseção com a linha axilar anterior. V6: fica no mesmo nível de V4, em uma interseção com a linha axilar média. Gabriela Cotrim (40-48min): Obs: O V4 quase sempre localiza-se embaixo do mamilo, no entanto, existem casos, como o sexo feminino, em que há desvio desse parâmetro devido a presença de mama pendular ou grande. Esses eletrodos, precordiais ou frontais, serão conectados ao voltímetro para a verificação da informação desse aparelho através da diferença de voltagem em certa região. • Calibração do eletrocardiograma O princípio básico é a impressão do exame com uma velocidade constante através do uso de um papel milimetrado para a quantificação dos espaços. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Obs: Um indivíduo com o coração encarcerado e derrame pericárdico/pleural , ou seja, entre o coração e a bolsa pleural há uma quantidade de liquido pleural que determina uma obstrução. Isso aprisiona o coração, mas ao mesmo tempo a despolarização ocorre normalmente, no entanto, o potencial de ação não passará facilmente para estruturas vizinhas devido à presença de liquido que determina o impedimento/ isolamento elétrico. Esse potencial chegará em um baixo valor, então o traçado do ECG normal é alterado para uma menor amplitude, pois o impulso elétrico não adentra determinada região cardíaca. Para a verificação de um ECG é necessário a comparação da altura e dimensão para formar uma quantificação das ondas, o que determina a necessidade do papel milimetrado. O papel milimetrado é cheio de quadradinhos com distância constante entre eles é de 1mm e a cada 5 quadradinhos há a formação de um quadrado grande, ou seja, 5mm de comprimento. ❖ Quadradinho: 1mm ❖ Quadrado grande: 5mm ❖ Velocidade de impressão: 25mm/segundo, ou seja, 5 quadrados grandes por segundo. Obs: Em um segundo há a passagem de 25 quadradinhos, no entanto, a passagem de um único quadradinho equivale a 1seg dividido por 25 quadradinhos, ou seja, 0,04segundos/40milisegundos. Em um eletrocardiograma (ECG), o tempo para que seja percorrido um quadradinho é de 0,04s (40 milissegundos). Usa-se muito isso. Se o ponteiro está oscilando, mostrando a diferença de potencial e o papel está correndo, vai ser formado um traçado: ➢ No eixo das abcissas está a grandeza tempo - Cada milímetro equivale a 0,04s velocidade de 25cm/s. ➢ No eixo das ordenadas a intensidade da voltagem - Cada milímetro equivale a 0,1 milivolts. 1 quadrado grande = 5 quadradinhos OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Sendo assim o quadrado grande tem amplitude de 0,5 milivolts.Para que se tenha 1 milivolt são necessários 2 quadrados grandes (10 quadradinhos). Quando se fala em calibração, é necessário ver a indicação que está ao lado. Significa dizer que, nesse ECG que foi impresso, há um padrão de calibração em que 1 milivolt = 10 quadradinhos, e 0,2s = 5mm horizontalmente. Isso quer dizer que esse ECG tem a calibração padrão. Isso tudo que nós vimos, é a calibração normal, mas nem sempre o eletrocardiograma vai vir com essa calibração. É importante entendermos qual a calibração padrão para analisarmos o eletrocardiograma a partir do parâmetro, existe um tamanho, uma amplitude e uma duração específica para cada uma das ondas. Resultado: se você tiver um aumento da duração ou um aumento da amplitude dessa onda, você pode ter uma anormalidade. Só que, esse parâmetro é baseado nessa calibração, se você mudar a calibração, o parâmetro muda, por exemplo, no complexo QRS tem que ter de 20 a 25 quadrados pequenos, com esse tipo de calibração, mas se você dividir essa calibração pela metade, ele só pode ter no máximo 12,5 quadrados pequenos. O padrão pode ser mudado para fazer pesquisa, entre outros. Quando você for observar um eletrocardiograma observe também a sua derivação. • Eixo cardíaco: Já foi explicado eletrodos precordiais e também temos eletrodos dos membros. Isso nos dá as chamadas “derivações”. Então, existe as derivações frontais e as precordiais. - Frontal: consistem na associação de eletrodos. Associo sempre dois a dois. Por exemplo, o eletrodo da mão esquerda com o da mão direita associados dá uma derivação. Quando se tem dois eletrodos, um sempre é negativo e o outro positivo. Se a carga se aproxima do positivo, a deflexão é positiva, se ele se afastar do positivo, vai ser negativa. http://tracadosdeecg.blogspot.com/2010/08/conceitos-basicos-eixo-eletrico.html OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 - Precordial: é uma derivação que tem apenas a presença de um eletrodo. Por exemplo, V I , V II, V III, cada uma representa uma derivação específica. → V I : só consegue identificar se a carga se aproxima ou se afasta dela. Vejam só, D I não fica à direita, no 4° espaço intercostal a direita. As cargas se deslocam da direita para a esquerda, porque o nó sinusal fica na direita. Se eu tenho um vetor “V I” que representa então uma derivação “D I”, na medida em que aquelas cargas se distanciam, esse vetor vai levar o ponteiro para negativo. A derivação vai ser predominantemente negativa porque a carga está se afastando. Se eu observar então o vetor V6, que fica na linha axilar média, a carga (direita para esquerda) está se aproximando, o potencial vai ser positivo então. Nesses precordiais temos apenas um eletrodo, e cada eletrodo apresenta uma derivação. O eletrodo é o terminal que é colocado no tórax e liga ao aparelho e a derivação é o que é escrito no papel. No caso dos precordiais, cada eletrodo já tem uma derivação própria. Agora na frontal é diferente. Derivação precordial é produzida por um eletrodo e a derivação dos membros é produzida por mais de um eletrodo, geralmente por dois, ou seja, situações distintas. A derivação dos membros é constituída por seis outras variações que se fazem necessárias por que cada derivação vê o coração de um ponto diferente e o analisa dessa localização: Derivações Eletrodo Negativo Eletrodo Positivo (Explorador) Funcionamento DI Braço Direito Braço Esquerdo Bipolar DII Braço Direito Perna Esquerda Bipolar DIII Braço Esquerdo Perna Esquerda Bipolar aVR --- Braço Direito Unipolar aVF --- Braço Esquerdo Unipolar aVL --- Braço esquerdo Unipolar O eletrodo positivo é chamado de explorador por que é ele que explora e enxerga o potencial. Quando as cargas se descolam a favor do eletrodo explorador o gráfico mostra uma deflexão (curvatura) positiva, ou seja, caminho da direita para a esquerda. A localização do eletrodo explorador facilita a localização do coração. Nós temos as 4 cavidades (átrios e ventrículos), no átrio direito está o nó sinusal, próxima a veia cava superior. O