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Eu gostaria primeiro de agradecer a todos os que nos ajudaram a chegar até aqui. Foram 4 anos pra uns, 5 anos pra outros, uns ainda estão terminando... Ninguém imaginava todo esse sacrifício lá atrás, quando entramos. Não foi fácil, só a gente sabe o quanto lutou pra finalmente formar. Tudo o que aconteceu ao longo da graduação nos trouxe algum aprendizado, sejam coisas boas ou ruins. Das coisas boas, tiramos ótimos momentos, damos boas risadas. Das ruins, nos serviram como experiência e nos trouxeram maturidade. Quando fizemos a lista de quem a gente queria que estivesse aqui, nesta colação de grau, certamente um filme passou pela nossa cabeça sobre a importância dessas pessoas e de pessoas que não puderam nos prestigiar neste dia.
Alguns presentes hoje, seja um de nós formandos ou vocês, perderam alguém querido ao longo da graduação e eu fui uma dessas pessoas. Perdi um pai de consideração que ajudou na minha construção como ser humano, há 2 anos e meu irmão biológico, ano passado. Duas pessoas que eu queria muito que me vissem chegar até aqui, que me vissem evoluir como pessoa e como profissional. Gostaria de pedir a atenção de vocês para um assunto muito delicado e esse assunto é falar sobre os ausentes.
Falar dos ausentes é sempre uma tarefa difícil porque bate no campo da saudade e saudade dói. A emoção da lembrança entre as recordações parece ser infinita, quando há sentimento de amor e saudade ainda vivos no peito. A saudade dói porque NÃO HÁ UMA PESSOA, por mais forte que possa parecer, que consiga segurar as lágrimas ao lembrar de um momento, uma frase, um cheiro, uma comida, um lugar ou até uma implicância que estejam ligados à essa pessoa querida.
Quem não lembra de uma frase de uma pessoa ausente, até hoje, não é mesmo?! Uma frase que pode fazer rir... Ou até chorar. A gente chora porque nunca está preparado pra despedidas, não adianta. Podemos tentar por anos nos preparar pra uma partida, mas quando essa de fato acontece, nosso mundo desaba, a ficha cai e a saudade começa a invadir, cortando a gente ao meio e o pior é que não tem NADA que impeça tudo isso. O tempo nos faz aprender a lidar com a saudade, acabamos nos acostumando e com isso, amadurecemos ainda mais.
Hoje é o dia de agradecer aos ausentes fisicamente, mas que estão presentes em nossos corações, em nossa memória. A nossa certeza é e foi conseguir ouvir mentalmente "parabéns" e sentir o orgulho, muitas vezes, em nome dessa pessoa querida. Podemos até parar pra pensar que muitas vezes lembramos dessas pessoas e que a saudade foi um combustão pra nossa força de conseguir chegar até esse dia. Hoje também é dia de festa, é dia de agradecer pela oportunidade e demonstrar a felicidade por tantos momentos de vividos com esses ausentes. Que a gente consiga celebrar com a emoção e as memórias. A todos vocês, que não conseguimos ver com os olhos, mas enxergamos com o coração: muito obrigada!

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