potencial gerado pelo nó vai se deslocar pelos átrios e ventrículos, no sentido de cima para baixo de da direita para a esquerda (NOS ÁTRIOS). OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 O feixe intermodal chega no nó sinusal, vai até o nó atrioventricular, o impulso passa pelo feixe penetrante e chega aos ventrículos. O potencial vai também de cima para baixo, porém ele pode ir para dois sentidos, para a esquerda ou direita, e as cargas vão em MAIOR escala para o esquerdo, pois o músculo esquerdo é muito mais espesso (justificativa para ele ir mais para esquerda = Quanto mais células tiverem, mais células iram receber o potencial e despolarizar, então o potencial será maior). Em suma: (SEMPRE de cima para baixo, e PREDOMINANTEMENTE da direita para esquerda (podendo ser esquerda para direita nos ventrículos). • No átrio: O nó sinusal se localiza no ÁTRIO DIREITO na parte SUPERIOR, se ele está superiormente a direita, o potencial se dissipa pelos átrios da direita para esquerda e de cima para baixo. • No ventrículo: O potencial entra nos ventrículos por uma parte superior, então vai de cima para baixo. O potencial também entra pelo septo interventricular, onde uma parte vai para direito e uma parte MAIOR para esquerda, então PREDOMINANTEMENTE o potencial vai da direita para esquerda (porém também vai da esquerda para direita). • O parâmetro é mais forte na VERTICALIDADE. A derivação D I, é obtida por dois eletrodos, um eletrodo negativo que está no punho direito e um eletrodo positivo (explorador) que está no punho esquerdo. Derivação D I: Primeiro vamos reconhecer o ECG ele tem: Onda P: indica a despolarização atrial. Complexo QRS: indica despolarização ventricular. Onda T: que indica a repolarização ventricular. A derivação D I é a associação de 2 eletrodos um na mão direita (eletrodo negativo) e outro na mão esquerda (eletrodo positivo), logo será positiva sempre que a carga se deslocar da direita para a esquerda. Nos átrios o potencial se desloca da direita para a esquerda , quem indica a despolarização dos átrios é a onda P e como está a favor de D I a onda P tem que está positiva, agora falando do complexo QRS nos ventrículos, as cargas se deslocam predominante da direita pra esquerda concordando com D I , a despolarização dos ventrículos é mostrado pelo complexo QRS e ele vai ser positivo, a onda T sempre acompanha a deflexão da onda P, ou seja, se a onda P é positiva quase sempre a onda T também será positiva. Derivação D II: OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Eletrodo negativo no punho direito e eletrodo positivo no tornozelo esquerdo. Sempre que as cargas se deslocarem de cima para baixo e da direita para esquerda a deflexão será positiva Obs: O professor mostra um triangulo que ajudará no entendimento da colocação dos eletrodos, não se tem na perna direita porque nela é colocado o neutro (fio terra). Sempre que as cargas se deslocarem de cima para baixo e da direita para a esquerda a deflexão será positiva. Observando o traçado de DII: ▪ O que a onda P delimita? Despolarização atrial; ▪ E o complexo QRS? Indica a despolarização ventricular; ▪ A outra onda, após o QRS, é chamada onda T. Derivação DII: Tem o eletrodo negativo no punho direito e o eletrodo explorador (eletrodo positivo) na perna/tornozelo esquerdo, ou seja, sai do punho direito para a perna/tornozelo esquerdo. Então, a deflexão será positiva sempre que as cargas se deslocarem de cima para baixo e da direita para a esquerda. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Nos átrios, as cargas se deslocam de cima para baixo? SIM. Nos átrios, a carga se desloca da direita para aesquerda? SIM. Os dois parâmetros concordam? SIM. Conclusão: Vou ter uma onda P (que indica despolarização dos átrios) positiva. Agora, o complexo QRS (indica despolarização dos ventrículos) vai ser analisado em DII. Lembrando que, DII vai do punho direito ao tornozelo esquerdo. O eletrodo explorador está no tornozelo esquerdo. A deflexão será positiva sempre que as cargas se deslocarem de cima para baixo e da direita para a esquerda. As cargas nos ventrículos se deslocam de cima para baixo? SIM. Se deslocam, predominantemente, da direita para a esquerda? SIM. Os dois parâmetros concordam? SIM. Conclusão: vou ter um complexo QRS positivo porque está concordando com o sentido da derivação. Observação: a onda T tem o mesmo sentido da onda P. Derivação DIII: Tem o eletrodo negativo no punho esquerdo e o eletrodo positivo (eletrodo explorador) no tornozelo esquerdo, ou seja, vai do punho esquerdo para a perna esquerda. Então, a deflexão será positiva sempre que as cargas se deslocarem de cima para baixo e da esquerda para a direita. Lembrar: o tornozelo direito é neutro, só aterramento, não participa de nada. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Continuando o D III: Primeiro vamos olhar os ÁTRIOS: O potencial nos átrios se desloca de cima para baixo e da direita para a esquerda. Então um parâmetro concorda e o outro não. Então a onda P será positiva ou negativa? Ela será isoelétrica (neutra), podendo ser ligeiramente positiva ou negativa. Olha aqui a onda P no D III, está ligeiramente positiva, quase isoelétrica. (imagem) Pergunta: Então ela tá um pouco positiva porque o sentido de cima para baixo é predominante? Figura 1 Triângulo de Einthoven (inventor do eletrocardiograma) OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Obs. e resposta: A derivação D III tem o eletrodo negativo no braço esquerdo e o eletrodo positivo na perna esquerda, então ela vai de cima para baixo e da esquerda para a direita. Logo, a deflexão será positiva sempre que as cargas se deslocarem de cima para baixo e da esquerda para a direita. Então verificamos os átrios e vimos que 1º a despolarização dos átrios ocorre de cima para baixo, mas não ocorre da esquerda para a direita, ou seja, os parâmetros não concordam. Dessa forma, a onda P vai ser isoelétrica. Um aluno falou que o parâmetro da verticalidade é o mais forte, então a onda ficaria ligeiramente positiva, mas isso NÃO é verdade, porque essa “regra” só vale para os ventrículos. COMPLEXO QRS - Reporta a despolarização dos ventrículos Estamos falando da Despolarização D III - POSITIVA quando as cargas vão de cima para baixo e da esquerda para a direita. No ventrículo a despolarização ocorre de cima para baixo (concorda com o parâmetro da verticalidade), mas não ocorre da esquerda para a direita (discorda com o parâmetro da horizontalidade). Então, qual o parâmetro mais forte? A VERTICALIDADE é mais forte. Este parâmetro é o que concorda, logo o Complexo QRS em D III será POSITIVO. ONDA T - Igual a Onda P Existem outras 3 derivações que devem ser entendidas assim…Percebam que a derivação D I é ótima para enxergar alguma coisa no lado direito do coração, a D II é ótima para observar o ventrículo esquerdo, a D3 para verificar o ventrículo direito. Agora não seria interessante observar o que estivesse acontecendo no AD ou superiormente no AE ou mesmo na face diafragmática do coração? Só que tem mais combinações que a gente possa fazer. Então, o que se faz para ter novas derivações? Entra então a física - eletricidade e cinemática vetorial. Se dois vetores estivem perpendiculares de dimensão a deve-se olhar a resultante através da fórmula de Pitágoras. Quando os dois vetores tiverem valores iguais a resultante é a raiz de 2, com direção diagonal, módulo e sentido. Do ponto de vista elétrico podemos somar três vetores e determinar que a soma desses três vetores vai representar o eletrodo negativo, o polo negativo. E o positivo será o braço direito, o braço esquerdo e a perna esquerda. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Não é a mesma coisa porque aquele que foi dito que o negativo era o braço direito e o positivo o braço esquerdo. Mas agora o que importa é a soma vetorial das três derivações através de contas algébricas Outra coisa importante para saber é que sempre encerra o ângulo de 60º e os outros vetores são bissetrizes (AVF, AVL, AVR). Onde está à seta é onde está o sentido positivo. AVF é assim denominado porque vem de foot (pé) AVL é assim denominado porque L é de LEFT, significa esquerdo. AVR é assim denominado porque R é de RIGHT, significa direito. AVF = É um eletrodo positivo (foot), localizado no pé esquerdo. Essa derivação mostrará uma deflexão positiva sempre que as cargas se deslocarem de cima para baixo AVR = Eletrodo positivo no braço direito. A derivação mostrará uma deflexão positiva sempre que as cargas se deslocarem de baixo para cima e da esquerda para direita. AVL= Eletrodo positivo no braço esquerdo. A derivação mostrará uma deflexão positiva sempre que as cargas se deslocarem de baixo para cima e da direita para esquerda. Derivações: (revisando) Avf- Mostrará uma deflexão positiva quando a carga for de cima para baixo, ou seja, a onda P é positiva, o complexo QRS é positivo e a onda T é positiva. Avr- Mostrará uma deflexão positiva quando a carga for de baixo para cima e da esquerda para a direita, ou seja, a onda P é negativa, o complexo QRS é negativo e a onda T é negativa. Avl- Mostrará uma deflexão positiva quando a carga for de baixo para cima e da direita para a esquerda, ou seja, a onda P é isoelétrica pois a carga não vai de baixo para cima mas vai da esquerda pra direita, o complexo QRS é negativo pois nos ventrículos o que previne é o parâmetro da verticalidade, ou seja, apesar de um parâmetro ser negativo(verticalidade)e o outro positivo(horizontalidade)a invés dessa onda ser isoelétrica ela é negativa pois o que previne é o parâmetro da verticalidade e a onda T também é negativa. PROFESSOR MILTON OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 14 DE AGOSTO DE 2018 De todas as derivações, só se encontra onda R negativa na derivação AVR. Na derivação AVL a onda R pode ser positiva ou negativa. ❖ Na AVR a onda R é negativa porque vai da esquerda pra direita e de baixo para cima, ou seja, exatamente no sentido contrário ao eixo elétrico do coração. As derivações precordiais (V1, V2, V3, V4, V5 e V6) não necessitam de um estudo tão detalhado. Só vai ser estudado nelas como se comporta o complexo QRS. ▪ Complexo QRS positivo: tem mais ondas para cima do que para baixo. ▪ Complexo QRS negativo: tem mais ondas para baixo do que para cima. 1. V1: está bem à direita do coração. Como a carga do coração vai da direita para a esquerda, então ela se afasta de V1 e a deflexão é negativa. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Derivação precordiais: As derivações precordiais são derivações unipolares e registram o potencial do ponto em que o eletrodo é posicionado. Elas são ótimas para determinar alterações no ventrículo esquerdo. Existe 6 derivações que são denominada com uma letra V de números de 1 a 6 Localização de cada eletrodo: Condições normais do complexo QRS em cada derivação: V1-O complexo QRS é predominantemente negativo. Sem onda Q, a onda R é pequena e a S é enorme. V2-O complexo QRS é predominantemente negativo. Sem onda Q, a onda R é pequena e a S é enorme. V3-Esta derivação é de transição. Ela é predominantemente negativa. V4- Esta derivação é de transição. Ela é predominantemente positiva. V5-O complexo QRS é predominantemente positivo. A onda Q é pequena, a onda R é enormee a S não existe. V6-O complexo QRS é predominantemente positivo. A onda Q é pequena, a onda R é enorme e a S não existe. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 ser um ou outro e aVF positivo. Nesse eletrocardiograma, qual é o padrão que eu espero do complexo QRS das derivações frontais (que são D1, D2, D3, aVR, aVL e aVF)? ALUNO: Vai ser positivo em D1, D2, D3, aVR negativo, aVL pode PROFESSOR: Perfeito. Isso é o que a gente espera. O que a gente espera nas pré-cordiais? ALUNO: V1 e V2 negativo, V3 e V4 transição, V5 e V6 positivo. negativos, V5 e V6 negativos. Qual é o diagnóstico disso? PROFESSOR : Agora analisem esse: D1 e D2 negativo, aVR positivo, aVF isoelétrico, V1 e V2 negativos, V3 e V4 que eram para esta em transição estão Como está tudo trocado, a primeira hipótese é a troca dos eletrodos do braço direito e do braço esquerdo. Ou pode ser uma dextrocardia, quando o paciente nasce com o coração no lado direito. SEQUÊNCIA DE INTERPRETAÇÃO DO ELETROCARDIOGRAMA FREQUÊNCIA CARDÍACA Alguém tem uma sugestão de como verifica a frequência cardíaca a partir do eletrocardiograma? OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Para determinar a frequência cardíaca pode analisar a distância entre um complexo QRS e outro, sendo mais específico a analise é entre uma onda R e outra. Essa distância chama-se intervalo RR. Qual é a velocidade que esse papel está passando pela pena do voltímetro? 25mm/s, isso significa dizer que no tempo de 1 segundo o papel percorre 25 mm. No tempo de 1s o papel percorre 25mm, que é igual a 25 quadradinhos. 1 quadradinho de 1mm passa pela pena com 0,04s (esse valor foi encontrado fazendo regra de três) É preciso saber quantos milímetros existe de uma onda R a outra, ou seja, quantos quadradinhos foram percorridos. Se em 0,04s percorre-se um quadradinho a totalidade de quadradinhos são percorridos em 0,88s (22 quadradinhos que foram contabilizados no exemplo) 0,88s é o tempo de um batimento até outro batimento. Já em 60s segundo são 68bpm. Quando for analisar um eletrocardiograma não precisa fazer os cálculos, foram feitos em sala só para demonstrar. Existe uma formula que por decomposição matemática se chega a ela: Fórmula da frequência cardíaca FC= 1500÷ Pelo intervalo RR No exemplo dos 22 quadradinhos FC= 1500÷22 = 68 Digamos que exista um complexo QRS tocando uma linha e o outro na linha do lado (um quadrado grande de distância, que contabilizam 5 menores), de quanto seria a FC? FC=1500÷ 5 = 300 bpm Quando a distância R-R( entre duas ondas R) for de: ● 2Q = 10q = 1500/10 = 150bpm ● 3Q = 15q = 1500/15 = 100bpm ● 4Q = 20q = 1500/20 = 75bpm ● 5Q = 25q = 1500/25 = 60bpm ● 6Q = 30q = 1500/30 = 50bpm Legenda: Q = quadrado grande; q = quadrado pequeno. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Conclusão: Para descobrir a frequência, procura no ECG uma onda R que está tocando mais ou menos numa linha grossa; se a próxima onda R tocar numa outra linha grossa vizinha, a frequência é de 300bpm; se tocar na próxima, a frequência é de 150bpm, e assim por diante. Ex: onda R onda R Distância = entre 3q / 100bpm e 4q / 75bpm (mais próximo de 4q / 75bpm) Portanto: em média 77 bpm Obs: Quando a distância não for uma quantidade exata de quadrados, não é possível descobrir exatamente o valor da frequência, porém é possível estimar um valor aproximado dentro do intervalo apresentado. Tenham cuidado com isso: um traço demarcando que acabou uma derivação e está começando outra. Não posso fazer o cálculo da frequência com base em ondas que estão em derivações diferentes, pois estas são totalmente distintas. Cuidado com os tracinhos! (Professor passou pelos slides e testar os alunos sobre as frequências cardíacas dos ECGs.) OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Esse tem quase quatro “quadradões”; logo, está entre 100bpm e 75bpm, provavelmente perto dos 80 bpm. E esse aqui, qual a frequência? (Procurei um na internet com frequência parecida à descrita na aula – ou seja, não quer dizer que esta tenha de fato 58 bpm, é apenas um exemplo para praticar lendo a transcrição) Você tem mais ou menos 5 quadrados, só que um pedaço que falta em um sobra mais no outro. Possivelmente, uns 58 batimentos por minuto. Aluno: No caso, você sempre olha no primeiro, no segundo ou no terceiro? Resposta: Não, pode olhar em qualquer um. Para frequência, pode olhar em qualquer um. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Relembrando: Características do ritmo cardíaco: ▪ Ritmo cardíaco regular: é quando o intervalo R-R tem um comprimento regular; ▪ Ritmo cardíaco sinusal: apresenta o complexo QRS precedido da onda P; OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Vamos entender: se eu digo que o ritmo é sinusal é porque quem comanda o ritmo/a frequência do coração é o nó sinusal. É o nó sinusal que se despolariza e envia o seu potencial de ação para os átrios e ventrículos. Lembrar: Quem vai determinar o ritmo é o nó sinusal. Assim, quando você tem: Nó – onda P – complexo QRS – Nó – onda P – complexo QRS, você tem o ritmo sinusal. ▪ Ritmo cardíaco ectópico: é aquele em que o ritmo é demarcado por uma estrutura diferente do nó sinusal. Como acontece: O nó sinusal se despolariza. Aquela onda de despolarização percorre os átrios provocando a contração deles e aquele mesmo potencial de ação adentra os ventrículos pelo feixe penetrante, fazendo com que os ventrículos também contraiam. Então, você tem primeiro a contração atrial e depois a ventricular. A contração atrial é decorrente da despolarização do nó sinusal e a contração ventricular também. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Entenda: Esse ritmo pode ser atrioventricular. Por exemplo, se o paciente teve uma infecção no nó sinusal, em virtude dessa infecção, o nó sinusal não está mais funcionando, ou seja, não está mais se despolarizando. Como o nó sinusal não se despolariza mais, os átrios não contraem mais e aí o nó atrioventricular assume a despolarização. Mas, o nó atrioventricular só provoca uma despolarização dos ventrículos (porque só despolariza do local onde fica o nó atrioventricular para baixo). Então, nesse caso, você vai ter complexo QRS (que indica a despolarização dos ventrículos), mas não vai ter a onda P (que indica despolarização dos átrios). R- O Nó atrioventricular ainda consegue viver em repouso, agora se o nó atrioventricular falhar e ficar o feixe de hiss a pessoa fica esperando, toma o medicamento e aguarda a colocação do marcapasso - a frequência fica muito baixa. Pergunta: Se o Nó Sinusal não funcionar, como o sangue passa do átrio para o ventrículo? R- Ele passa já 80% pelo enchimento rápido ou pela diástase, o átrio só contribui com 20% e se não houver esse 20% acaba todo sangue passando nesse primeiro intervalo. Agora não é uma condição boa não ter falência do nó sinusal, a pessoa é tratada com medicamentos para acelerar o ritmo e a força de contração. Ao olhar o ECG, você deve interpretar esse pedacinho do traçado, então não é difícil, porque o resto se repete. Pra gente interpretar, precisamos saber o que significa cada porção dessa. ONDA P e INTERVALO R-R OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 A Onda P indica a despolarização atrial. Ela possui certa conformação, não pode ser de qualquer jeito. A primeira metade é arredondada e a segunda tem um decaimento. Ela possui distância (duração) e altura (amplitude/voltagem) específicas: ● Amplitude: < 2,5 mm (ou 0,25mV) ● Duração: < 2,5 mm ⤷ 2,5 quadradinhos no máximo. Obs.: Imaginem que eu tenhoum paciente com estenose da tricúspide, ou seja, ela não consegue abrir totalmente (durante a diástole ventricular ela tem que tá toda aberta). Houve uma infecção e essa valva não funciona perfeitamente e o sangue não consegue passar por completo do átrio para o ventrículo. No último período da diástole ventricular quando o átrio vai contrair para empurrar mais sangue, ele contrai com uma certa resistência. Dessa forma, o átrio vai sofrendo com uma sobrecarga e o resultado é a hipertrofia de suas paredes. Sobrecargas atriais: - Amplitude da Onda P > 2,5mm (AD) - Duração da Onda P > 2,5mm (AE) Durante a diástole ventricular, a valva tricúspide precisar estar totalmente aberta, porém houve uma infecção e uma calcificação, impedindo que essa valva esteja totalmente aberta, se ela não abre totalmente o sangue não passa todo do átrio para o ventrículo, tendo uma dificuldade. No último período da diástole ventricular, quando o átrio tem uma sístole para empurrar um pouco mais do sangue, ao contrair ele irá ir contra uma resistência, ocorrendo uma SOBRECARGA no átrio, fazendo com que a parede do átrio fique aos poucos HIPERTROFIADA. Ou seja, uma estenose na valva tricúspide irá causar uma hipertrofia do átrio direito (se tem hipertrofia é porque tem muito músculo). Então, aquele potencial de ação que iria, em OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 tempo de ação, por 10 células, irá agora por 30 células, o que acarretará em um AUMENTO DA AMPLITUDE DA ONDA P. PERGUNTA: Como identificar se a estenose é na mitral? RESPOSTA: Isso acarretará em um aumento da DURAÇÃO da onda P. RESUMO: Aumento da amplitude da onda P => Hipertrofia do átrio DIREITO. Aumento da duração da onda P => Hipertrofia do átrio ESQUERDO. • Intervalo PR Consiste na porção do eletrocardiograma que vai do início da onda P até o início do complexo QRS e após a onda P propriamente dita encontra- se o segmento PR – final da onda P até o começo do complexo QRS - , sendo esse nome devido a inconstância da onda Q nas derivações do ECG. Intervalo PR = onda P + segmento PR A onda P indica despolarização atrial com duração de 2,5mm ou 100ms, então o segmento PR equivale ao atraso atrioventricular na condução do impulso nervoso no nodo AV e esse abrange uma duração especifica, sendo a longa duração vista como um problema de propagação do impulso pelos ramos, pois após a ejeção sanguínea do átrio para o ventrículo é necessária a sístole ventricular. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Obs: A síndrome de PR curto é ruim devido a falta de tempo para a passagem do sangue do átrio para o ventrículo, no entanto, não é muito comum. ❖ Segmento PR longo: Após a contração atrial e passagem sanguínea, esse sangue irá permanecer por um longo período do ventrículo antes da ejeção para os vasos. Então, o intervalo PR necessita se encontrar entre o intervalo de 120-200ms na duração, com média de 160ms, o que equivale ao tempo médio de atraso da propagação do impulso do átrio para o ventrículo. Obs:Em casos de maior duração desse intervalo ou segmento, há o estado de bloqueio atrioventricular. BLOQUEIO AV: Consiste na dificuldade ou mesmo na interrupção do fluxo elétrico dos átrios para os ventrículos, ou seja, se está maior que 220 ms terá bloqueio, mas nem todo bloqueio é igual existe graus de bloqueios AV sendo alguns mais graves e outros menos graves. Existe 3 tipos de bloqueio: Professor: o que seria um bloqueio mais grave e um menos grave? Aluna: Menos grave seria quando os impulsos passariam, já no mais grave os impulsos teriam dificuldade para passar. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 1) Bloqueio de primeiro grau: é aquele em que há simplesmente um atraso maior para o impulso chegar no ventrículo (PR um pouco acima de 220 ms). Obs: No de primeiro grau mesmo tendo atraso todos passam, ou seja, todos os complexos QRS são precedidos de onda P. 2) Bloqueio de segundo grau: é aquele em que alguns impulsos passam e outros não, ou seja, alguns complexos QRS são precedidos de onda P e outros não. Depois do complexo QRS vem a onda T, assim, novamente tendo onda P, complexo QRS, e a onda T. Isso vai se repetindo. É mostrado um eletrocardiograma normal, com o bloqueio de 1° grau, perceba que tem a onda P e tem o complexo QRS, com a onda T normalmente, e há demora na onda P. A distância fica enorme, e há bloqueio de 1° grau. Porque todo complexo QRS está precedido da onda P, mas há uma distância muito grande nesse caso. Mas tem situações diferentes, como tendo a onda P, complexo QRS e onda T, de novo onda P, complexo QRS, onda T, complexo QRS (sem a onda P). Nem todos complexos QRS são precedidos de onda P nesse caso, havendo um bloqueio de 2° grau. Algumas despolarizações passam e outras não passam. Quando há bloqueio atrioventricular você pode ter também varias ondas P que também não passam. Uma outra situação é se o bloqueio for muito próximo ao nó sinusal, em algum momento você pode não enxergar a onda P. *PROFESSOR CITA UM EXEMPLO MUITO COMPLICADO DE TRANSCREVER QUE FEZ DESENHANDO* Aluna: você falou que a dificuldade é passar do átrio para o ventrículo, mas se é passar do átrio para o ventrículo, não era para passar o complexo QRS, não a onda P. Professor: você tem o no sinusal despolarizando, ele não parou. Só que, alguns impulsos que ele faz chega ao ventrículo e outros não. Alguns impulsos são transmitidos e outros não. Então vamos ver de trás para frente esse segundo modelo, você tem onda P que atravessou e gerou um complexo QRS... OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Alguns impulsos do nó sinusal são transmitidos aos ventrículos, outros impulsos não. SITUAÇÃO DA ONDA P QUE NÃO GERA DESPOLARIZAÇÃO DOS VENTRICULOS, caso clássico de bloqueio atrioventricular. OUTRA SITUAÇÃO A onda P passou, produziu o complexo QRS, porém alguns complexos não são precedidos de onda P. Isso significa que aquele complexo gerado não foi produzido por onda P, pode ter sido gerado por exemplo pelo nó atrioventricular. O que houve? O bloqueio pode ter diferentes níveis de altura e se for próximo do nó sinusal pode não permitir a geração de onda p, não existe dissipação elétrica nem para os átrios. Portanto a contração ventricular vai ser decorrente do nó atrioventricular. Para ter arritmia tem que existir variações da frequência cardíaca e além disso é olhado o complexo QRS. Para ser regular essa distância do complexo deve ser PARECIDA porque o S.N.A SIMPATICO regula/modula a frequência cardíaca pelo nó sinusal, e essa frequência pode ser alterada por exemplo quando se toma um susto. 3) Bloqueio de Terceiro Grau (Completo) = É aquele em que os impulsos dos átrios nunca passam aos ventrículos. A frequência do nó sinusal é diferente do complexo QRS. No eletrocardiograma abaixo são vistas 8 despolarizações atriais. Nesse sentido, mesmo que a distância entre os complexos QRS seja constante assim como as distancias entre as ondas P, entre esses dois fatores, entretanto, não há semelhanças. Assim, não existe correlação entre o complexo QRS e a onda P. • Complexo QRS: encontra-se após a onda P e segmento PR no eletrocardiograma, sendo indicativo da despolarização ventricular e relacionado ao eixo cardíaco. Esse eixo não diz respeito a musculatura ou órgão, uma vez que o coração se dirige para a esquerda, para frente e para baixo, assim como seu potencial elétrico. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 O coração apresenta quatro cavidades, dois átrios e dois ventrículos, e apresentam sincícios separados para cada um desses pares, ou seja, há um sincício ventricular e outro atrial, sendo necessário a analise do comportamento das cargas nessas cavidades.Nos átrios há a localização do nó sinusal na região superior e direita do coração, ou seja, no átrio direito próximo a veia cava superior, e a partir desse nó há a dissipação do impulso elétrico para a esquerda e para baixo – sentido ventricular -, ou seja, o potencial de ação atrial de desloca da direita para a esquerda e de cima para baixo. VENTRÍCULO ESQUERDO VENTRÍCULO DIREITO ÁTRIO ESQUERDO ÁTRIO DIREITO OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Já nos ventrículos há a entrada do impulso pelo feixe penetrante, o que promove o deslocamento do potencial para a direita e para a esquerda, além de apresentar um sentido de cima para baixo em direção ao ápice cardíaco. No entanto, o ventrículo esquerdo apresenta maior espessamento da musculatura, o que faz com que o potencial vá predominantemente para o lado esquerdo, apresentando, também, o impulso da direita para a esquerda. Obs: O parâmetro da verticalidade, ou seja, de cima para baixo, é mais forte do que o da lateralidade – esquerda ou direita - , devido a não alteração nesse primeiro. Se você colocar um eixo no coração vai estar apontando para baixo da direita para esquerda. Mas, o eixo elétrico é diferente, por exemplo, se o individuo tiver um infarto do lado direito, não tem mais fluxo de elétrons para o lado direito, então esses elétrons vão preferencialmente para esquerda. Logo, o eixo elétrico vai se desviar para esquerda, porém, só porque o coração enfartou ele vai mudar de posição? Não, o eixo físico continua lá, mas o elétrico muda. Nós podemos calcular o eixo dos átrios, mas não é comum. O que comumente nós calculamos é o eixo dos ventrículos, e nós estamos falando de complexo QRS, ou seja, despolarização ventricular. Para calcular o eixo dos ventrículos, nós devemos primeiro saber que, nós vamos utilizar uma circunferência e projetar alguns graus. Mas não vamos usar o circulo trigonométrico. Porque estamos usando uma circunferência graduada, em graus. O sentido positivo é o sentido horário, então temos o 1° quadrante, o 2° quadrante, o 3° quadrante e o 4° quadrante. Lembrete para as derivações frontais e precordiais, para utilizar as derivações frontais para o cálculo. A “D1” vai do braço direito para o esquerdo, no caso o positivo é na mão esquerda. Temos um outro eixo que vai do braço direito para a perna esquerda, que é o “D2”, tem um outro que vai do braço esquerdo para perna esquerda que é o “D3”. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Nós temos ainda as bissetrizes: AVF: simplesmente vai de cima para baixo. AVL: (“L” de Left): vai para o lado esquerdo. AVR: (R de Right): vai para o lado direito. Obs.: De um vetor para outro existe um ângulo de 30 graus. Cada eixo desse ou cada vetor representa uma derivação e a gente pode decompor, ou seja, calcular a partir de 2 derivações por meio de cálculos vetoriais e achar o eixo elétrico resultante do coração, basta 2 derivações para calcularmos. Se o eixo tiver até -30 graus ele ainda estará normal, ou seja, o eixo cardíaco normal vai do -30 a 90 graus, se esse eixo resultante estiver depois de 90 graus, tipo 120 ,150 teremos um eixo desviado para a OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 direita, se esse eixo tiver além de -30 graus, como – 50, -80 graus ele estará desviado para a esquerda. Resumo: • Normal: -30 a 90 graus. • Direita: Depois de + 90°. • Esquerda: Depois de - 30º. • Indeterminado: Entre -90 e 180 graus. Obs.: Professor fala sobre que é uma questão certa na prova em que nela terá indiretamente uma questão para saber o lado, dando o ângulo e pedindo para saber se é lado direito ou esquerdo. Para calcular, vou colocar esse ECG, e partir dele vamos calcular o eixo cardíaco. Eu disse que para calcular, podemos pegar duas perpendiculares quaisquer, então pegarei D1 e AVF. A partir dessas duas variações, nós vamos calcular o eixo elétrico desse coração (do ventrículo), então vou olhar o complexo QRS desse eletrocardiograma. O que eu preciso saber? • Se esse complexo QRS é predominantemente positivo ou negativo (mais traçados para cima ou para baixo). • O sentido do D1 = DI deu positivo, então o sentido é DIREITA PARA ESQUERDA. • O sentido de AVF = AVF deu positivo, então o sentido é de CIMA PARA BAIXO. Então ele ficaria mais ou menos assim: OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 (1º QUADRANTE) (se quiser pode apagar, foi feito no paint hehe) CONCLUSÃO: 1. Esse vetor estaria no PRIMEIRO QUADRANTE 2. Entre -30º e 90º 3. É normal 4. SEM desvio de eixo 5. NÃO preciso calcular (pois não tem desvio) OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Cada eixo desse ou cada vetor representa uma derivação e a gente pode decompor, ou seja, calcular a partir de 2 derivações por meio de cálculos vetoriais e achar o eixo elétrico resultante do coração, basta 2 derivações para calcularmos. Se o eixo tiver até -30 graus ele ainda estará normal, ou seja, o eixo cardíaco normal vai do -30 a 90 graus, se esse eixo resultante estiver depois de 90 graus, tipo 120 ,150 teremos um eixo desviado para a direita, se esse eixo tiver além de -30 graus, como – 50, -80 graus ele estará desviado para a esquerda. Resumo: • Normal: -30 a 90 graus. • Direita: Depois de + 90°. • Esquerda: Depois de - 30º. • Indeterminado: Entre -90 e 180 graus. Obs.: Professor fala sobre que é uma questão certa na prova em que nela terá indiretamente uma questão para saber o lado, dando o ângulo e pedindo para saber se é lado direito ou esquerdo. Esse vetor resultante está em que quadrante? No 1ª quadrante (entre 0º e 90º), ou seja, eixo normal. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Existem vários modos de identificar se o eixo está normal ou não e qual é a angulação específica. Dependendo da angulação, dá para achar o grau do eixo a partir da regra do paralelogramo ou do polígono, calculando a tangente. Assim, o grau será encontrado com exatidão, mas não vai ser preciso fazer esse tipo de cálculo. Não é preciso especificar o grau, só é preciso saber se ele está normal. Lembrar: podemos dizer que se o DI for positivo e o aVF também for positivo, o eixo elétrico vai ser normal. Caso DI e aVF não sejam positivos há outras formas para verificar o eixo que serão vistas mais adiante. Aqui na aula, com certeza todos vocês vão estar com D1 positivo e AVF positivo, logo não terão desvio de eixo (normal - 1º quadrante). Na prática clínica, num posto de saúde, por exemplo, a grande maioria dos pacientes também não terão desvio de eixo. Entretanto, se não for desse jeito? ➔ Esse aqui D1 é negativo e AVF é positivo: OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 D1 é negativo vai da esquerda para a direita; avF vai de cima para baixo. Dessa forma, o resultante fica no 2º quadrante. Preciso nem calcular, pois eu sei que há desvio para a direita. ➔ Esse aqui D1 é positivo e AVF é negativo: Se for esse caso aqui D1 positivo (vai da direita para esquerda) e avF negativo (vai de baixo para cima) - Problema!! O resultante pode ser “normal”: entre 0° e -30° ou “desviado p/ esquerda”: além de -30°. Conclusão: D1 + e avF + = Normal D1 - e avF + = Desvio p/ direita D1 + e avF - = Normal até 30º Desvio p/ esquerda acima 30º Eixo elétrico *Entre -30º e 90º: O eixo é normal. *Entre -30º e -90º: Desvio do eixo à esquerda. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 *Entre 90º e 180º: Desvio do eixo à direita. *Entre -90º e -180º: Desvio extremo do eixo. Como calcular o eixo: 1º-Procura uma derivação onde o complexo QRS éisodifásico (quando a altura da maior onda positiva e a profundidade da maior onda negativa são semelhantes); 2º-Procura a derivação perpendicular a citada na primeira etapa; 3º-Agora verificasse se o complexo QRS na derivação citada na segunda etapa é mais positivo ou mais negativo para determinar a direção do eixo, contudo vai saber que o eixo elétrico esta entre as duas derivações, logo iremos dizer se há ou não algum desvio de eixo. Ao olhar o ECG: • D1 positivo e AVF negativo resultante no 4º quadrante. É normal se estiver abaixo de -30º; anormal se estiver acima. -30º é onde passa AVL, então tem que olhar quem é perpendicular à ela: D2. Se D2 estiver positivo é porque as cargas estão abaixo, não havendo desvio de eixo; se D2 estiver negativo, então está desviado. D1 negativo e AVF positivo eixo desviado para a direita. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 D1 positivo, AVF negativo e D2 negativo eixo desviado para esquerda Desvio de eixo é uma forma auxiliar de verificação de anormalidades. Exemplo: hipertrofia apresentará um desvio de eixo no sentido ao que ela está; um infarto apresentará um desvio de eixo no sentido contrário ao que ele está. O complexo QRS tem, normalmente, uma duração curta, pois apesar do musculo ventricular ser muito volumoso, suas fibras com feixes condutores são muito espessas (conduzem o impulso rapidamente). Ele tem menos que 120 milissegundos de duração, o que significa que ele possui menos que 3 quadradinhos. Com pacientes que tenham resistência vascular periférica (como, por exemplo, pacientes com hipertensão), a arteríola diminui seu calibre e, a partir disso, o sangue vai sendo bombeado e a pressão aumenta. Com isso, o “trabalho” cardíaco aumenta, pela tentativa de enviar mais sangue pela arteríola, a qual está com menor calibre. Nessa situação, o musculo ventricular aumenta – hipertrofia ventricular esquerda. Quando ocorre essa hipertrofia: o impulso elétrico passa pelo feixe penetrante, chega ao septo interventricular e se espalha pelo lado direito e esquerdo. À medida que ele se espalha para o ventrículo esquerdo, a quantidade de carga elétrica é muito grande, por conta da interconexão das células, que, por ser um sincício, apresenta canais que permitem um fluxo de elétrons. Com esse fluxo, as células ficam envoltas por elevadas cargas, o que contribui para que o complexo QRS fique muito alto. Imagine agora que o paciente teve uma infecção no coração, alguns feixes de ramos do ventrículo foram bloqueados. Se um ramo foi bloqueado como as células que recebiam potencial vão receber agora? As células vizinhas vão levando o potencial, só que vai demorar muito mais, então nesse caso do OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 bloqueio de ramo ventricular haverá um aumento do tempo para a despolarização do ventrículo, um alargamento do complexo QRS. EXPLICAÇÃO: Nós entendemos que normalmente o complexo QRS tem uma duração muito pequena, por conta das fibras de purkinje que são muito grossas e conduzem o impulso muito rapidamente, então rapidinho todo ventrículo é despolarizado por isso o complexo QRS é bem curto. Imaginando um paciente com infecção por trypanosoma cruzi, o parasita acabou chegando no ventrículo e lesionou umas fibras de purkinje, umas fibras de feixe de hiss, o sistema de condução do ventrículo. Quando há uma obstrução de um vaso sanguíneo, a parte que recebia sangue dele vai morrer se não houver uma circulação colateral, ocorre o mesmo no coração: determinadas regiões acabam morrendo por não ter circulação naquele ponto. Mas se tiver uma circulação colateral não tem problema, como por exemplo a aplicação de glicose concentrada em varizes faz com que necrose aquele vasinho, mas o músculo correspondente a nutrição daquele vaso não morre porque tem outros vasos do lado que conseguem nutrir. Então no coração, com o feixe de condução, acontece a mesma coisa: você tem um comprometimento de alguns ramos, mas as células que recebiam o impulso elétrico daqueles ramos não receberão mais os daqueles ramos, entretanto elas podem receber o impulso de outros ramos ou das próprias células já que o músculo todo é um sincício e o que acontece com uma célula vai acontecer com a outra. Então, se é só o feixe excito-condutor que foi lesionado, todo o músculo vai continuar sendo despolarizado só que vai demorar muito mais a despolarização, então a duração do complexo QRS vai ser maior e por isso ele vai ficar alargado. RESUMINDO O BLOQUEIO: O complexo QRS é rápido, mas pode ficar alargado se houver um bloqueio porque o potencial elétrico demora a se difundir pelos ventrículos. Agora como eu vou saber se é um bloqueio de ramo é para a esquerda ou para a direita? Você pode olhar pelo eixo, por exemplo se o bloqueio de ramo é à direita o eixo vai mais para o lado esquerdo, se o bloqueio de ramo é a esquerda o eixo vai para a direita. >>> Sobre o bloqueio de ramo: pode ser cobrado na prova de uma forma geral, não sendo necessário saber identificar se é um bloqueio de ramo à direita ou à esquerda <<< #CURIOSIDADE: OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 - BLOQUEIO DE RAMO À DIREITA: em V1 tem-se uma onda positiva final (onda orelha de coelho); - BLOQUEIO DE RAMO À ESQUERDA: onda R larga ou entalhada (em V5, V6, DI e AVL) ou onda S profunda e larga (V1 e V2). Obs: essa análise, geralmente, não é feito na clínica, apenas da cardiologia; por ventura pode ser utilizada na emergência. ● AMPLITUDE: Normal: 5 a 20mm (de 1 a 4 quadrados grandes) Em uma situação na qual o potencial de ação está muito forte (hipertrofia direita ou esquerda), é possível observar a presença de um complexo QRS com uma amplitude maior. Causa de uma hipertrofia à esquerda: hipertensão Causa de uma hipertrofia à direita: estenose da valva pulmonar Obs: Na tetralogia de fallot observa-se 4 alterações grandes: estenose da valva pulmonar, hipertrofia do ventrículo direito, comunicação interventricular e aorta drenando sangue do ventrículo direito. Existe uma abertura, um contato entre os dois ventrículos que e o terceiro defeito. Outro é a que a aorta drena sangue também do ventrículo direito. O normal é a aorta drenar sangue do ventrículo esquerdo, mas ela também acaba drenando uma parte do sangue do ventrículo direito as vezes 20%, 30%. O paciente já tem uma estenose da pulmonar e essa estenose não OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 deixa que muito sangue vá para o pulmão ser oxigenado e causa má oxigenação. O paciente também já tem uma abertura entre os ventrículos, então uma parte do sangue acaba escapando para o direito e se mistura e esse sangue fica com menor oxigenação. Também o sangue que vai ser drenado para a aorta não vai ser apenas o arterial, vai ser também parte do venoso. Por isso a criança que nasce com a síndrome fica cianótica, por isso é denominada síndrome do bebê azul que é a tetralogia de Fallot. (De certeza haverá uma questão dessa síndrome na prova) Uma amplitude aumentada indica uma hipertrofia. Para saber se a hipertrofia é a direita ou a esquerda deve-se olhar o eixo. Se a hipertrofia for a esquerda vai ter um desvio a esquerda. Se a hipertrofia for a direita o eixo ventricular vai para a direita. A sobrecarga do ventrículo esquerdo sob o critério de sokolow é o seguinte: Soma SV1+ RV5 OU RV6, essa soma deve ser maior que 35 mm isso é padronizado na medicina. Condição mostra que há uma sobrecarga do ventrículo esquerdo. Ou pode-se utilizar ONDA R DE AVL MAIOR QUE 13mm. Sobrecarga de ventrículo direito Um eixo é desviado para direita e um QRS positivo em V1 (que normalmente é negativo) Existem outras formas de avaliar sobrecargas, é preciso lembrar que sobrecarga é caracterizadapor um QRS acima de 20 milivolts. Para saber qual é o ventrículo basta olhar o eixo. Se o eixo for para direita é porque a hipertrofia é para direita, se estiver desviado para esquerda a hipertrofia é a esquerda. Se você verificar em V1 o complexo QRS positivo junto de um eixo desviado para a direita, pode-se dizer que há sobrecarga à direita. Morfologia do Complexo QRS Quando se fala em morfologia, quer dizer que existe uma forma específica para o complexo QRS. Nele, existe uma onda Q, uma onda R e uma onda S. A onda Q e a onda S podem até ser suprimidas, pois a principal é a onda R. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Mas, no momento, a atenção é para a onda Q. A onda Q deve ter uma duração menor que 1 mm e amplitude menor que um terço da onda R. A onda Q patológica é aquela que tem duração maior que 1 mm ou uma amplitude maior que um terço da onda R. Na imagem logo acima, nem onda R tem, mas a onda Q está enorme. É uma onda Q patológica. Onda Q patológica indica infarto antigo. (Questão de prova! Disse que tinha na prova de uma das turmas.) Então, aquele senhorzinho que está em casa, na roça, adoeceu, teve dor precordial irradiando para o braço direito, sensação de sufocamento, nunca foi socorrido e não se tratou, teve um infarto de dimensão pequena; recuperou-se e fica bem, mas quando se esforça há Aluna: Como saber se nessa imagem é uma onda Q, e não uma R? Resposta: Nesse caso aí, é uma primeira onda negativa, então a gente chama de onda Q. E, por incrível que pareça, tem a Q e depois tem a R mais larga. Mas não se preocupem, o que eu vou cobrar de vocês é trazer o normal e o patológico, dando para distinguir. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 dor e sensação de sufocamento, o que indica que ele não está totalmente oxigenado. Se ele chega ao hospital dez anos depois e faz um ECG, vai ser notada a onda Q patológica, que indica um infarto antigo. Segmento ST (PARTE MAIS IMPORTANTE DO ECG) É aquele que vai da onda S até o início da onda T Representa a contração = SISTÓLE VENTRICULAR = EJEÇÃO Durante a sístole o ventrículo está contraído, sem sangue no miocárdio, o musculo fica isquemiado no momento que o coração precisa de energia e o sangue para de entrar no tecido devido a contração dos vasos, resultando em pouca ou nenhuma nutrição. Período complicado, merece atenção. TAQUICARDIA= quando existe diminuição do período da diástole, pouco tempo recebendo sangue e muito tempo contraído, pode acontecer injuria, segmento st oscila SUPRA ST OU INFRA ST = INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO = MORTE SE NÃO RECONHECER Deve atuar rápido, melhorar a perfusão do coração. Aluna: A amplitude é maior ou menor que um terço da onda R? Resposta: No normal, é menor. Se estiver acima, é patológica. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18 Onda T Indica repolarização ventricular, que não possui valor negativo já que apesar das cargas entre a polarização e a repolarização serem contrárias são na mesma direção sentido sendo uma superior e outro inferior, respectivamente demonstra uma deflexão inferior Iniciando no septo, a despolarização desce até do átrio até o ventrículo até chegar no ápice. Entretanto, há uma região da base que ainda não sofreu a despolarização e ocorre posteriormente. De um modo geral, é notório que a despolarização ocorre do endocárdio e pericárdio. Portanto o destino final, seja epicárdico ou pericárdio, define se a onda vai estar para cima ou para baixo. Em casos de Distúrbios de Repolarização, comum em pacientes com hipertensão não tratada - que lesiona o musculo cardíaco com a elevada pressão - torna a onda P negativa ou até um início do infarto, ou seja a isquemia. O intervalo QT é a soma da onda P ao intervalo T indicando uma isquemia já que a repolarização causa um relaxamento gradativo o que caracteriza alguns traços de pressão e volume de sangue e, portanto, a diástole só começa depois da onda T. Assim, o intervalo QT não pode ser longo. Para compara o intervalo QT com a frequência cardíaca é necessário utilizar o intervalo QT corrigido ou QTC: QTc = QT / √RR Quando maior a pressão do indivíduo mais perigoso por que reduz o tempo de diástole e proporcionalmente aumenta o tempo de contração cardíaca. Logo, a duração desse intervalo deve ser menor que 440 ms em homens e 460 ms em mulheres. OMF II- PROF. MILTON AGOSTO/20 – TRANSCRIÇÃO AGOSTO/18
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